Os Cavaleiros do Santuário que lutam pela vida de Athena. Isso vocês
conhecem. Minha intenção será fazer análises o mais diferente possível,
de MINHA total criação – desta vez não serão traduções ou colagens.
Primeiro de tudo: entre na campanha Anti-Cavaleiros do Zodíaco! É isso
mesmo, não chame essa brilhante série assim, pois essa nacionalização
foi um estupro ao original. Se você sabe que, mesmo ele sendo mais fraco
que o Ikki até a última batalha, só ele fica de pé, deve ser porque ele
é o melhor, o escolhido, o Neo nipônico, fazer o quê!
Talvez a saga das Doze Casas tenha mexido tanto com o pessoal do estúdio
de dublagem da Álamo que tenha ficado assim. Mas – ao contrário de golpe
de marketing (para a Manchete ou aquelas super-coleções da Estrela) –
isso foi uma burrice colossal. Porém esse é só um primeiro tópico de um
longo papo, não percamos tempo com "bobagens", certo?
Outro pedaço que queria tratar – ou melhor, refutar de vez. Não existe
Zeus. O plano original e último do criador da série (que já morreu) era
finalizar na Saga Hades. Se quiserem teorizar sobre possíveis novos
capítulos, mudem os nomes para preservar a licença, ok? Você gostaria
que, depois de morrer, uma obra sua fosse toda alterada, deformada? Sim,
os episódios que mostram a Invasão do Senhor dos Infernos vêm bem a
calhar, são bem-vindos, acontece que nem pertinentes à série eles são.
Trata-se de vídeos "soltos", que jamais poderão ser comercializados para
um canal como o Cartoon Network por exemplo (ou por que você acha que
não passaram o final de Inuyasha? Faltava uns 4 dias... só que são
OVAs), no máximo lançados em DVD.
Stop! Isto está uma anarquia, bagunça total, vamos pôr as rodas nos
eixos:
Um dia eu dou nota, invento julgamentos de quesitos mil, mas hoje não
estou com cabeça. Que palavras usar, de começo? Esplendoroso...
Garotos cruelmente mandados para diversos locais do globo mediante um
sorteio mesquinho. Armaduras sagradas cujos donos devem proteger a Deusa
da Justiça. Cosmo, a energia além-física. Não cinco, mas seis e sete
sentidos, se é que pára por aqui (ok, nerd: a resposta é NÃO!).
Conspirações de dois irmãos. Sempre dois irmãos. Gêmeos ou não
(literalmente). Podendo ser bem diferentes. Mas a narrativa paira em
torno de dois pares de irmãos quando não está em Seiya: Kannon de Dragão
Marinho, Cavaleiro sob as ordens (aparentemente) de Poseidon e Saga de
Gêmeos, protetor da terceira casa do Santuário na Grécia e um usurpador;
Ikki de Fênix, o Imortal e Shun de Andrômeda, aquele que não gosta de
lutar porém está de alguma forma conectado ao Deus da Guerra.
É
engraçado até: dois pólos. Ikki é o primeiro grande inimigo. Shun pode
ser o mais ulterior. Espremidos entre os dois, rapazes de aparências
iguais e muito (demasiado!) poder, no entanto um deles adquire uma
coloração capilar cinzenta e olhos púrpura-demônio. Este último talvez
seja o mais onisciente da série, ao advertir a boba Athena e seus
súditos que nada enxergam (exceto Shaka) do perigo de outros Deuses
quererem estender seus domínios sobre o maravilhoso mundo terreno.
Talvez fosse o governante perfeito. Mas nos meses em que ocupou o cargo
seu próprio reino mergulhou em intensa matança. Que Rei mais autofágico,
e antes de uma guerra internacional!
Intercosmular... Quando o Mal é retirado, o carma que recai sobre a
família continua, na forma de um renegado que vai aos fundos dos mares
descobrir como realizar o antigo intuito de seu companheiro de útero e
berço. Com técnicas semelhantes, não consegue derrotar os protetores da
Justiça, justamente a base da pirâmide de poder do Santuário. Continua
apegado à vida, no entanto. Poucos não morrem no anime! E os dois
irmãos-diabo, quem diria, se unem para proteger todos os reinos dos
Infernos, que despertam espalhando fogo aonde for. Eu diria três: a
própria cíclica Fênix insurge contra a ameaça. Os três rostos que
representavam a discórdia absoluta se unem contra o único pólo negativo
ainda de pé.
Não vale a pena divagar tão futuramente, voltemos...
A
Grécia é o berço do intelecto humano. Mas para um aspirante a Cavaleiro
de uma Armadura de Bronze, deve bem ser mais. Separado de seus pais e
irmã cedo na vida (SS é uma série nada paterna: todos são órfãos), é
obrigado a treinar dia após dia por seis anos até ter a oportunidade –
ainda – de disputar num coliseu de ferocidades omérito de vestir algo
raro. O desenho começa do ponto em que essa batalha (com um tal Cássios),
rápida e fácil, é a responsável pela entrega em suas mãos, pelo Mestre
Shion do Santuário, da vestimenta protegida pela Constelação de Pégaso
ou Pegasus.
No entanto nem todos na Grécia eram solidários com isso. Se a mestra de
Seiya soubesse o que era ter o gostinho de derrota na boca... Uma
companheira sua sabia: ela tutelou Cássios (Cassius?) anos infindáveis
para o nada. Resolveu tomar as dores do mau aluno, que de quebra perdeu
uma orelha. E ela é amazona, Cavaleira de Prata mascarada. Ainda assim,
perde. Seiya sai do país e vai ao Japão onde 95% da série "takes place".
O
que eu nunca entendi foi isso: que coisa abismal. Quando vai enfrentar
(supostamente) um Cavaleiro de Prata pela primeira vez, Seiya sofre
muito até "romper a barreira invisível", saltar o barranco de diferença
do usuário de uma armadura, sacra, para o da outra mais modesta. Não faz
muito sentido: seu colega Hyoga já tinha enfrentado o mestre (!) que era
prateado, e sabemos o quanto Pégaso é mais forte que o Cisne. Além
disso, a mestra de Cássius, Shina (sim?), esta era de prata, oras. O
primeiro inimigo já era um nível acima.
O
Santuário (ou domínio dos cavaleiros terrenos, protegidos e protetores
de Athena, reencarnada de dois em dois séculos e blábláblá), tão
povoado, tem um forte sentimento anti-semita: há poucos agraciados com o
máximo (ouro), alguns mais com a prata (intermediária) e a ralé vai com
o bronze, que dá! Pois uma classe odeia a outra. Para que montar-se em
cima de orgulho tremendo? O caráter não lhes serviria mais?
O
que se sabe é que tamanha ambição começou todos os problemas. O desenho
parecia até a metade uma coisa bem mais simplória do que salvar a
Humanidade de ameaças externas. Quando todos os olhos estavam para os
próprios congregados, de uns para com os outros, o desejo de consumo era
a Sagrada Armadura de Ouro de Sagitário (omitia-se esse Sagitário,
ninguém sabia de nada, de signo nenhum, sequer se havia outros Dourados,
ao menos os protagonistas da estória em questão). Uma armadura tão
celestial e que não se sabe como foi cair nas mãos de uma esnobe lá do
outro lado do mundo, uma netinha-de-vovô de uma mega-corporação. A mesma
mega-corporação que sorteou muitos destinos malfadados de muitas
crianças. Na verdade de algumas dessas crianças que viriam a ter um bom
senso de justiça (não no início), todas terceira classe (bronze). Mas se
o que importa é a força interior...
Pois bem, dá-se início à Guerra Galáctica, um clone dos torneios de
Dragon Ball Z. Mentira: DBZ é muito mais recente, haha, peguei vocês.
Narrador exótico, máquina para aferir os danos (rastreadores?
Maiores...!), a presença da exuberante mocinha esnobe nas tribunas, uma
platéia que sabe a que veio por mais que se diga que não e... os
portadores de um fluido que todos queriam ver aos montes... homens com
sangue ("ó!").
Uns pelo dinheiro (sim, aposto que alguns ali venderiam aquela
armadura), outros pela glória, outros pelo altruísmo humanitário (queira
dizer o que quiser... além de ser um pleonasmo), uns por nada, o
restante para rever os "amigos". Ah sim, sobrou um: logo o protagonista,
ia esquecendo do Seiya. Ele só entrou na onda para procurar Seika, sua
mana. O que uma magnata não mente para garantir a participação de todos
os previamente selecionados e a manutenção do patrocínio bilhardário...
O
anime inteiro, de cabo a bem rabo, é marcado pelas reviravoltas
principalmente deste personagem. Seiya dificilmente começa uma luta
ganhando. Mas quando seus meteoros se sobressaem, não há nada que se
possa fazer. As primeiras lutas são meio patifes. Seiya, Shiriu, Shun e
Hyoga (os outros três seriam imortalizados por estarem sempre do lado do
primeiro nos dilemas de dali em diante) faziam as unhas enquanto
passavam à segunda fase do proclamado torneio (até então, nem se
divulgava que existiam castas superiores). Seiya X Shiriu era a primeira
luta a se levar em conta. Acontece que outra característica comum a SS e
DBZ é a irregularidade na realização de campeonatos: haverá
interrupções, roubalheiras ou uma odiosa amizade entre os participantes.
Shiryu de Dragão a ponto de morrer e um "Meteoro de Pégaso ao inverso"
consegue salvá-lo. Disse que Shun mostrava seus talentos, massacrava os
rivais... Não sabemos que tipo de organização é essa, mas parece que o
primeiro combate do cabelos-verdes e armadura rosa vindo da Ilha de
Andrômeda acontece só depois da segunda rodada do Seiya. Ah, claro: é o
principal, pô, esqueci.
Antes de aniquilar o Unicórnio, que pedia por isso, luzes se apagam num
estalo. Nunca um personagem foi tão poderoso. Hades não ateia ou cessa
as labaredas de seu lar, tampouco Poseidon pode evaporar suas águas tão
rapidamente assim. Mas Ikki de Fênix, o ilustre último convidado, ops,
último comparecido, apaga as luzes do grande ginásio. Faz um showzão.
Não vou resumir a série toda, mas esses primeiros capítulos são épicos,
moços.
Depois de tantas promessas de vingança pelas próprias mãos e de um olhar
sinistro (e mais um cumprimento levemente ríspido) ao idiota irmão
pacífico, ele deixa o trabalho para uns capangas muito estranhos.
Negretes que visualmente superam em muito a força e a velocidade dos
nomes de bronze que já citamos aqui. Abandona o local, levando a
armadura. Nada de competição mais. Ô incentivo ao espírito...
...esportivo e de porco, acho, são sinônimos. Nunca vi querer ganhar
algo com regulamento ser tão difícil, porque sempre inventam de terminar
antes – é o abandono da burocracia. Enfim, agora todos lutarão como time
pela primeira de muitas vezes. O anseio de Seiya de rever sua irmã vai
se apagando, no geral, com poucas recaídas no caminho.
Quanto aos demais tão conhecidos, o que eles realmente querem? Ikki quer
ser o melhor, não tenha dúvidas; Shun quer que o irmão seja melhor que
ele; Hyoga quer a mamãe – e se desculpar por um ou outro amigo de quem
furou o olho (denotativamente); Shiryu quer ser o pupilo-perfeito até
que seu mestre mostre que por mais que tenha sido não tem é faísca do
poder dele (a prova disso é o tal do Alberish XIII). Sem dúvida o
desenho é melhor enquanto todos ficam numa cega batalha voltada para o
centro do círculo, e não para as desconhecidas formas de fora.
Eita, e o Seiyão? Ele quer Seika, Mino (amiguinha da cidade-natal),
Athena (a que lhe desperta tesão, pela proibição), Shina (de quem foge
por não lhe ser permitido o incesto – sim, lá na Grécia eram todos uma
grande família, pois ela era quase uma tia sendo a semi-irmã de sua
mestra – irmãos, de novo... irmãos sempre opostos...). Ele também quis
aquela cavaleiro-fantasma que detonou antes dos de Prata. E muitas mais.
Até a amada do cavaleiro de Prata lendário se bobear. Mais que a de
Orfeu, talvez o rostinho do Shun. Já é tão clichê falar isso! Que review
depravado...
Mas era isso que ele queria, oras. É, porque agora ele está morto.
Huhuhu... Os quatro formam uma coalizão contra Ikki. Com a ajuda
fundamental de um cachorro que tem o mesmo nome de um goleiro de time
espanhol, derrotam os súditos e finalmente o calo da raiz do Mal. Fênix
é um senhor adversário. Mas é de Bronze, esqueceu?
Depois os cavaleiros ainda enfrentariam pedreiras maiores como "dois
Hércules", um de Bronze, outro de Prata. Ikki renasceria para ajudá-los,
e brigar com Seiya – porque ele quer ser o mais forte, afinal. Nos
episódios mais legais e imprevisíveis, Cavaleiros de Prata são
chacinados sem perdão quando os de Bronze aprendem a lutar, despertar o
Cosmo. Poderíamos dizer que fosse o Sexto Sentido. Mais que suficiente.
Porém... e aí? Aí há um certo declínio, com introdução de fatores de
"previsibilidade".
Correr 12 casas em 12 horas enfrentando 12 cavaleiros – da casta-mor! Em
Asgard (troço improvisado), 8 (antes 7) cavaleiros em 12 horas
(camufladas de "pôr-do-sol"). No Oceano, umas 8 horas para pegar de pau
os mais fracos cavaleiros: marinas. Marinas. Marias. Fracotes. Era para
estarem em 6. Um pilar estaria vazio. Mas tamanha inocuidade num desenho
de ação fez com que pensassem na ressurreição milagrosa de Sorento. Deu
tanto trabalho pensar numa não-morte que não deu pra pensar numa morte.
O
carinha da telecinese quando enfrentam Argol de Perseu que tem o escudo
da medusa. Bado, o irmão gêmeo (ai, ai) de Shido. Sorento. E Kannon. Ao
que se sabe, estes são os cavaleiros enfrentados em situações de morte
(não te contaram? Os zodíacos eram uma simulação pros bombeiros...) que
não morreram a série inteira. Tem também o Radhamantys, cansado de
apanhar e fugir ignorado, no finalzinho.
Daquele ponto, as doze casas são ditas como clássicas e impecáveis. Não
gosto tanto. Mas veja que foi muito bem-bolada de modo que são os
inimigos mais fortes de todos os tempos mesmo que ainda houvesse 100
(não tantos...) episódios pela frente, e ainda com sangue. Aliás, que
malabarismo impressionante deixar Asgard (vulga Terra dos Débeis)
empolgante. O Seiya apanhando tanto do Thor depois de lutar com Saga...
Só mesmo a amnésia do sétimo sentido para explicar. O sétimo sentido é o
segundo cosmo máximo (hihihi) aprendido pelos 5 enquanto correm pelas
casas (e mais pelas escadas, vou te dizer!).
Demoram para reavivá-lo e, em verdade têm problemas com isso até o
último momento. Veja a arquitetura roteirística para que as doze
construções fossem transpostas com sucesso: casa 1) amigo, mas 1 hora de
papo antes de seguirem; casa 2) chifrudo ressentido, não espera nem ser
golpeado no resto do corpo – brasileiro; casa 3) quem não está não pode
mesmo ser bom anfitrião (Hyoga, dondestás tu?)!; casa 4) fracote, era um
algoz de Hilda em missão de espionagem; casa 5) exigiu até o retorno (e
ida para sempre) de Cássius defendendo a vida de seu maior rival, mas é
outro que só levou um chute na cara (aliás, vamos comentar de Seiya e a
Mestra de Cássius: apesar de ser Prata, a coitada é que tinha que correr
atrás do cosmo de Seiya, tsc, que anti-talento); casa 6) mesmo se
pegando com Deus, Ikki fica com o maior cosmo de todos os tempos para
vencer; casa 7) vazia; casa 8) Hyoga leva tanta picada que... hmm... é
absolvido; casa 9) vazia. Ou melhor: encerra-se o propósito de metade do
anime: por que mesmo os Bronze enfrentavam os Prata além de "orgulho de
classe"? E agora ousavam fazer cócegas nos Ouro? O novo Mestre do
Santuário – adeus Shion! – implicou com a tal armadura do torneio e a
queria de volta de quaisquer e "n" maneiras, tanto que nem se importava
com o fim iminente do seu Exército. Agora o objetivo do desenho é bem
inovador: salvar o mundo do mal. casa 10) lembrete: faltam 2 horas, hein.
E, ah sim, a casa 7 tinha um cara chamado Hyoga "lacrado", mas dizer que
estava vazia não dista muito. E aqui está ele lutando e morrendo com o
inimigo – mestre do mestre, mwahahaha; casa 11) Não! Nossa, tanto não
gosto da saga das doze que até inverto. Hyoga estava aqui. Na outra
foi-se Shiryu com o golpe proibido mais liberado da História. Os
suicídios aumentam vertiginosamente nesse final onde finalmente os
auríferos querem ser levados a sério; casa 12) quanto mais maligno, mais
fraquinho (vide Câncer). Shun ainda teve de morrer. Sabia que ele era o
pior de todos, haha!
Depois, ainda tinha uma escada cheia de rosas que deu mais problema que
muitos homens juntos. Uma cena dramalhosa com o Lado Bom do Mestre, um
acordar, outro acordar (Fênix), um escudo e uma salvação (Athena, a
DEUSA, ia morrer!). Só que quando Shun entrou em Peixes faltava só 1
hora. Ai, ai...
Todos foram tropeçando pelo caminho. Seiya foi o único sobrevivente.
Athena reviveria todos. Então, Seiya reviveu os amigos por tabela,
porque deu uma de árbitro de Campeonato Brasileiro (outro que nunca
acaba, nem no tribunal...) e na última hora virou o jogo (compreenderam,
corintianos?).
Aí então seria necessário um ótimo jogo de cintura dos produtores pra
enrolar. Se vinham primeiro os cinco básicos, depois o sexto e
posteriormente o sétimo sentido... Em Asgard devia vir o oitavo. Mas ele
enrola muito pra chegar. Em Asgard por maior parte do tempo luta-se com
um "seis e meio", num corpo mole de duvidar! Nem vou mencionar os
inimigos. Só o Alberish. O mais esperto. Derruba vários com sua lábia.
Só que em termos ofensivo-defensivos, era mesmo o mais incapaz. E
Siegfried, o mais honrado, parecia invencível mas, certeza, perderia
para o antes até-vencível Saga!
Quando as lutas vão pra mais embaixo, não muita coisa muda. Seiya
(sempre ele, ficando de pé sozinho contra a dominada Hilda de Polaris),
entorpecedio pelo esquecimento, luta como lutou com Misty para apanhar
do guardião do primeiro pilar de Poseidon. Essa Athena fica se salvando
de cada jeito... Flecha no seio, na ilha sozinha e de braços abertos,
numa câmara molhadinha. Toda ninfeta. Ei, esqueci de dizer para os
dessabidos que ela é a mesma e arrogante promovedora da Guerra
Galáctica. Puá, mas não tem ninguém dessabido de Saint Seiya!
Prosseguindo... aí ele descobre o animal dentro dele (aquele alado...) e
fica tudo muito fácil... Até o surgimento de um esperto como Alberish, o
não-sei-quem de Lynadis (isso?). Fraco como uma gazela, transmuta-se em
entes queridos para provocar o emocional dos adversários. Derruba 3.
Ikki surge (SEMPRE POR ÚLTIMO) para encerrar esse cinismo dos fraquelas.
Mas o Lynadis era bem mais burrinho que o Guerreiro-Deus de Odin, na
medida em que era só manter a novela até o último segundo e o desfecho
não teria sido este.
Ikki diz que não queria mais perder tempo com droga de pilar e ia bater
um papinho com Julian Solo (o dono do tridente) logo. Pena que tinha um
pilar na frente da casa do cara... Nossa, e o trajeto dele de Lynadis a
Cavalo Marinho é o único que se vê na série toda. Acompanhe sua
trajetória: morre contra Dócrates. Revive contra um Bronze de Fogo (eu
acho). Faz participação especial num embate dado como perdido de Hyoga
contra dois Pratas para proteger Saori/Athena. Decapita um deles. Some.
Enfrenta dois rezadores de uma vez. Surge para enfrentar Shaka com seis
horas e meia já decorridas. Some. Morre? Não, some. Después, regressa
para pegar o Saga. Some. Volta contra Mime de Bennitnash (bennet?), o
belo harpeiro. Desmaia. Já volta jogando suas tradições peninhas contra
Bado. Some. Reaparece já desaparecendo contra Sieg. Vai recarregar as
energias, sonhar com Esmeralda...
E
volta contra Lynadis. Finalmente, vence fácil e o vemos se locomovendo
(usando as pernas!) para ir até a próxima. E essa próxima era ele. Ele
igual. Ele diverso. Kannon, Saga 2. Tramou tudo. Acordou Poseidon antes
da hora (que bom, treinamento para o que estava por vir). Ia dominar
tudo de uma vez, o dobro de reinos do irmão, e nas costas dos outros.
Mandando Ikki para as Bermudas, vê o adversário voltar porque já tinha
tirado as férias compulsórias. Sonhos frustrados. Vai embora. Vai virar
bom mocinho (o Kannon – o Ikki toma gosto pelo ato de andar e segue na
batalha). O morto Sorento se depara com Shun. Ou o contrário. A Corrente
Nebulosa pela primeira vez poupa uma vida. Ele não vai ajudar depois,
todavia atrapalhar que não. Pensando bem, é Bado que não gosta do
Inferno.
O
impressionante é a alemanização dos terceira-casta, ou seja, a armadura
deles adquire um pouco de brilho classe A. Vez ou outra ofuscam o rival,
mesmo Poseidon já irado. Com a ajuda dela, finalmente o aprisionam (mas
peraí, porque a própria Athena é fraca a ponto de qualquer de seus
cavaleiros poder feri-la ou ameaçá-la gravemente, enquanto Poseidon/Vegeta
não pestaneja diante de ataques/macaqueações alheio(a)s?). Ufa, tô
cansado de cronologia.
Aqui termina oficialmente o anime. OVA é meu ovo. Mas que é bonito é.
Aqueles girinhos tridimensionais... A Exclamação de Athena. E o bom é
que Masamu Kurumada vai poder empregar o conceito do Oitavo Sentido. Ei,
só um momento... ele tá morto. Então não adiantou nada.
Ah sim, ele já tinha escrito o roteiro e desenhado para revistinhas
chamadas mangá que você já deve ter lido. Empresta-me? Deve ser o
Santuário de ponta-cabeça: primeiro, uma corrida às avessas para que
três espectros do Deus do Mundo dos Mortos (a verdadeira guerra) mate
Athena em 12 horas. Depois... Vai pegar os episódios, vai? Estão
lançando mensalmente na Internet.
Ainda está aqui?
Imagem para relaxar a vista:
Nos calabouços das prisões de Hades está trancafiada minha vontade de
continuar teorizando filosoficamente sobre coincidências forçadas da
série e/ou o que pensa cada personagem. Mas essa é a graça: "aquele
épico com 'ó, ó, ó' no fundo e Seiya mandando ver com flechas ou os
punhos pelados. Só ele. Ikki se deu mal...
Gostaria só de falar destes aspectos técnicos aos quais não darei uma
nota por enquanto. O que dizer da imagem? Velha na maior parte do tempo.
Só que temos que levar junto um contexto: e para 86, 87? Nunca vou saber
se era o ideal. Porém, Kuramada sempre revelou em entrevistas que queria
o uso da máxima tecnologia, então deve ser. De qualquer forma, os traços
dos personagens me agrada, só não duas coisas: com uma pecinha aqui e
outra ali dos Cavaleiros de Bronze (que não protegem a barriga ou o
pênis), como eles esperam absorver os impactos (digo, que a peça de
metal faça isso em detrimento de seus corpos)? Afora isso, há inimigos
feitos com dentes triangulares e uma cara de ogro do capeta. Enquanto
isso, outros são muito bem-construídos. Independentemente da intenção
almejada pelos desenhistas (ou era só um o desenho inteiro???),
particularmente reprovo essa superlativização de alguns rostos e corpos.
Som. Música. ULLLLLLLLLL. Música, melhor. Já que é universal, vai estar
assim em todas as localizações possíveis. Quantas tristezas, excitements
e doutras vendo. Nacionalmente, dublagem impecável por evitar as
abomináveis trocas de vozes num personagem no desenrolar do enredo e até
um Angra para coroar o Santuário. Sempre uma saga melhor tem trilha
melhor. É uma verdade irrefutável. Não que a pior tenha a pior. Ainda é
bom o que se escuta em nada-a-ver-Asgard. Parece que nos episódios
derradeiros de cada "temporada", eles capricham ainda mais, como se
estivessem compondo para um "firme", vulgo longa. Aliás, os de SS devem
ser objeto de reviews posteriores, porque são os mais bem-elaborados
entre os das séries não-cults (conhecidas por nós tupiniquins).
Curiosidade: quem faz a voz do Seiya é o filho de quem faz o voz de
Saga. Finalmente um laço familiar diferente da fraternidade. Estava de
saco cheio...
ONDE
ASSISTIR?
Duas vezes por dia, é sua chance! TV aberta – para
não-residentes de São Paulo, Rede 21 (canal 6) de posse do dono da
Bandeirantes transmite "Cavaleiros do Zodíaco" (arg, é SS!) normalmente
às 17h. Na TV a cabo o Cartoon anda reprisando pela milésima vez (bom,
já está no fim, por favor leia a data do meu post. O horário é 0:30.
Claro que otakus de verdade baixam os episódios na net, mas se quer meu
conselho este não é dos animes que se faz isso a não ser para os OVAs ou
aqueles episódios inesquecíveis MESMO. Sei lá por que...
Autor: WormSaiboty |