1.ª AULA
Por Milton Faro
O FOTOGRAFO PREVENIDO

Quando penso em viagem, penso em fotografia.

Fotografar é dar oportunidade de ver e rever os melhores momentos quando quiser. Este curso tem a intenção de oferecer dicas básicas da técnica fotográfica e do que é bom saber ou se lembrar sobre fotografia antes, durante e depois da viagem.

O primeiro passo, antes de viajar, é verificar as condições da máquina fotográfica.
Muitas vezes, o equipamento não utilizado nos últimos meses pode apresentar problemas e pifar na hora H.
A esposa nos testes da máquina e depois, na abertura do álbum
Por isso, antes de viajar, faça testes.
Compre um filme de 12 poses, tire fotos e as revele com tempo hábil para tomar providências caso seja necessário qualquer ajuste(considere perder até duas semanas entre orçamento e o conserto da máquina)


Gastar filme não é desperdício, é prevenção.
Pense nessa sessão fotográfica como o registro dos preparativos de viagem que sempre são divertidos (pelo menos para quem está viajando). Fotografe seu companheiro (ou companheira) com os passaportes na mão, durante a arrumação da mala, invente e inclua essas fotos na abertura do seu álbum.
Compre uma bateria sobressalente.
Nunca é demais. Não existe coisa mais chata que você estar em meio à natureza, longe da civilização quando surge aquela cachoeira maravilhosa e você vai tirar uma foto, mas a máquina não funciona. Bateria pifou.

Excesso de zelo? Pode ser. Em 1974, quando tinha 14 anos fiz a viagem dos meus sonhos para a Disneyworld. Tirei 7 filmes de 36 poses com uma Olimpus Trip emprestada do meu pai que, inclusive, duplicava o número de fotografias. Ou seja, foram 7 x 72 fotos, 504 fotografias, em 15 dias de viagem e NÃO SAIU NENHUMA.  Houve um problema no encaixe do filme.

A recordação que tenho foi graças a companheiros de viagem que emprestaram negativos. Quando anos mais tarde comecei a viajar com a esposa, passei a levar duas máquinas: uma mais complexa e outra mais simples. Fotógrafo escaldado tem medo de foto perdida.
Na compra, verifique a data de validade dos filmes.
Tenha certeza de que não estejam vencidos. Compre filmes extras. Eu prefiro os de 24 poses (se o filme estiver com defeito – é raro, mas pode acontecer -, serão menos fotos com problemas. Aquela velha história: fotógrafo escaldado tem medo de foto perdida).
A ASA do filme (ou ISO) diz respeito à quantidade de luz que aquele filme precisa para dar um bom resultado.

Quanto menor a ASA, maior a necessidade de luz. Ou seja, um filme de
ASA 100 é melhor para dias ensolarados, ambientes ao ar livre. O de ASA 400 é para quem gosta de fotografar em ambientes com pouca luz ou teme pegar um tempo chuvoso.

No entanto (e esse é um importante “no entanto”),
filmes de ASA mais baixa trazem mais qualidade na definição da foto. É uma pequena diferença, mas existe. Ou seja, suas fotos com ASA 100 ou 200 serão um pouco mais definidas e terão mais qualidade que a de ASA 400 ou 800.

No aeroporto, o temor do Raio -X


Se você está viajando para o Exterior, não se apavore na hora de passar com a bagagem de mão, com filmes virgens ou não, pelo Raio –X de segurança dos aeroportos. Eles garantem que não existe problema algum para filmes com ASA inferior 1000. Eu nunca tive nenhum problema.

Nem pense em incluir os filmes na bagagem despachada. O raio-X a que é submetida a mala, é mais forte que o da bolsa de mão e poderá prejudicar seu filme.
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