Sinagoga de Satanás

Por: José Carlos Ramos

Professor do SALT-IAE Campus 2

A palavra sinagoga, que significa "congregação", ou etimologicamente "instrução conjunta", identifica o lugar de adoração e de leitura e exposição da lei utilizado pelos judeus. O costume de se reunirem para esse fim ocorria, provavelmente, já no tempo do exílio babilônico, mas sua plena efetivação teve ligar depois do retorno do cativeiro. Os judeus entenderam que este viera em resultado do desprezo à Torab, o ensino de Deus, então instituíram a sinagoga para restaurar o conhecimento da lei e impedir que se esquecessem da sua tradição.

Neemias 8 registra o que poderia ser chamado de o nascedouro da sinagoga Alguns dias após a construção dos muros de Jerusalém, e próximo à festa da Expiação, os judeus se reuniram numa praça e Esdras, ocupando um púlpito, leu o livro da lei para eles, enquanto um grupo de levitas auxiliava nas explicações (versos 2 e 8). Daí por diante seria uma prática comum esse tipo de reunião. Com i tempo. Edifícios começaram a ser construídos onde o encontro passou e ser sistemático.. Principalmente após a rebelião doa Macabeus no segundo século a>C através da qual os judeus se tornaram independentes do poder sério, a prática do estudo da lei se estendeu às comunidades da Diáspora, constituídas por judeus que não haviam retornado.

Sinagoga e Culto Cristão

A sinagoga foi a certamente a precursora do local de reunião dos cristãos ( mais tarde conhecido como igreja) e de seu modo original de culto e dia de reunião. Os judeus dedicavam-se na sinagoga a momentos de oração, louvor e estudo, com cânticos dos salmos e leitura de documentos inspirados, o Pentateuco e então os Profetas. A seguir, era proferida uma análise expositiva dos textos lidos, conhecidos como derash, o que, nos termos da liturgia cristã, poderia ser chamado de sermão. Finalmente, a oração e benção, proferidas pelo líder com um amém responsivo da congregação.

Podemos inferir que esta foi também a forma de culto cristão primitivo, pois, conforme o livro de Atos, as reuniões exclusivamente cristãs, e em locais próprios, só passavam a ocorrer quando os judeus expulsavam de suas sinagogas os pregadores do Evangelho e aqueles que lhes aceitavam a mensagem. Em outras palavras, as congregações cristãs nasceram com o uso das sinagogas. Naturalmente os que agora a compunham, reuniam-se num local que poderia ser eventualmente chamado também de sinagoga (ver Tia. 2:2), pois se reunião no mesmo dia e cumpriam uma liturgia idêntica com a diferença de que todo o serviço era cristocêntrico, inclusive a leitura do texto sagrado. Igrejas com a tendência de alterar o padrão, principalmente em razão do exercício distorcido de algum Dom espiritual, receberam a repreensão e correção apostólica (ver I Cor. 14).

Ainda no primeiro século, determinados documentos elaborados pelos apóstolos, ou sob orientação deles, passaram a ser considerados de origem divina tanto quanto as "demais escrituras"(II Ped. 3:16), e eram, assim, incluídos como material de leitura e reflexão (Col. 4:16; Apoc. 1:3). Muito provavelmente a epístola aos Hebreus foi chamada pelo próprio escritor de "palavra de exortação"(13:22), porque ele esperava que fosse lida e estudada pelos destinatários em suas reuniões (3:13).

A sinagoga se reunia em mais de um dia na semana, mas o Sábado se destacava (Atos 13:27;15:21), Paulo, em Corinto, pregava aos sábados, "persuadindo tanto judeus como gregos" (verso 4). Depois de algum tempo, e diante da oposição dos primeiros, passou a utilizar a casa de Tício Justo, "contígua à sinagoga" (verso 7), prosseguindo com as reuniões por "um ano e seus meses" (verso 11), naturalmente aos sábados, como fizera desde o princípio e em todos os lugares aonde chagava (13:14,42,44,16:13,17:2). A igreja primitiva, portanto, herdou dos judeus não somente a forma como também o dia de culto. No segundo e terceiro séculos, todavia, com o anti-semitismo tornando-se cada vez mais generalizado entre os cristãos, foi-se fortalecendo a tendência do Sábado ser permutado pelo Domingo, o famoso dia do culto ao Sol em todo o Império, tendência que alcançou plena consolidação no quarto e quinto séculos, embora existissem cristãos que ainda respeitavam o Sábado.

Sinagoga de Satanás

O Apocalipse faz duas referências à "sinagoga de Satanás", a primeira no contexto da perseguição sofrida pela igreja de Esmirna, e a Segunda na carta à igreja de Filadélfia, com sabor escatológico e também ligada à perseguição (2:9;3:9). Segundo Tertuliano, os judeus. Opondo-se ao evangelho, tornaram-se um centro promotor de perseguição, planejando ali as acusações que fariam contra os cristãos às autoridades. Atos indica que isso foi verdade desde o principio (13:45-50;14:2;17:5,13;etc). Que mudança lastimável! De local de estudo e orações, num centro de intrigas e maquinações, onde eram tramados planos para combater a Jesus e Seus seguidores.

Como já referido, sinagoga significa congregação, e o próprio Apocalipse chama a Satanás de acusador (12:10). Portanto Sinagoga de Satanás é a congregação dos que acusam. A fórmula se amolda ao que vinha ocorrendo. Na verdade, o grande acusador da igreja é o diabo, e seus seguidores não lhe ficam atrás. Finalmente, ele congregará (o mundo para a última batalha contra Deus e Seu povo (16:14,16). Naquele dia, Armagedom (que significa o monte de Megido) se transformará numa gigantesca "sinagoga de Satanás", que envolverá a humanidade. Em outras palavras, a perseguição do passado é um tipo de perseguição futura e final, e nesse tempo a mensagem à igreja de Esmirna será de grande alento para o povo de Deus.

 

Nos Últimos Dias

Segundo a profecias, a "sinagoga de Satanás", isto é, o grupo de acusadores, estaria de volta nos dias finais. E.G. White fala que apóstatas manifestarão "a mais amarga inimizade, fazendo tudo o que está ao seu alcance pata oprimir e difamar seus antigos irmãos, e incitar a indignação contra eles." – Testimonies, vol.4,pág 463. Serão os piores inimigos da Igreja, pois "quando os observadores do Sábado forem levados perante os tribunais para responder por sua fé, esses apóstatas serão os mais ativos agentes de Satanás para respresenta-los falsamente e os acusar e. Por meio de falsos boatos e insinuações, incitar os governantes contra eles." – O Grande Conflito (1973), pág. 607. A julgar pela forma como hoje, em dias de relativa paz, acusam, não é difícil supor como acusarão quando a prova final chegar!

Nessa ocasião, as palavras de apocalipse 3:9, o segundo texto que fala da sinagoga de Satanás, também se cumprirão. E.G. White aplica as palavras do texto à experiência desses apóstatas momentos antes de Jesus aparecer nas nuvens. "Logo ouvimos a voz de Deus semelhante a muitas águas a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus...Ao declarar o tempo, verteu sobre nós o Espírito Santo, e nosso rosto brilhou...Foi então que a sinagoga de Satanás conheceu que Deus nos havia amado a nós...,e adoraram a nossos pés."- Vida e Ensinos (1964), pág.58. O ato de adorar não significa que se arrependeram e foram salvos. "Esta classe é de adventistas nominais que caíram, já criscificaram de novo o Filho de Deus, e O expuseram ao vitupério público. E na hora da tentação que está para vir, para revelar o verdadeiro caráter de cada um, eles conhecerão que estão perdidos para todo o sempre; e oprimidos, angustiados de espírito, cairão aos pés dos santos."- Word to the ‘Little Flock’, pág. 12.

Notem que os que compõem a sinagoga de Satanás "expuseram Cristo ao vitupério público". De que maneira? Uma delas pelo método satânico de acusações à Igreja e a seus membros, acusações que se tornam conhecidas aos de fora. Segundo a lei do Evangelho, faz-se ai próprio Cristo o que se faz ao seguidor de Cristo (Mat. 25:40).

A sinagoga de Satanás não começou a operar apenas a partir de 1914 com o surgimento dos chamados reformistas, distribuindo aos quatro cantos sua literatura deletéria, mas desde o início do movimento adventista.

No século passado, por exemplo, surgiram os que afirmavam que a igreja e seus dirigentes eram Babilônia, e usavam os escritos do Espírito de Profecia para substanciar seus pontos de vista. E.G. White os repreendeu, afirmando que Deus não os havia enviado, e que eram impulsionados por outro espírito (ver Mensagens Escolhidas, livro 2.pág. 63-71). Entre outras coisas, ela observou que a obra daquelas pessoas era "acusar a despedaça" (pág.69). Ela também disse: "Quando homens se levantarem, pretendendo Ter uma mensagem de Deus, mas em vez de combaterem contra os principados e potestades, e os príncipes das trevas deste mundo, eles formam um quadrado, virando as armas de guerra contra a igreja militante, tende medo deles. Não possuem as credenciais divinas."- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, Pág.22.

E observem uma vez mais que o vitupério de Cristo é de natureza "publica". Hoje, a sinagoga de Satanás se encontra em franca atividade, utilizando meios de comunicação para alardear acusações, desde o correio convencional (através das malfadadas "marretas" anônimas) e a imprensa escrita ( na forma de livros e pesquisas sob o pretexto de informar os membros menos avisados) até recursos mais sofisticados (com mensagens eletrônicas via Internet). Com isso, inevitavelmente, a imagem do povo de Deus é denegrida diante do mundo, e o propósito satânico é cumprido, não importa se as acusações tenham fundamento ou não.

Males da sinagoga de Satanás

Recentemente chegou-me às mão cópias de um pasquim. Que tristeza! Quanto recurso desperdiçado em espalhar más novas, quando tantos estão ainda por conhecer as boas novas!

Publicações dessas natureza acabam não alcançado outro objetivo senão detratar uma Obra que não é nossa, mas de Deus. Os responsáveis por denúncias dessa natureza podem até estar bem-intencionados, mas não estão sendo um joguete nas mãos de Satanás, que é o acusador-chefe. Quando alguém acusa a Obra, outra coisa não faz senão cumprir os planos dele. Coisas desse tipo se tornarão cada vez mais freqüentes à medida que avançamos para a volta de Jesus.

Não sou tolo imaginando não haver problemas na igreja. Problemas há, e muitos; a Igreja, composta de pecadores, é ainda militante e continuará sê-lo até Jesus voltar. Ellen G. White diz que "embora existam males na Igreja, e tenham de existir até ao fim do mundo, a Igreja destes últimos dias há de ser a luz do mundo poluído e desmoralizado pelo pecado. A Igreja, débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada, é o único objeto na Terra ao qual Cristo confere Sua suprema consideração."- Testemunhos Para Ministros, pág. 49, grifos acrescentados. "Ele vela constantemente com solicitude por ela, e oferece-a por Seu Espírito Santo." – Mensagens Escolhidas, livro 2, pág. 96.

Mas é produzindo pasquim como esse que os problemas são resolvidos? É isso o que o Evangelho recomenda para correção do erro? É espalhando eventuais "roupas sujas" que deveriam ser "lavadas em casa", e só "em casa", que estes que fazem denúncias querem "consertar "a Igreja? Será que são tão ingênuas que não vêem que estão demolindo e não construindo? Têm todos os membros, que tomam conhecimento das denúncias, maturidade suficiente para não se desencantar com a Igreja? Os responsáveis deveriam lembrar que, muito ao contrário de consertar eventuais erros na administração da Obra, publicações dessa natureza causam irreparáveis prejuízos para esta mesma obra que gostariam, segundo afirmam, de ver bem administrada. Os prejuízos não são para pastores eventualmente referidos nas denúncias, mas para a Obra da qual participam. Por outro lado, será que os denunciantes já tentaram realmente ajudar na solução dos alegados problemas? Ajudar seguindo o que Jesus recomendou? Quantas vezes visitaram os pastores em pauta, apelaram a eles, oraram com eles e instaram com eles, se é que estão mesmo errados, a mudarem a atitude? Ou será que os pastores precisam exclusivamente de críticas, e não de visitas missionárias, espirituais e de oração intercessórias? É correto o que estão fazendo sem terem feito o trabalho pessoal requerido? E ainda que o tivessem feito e nenhuma mudança ocorresse, teriam direito de publicar o que publicam e de forma como o fazem?

Talvez tranqüilizem a consciência com a idéia de que visam a atingir apenas os adventistas para adverti-los e orientá-los. De fato, junto ao título do referido pasquim está a indicação de que a matéria nela impressa é destinada exclusivamente a adventistas do sétimo dia. Seríamos tão ingênuos imaginando que um material, uma vez publicado ficaria restrito a determinadas pessoas?

Os que fazem acusações poderão no futuro até se arrepende, e serem perdoados por Deus. Mas, e os resultados? Como serão compensados Quem trará de volta as almas que. Escandalizadas, deixaram a Igreja? Deveríamos temer levantar a voz e a pena contra a Obra e os que a dirigem, temer pelas implicações que serão de conseqüência eterna.

Já imaginamos que "prato cheio" são essas denúncias para os nossos adversários, os quais estão à cata de qualquer coisa para prejudicar a Igreja? Se Deus não revelou a Moisés seu ímpeto em querer consertar a congregação de Israel no deserto, a ponto de não deixá-lo entrar no terra prometida, e não revelou porque ao agir do modo como agiu, tomou a obra em suas mãos, desonrou a Deus e deu lado aos impenitentes de desculparem o mau curso de sua vida, o que estão dizendo dos "Moisés" modernos, que também intentam consertar o Israel de hoje, mas que são bem distintos do Moisés do passado, o fato de não terem sido comissionados por Deus?

As coisas do ponto de vista de Deus

A propósito das citações do Espírito de Profecia, atrevo-me a uma pergunta: Se a irmã White estivesse viva hoje, e tornasse conhecimento dessas denúncias e da forma como são feitas, como reagiria? O que diria aos responsáveis? Dar-lhes-ia os parabéns pela iniciativa? Agradecer-lhes-ia por lembrar o povo de Deus de que, em vista de problemas administrativos, os dízimos devem ser retidos e administrados pessoalmente e "segundo a sua consciência"? (pág. 7 do pasquim). Desde quando a consciência deve ser o árbitro, o fator normativo em assuntos espirituais?

Pelo teor das denúncias, tenho a impressão de que se os acusadores voltassem ao ano 30 em Jerusalém, e fossem ao templo justo na hora em que a viúva pobre levava a oferta de sua única moeda, chamariam a velhinha de lado e diriam: "Não faça isso, irmã! Infelizmente nesta época não dá para propalar nossas denúncias quanto à corrupção do templo, porque afinal a imprensa ainda não foi inventada, e muito menos a Internet. Mas as corrupções são muitas e você não deveria trazer sua única moeda para estes corruptos administradores, deveria sim ficar com ela e empregá-la conforme sua consciência. "Foi o que Jesus fez? Deu-lhe Ele este conselho? Ou será que Ele não sabia o que ocorria no templo?

Não poderiam ser aquelas moedinhas viesse até contribuir, pouquinho é verdade, para que 30 moedas de prata fossem reunidas pelos sacerdotes e entregues a Judas para o fim que conhecemos? Que perdição! Mas Jesus não advertiu os doadores para que parassem de dar ao templo. Por quê? Porque este ainda era a casa de Deus. O certo seria levar mesmo a oferta ao templo, e quanto a como os lideres a administrassem, teriam que prestar contas a Deus. O dever do doador, todavia era ser fiel.

Nosso sistema administrativo?

Mais um ponto, antes que encerremos. A maioria dos dissidentes que hoje denunciam a Igreja, empenham-se por uma mudança no sistema administrativo dela. Querem, a todo custo, o congregacionalismo em lugar do sistema representativo, que é o nosso. Pobres almas! Não sabem pelo que estão pleiteando. Afirmo com absoluta confiança que volver ao congregacionalismo é um lamentável retrocesso que só bloqueará a Igreja no cumprimento de sua missão mundial, para que finalmente Cristo venha. É isso precisamente o que o diabo quer.

Como vão as igrejas congregacionalistas hoje? Avançam no mundo como deveriam e poderiam avançar? E qual são as igrejas que se tornam cada vez mais mundiais, que mais crescem? Não são as que sustentam um sistema administrativo não congregacionalista? Como foi que a Igreja Romana finalmente se tornou mundial? Podemos Ter certeza de que se ela, em sua história, tivesse adotado o congregacionalismo, nunca chegaria a ser o que é. Poderia ser alegado que menciono igrejas erradas para favorecer uma opinião contrária ao congregacionalismo. É claro que o catolicismo e outros que não adotam o congregacionalismo não estão certos no que respeita ao ensino e vivência das doutrinas bíblicas, como certos também não estão os que são congregacionalistas. Mas a forma como as igrejas não congregacionalistas são administradas as tem impulsionado. Não temos nós também uma missão mundial a cumprir? Vamo-nos volver agora para o congregacionalismo? É assim que queremos consertar a Igreja? Deus nos defenda desse "conserto".

Há mais ou menos um ano, participei de um simpósio da ASTE (uma entidade que reúne várias escolas evangélicas de teologia no Brasil) no Seminário Batista do Norte, em Recife, onde se discutiu o assunto de administração de Seminários Teológicos, principalmente com vistas a cursos de pós-graduação. Fui convidado a explicar como o nosso Seminário funciona. Expus que o SALT (Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia) opera em função da Igreja Adventista, e para entenderem como era esse funcionamento, expus o sistema administrativo de nossa igreja. No final, tive a oportunidade de responder a perguntas levantadas pelos ouvintes. Terminada a sessão, houve um intervalo, e para minha alegria fui abordado por reitores de diferentes Seminários, alguns para me parabenizar pelo sistema que adotamos. Um deles, batista, confessou-se triste por sua igreja ser congregacionalista e não adotar um sistema igual ao nosso, "Porque aí", disse-me ele, "os resultados seriam bem mais significativos, inclusive para o Seminário que eu dirijo". Esse é o testemunho de um homem de visão, que lamenta pertencer a uma igreja congregacionalista. E agora vêm alguns dissidentes tolos pleiteando por um sistema do qual as próprias igrejas congregacionalistas duvidam, enquanto nos admiram pelo sistema que empregamos.

Conclusão

Pode ser que eu esteja enganado, mas por detrás de toda denúncia contra o povo de Deus deve haver pessoas que nalgum momento de sua carreira adventista, sentiram-se feridas por alguém ou por algo na igreja, e estão magoadas ou decepcionadas, o que é lamentável, e escrever o que escrevem seja talvez a maneira de extravasar alguma revolta. Um tipo de desabafo. Isso também é lamentável, porque os ressentimentos, a revolta, o desabafo, deveriam ser enviados a Jesus, como João Batista fez com suas dúvidas quando estava na prisão; e não para as páginas da Internet , ou de uma carta, de um livro, de um pasquim.

Lembremos que a Igreja é propriedade do Senhor, e não nossa. Ele a tem nas mãos, e a está conduzido. Não tentemos fazer o que é atribuição dEle, porque certamente o faremos equivocadamente. O que tem de ser consertado sê-lo-á no tempo certo, do modo certo, e pela pessoa certa. "Vestida com a completa armadura de luz e justiça, entra a Igreja em seu conflito final." Testemunhos para Ministros, pág.17. Acredito plenamente nesta afirmação profética. Deus aparelhará a Igreja para esse momento decisivo, e finalmente a exibirá vitoriosa no glorioso dia; e com ela todos os que forem achados fiéis.

 

Fonte: Revista Adventista/ Maio de 2000