Página I

EDITORIAL
Nestes últimos meses, as notícias correm ao redor da falta de água e como conseqüência, a energia é racionada, e a fome ronda em áreas de seca.
A água é fonte primordial para a sobrevivência do ser humano. Acontece que vivemos em uma sociedade capitalista, onde a produção, o mercado, o lucro falam mais alto do que a pessoa e a natureza.
Assim, como tudo que provém da natureza, também a água está à disposição do ser humano. A questão do uso está em nossas mãos.
No mês de agosto, uma reflexão nos é proposta diante de nós: a questão Vocacional.
Deus nos envolve e perpassa em todas a fibras no nosso ser, como a água que jorra e invade todos os espaços.
Á água é gratuidade de Deus à humanidade. O chamado é gratuito, não custa. Mas, acolhê-lo exige decisão e compromisso. Só as decisões tomadas, assumidas faz a pessoa crescer em maturidade.
Muitos são os chamados que temos e tivemos em nossa vida. Que decisões tomamos diante destes chamados? Como catequistas poderíamos nos perguntar:
Sinto-me chamado/a?
Como respondo a este chamado.
O chamado cresceu em mim, está em processo de amadurecimento, de formação?

São Paulo foi chamado na estrada de Damasco. A entrada de Jesus em sua vida não foi pacífica, mas uma tempestade violenta. Ele mesmo diz: "Fui apanhado". "Fui conquistado por Jesus Cristo". (Fl 3, 12).
Paulo tinha 28 anos quando se confrontou ante as leis judaicas e a proposta do amor de Jesus Cristo. Foi um amor de aprendizagem, de conquista e amadurecimento junto com tantos irmãos e irmãs de caminhada.
Algumas frases nos permitem observar sua profunda decisão ao seguimento a Jesus Cristo:
- "Vivo, mas já não sou eu que vivo; é Cristo que vive em mim" (Gl 2, 20).
- "Se morremos com Cristo, também viveremos com ele" (Rm 6, 8).
- "Quando me sinto fraco, aí é que sou forte" (2Cor 12, 10).
- "Completo na minha carne o que faalta na paixão de Cristo" (Cl 1, 24).
- "Nada nos poderá separar do amor de Deus" (Rm 8, 35).
- "O que vale é a nova criatura&quoot; (Gl 6, 15).
- "Fé, esperança, amor. O maior doss três é o amor" (1Cor 13, 13).
Paulo tornou-se um grande catequista e missionário. Criou inúmeras comunidades. Foi um caminhante em nome de Jesus Cristo.
Mostrou por quantas dificuldades passou: "Fiz muitas viagens. Sofri perigos nos rios, perigos por parte dos ladrões, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar. Ainda, morto de cansaço, muitas noites sem dormir, fome e sede, muitos jejuns, com frio e sem agasalho. Três vezes naufraguei. Passei um dia e uma noite em alto-mar" (2Cor 11, 25-27).
Ele tem os pés firmes no chão. Vai à luta em meio aos conflitos, contradições e desafios, porque se sente profundamente amado por Deus.
Embuído de uma profunda espiritualidade e mística, Paulo sempre encontrou forças para anunciar a Palavra de Deus, viver a fé e até arriscar sua cabeça pela causa do Evangelho. Jesus continua chamando, convidando.
"Se queres... Vem e segue-me" (Mt 19,21). Quem de verdade tem seu encontro com Jesus, passa a ser seu seguidor e assume as exigências de ser eterno/a discípulo/a. Assim, fizeram os discípulos de Jesus: "Eles deixaram imediatamente a barca e o pai, e seguiram a Jesus" (Mt 4, 22).


APRENDER A AMAR PARA PERCEBER O CHAMADO.

Pe. João Francisco Salm, coordenador da Pastoral Vocacional, na Arquidiocese de Florianópolis nos diz que é preciso aprender a amar para perceber o chamado.
E sugere:

Em casa, na escola e na catequese poderiam ser desenvolvidas práticas segundo iniciativas diferentes no sentido de estimular e propiciar experiências concretas de amor tais como: perceber como na história de cada pessoa Deus sempre se fez presente, de formas tão diversas; estimular a gratidão diante dessa presença; ensinar a agradecer a Deus por tudo o que já se recebeu dele, por exemplo, abrindo mão do próprio lanche em favor de alguém, não importa quem; ou todos partilharem com todos o seu lanche; programar o voluntariado (coleta de agasalhos, visita a doentes e a idosos...), aquelas atividades que nascem de um coração generoso e desinteressado; ensinar a contar a todos a experiência que cada um fez ao amar assim...


Página II (Bíblia)

ATOS DOS APÓSTOLOS
Atos dos Apóstolos, deste mês, nos fala de como o "Testemunho de Jesus se espalha pelo mundo".
Apresenta este testemunho vivenciado entre conflitos como a perseguição e por outro lado há um grande sustento da fé, porque a comunidade se torna a casa acolhedora.

Veja e acompanhe a 1a. viagem de Paulo.



Página III

Dom Juventino continua sua reflexão sobre "COM ADULTOS NOVOS TEMPOS".
No seu artigo diz: A celebração da liturgia é o espaço que reúne, de forma assídua ou ocasional, o maior número de adultos nas comunidades. Dá ênfase ao ano litúrgico e a homilia como meios eficazes para trilhar um caminho de fé com os adultos.


IGREJA E EUCARISTIA


No artigo "Igreja e Eucaristia" nós temos uma bela reflexão em torno deste grande mistério de um Deus feito pão.

Quatro palavras fazem a síntese da vivência pelas 1as. Comunidades deste sacramento: Palavra, Fraternidade, Partilha e Oração.


Página IV

JESUS CRISTO:
CENTRALIDADE DOS SACRAMENTOS

Certamente, também, em nós ressoam as palavras de Jesus: "Vem e segue-me" (Lc 18,22). O nosso chamado pode ter sido feito em meio a tantos recuos, avanços, resistências... O fato é que decidimos responder ao seu chamado e aqui estamos nos passos do Mestre. Sabemos que somos seus discípulos, discípulas e queremos nos comprometer com Ele, ter sua vida dentro de nós, anunciar o seu Reino, e em seu nome libertar as pessoas de tudo o que as escravizam.

Para seguí-lo, Jesus nos coloca uma grande exigência: Amar como ele amou. Seguimento e sacramentos adquirem sentido cristão e se convertem em fonte de vida.

Os sacramentos sem o seguimento seriam meros momentos estanques que não conduzem a produzir mais vida. Seriam atos, ritos, símbolos vazios, palavras sem efeito e que chamaríamos de sacramentalismo, pois não insidem numa transformação plena de vida em cada pessoa e dentro da comunidade.

Sacramentos e seguimento são dinâmicos, pois caminham com a vida, fazem processo de mudança e crescimento nas pessoas. A celebração dos sacramentos e o seguimento de Jesus apontam para um mesmo fim, o Reino de Deus. Reino, proclamado por Jesus "Vida abundante para todos" (Jo 10, 10).

A Palavra de Deus nos apresenta um único Deus presente no meio de seu povo, o Emanuel, mas é o mesmo Deus que se esconde também nos simples símbolos sacramentais.

"Esse Deus que escuta os pobres, que desce e luta por eles e com eles, é o Senhor da História. Esse Deus que se esconde por trás da água do Batismo, das pobres mãos de seu ministro, por trás de um pouco de azeite bento, do pão e do vinho, do "sim" que um homem e uma mulher se dão em sua presença, esse "pobre Deus" é o mesmo que ressuscitou o Crucificado e nos fará participar com Ele da "Vida em abundância" pela graça e força de seu Espírito" (Pobres Sacramento?! Juan Fernando López, pág 114).

"Os Sacramentos são símbolos, gestos e palavras que pela ação do Espírito fazem presente, em meio da comunidade, a Jesus Cristo, seus sinais, seus gestos e suas palavras, sua prática e sua vida toda.

Os Sacramentos atualizam a Vida de Jesus na comunidade cristã, a Igreja" (Idem, pág. 119). Para todo cristão e cristã conhecer e seguir a Jesus Cristo é de suma importância para fazer um processo permanente de caminhada na fé.

Os sacramentos ajudam a revitalizar, alimentar a vida e a fé diante das fraquezas, desânimos, lutas e desafios que o cotidiano nos apresenta.

Precisamos assumir com garra e entusiasmo o seguimento de Jesus, e nos abastecer nas fontes que jorram de seu coração: os SACRAMENTOS.

CATEQUESE COM ADULTOS

No mês passado apresentamos algumas tarefas possíveis de serem realizadas com os adultos. Neste número, gostaríamos de continuar, mostrando outras formas de ações que podem servir de inspiração para o nosso trabalho com adultos. Um questionamento fica presente: Como em nossas comunidades podemos realizar estas ações?

01 - COMPROMETER OS LEIGOS A UM MAIOR APROFFUNDAMENTO DE SUA FÉ, A PARTIR DA PALAVRA DE DEUS, LIGANDO ESTA COM A VIDA.
02 - DESENVOLVER COM OS ADULTOS UMA ESPIRITUALIDADE CENTRADA NO SEGUIMENTO DE JESUS CRISTO.
03 - EDUCAR OS ADULTOS NO COMPROMETIMENTO COM A SOLIDARIEDADE E A JUSTIÇA.
04 - INSERIR A PESSOA ADULTA NA VIDA DA COMUNIDADE, COLOCANDO SEUS DONS E TALENTOS A SERVIÇO DO CRESCIMENTO DE TODOS.
05 - APROVEITAR DE CADA ADULTO A RIQUEZA DE SUA EXPERIÊNCIA PESSOAL, EM TODAS AS DIMENSÕES PARA O CRESCIMENTO DOS VALORES EVANGÉLICOS.
06 - EDUCAR OS ADULTOS PARA UM MAIOR DISCERNIMENTO QUANTO À LEITURA E USO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO À LUZ DO EVANGELHO.
07 - DAR MAIOR ATENÇÃO À DIMENSÃO ECUMÊNICA, LEVANDO A UMA RELAÇÃO DE RESPEITO MÚTUO E DIÁLOGO.
08 - FAZER PARCERIAS COM OS DIFERENTES E DIVERSOS MOVIMENTOS ECLESIAIS PARA MAIOR CONSCIÊNCIA DA RESPONSABILIDADE DE ASSUMIR UMA CATEQUESE COMO PROCESSO PERMANENTE, INTERAGINDO FÉ E VIDA, MOTIVANDO-OS A COLABORAR PARA QUE ESTE PROCESSO EXTRAPOLE O PRÓPRIO MOVIMENTO E SEJA EFETIVADO DENTRO DAS COMUNIDADES.
09 - PREPARAR AGENTES, CATEQUISTAS CAPAZES DE ASSUMIR A FORMAÇÃO COM ADULTOS, LEMBRANDO NESTA CAPACITAÇÃO, O MODO DE JESUS LIDAR COM OS ADULTOS.
10 - APROVEITAR TODAS AS OCASIÕES EXISTENTES EM NOSSAS COMUNIDADES: CAMPANHA DA FRATERNIDADE, LITURGIAS, MOMENTOS DE FESTA, NOVENAS, GRUPOS DE REFLEXÃO, PROCISSÕES, CONCENTRAÇÕES, ROMARIAS... PARA PROMOVER UMA FORMAÇÃO DE ADULTOS VISANDO MAIOR MATURIDADE NA FÉ, DESMISTIFICANDO O QUE NOS DIZ O DOCUMENTO CR 130: QUE NOSSO ADULTO TEM UMA FÉ INDIVIDUALISTA, INTIMISTA E DESENCARNADA.
11 - FORMAR UM LAICATO MADURO QUE VENHA ASSUMIR DE FORMA MAIS COMPROMETIDA AS QUESTÕES POLÍTICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS DE NOSSO PAÍS. PARA ISTO É PRECISO DAR IMPORTÂNCIA, À DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA, ENTRE OS MUITOS CONTEÚDOS DE FORMAÇÃO.
12 - ORGANIZAR ITINERÁRIOS DE FÉ QUE VENHAM RESPONDER ÀS INTERROGAÇÕES, DESAFIOS, SITUAÇÕES, SONHOS, BUSCA DE CRESCIMENTO E DE SENTIDO À VIDA PRÓPRIOS DE CADA ADULTO.

Encarte de setembro / 2001

 

Página I

EDITORIAL
Sempre, no mês de setembro, olhamos com carinho para a Palavra de Deus. O que não pode acontecer, é que esta Palavra seja lembrada, celebrada e vivida apenas neste mês. Seria, para o cristão/ã comer apenas em um mês por ano. Isto seria impensável e que não poderia acontecer. Porém, podemos dizer, que hoje, existe um grande despertar para um maior aprofundamento em conhecer a Bíblia. A Bíblia é o livro da fé por excelência para os adultos, pois contempla inquietações, buscas, problemas, aspirações que dizem respeito à vida destes mesmos adultos. "A Sagrada Escritura mostra o itinerário de um povo que lê os sinais de Deus na sua história" (CA 80). Em Atos dos Apóstolos a Palavra vem citada cerca de 36 vezes. A grande missão dos protagonistas do livro de Atos é anunciar a Palavra de Deus. No centro do anúncio está Jesus: sua vida, morte na cruz e sua Ressurreição. "Que todo povo de Israel reconheça que este Jesus, que crucificaste, Deus o nomeou Senhor e messias" (At 2, 22-23. 32.36). A Palavra em Atos faz caminho. Lucas conta com entusiasmo a sua expansão. Onde ela era bem acolhida, transformava, renovava e libertava. O anúncio da Palavra era a catequese básica dos primeiro missionários e missionárias. Vejamos, o testemunho entusiasmante de Lucas ao contar o avanço da Palavra. - "Entretanto, a Palavra de Deus se espalhava. O número dos discípulos crescia muito em Jerusalém..." (At 6, 7). - "A Palavra de Deus crescia e se multiplicava" (At 12, 24). - "No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a Palavra de Deus" (At 13, 44). - "Então, com mais coragem ainda, Paulo e Barnabé declaram: Era preciso anunciar a Palavra de Deus, em primeiro lugar a vocês, que são judeus" (At 13, 46). - "Os pagãos ficaram muito contentes quando ouviram isso, e começaram a elogiar a Palavra do Senhor. Desse modo, a Palavra do Senhor se espalhava por toda a região" (At 13, 48-49). Paulo recomenda às comunidades: proclamar e testemunhar o poder da Palavra de Deus. É ela que edifica a Igreja. ... "Testemunhar o Evangelho da graça de Deus" (At 20, 24). A Palavra de Deus questiona, interpela a nossa vida e missão. Questiona diante do perigo de tornar esta Palavra, uma palavra sem efeito pela nossa falta de coragem, entusiasmo, perseverança. Interpela diante de uma sociedade que esquece o valor da vida, do relacionamento fraterno, de uma convivência justa na comunidade. Por outro lado, sabemos que a Palavra aquece, anima, converte, transforma. Que possamos marcar o nosso tempo, como tempo do avanço transformador da Palavra de Deus.


AONDE O TEU PÉ PISA, O TEU CORAÇÃO AMA
E A TUA CABEÇA PENSA

A partir do texto de Lc 24, 13-35, Maria Soave propõe 6 reflexões para a leitura popular da Bíblia, animando assim a caminhada catequética.
1 - A primeira Palavra de Deus: a Vida. O primeiro passo do catequista é estar no seguimento e na imitação de Cristo: caminhar junto na partilha da vida das pessoas.
2 - Insistir na escuta da Vida. Não é tempo perdido parar para ouvir, partilhar, animar a Vida das comunidades.
3 - A Palavra de Deus na Bíblia. Não se lê a Bíblia para buscar informações passadas, mas para clarear o presente à luz da Palavra de Deus.
4 - Bíblia: livro feito em mutirão. Não se está sozinho na caminhada da construção do Reino. Interpretar a Bíblia é uma atividade comunitária.
5 - Reconhecer Jesus na Partilha. O espaço das comunidades é o lugar da escuta da Palavra, da partilha, da celebração, do compromisso...
6 - Naquela mesma hora, levantaram-se. Assumir a missão em defesa da Vida, sobretudo onde está mais ameaçada.


Página II (Bíblia)

A SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA

Pe. Celso Loraschi anima a continuação do Estudo de Atos dos Apóstolos - A segunda viagem missionária de Paulo (At 15, 36-18,22) ressalta o entusiasmo de duas equipes: Paulo e Silas, Barnabé e Marcos. a viagem se dá em meio a contratempos e dificuldades, mas motivada pelo Espírito Santo. Surge uma nova comunidade cristã: Filipos, liderada por mulheres (Lídia é destaque). Em Filipos, os missionários "anunciam o caminho da salvação". Libertar da escravidão é a mensagem que causa conflitos, mas a missão continua sem parar. estendendo-se a outras cidades da macedônia e Grécia, culminando com a solidariedade aos trabalhadores.


Página III

OCASIÕES DE CATEQUESE COM ADULTOS
Muitas são as oportunidades que o adulto encontra para aprofundar sua fé, é o que sugere Dom Juventino, bispo de Rondonópolis - MT. O ambiente mais natural é sua participação numa comunidade de vida, de celebração e de partilha. Por isso, se fala em "Catequese Ocasional". Muitas são as ocaciões propícias para se evangelizar, principalmente adultos: celebraçõs do matrimônio, funerais, 1a eucaristia, visitas a enfermos, aniversários, festa do(a) padroeiro, lugares de peregrinação, santuários....

IGREJA POVO DE CONVOCADOS

Inspirando-se no livro dos Atos dos Apóstolos, Pe. Vitor Feller, professor do ITESC, propõe uma reflexão sobre "chamado". a Igreja dos primeiros cristãos era um povo de pessoas chamadas, convocadas, congregadas pela Palavra de Deus, com vistas a receberem a graça da fé e da salvação e a serem enviadas em missão. O chamado é para todos. Expressa alegria no testemunho do Senhor e estimula para a comunhão que salva.

 

 

Página IV

S A C R A M E N T O S : A IGREJA FAZ OS SACRAMENTOS E OS SACRAMENTOS FAZEM A IGREJA

Ir. Marlene Bertoldi, coordenadora de catequese, propõe a seguinte dinâmica para porporcionar a reflexão diante da comunidade acolhedora, afetuosa, relacional.

DINÂMICA (A Construção da Comunidade)
- Usar um pedaço de jornal para cada participante.
- Colocá-lo no chão, debaixo dos pés, coomo se fosse uma casa.
- Pedir aos participantes se espalharem no espaço e cuidar do jornal pois é a sua casa. Cada um/a escolhe uma palavra contida no jornal, para poder se aproximar de um vizinho para conversar. A palavra pode conter um problema, uma conquista, que afeta ou ajuda a vizinhança, a comunidade.
- Aproximar-se de dois a dois, carreganddo sempre o jornal, depois, de três a três até atingir o grupo todo (se for no máximo 15 pessoas).
- O grupo deverá saber as palavras de caada um e nelas perceber quais as coisas boas e os problemas que estão presentes.
- O animador fará com que o grupo se orgganize em comunidade, tentando preservar as coisas boas e buscar soluções para os problemas.
- A organização deverá partir de cada caasa-jornal que exigirá , sair do seu lugar, ir ao encontro, dialogar, respeitar, até chegar a uma forma adequada de comunidade, sobretudo circular.

FAZER UMA AVALIAÇÃO

1) Formamos uma comunidade? Sim. Não. Por quê?
2) Quais as dificuldades encontradas. O que mais ajudou na organização?
3) O que precisamos fazer para chegar a uma convivência comunitária?

 

NOVOS CAMINHOS COM OS ADULTOS
O Doc. 80, com adultos, catequese adulta, nos desperta para "utilizar métodos e procedimentos que estejam de acordo com a condição do adulto como sujeito, com a compreensão de Igreja como lugar de comunhão e participação e com a exigência de ler e transformar a realidade à luz dos valores do Reino. Três verbos ou ações ajudam a descrever o trabalho do catequista" (CACA 160). a) O EDUCAR: A catequese Será sempre um ato de educar, porque ajuda a pessoa a desenvolver e crescer no seu potencial de vida e fé. Paulo Freire nos diz que: "Ninguém educa ninguém. Ninguém se educa sozinho. Nós nos educamos em comunidade". Portanto, todo adulto é sujeito de sua educação. A educação acontece a partir dos relacionamentos, da convivência, da descoberta de valores, das lutas do povo, das celebrações, da leitura orante da Palavra, e também de uma catequese bem organizada, envolvente, participativa... b) O ENSINAR: Toda educação tem via de mão dupla: ensinamos e aprendemos. Tanto catequistas como catequizandos carregam a bagagem da experiência. Esta precisa ser compartilhada. Porém, necessita ser enriquecida com outros conhecimentos, sejam da Palavra de Deus, da doutrina da Igreja, como também da vida e das ciências humanas. Ensinar não é pensar pelo outro, mas construir o saber em parceria. c) O INICIAR: A iniciação faz parte do processo educativo. Para realizar qualquer ação é preciso fazer experiência de iniciar, isto é, inicia-se numa profissão, em tarefas diversas, na convivência comunitária... Faz-se sempre um caminho experiencial. Dentro da catequese é importante uma iniciação à liturgia, aos sacramentos, à convivência comunitária, na luta pela solidariedade, justiça, no exercício dos ministérios... Os três verbos representam três ações complementares. Apresentam no seu processo, tarefas capazes de provocar um pensar, viver e agir conforme os valores evangélicos.

Encarte de Outubro / 2001 = missão

Página I

EDITORIAL
O Papa João Paulo II na sua encíclica Redemptoris Missio assim se expressa no no 1 - "A missão de Cristo Redentor, confiada à Igreja, está ainda longe de seu pleno cumprimento". O mandato de Jesus "Ide por todo o universo..." parece ter perdido, um pouco de seu entusiasmo, garra, força por parte de nós, cristãos.
O que nos falta, hoje, para voltar ao primeiro amor ardoroso das primeiras comunidades e de seus protagonistas?
São Paulo, o missionário incansável assim nos diz: "Porque, se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois que me foi imposta esta obrigação: ai de mim se não evangelizar" (1 Cor 9, 16).
A) Ser missionário, hoje, é ir ao encontro e reconstruir a vida de tantas pessoas que vivem à margem de nossa sociedade. Construir a vida é ir contra tudo o que a destrói. Hoje são muitas as formas que geram morte: violência, fome, discriminação, preconceitos, desigualdades... Jesus se apresenta como o enviado pelo Espírito (Lc 4, 18), para proclamar a boa notícia e para dar a vida em resgate de todos (Mc 10, 45).
B) Somos convidados a sermos missionários na construção de comunidades.
Precisamos fazer de nossas comunidades espaços de acolhida, partilha, solidariedade. Só assim, será possível um crescimento mútuo, e uma vivência relacional mais humana, terna e de mais confiança. Jesus mesmo vivenciou o espírito de uma comunidade, a comunidade dos apóstolos e deixou este mandamento "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 13, 34).
C) Somos todos convocados a sermos missionários, nos mais diversos ambientes.
A missão de Jesus confiada aos apóstolos e à sua Igreja tem uma dimensão universal: por todos (Mc 10, 45), para toda a criatura (Mc 16, 15) e ainda para todos os povos (Mt 28, 19).
Nossa missão é continuar a missão de Jesus. Nossa presença no trabalho, no lazer, na rua, na escola, na igreja será marcante pelo espírito de serviço. Não significa dar coisas, mas sobretudo algo de nós.
"Como o Pai me enviou, também envio a vocês" (Jo 20, 21). Somos enviados a sermos testemunhas de Jesus, anunciando com a palavra e a Vida a Boa Notícia.
D) Somos todos convidados a sermos missionários da Palavra.
A Palavra de Deus estava no centro da vida dos primeiros cristãos.
Ela caminhava como caminhavam os primeiros missionários, de comunidade em comunidade. Nestas, a Palavra assumia o rosto de solidariedade, de justiça, de fraternidade... Portanto, era uma Palavra concreta onde o autor de Atos assim fala: "Não havia necessitados entre eles" (At 2, 42-47).
A palavra catequese significa fazer ecoar, fazer ressoar. Com espírito missionário todo/a catequista é convocado a tornar viva a mensagem a todos aqueles que amadurecem na decisão de seguir a Jesus Cristo, levando em conta as suas necessidades, situações e aspirações. Todo e toda catequista carrega em si o ardor missionário e alimentará este como uma forte chama em toda a comunidade.
Terá ainda, todo/a catequista, um olhar carinhoso e as mãos abertas, para tantos missionários que vivem além fronteiras, lembrando-os, junto aos seus catequizandos, como testemunhas vivas da missão de Jesus.

Ir. Marlene Bertoldi


MISSÃO: "SEREIS MINHS TESTEMUNHAS"
Outubro, mês das Missões, faz-nos perceber que o Projeto de Jesus se espande para o futuro e abarca todos os povos da terra. A Ir. Anna Tomelin presta-nos uma reflexão a partir da ação missionária de Paulo, o apóstolo das gentes. A grauidade foi a marca da experiência que Paulo teve no dia de sua conversão, funda e acompanha as comunidades com grande solicitude, organização inculturada, comunicação envolvente, dureza na defesa dos valores, acolhida e atenção às necessidades... Sua caminhada é marcada por perseguições e sofrimentos, mas superados pela força do Ressuscitado que, com seu Espírito, invade o mundo pelo testemunho das comunidades.

Página II (Bíblia)

A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA:
CONHECER e SEGUIR o CAMINHO DE JESUS


A 3a Viagem missionária de Paulo e sua equipe é o foco da narração de At 18, 18-21, 16. Pe. Celso Loraschi, pároco da Diocese de Lages - SC, favorece-nos uma agradável motivação a partir do empenho da missão paulina. Paulo, bom orador, aproveita o dom que recebeu de Deus para levar as outras pessoas ao conhecimento e ao seguimento de Jesus Cristo. Em Éfeso, Corinto e na região da Acaia, o missionário Paulo prega e evangeliza com ardor. Contudo, Paulo encontra pessoas de más intenções que, em nome de Jesus, enganam o povo. São impostoras. E os conflitos contrinuam: Não se pode servir a dois senhores. A religião não pode visar lucro e servir a interesses grupais. Jesus é o único Senhr e Deus. as comunidades cristãs procuram viver a fraternidade a a partilha, onde ninguém passa necessidades. Esta é a evangelização para levar vida para todos...


Página III

COM ADULTOS, CATEQUESE ADULTA
Neste mês de outrubro (de 8 à 12), realiza-se a 2a Semana Brasileira de Catequese, em Itaici-SP. Dom Juventino, bispo de Rondonópolis-MT, escreve-nos sobre o tema e o lema daquela "Com Adultos, Catequese Adulta" (tema) e "Crescer rumo à maturidade em Cristo" (lema) apontam para a necessidade de uma catequese que responda aos problemas, às necessidades, às aspirações dos adultos no contexto brasileiro atual. O tema quer centrar sua atenção na realidade do adulto como interlocutor e destinatário privilegiado da catequese. é dever da comunidade cristã oferecer aos adultos um projeto de educação de fé segundo suas possibilidades, considerando suas experiências e seus desafios...

IGREJA: COMUNIDADE DA PALAVRA
Para os primeiros cristãos, a Palavra de Deus estava no centro de tudo. Eles viviam anunciando a Palavra. Onde a Palavra era bem acolhida, transformava, renovava, livertava com resultados impressionantes. Inspirado no livro dos Atos dos Apóstolos, Pe. Vitor G. Feller da Coordenação de Pastoral de Florianópolis, lembra-nos que a Palavra de Deus estava no coração e na mente dos(as) discípulos(as) de Jesus. Infelizmente, hoje, alguns cristãos (se é que o são!) põem à frente da Palavra outras coisas. A Palavra deve estar no centro de tudo para fazer comunidade, transformar-se em justiça e solidariedade, promovendo vida digna para todos.

Página IV

S A C R A M E N T O S:
SINAIS DO AMOR DE NOSSO DEUS

Nesta página, Ir. Marlene Bertoldi, apresenta-nos uma orientação sobre sinais e símbolos nos sacramentos, e nos propõe dinâmicas. Os sacramentos prermitem-nos fazer a experiência do encontro com o amor de Deus que se faz humano no meio de nós.

DINÂMICA
No dia-a-dia percebemos a presença de tantos símbolos, sinais e gestos que falam de muitas realidades. Ou ainda, são capazes de trazer à nossa mente muitas coisas de grande significado:
1) Trazer uma caixa de presente, enfeitada e bonita.
. Passá-la entre os presentes em silêncio,
. Um jogará ao outro: quem a receber dirá uma palavra significativa.
. Solicitar que alguém dramatize algo em silêncio com a caixa. . Alguém diga uma frase a partir da caixa.
2) Descobrir em grupo a partir das atividades acima: .
Os mais diversos gestos usados.
. Palavras pronunciadas.
. O que significou brincar com a caixa.
. O que ela lembrou de nossa vida.
As taças, a caixa... são objetos que lembream algo mais. Esles possuem grande significado dentro da realidade que vivemos.

Os 7 Sacramentos expressam gesto de Jesus, têm como centro a realidade e a vida de Jesus. Vejamos: Batismo - sacramento da dingidade; Crisma - sacramento da responsabilidade; Reconciliação - sacramento da convivência; Unção doos Enfermos - sacramento da esperança; Ordem - sacramento do serviço; Matrimônio - sacramento do amor.
Os sacramentos dão força e coragem, ânimo e inspiração para uma vida mais cristã. Pelos sacramentos Jesus confirma sua missão: "Vim para que todos tenhma vida e Vida em abundância".


TRABALHANDO COM ADULTOS

Em seu livro "Catequese de adultos" Emílio Alberich e Ambroise Bniz, propõe quatro fatores básicos de atuação, no trabalho com adultos:

1) A PALAVRA: Nela podemos relacionar tudo o que se refere ao conhecimento. Hoje, o conhecimento é adquirido de muitas formas. Vejamos a experiência prática de um pescador que conhece os detalhes da vida do mar. Assim pode falar com conhecimento de causa. Outros conhecimentos são passados via discussão, exposição de conteúdos, reflexão partilhada, visualizada, ainda pela arte, cultura e sobretudo pela convivência. A palavra permite ao adulto maior comunicação e comunhão. Com os adultos, procuramos partilhar a palavra da experiência, do conhecimento, dos conteúdos?

2) A RELAÇÃO: O ser humano foi feito para a convivência comunitária. Nas relações há a expressão de amizade, de amor, carinho, ajuda, generosidade, gratuidade... Precisamos despertar todos os adultos a uma convivência fraterna, justa, de solidariedade, confiança e paz, diante de um mundo violento e de coração insensível... A nossa catequese preocupa-se em desenvolver uma educação que permite criar relações fraternas e de acolhida?

3) A AÇÃO: Vem do compromisso que leva a atividade de promoção humana, testemunho, colaboração e participação na comunidade e na sociedade. (CA 163). Aqui se coloca em evidência o fazer, o aprender fazendo. Os nossos adultos são despertados para integrar Fé e Vida, isto é, para a prática de ações transformadoras?

4) A CELEBRAÇÃO: Esta se expressa no cotidiano, que envolve a pessoa toda. A vida é uma eterna celebração. "Manifesta-se pelas ações simbólicas, ritos, festas, canto, dança, expressões de sentimento e emoções, orações, meditações, evocando a presença de Deus, no hoje. (CA 163). Os adultos, em nossas comunidades, são sujeitos ativos nas celebrações? São estas envolventes? Ao trabalhar com adultos precisamos ter presente estas quatro funções e ainda, estas necessitam estar articuladas para qualificar melhor os/as participantes.

Encarte de Novemb/2001 = amor gera a paz

Página I

EDITORIAL
Os ditados populares nos fazem refletir. Um deles nos diz: "Ninguém fica para semente". Isto é, somos seres que caminham para a morte. O ditado, também nos diz uma das certezas absolutas de nossa vida, é a de que vamos morrer.
Hoje, o mundo faz de tudo para que a gente não pense na morte, muito menos, nos apresenta propostas para uma preparação adequada.
Desde que se nasce a perda faz parte do nosso cotidiano. A perda é sempre uma morte e ela nos capacita a suportar os limites da existência.
O importante não é fazer como o avestruz, que diante do perigo afunda a cabeça na terra. O ser humano é capaz de criar resistências que lhe permitem viver diferentes realidades: dor e alegria, sofrimento e prazer, vida e morte.
A questão de vida e morte, quando consideradas à luz da fé cristã, adquire um sentido mais profundo. Foi o próprio Jesus, que através de sua morte nos abriu a porta da esperança futura. "Jesus, passou pelo mundo fazendo o bem e morreu confiando no pai. Sua ressurreição abrir-nos-á caminho para uma vida nova, se vivermos como Ele" (1Cor 15).
Paulo termina este capítulo dizendo: "Assim, queridos irmãos, sejam firmes, inabaláveis; façam continuamente progressos na obra do Senhor, sabendo que a fadiga de vocês não é inútil no Senhor" (1Cor 15, 58). "Morrer significa estar para sempre com o Senhor" (1Ts 4, 17). "Se o grão de trigo não morrer..." (Jo 12, 24).
Não há morte sem germe de vida. A morte, a dor, o limite, o sofrimento são momentos de salto para a vida. Não ganhamos a vida só para nós. Mas, estaremos em todos aqueles que deixarmos as marcas do amor, da bondade, da justiça e da paz.
Pela mentalidade do mundo parece um absurdo perder a vida pelos outros, isto é: dedicação voluntária aos pobres, doentes, pequenos gestos de solidariedade, uma vida dedicada aos excluídos em países distantes, presença no mundo das guerras para consolar, escutar.... doar-se sem esperar recompensas, no anonimato... Porém, ao perder-se pela vida em favor de outros ganha-se a própria vida multiplicada por todos.
A experiência histórica nos confirma isto. Vejamos a vida de pessoas que marcaram as nossas comunidades. De quem, lembramos? Sem dúvida também vem à nossa mente homens e mulheres que lutaram por mais vida: Madre Paulina, Tereza de Calcutá, Dom Helder Câmara...
Jesus nos deixa a lição: "Quem quiser salvar sua vida perdê-la-á, mas quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho salva-la-á" (Mc 8, 35). A reflexão sobre a morte deve ajudar-nos a levar uma vida digna, responsável, de trabalho e de luta para melhorar a sociedade. O Deus da vida nos convida a trabalhar para que a vida triunfe sobre a morte, sobretudo da morte gerada pela fome, desemprego, acidentes... Deus quer que "todos tenham vida e vida em plenitude" (Jo 10, 10).

Ir. Marlene Bertoldi

O AMOR QUE GERA A PAZ

"Como viver a paz?" É o questionamento que leva Fernando Anísio Batista, coordenador da PJ da Arquidiocese, a tecer sua reflexão. Promover a paz é um desafio e exercício cotidiano, a exemplo de Jesus. Promotor da paz é o que pratica o AMOR, a JUSTIÇA, a SOLIDARIEDADE. Para tanto, é necessário estabelecer uma relação de irmãos, buscar tranqüilidade interior, proporcionar momentos reflexivos sobre as atitudes e relações humano-afetivas, vivenciar o sagrado presente nas pessoas e no mundo.
E porque a paz é tão necessária nos tempos modernos, o CMI - Conselho Mundial de Igrejas, e, no Brasil, o CONIC - Conselho Ncional de Igrejas Cristãs, propõem a realização de uma década que supere a violência (2001-2010). E nós?...


Página II (Bíblia)

ATÉ OS CONFINS DOS MUNDOS
A quarta e última viagem missionária de Paulo, em At 21, 7-28, 31, enfatiza sua coragem e força, a confiança em Deus, e a doação aos irmãos(ãs). Pe. Celso Loraschi, de Lages- SC, apresenta-nos as últimas palavra em Atos:apesar dos perigos externos (falsos profetas) e internos (interesses pessoais) pelos quais passam as comunidades, é preciso cuidar das ovelhas, a exemplo de Jesus, o bom pastor.
Para isso o Missionário Paulo e sua equipe fizeram todo o possível, sendo "prisioneiros do Espírito Santo", não se intimidando diante das ameaças do sistema que gera a morte, persistindo no caminho de Jesus, anunciando a ressurreição dos mortos, reagindo ao poder contestador sem violência e sem vingança, e difiundindo o Evangelho, como caminho de vida e de salvação para todos os povos.


Página III

"COM ADULTOS NOVOS TEMPOS".
A realidade popular, ao longo da história da catequese no Brasil, tem contribuido muito na educação da fé. D. Juventino, bispo de Rondonópolis - MT, diz que os adultos encontram na religiosidade popular expressões da busca de Deus e de vida religiosa, carregada de vervor e de pureza de intenções. A missão da catequese é ajudar as pessoas a se abrirem para a inserção nos tempos atuais, na busca de uma vida cristã esclarecida, partindo dos valores da religiosidade popular. Dentre várias expressões da religiosidade do povo, encontramos as devoções Marianas. A presença meiga e terna de Maria é percebida em muitas regiões deste país.


NA POBREZA DA IGREJA, A FORÇA DO EVANGELHO

Uma das críticas que se faz à Igreja diz respeito à sua riqueza: templos, palácios, edifícios, terras, colégios, hospitais, museus... Para muitas, é difícil entender que a Igreja, grandemente responsável pela criação e pela história da civilização ocidental, é portadora da riqueza desta mesma civilização. Pe. Vitor G. Feller, da coordenação de Pastoral da Arquidiocese, esclarece que, a partir do Concílio Vaticano II (1962-1965) acontece um processo de empobrecimento da Igreja, isto é, a Igreja fez sua a opção de Jesus pelos pobres: fez reforma agrária em suas terras, abriu colégios e hospitais aos pobres, tornou mais simples sua liturgia e seus templos... A opção preferencial pelos pobres, a exemplo de Jesus, somada à confiança em Deus, na austeridade de vida e na partilha dos bens, são traços evangélicos da Igreja na América Latina (cf. DSD 180).


Página IV

BATISMO: FESTA DA VIDA E DO NOME

Todo ser humano tem direito à vida digna. O batismo é o sacramento da dignidade, que nos faz iguais perante Deus. Ir. Marlene Bertoldi, coordenadora de catequese da Arquidiocese, propõe as seguints dinâmicas para que se perceba o sério compromisso a que o batizado(a) é chamado(a) a assumir.
A) DINÂMICA:
. O nome faz parte da história de cada pessoa. Desde pequenos atendemos prontamente quando somos chamados pelo nosso nome. Todo nome na Bíblia tem um significado. Assim: Jesus (Deus salvador) Maria (querida do povo) João (Deus é favorável).
a) Entregar aos participantes uma folha de papel ofício. Através de um desenho ou recorte, cada qual expressará, qual o significado que gostaria que seu nome tivesse. Ex.: Solange (Sol que brilha) Luana (Lua crescente) Roger (Rocha de Deus)
b) Após cada um/a expressará o porquê do significado.
c) Poderá ser feito um belo mural com os nomes dos participantes e seu significado.

B) DINÂMICA:

a) Colar no peito o nome de cada participante.
b) Preparar muitas palavras que se relacionam com o Batismo e o nome.
c) Cada participante poderá pegar à vontade uma palavra.
d) As palavras podem ser: dignidade, respeito, acolhimento, vida; testemunho, alegria, fé, amor, justiça, solidariedade, confiança, missão, Deus, profeta, benção, comunidade...
e) Cada grupo criará uma frase, uma trova, ou um canto, a partir do nome de cada um com as palavras dadas. Exemplo: O Paulo nos diz que é justiça. Que é a mesma missão de Ciça. Porém, a Maria e o Valmor carregam em seu nome, o amor.
f) Apresentar ao grande grupo.
No batismo se é chamado(a) à fé. Além do próprio nome recebe-se a unção em nome de Cristo; é-se cristão(ã). O batismo é o primeiro sacramento, confere o Espírito Santo, é o sacramento da pertença e da fé, faz do cristão(ã) sinal de Deus, é o fundamento da cumunhão dos cristãos, confere um compromisso missionário, marca com o selo de pertença a Deus...
Para viver bem seu batismo, como seguirdor(a) de Cristo, é preciso procurar conhecer e criar relações de amizade, lutar para que todos tenham um nome, honrar o nome de cristão(a), incentivar as famílias como lugar de acolhida e respeito, assumir a consciência da maturidade em Cristo, alimentr a fé pela leitura bíblica...

COM ADULTOS, CATEQUESE ADULTA

O Brasil inteiro se mobilizou em torno da 2a SBC. A realização deste evento entusiasmou todas as nossas comunidades.
Esta semana será um marco que ficará na história da caminhada da Catequese.
Os participantes apresentaram questionamentos, desafios, problemas, dificuldades e ausências em torno da catequese com adultos tem. Para isso, é preciso que se busque colocar na prática uma metodologia que ajude a despertar no adulto motivações de assumir com convicção sua fé.
Para isso, a catequese com adultos precisa levar em conta:
1) PARTIR DA EXPERIÊNCIA DE VIDA DE CADA ADULTO.
Tudo o que é experimentado assume um grande valor. Por isso, a catequese necessita olhar para cada pessoa e perceber suas aspirações, sentimentos, emoções, sonhos, conquistas, crises...
2) VALORIZAR A EXPERIÊNCIA COMUNITÁRIA
Continuam importantes os grupos de convivência por afinidade, ou ainda por livre escolha (amigos, etnias, grupos culturais, religião...). Em nossa igreja fala-se em grupos de reflexão, círculos bíblicos, escolas teológicas, bíblicas, catequéticas, cebs, movimentos... A catequese precisa inteirar-se não só dos grupos de igreja, mas também na diversidade de grupos que existem, para que cada participante possa expressar seu encontro pessoal com Deus e ainda possibilitar uma convivência respeitosa e solidária com os outros.
3) OFERECER MEIOS ADEQUADOS PARA CULTIVAR A EXPERIÊNCIA DE FÉ.
Para isso, é preciso oportunizar para que cada adulto realize o encontro pessoal com Cristo vivo, hoje, através da Palavra, da liturgia e do encontro fraterno com os irmãos.
4) DESENVOLVER UMA ESPIRITUALIDADE BASEADA NA PALAVRA DE DEUS.
A leitura Orante da Bíblia permite ao adulto aprender a rezar, meditar, fazer um confronto com a própria vida, e ainda perceber as exigências que esta Palavra oferece. A Palavra de Deus se apresenta como fonte. Então é preciso motivar os adultos a achegar-se a esta fonte para saciar a sede. Estes quatro passos são fundamentais, mas o caminho a percorrer será sempre o Evangelho de Jesus Cristo acolhido na fé e assumido na prática da vida.

Encarte de dezemb/2001 = é festa no céu e na terra tbem

Página I

EDITORIAL
Nestes últimos dias, uma palavra se faz coro ao redor de nós e ao redor do mundo: PAZ.
Vivemos hoje sobressaltados pela violência, terrorismo, marginalização, má distribuição de renda, corrupção,...
Certamente nos tempos do nascimento de Jesus, os fatos não eram diferentes. Pela saudação dos anjos a Jesus podemos traduzir os sentimentos do povo. "Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens por ele amados" (Lc 2, 14).
Jesus é a grande esperança que surge em meio às trevas do povo. O próprio profeta Isaías assim preanuncia: "O povo que andava nas trevas viu uma grande luz" (Is 9, 2).
Jesus, o Filho de Deus vem em meio à pobreza, em contraste com o luxo e a vaidade de Herodes. O desapego que Deus nos apresenta é fonte de alegria, serenidade e de profunda paz.
Ele, o Deus, que se fez gente no meio de nós, nasce em meio à palhas, e escolhe se apresentar cheio de ternura e de humildade, perante o orgulho e a frieza dos que governavam e dominavam o povo.
O convite de Jesus, nascido pobre em um ambiente humilde, simples, e nos braços calorosos de Maria e José, é de uma sincera e concreta conversão.

VAMOS FAZER O CAMINHO DO SENHOR, NAS SEGUINTES PROPOSTAS:
1 - ESPERAR O SENHOR. Esperar alguém é preparar o ambiente de nossa vida. É com nossa acolhida calorosa que as pessoas vão se sentir bem. Natal se espera com a preparação de nosso coração, com atitudes de paz. Maria acolhe Jesus, dizendo: "Eis a serva do Senhor" (Lc 1, 26-28).
2 - IR AO ENCONTRO. Muitas vezes somos egoístas. Esperamos que os outros venham a nós. Maria, vai ao encontro das necessidades de sua prima Izabel (Lc 1, 39-45). Temos ao nosso redor tantos que precisam de nosso carinho, atenção, ajuda, de uma palavra,...
3 - ACOLHER A JESUS. O evangelista João parece traduzir o mundo de hoje: "Ele veio para sua casa, mas os seus não o receberam" (Jo 1, 10). O comércio, e a grande maioria dos enfeites de natal parecem endeusar a figura do Papai Noel. O centro do Natal é Jesus. É a ele que queremos acolher, hospedar em nossa vida, família, comunidade (Lc 2, 1-7).
4 - LEVAR A PAZ. Natal é a festa da alegria e da paz. Os pastores foram informados pelos anjos da grande notícia. Jesus era a notícia mais esperada, porque representava a grande esperança de dias de fraternidade, justiça e solidariedade. A Paz só é possível se lutarmos contra a desigualdade, a rejeição, o preconceito. É preciso abrir as portas e cantarmos juntos o canto do amor, que vem do Deus da paz (Lc 2,8-14).
5 - DOAR ALGO DE SI. Jesus se esconde em meio a uma manjedoura, numa terra insignificante: Belém. Mas, encontrou o amor, o carinho dos humildes pastores e são eles os primeiros que vão ofertar algo de si (Lc 2, 15-20). Hoje, este mesmo Deus, se esconde nos rostos de tantos irmãos sofridos, trabalhadores, doentes, carentes... este é o tempo de encontrar o Senhor e dar algo de si.
6 - CRESCER COMO JESUS. Jesus junto à sua família e comunidade cresceu como humano, na convivência de seu povo. Teve olhos para perceber toda a realidade e ao mesmo tempo crescer em idade, sabedoria, graça... (Lc 2, 41-52). Todos nós somos continuadores da encarnação do Filho de Deus. Somos presença do amor e da paz de Deus aos outros.
Feliz Natal! Sejamos sinal de esperança deste mesmo Deus, feito carne por amor, em todos os momentos e tempos de nossa vida.
Feliz ano de 2002!

Ir. Marlene Bertoldi

É A FESTA NO CÉU E NA TERRA TAMBÉM!

O Tempo de Natal é de festa no céu e na terra. Pe. José Artulino Besen, pároco, professor e escritor, propõe uma reflexão em preparação ao tempo natalino: O anúncio que vem do alto é expressão de alegria e de vida: o anjo a Maria, a José e aos pastores; a Estrela aos magos; o Pai a seu Filho amado, no batismo... As notícias (a Boa-Notícia!) correm do céu para a terra e da terra para o céu. Deus se faz íntimo do ser humano, e o ser humano, íntimo de Deus. Que alegria eterna!

Página II (Bíblia)

EVANGELIZAR É PRECISO:
O CAMINHO DA PALAVRA NÃO PODE PARAR

O livro dos Atos dos Apóstolos relata o caminho da evangelização, o caminho da Palavra, percorrido pela primeira geração de discípulos e discípulas de Jesus. Tal caminho se processa numa tríplice discusão: a) do tempo: a morte e ressurreição de Jesus é o tempo favorável de Deus, agindo em favor da vida e salvação dos seus filhos e filhas; b) do espaço: os evangelizadores vão de lugar em lugar anunciando a Boa Nova; c) do testemunho: por causa do testemunho de Jesus, as comunidades se organizam na igualdade, na partilha dos bens, na comunhão fraterna, na oração perseverante...
Pe. Celso Loraschi, de Lages, aprofunda tal reflexão!...

Página III

O SENTIDO BÍBLICO DO NATAL
Com adultos, novos tempos!

O Bispo de Rondonópolis - MT, Dom Juventino Kestering, manifesta que estes dias é tempo oportuno para uma catequese sobre o sentido bíblico do Natal. É a festa da presença amorosa de Deus na história, no mundo e na vida. Ele está no meio de nós. Deus se torna presente em Jesus Cristo no mundo. Ele veio para resgatar o mundo, para fazer renascer a esperança e a alegria, a libertação e a justiça, a paz e a fraternidade. O Natal inspira à construção de novos tempos, de novas relações fraternas entre pessoas e povos...

 

IGREJA DE TODOS OS POVOS


Uma das características da Igreja é sua universalidade. Isto é a Igreja é católica, universal, aberta a todos os povos e culturas. Pe. Vitor G. Feller, coordenador de pastoral da Arquidiocese de Florianópolis, reflete com o leitor esta "universalidade" da Igreja. A proposta de Jesus Cristo e, por sua vez do Espírito Santo é envolvente.
A Boa-Nova foi para todos e atingiu a todos!
A Igreja no Brasil, ao propor o projeto de evangelização "Ser Igreja no Novo Milênio" pretende o retorno ao início do cristianismo. A leitura dos Atos dos Apóstolos está ajudando nossas comunidades a perceber a necessidade de sermos disponíveis para o encontro e o diálogo com todas as expressões humanas. É um desafio para os tempos atuais. Mas é um compromisso da Igreja, a convivência harmoniosa com todos em vista do Reino já e agora.


Página IV

BATISMO: A ÁGUA DA VIDA

A preparação para o sacramento do Batismo é muito antiga. Antes do batismo fazia-se uma longa preparação, que durava anos: o catecumenato. Um dos símbolos mais fortes do batismo é a ÁGUA, cuja inspiração se dá na Antiga Aliança, bem como na Nova Aliança. A água é fonte da vida.
Com a seguinte dinâmica, a Ir. Marlene Bertoldi, coordenadora de Catequese da Arquidiocese, propõe uma reflexão sobre a água do batismo, a água da vida.

Dinâmica

O Batismo é uma experiência de vida nova; é mergulhar no mistério do Deus-Trindade-Comunidade de amor; é um convite ao compromisso de partilha, solidariedade, justiça, paz...; é a unidade de todos numa grande família de Deus...


COM ADULTOS, CATEQUESE ADULTA

A 2a SBC nos despertou para olharmos de frente a questão da educação da fé dos adultos. Por outro lado, nos animou a abrir novos horizontes, diante de toda pessoa adulta, como ser em constante crescimento, capaz de interagir e contribuir como sujeito, seja dentro de um tempo, como num determinado espaço. Mas, para a catequese é preciso que saiba lidar com o adulto. Antes de tudo, conhece-lo como pessoa, criar relações que permitam um crescimento mútuo, perceber seu mundo... Por isso, todos os agentes que trabalham com adultos necessitam levar em conta: - O aprender aprendendo. A vida é uma experiência de aprendizagem. Neste sentido ninguém é mestre. Somos eternos aprendizes. - Tratar o adulto como adulto. - Partir das suas inquietações, perguntas, sonhos, conquistas... - Valorizar a experiência e a convivência grupal. - Trabalhar as motivações. - Reconhecer que cada adulto possuiu uma sabedoria de vida, que foi acumulando com o andar dos anos. Esta sabedoria serve como conteúdo. - Valorizar os momentos celebrativos. Isto é, festas litúrgicas e comemorativas, eventos, acontecimentos... - Favorecer a dimensão do lúdico, isto é, visitar, brincar, passear, jogar conversa fora, sentar junto... - Aproveitar as múltiplas linguagens: simbólica, musical, icônica, de imagem, da internet... - Parar, retomar e caminhar. O adulto reconstrói sua vida a partir das crises, lutas,... Muitas vezes precisa construir, desconstruindo os caminhos feitos. - Colocar-se a caminho como eternos aprendizes. - Propor um processo de iniciação na dimensão catecumenal. - Avançar para a organização de um itinerário aberto. Aqui estão algumas sugestões. E você, que lida com adultos, o que propõe?

Encarte de março

Quaresma

 

Página I

EDITORIAL
Já estamos em plena quaresma. Tempo de fazer "caminho" com Jesus, para chegar à Ressurreição. Fazer caminho significa conversão e seguimento. A quaresma sempre nos propõe a olhar os gestos de Jesus e para uma verdadeira conversão.
O que significa converter-se num mundo que nos propõe todas as facilidades para viver globalmente o individualismo?
Jesus ao percorrer o caminho da cruz não pensa nele, nas suas dores, mas nas dores de tantos crucificados como Ele, que buscam a Ressurreição. A cruz é sinal de conversão, mudança, transformação para a conquista de mais vida.
Páscoa é passar de uma vida centrada sobre nos mesmos, sobre o nosso egoísmo, para uma vida solidária com os muitos irmãos marginalizados em nossa sociedade. Portanto, o anúncio cristão não pára na cruz. No meio de nós está presente Jesus, o Ressuscitado, o Deus vivo. Antes de tomar o caminho da cruz, Jesus nos apresenta uma proposta de vida, que é um programa de conversão: o lava-pés. O lava-pés traduz toda a vida de Jesus: o amor. "Ele, que tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 13, 1) ou seja até as últimas conseqüências do gesto de amar, isto é, até a cruz: "Tudo está realizado" (Jo 19,30).
Vamos acompanhar os gestos praticados por Jesus no lava-pés
(Jo 13, 4-11). Este aconteceu numa refeição. Estar ao redor de uma mesa é sentar-se e partilhar as alegrias, as angústias, as emoções..., também algo para comer.
- Jesus levantou-se da mesa. Ele nos diz que é preciso sair do nosso egoísmo, mobilizar-se, ir ao encontro dos outros.
- Tirou o manto. Jesus se esvazia de si mesmo e coloca-se na condição de servo. Ele nos ensina sobre a necessidade de despojar-se de tudo o que divide, dos fechamentos, das barreiras, dos medos, das inseguranças, que nos bloqueiam na prática do bem.
- Pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Jesus põe o avental para servir. "Aquele que era de condição divina, humilhou-se a si mesmo" (Fl 2, 6-8). Ele nos propõe o uso do avental do servir na disponibilidade, e na generosidade, e ainda do comprometer-se com os mais necessitados e colocar-se em último lugar.
- Colocou água na bacia. Jesus usa instrumentos da cultura do povo: água e bacia. Repete um gesto que era feito pelos escravos ou pelas mulheres. Ele quer nos dizer que para anunciar sua proposta é preciso entender, conhecer, assumir o que o povo vive, sofre, sonha...
- E começou a lavar os pés dos discípulos. Para lavar os pés Jesus se inclina, olha, percebe e acolhe a reação de cada discípulo. Com o lavar os pés, Jesus nos compromete a acolher os outros com alegria, sem discriminações, a escutar com paciência, a partilhar os nossos dons...
- Enxugando com a toalha que tinha na cintura. Jesus enxuga os pés calejados, rudes e descalços de seus discípulos. São muitos os gestos que Jesus nos convida a praticar para amenizar os calos das dores de tantos irmãos: visita a doentes e idosos, organizar-se para atender crianças de rua, uma palavra de ânimo a aidéticos, valorização de nossos irmãos indígenas...

Diante da prática de Jesus podemos nos perguntar:
Quais os gestos concretos que nós como cristãos/ãs e catequistas, vamos assumir? Será que esta Páscoa pode ser igual a outras tantas?
Queremos ser a Igreja do avental, que se coloca a serviço na defesa dos que mais sofrem, dos que não têm defesa. Vamos com coragem vestir o avental do servir na alegria e testemunhar todos os gestos praticados por Jesus. Só assim poderemos realizar sempre a festa da Ressurreição. Feliz Páscoa!

Ir. Marlene Bertoldi


PÁSCOA SIM! MORTE NÃO!

Se Cristo não tivesse ressuscitado, seriam vazias a nossa pregação e a nossa fé
(1Cor 15, 14).
Está-se numa sociedade em que a vida vale muito pouco! Pe. Vitor Feller, coordenador arquidiocesano de Pastoral (Florianópolis), faz-nos refletir que, apesar dos instrumentos fatais do poder da morte, existe um sentido pleno da vida: Páscoa!
Quando falamos de Páscoa, falamos de vida, de justiça, de fraternidade. Viver a Páscoa é promover passagens: do egoísmo para a solidariedade, da exclusão para a cidadania. Comemorar a Páscoa é lutar pelo sonho de uma vida feliz já neste mundo. Festejar a Páscoa é empenhar-se pelo sonho da vida eterna, da vida plena com Deus e com os irmãos e irmãs...


Página II
(Bíblia)

JOSÉ BARNABÉ E OS JOVENS
*
Conhecendo pessoas portadoras da Boa Notícia em Atos dos Apóstolos (2a. parte)*

José Barnabé, levita, nascido em Chipre, é o personagem em Atos dos Apóstolos que entrou no Caminho para dar testemunho de fé. Pe. Celso Loraschi, professor do ITESC, presenteia o(a) caro(a) internauta com a bela biografia de José Barnabé que, ao testemunhar o seguimento de Jesus Cristo, vende seus bens e os coloca à disposição da comunidade.
Pe. Celso ainda menciona a participação dos jovens, o novo modo de ser e de agir dos(as) seguidores(as) de Jesus. Estes(as) antecipam o futuro. A nova sociedade acontece agora, com atitudes concretas e corajosas. Portanto, entrar no caminho de Jesus é dispor-se ao novo, à partilha, à inserção, mesmo na convivência dos conflitos.

Página III

DÚVIDAS - ESPAÇO - DIÁLOGO
Catequese "COM ADULTOS" ou Catequese "DE ADULTOS"?

D. Juventino Kestering, bispo de Rondonópolis-MT e catequeta, procura responder à questão surgida num encontro de catequistas. Afinal, é catequese "com" adultos ou "de" adultos?
Os documentos da Igreja mencionam "Catequese de adultos", expressando um modelo de catequese que revela a relação de catequistas com catequizandos, sejam adultos ou crianças.


Contudo, a expressão "Catequese com adultos" é o desafio para que a própria Catequese seja adulta, isto é, que desafie modificar os nossos métodos e acolha o adulto na sua situação e necessidade. É uma novidade, pois muda o enfoque da catequese infanto-juvenil para os adultos. Estes não são "só" destinatários, mas pessoas que procuram o aprofundamento da fé e a caminhada de cristãos na comunidade.

DE QUE TRATA A MORAL?

O sentido de Ética ou Moral só pode ser captado e definido em relação aos comportamentos, às ações, às práticas, aos atos que se realiza. O objeto característico da experiência moral é a ação, o agir humano.
Pe. Márcio Bolda da Silva, professor de filosofia e teologia, explica aos leitores do "Encarte" que a diversidade de ações e comprotamentos têm relação estreita e vinculante com a Moral. Isto porque a consciência humana é capaz de avaliar e julgar as ações humanas. E é concreto: julga-se o comportamento humano se está certo ou errado, honesto ou desonesto, justo ou injusto... Esta intuição da consciência leva à questão central da moral:
O que é o "bem"? O que é ter um "bom" comportamento? O que é uma conduta "exemplar"?

Página IV

Sacramentos (XI)
A FORÇA DOS UNGIDOS NO BATISMO

A Ir. Marlene Bertoldi, coordenadora de catequese (Florianópolis) utiliza-se da página final do "Encarte" para focalizar a importância e a função do óleo no Batismo.

DINÂMICA
1 - Colocar diante do grupo diferentes tipos de óleo (óleo perfumado, azeite, óleo para proteção do sol, óleo como remédio, óleo para máquinas, óleo para móveis...)
2 - Distribuir os tipos de óleo para cada grupo para realizar uma pequena encenação. Ex.: O azeite - derramá-lo sobre uma verdura preparada. O óleo como remédio, uma enfermeira poderá fazer uma massagem...
PROVOCANDO UMA CONVERSA:
- Por que o óleo é tão importante?
- Qual a relação entre Batismo e Unção ccom óleo do santo crisma?
- O que significa ser ungido?

O batizado é ungido com óleo para uma missão; unção esta realizada com a força do Espírito Santo. O óleo no batismo significa resistência. É sinal de consagração ao amor infinito de Deus e de seguimento à Jesus Cristo.
O(A) batizado(a) é ungido(a) para fazer este mundo melhor.


DINÂMICA
- Preparar uma mesa, colocando a Bíblia, cruz, flores, óleo perfumado.
- Usar o óleo perfumado e apresentá-lo aao grupo.

De dois a dois vão conversar:
Qual é o efeito do óleo perfumado?
Quais as atitudes que nos fazem ser o bom perfume no meio da comunidade?

- Após a partilha, fazer uns minutos de silêncio e cada um de forma individual pensará um compromisso, expressando "o ser o bom perfume".
- No final: cada um se apresenta diante do catequista, ou animador, ou o sacerdote para ser ungido, na fronte, nas mãos, e nos pés, enquanto pronuncia seu compromisso.


"UM ESPELHO DA VIDA"

A escritora e catequeta Inês Broshuis, propõe um momento de leitura orante, a partir do Salmo 98, para o tempo Pascal. Aproveite!

Todos os instrumentos musicais devem entrar neste canto. Até a natureza é convidada: o mar, os rios, as montanhas, o mundo inteiro. A glória do Senhor é cantada no Templo e no universo!
Neste tempo pascal, agradecemos a Deus a maravilha da ressurreição de Jesus e, com isto, nossa ressurreição junto com ele: vida nova, vida eterna que nos foi concedida no Batismo.

SALMO 98
Cantai ao Senhor um cântico novo,
pois ele fez maravilhas.
Deu-lhe vitória sua mão direita e seu braço santo.
O Senhor manifestou sua salvação,
aos olhos dos povos revelou sua justiça.
Lembrou-se do seu amor e da fidelidade à casa de Israel.
Todos os confins da terra puderam ver a salvação do nosso Deus. Aclamai ao Senhor, terra inteira,
gritai e exultai cantando hinos.
Cantai ao Senhor com a harpa,
com a harpa e com o som dos instrumentos;
com a trombeta e ao som da corneta exultai diante do rei, o Senhor. Ressoe o mar e o que ele encerra,
o mundo e seus habitantes.
Os rios batam palmas,
juntas exultam as montanhas diante do Senhor,
pois ele vem, pois ele vem julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça e os povos com retidão.


O salmo 98 é um salmo de gratidão e louvor pela maravilha da salvação que Deus operou para seu povo.
1º momento: Procure um lugar tranqüilo. Faça silêncio interior profundo. Abra-se à ação do Espírito Santo com uma pequena invocação. Leia, devagar, o salmo todo.
2º momento: O salmo inspira louvor e gratidão pelas maravilhas que o Senhor tem feito para mim... para os outros... Quais são estas maravilhas? Procure lembrar algumas... Repita alguns versículos do salmo que expressam sua gratidão e louvor. Repita este versículo três vezes, bem devagar, em voz alta se puder.
3º momento: A ressurreição é o grande gesto de salvação que Deus fez ao seu Filho Jesus. Ele o oferece também a nós... a mim... Pela fé em Jesus, pela graça de Deus, a vida eterna já está presente em mim... Diga a si mesma(o): "Estou salvo(a); o amor de Deus me envolve e penetra." Repita-o devagar, algumas vezes. Se, neste momento, sentir-se atraído(a) a um profundo silêncio, fique assim sem se preocupar com o tempo.
4º momento: A Palavra de Deus me compromete. Como este salmo me leva até meus irmãos, a minha comunidade, ao mundo que me cerca? Onde se precisa mais de "ressurreição"? Como posso irradiar a vida nova concretamente? Expresse seu propósito numa pequena oração.
5º momento:
Qual versículo deste salmo vai me acompanhar hoje?

Escreva-o e o leve consigo para rezá-lo durante o dia.
(Obs. Pode-se fazer esta oração, e outras que seguirão, com mais pessoas, respeitando, porém, os momentos de silêncio e de oração pessoal.)

 

Página I
EDITORIAL
Tradicionalmente em nossa Igreja, o mês de junho se volta para o Sagrado Coração de Jesus.
Devoção esta, muito antiga, nascida na França por volta do ano 1673, através das aparições de Jesus à religiosa Margarida Maria Alacoque. A devoção ao Coração de Jesus foi o símbolo mais expressivo do catolicismo romanizado. Os veículos da difusão desta devoção foram estampas, imagens, orações, cânticos, folhetos..., através do Apostolado da Oração e da Liga do Sagrado Coração de Jesus. A prática mais enfatizada era a devoção da comunhão reparadora, em nove primeiras sextas-feiras.
Esta devoção ganhou espaços largos no século 19 que se difundiu nas camadas populares. Ser devoto do Coração de Jesus passou a constituir uma característica do bom cristão, assumindo este culto o cunho da humanidade misericordiosa de Jesus.
Hoje precisamos nos perguntar: Quem é Jesus para nós?
Jesus também, interrogou os seus discípulos: "Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?" (Mt 16, 13).
As respostas foram várias. Porém ao fazer a mesma pergunta aos seus companheiros de estrada, Jesus teve uma resposta de Pedro, convicta de fé e confiança. "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo" (Mt 16, 16). Podemos dizer que amamos o que conhecemos e seguimos também a quem amamos.
No processo da fé vemos muitos cristãos sacramentalizados, mas com pouca repercussão na vida prática. O que falta é uma verdadeira adesão, conversão e seguimento a Jesus Cristo, e como conseqüência comprometer-se com o seu projeto, de amor, justiça, fraternidade, transformando as comunidades, em comunidades de acolhida, igualdade, respeito, aceitação do diferente...
Para isso, é preciso assumir a misericórdia que vem do coração de Jesus.
Nas Escrituras, sobretudo em Oséias e Isaías a palavra misericórdia significa dar o coração aos necessitados, assumindo a sua causa.
Jesus é a revelação da misericórdia do Pai. Portanto, sua prática é movida pelo coração. Compadece-se da multidão, porque a vê como um rebanho sem pastor (Mt 9, 36).
Olhando a prática de Jesus podemos nos espelhar para um assumir concreto. Ia ao encontro do povo. Visitava as pessoas em suas casas e lugares de trabalho. Entrava nas casas para curar doentes, (Lc 4, 39-42) para tomar refeições, (Lc 7, 36; Lc 11, 37) para partilhar a amizade e sonhos bonitos do Reino de Deus (Lc 10, 38-42). Visitava sem preconceito, pecadores, e impuros... Valorizando tudo de bom que encontrava: acolhida, conversão, alimento, festa...
Jesus usa o método do questionamento fazendo os adultos refletirem suas atitudes e ações. Foi assim que vez com o doutor da lei: "Na sua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?" (Lc 11, 36).
A Catequese é Cristocêntrica, isto é, todo o conteúdo e vivência gira ao redor da pessoa de Jesus Cristo. Ele é "a chave, o centro e o fim do homem e da mulher, bem como de toda a história humana" (GS 10). A adesão à sua pessoa e à sua missão, e não só a um núcleo de verdades, é a referência central de toda a Catequese (EM 22).
Cabe a todos nós catequistas fazer o itinerário do Evangelho: adesão, conversão e seguimento de Jesus Cristo.

Ir. Marlene Bertoldi

FORMAÇÃO PERMANENTE. POR QUÊ?

Vivemos numa sociedade marcada pelos avanços científicos e tecnológicos. O que era novidade ontem, hoje já está sendo superado.
A partir desta constatação, Maria Angelina da Silva, Agente de pastoral da comunidade de N. Sra. Aparecida, Roçado, São José - SC, ex-coordenadora de catequese da Arquidiocese de Florianópolis, esclarece a necessidade urgente da formação continuada, permanente, organizada do(a) batizado(a), especialmente do(a) catequista. Diante da oferta de tantas informações, algumas das quais inferiorizam a pessoa, as lideranças das comunidades precisam tomar consciência da necessidade de uma formação permanente para se viver os valores cristãos na sociedade. A formação deve ser um empenho pessoal e comunitário do(a) cristão(ã), e uma exigência contínua para a sua vivência de fé.

Página II (Bíblia)

AS VIÚVAS e OS SETE DIÁCONOS
*
O dever de comprometer-se uns com os outros - Atos dos Apóstolos - 5a. Parte *

Vale a pena ler e conferir o que o Pe. Celso Loraschi, pároco em Lages e professor do ITESC, escreve nesta página bíblica a respeito do atendimento às viúvas pelos primeiros diáconos nos primórdios do cristianismo.
Ao ler At 6, 1-7, percebe-se que as mulheres viúvas em questão não se conformam com o abandono proporcionado pelo sistema da época e, aí, iniciam um movimento de contestação e exigência pela dignidade humana, satisfação das suas necessidades na comunidade cristã. Para atendê-las escolhem-se pessoas de boa reputação, repletas do Espírito e de sabedoria, isto é, instituem-se novos ministérios na comunidade. É verdade, caro(a) internauta, o movimento de Jesus não para: cresce e se espalha na sociedade, cultiva a solidariedade, propõe a mensagem do Mestre mesmo diante das perseguições e mortes...

Página III

QUAL A MELHOR IDADE?
Qual é a idade ideal para se iniciar a catequese? Diante de opiniões diversificadas na comunidade, uma coordenadora de catequese solicita esclarecimento de D. Juventino Kestering, catequeta e bispo de Rondonópolis-MT.

Não existe idade para iniciar a catequese. A catequese é um processo que vai do nascimento até o final da vida. Porém, a questão levantada, infelizmente, refere-se à idade para se começar a catequese sacramental, especificamente para a 1a. comunhão.

O critério da idade deve ser secundário. Em primeiro lugar tem-se que considerar a experiência de fé e a iniciação à vida comunitária realizada pela criança ou adolescente, incentivada(o) por sua família. Mais do que idade, deve-se discutir e insistir pela iniciação cristã, na leitura da Bíblia, na experiência e vivência comunitária, na prática da solidariedade, justiça e partilha...

UMA QUESTÃO DE "ESTILO DE VIDA"?

O Pe. Márcio Bolda da Silva, professor de teologia moral no ITESC, orienta os(as) catequistas para que despertem a consciência das crianças e dos jovens para os grandes valores, os únicos que têm o poder de construir a "nova criatura", a nova humanidade, a nova terra... Isto se oportuniza, deduzindo que a ética de Jesus é a ética do seguimento; ética de fazer uma opção pelo estilo de vida de Jesus. O estilo de vida do Cristo é a busca contínua do dar sentido mais profundo à existência humana. É o modo de vida alicerçado nos valores que duram para sempre: Deus, fonte de todo bem. Jesus é o modelo a ser seguido. Nele a moral cristã encontra seus fortes valores que enchem a alma de sentido e de esperança, em vista da construção do Reino de Deus.

Página IV

VALIDADE OU NÃO DO BATISMO
Sacramentos XIV

A partir da orientação dada pela CNBB, em seu subsídio "Estudos da CNBB, número 21", a Ir. Marlene Bertoldi, coordenadora de catequese da Arquidiocese de Florianópolis, lista algumas condições quanto à validade dos batizados ministrados por diversas Igrejas Cristãs; a reserva quanto ao rito batismal de outras; à dúvida quanto à administração do batismo de terceiras; e a invalidade do batismo de algumas. Por sua vez, a mesma coordenadora descreve sobre a autoridade de quem ministra o sacramento: diácono, padre, bispo; a comunidade-Igreja.

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E, mais uma vez, incentivando o(a) internauta a tomar integralmente o Encarte "Catequese Caminhando", lê-lo para dele tirar proveito, concluímos a coluna da catequeta
Inês Broshuis:

"UM ESPELHO DA VIDA"

O salmista fez uma profunda experiência de Deus. Foi mais uma experiência da ausência de Deus. Ele se sentia como uma terra seca, sem água, com sede insaciável de Deus. O salmo 63 é uma grande exclamação desta sede, e da sua confiança em Deus.


SALMO 63 (1-9)

Ó Deus, tu és o meu Deus,
desde a aurora te procuro.
De ti tem sede a minha alma,
aspira por ti minha carne,
como terra deserta, seca, sem água.

Assim no santuário te busquei,
para contemplar teu poder e tua glória,
Pois tua graça vale mais que a vida,
meus lábios proclamarão o teu louvor.
Assim te bendirei enquanto eu for vivo,
no teu nome eu erguerei minhas mãos.

Eu me saciarei como num farto banquete
e com vozes de alegria te louvará minha boca.
No meu leito te recordo,
penso em ti nas vigílias noturnas,
pois tu foste meu auxílio;
exulto de alegria à sombra de tuas asas.
A ti está ligada a minha alma,
a tua mão direita me sustenta.
(Para ajudar na reflexão, pode-se colocar uma jarra de vidro com água)
1º momento
1. Você sente, às vezes, essa sede de Deus? Quando? Como?
2. De que modo você sacia essa sede?
2º momento - Leia devagar o salmo todo.
Deixe penetrar todo esse desejo de Deus em você e faça suas as exclamações do salmista.
Fique bastante tempo nisto. Não se preocupe com o tempo.
Repita, bem devagar, se possível em voz alta, algum versículo que lhe toca mais. Repita-o mais vezes.
3º momento - Na Bíblia, se lê que Deus se faz experimentar sempre em vista de uma função junto ao seu Povo.
Deus sempre "envia". Verifique isto em Ex 3,1-10 e Jr 1,4ss.
4º momento - A experiência de Deus leva sempre a algum compromisso.
Onde experimentar Deus, hoje? Só na oração, ou na vida concreta, na convivência com as pessoas, no encontro com alguém, num apelo que chega até mim, numa situação difícil de enfrentar...?
Precisa-se ficar atento, porque Deus passa no momento que menos esperamos.
5º momento - Faça uma oração espontânea pedindo luz para enxergar o apelo de Deus e a força para responder.
6º momento - Escolha um versículo do Salmo para acompanhá-lo durante o dia.

(Se fizerem a reflexão com mais pessoas, podem dar-se mutuamente da água para beber)

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