Saint Seiya

Os Cavaleiros do Santuário que lutam pela vida de Athena. Isso vocês conhecem. Minha intenção será fazer análises o mais diferente possível, de MINHA total criação – desta vez não serão traduções ou colagens. Primeiro de tudo: entre na campanha Anti-Cavaleiros do Zodíaco! É isso mesmo, não chame essa brilhante série assim, pois essa nacionalização foi um estupro ao original. Se você sabe que, mesmo ele sendo mais fraco que o Ikki até a última batalha, só ele fica de pé, deve ser porque ele é o melhor, o escolhido, o Neo nipônico, fazer o quê!

Talvez a saga das Doze Casas tenha mexido tanto com o pessoal do estúdio de dublagem da Álamo que tenha ficado assim. Mas – ao contrário de golpe de marketing (para a Manchete ou aquelas super-coleções da Estrela) – isso foi uma burrice colossal. Porém esse é só um primeiro tópico de um longo papo, não percamos tempo com "bobagens", certo?

Outro pedaço que queria tratar – ou melhor, refutar de vez. Não existe Zeus. O plano original e último do criador da série (que já morreu) era finalizar na Saga Hades. Se quiserem teorizar sobre possíveis novos capítulos, mudem os nomes para preservar a licença, ok? Você gostaria que, depois de morrer, uma obra sua fosse toda alterada, deformada? Sim, os episódios que mostram a Invasão do Senhor dos Infernos vêm bem a calhar, são bem-vindos, acontece que nem pertinentes à série eles são. Trata-se de vídeos "soltos", que jamais poderão ser comercializados para um canal como o Cartoon Network por exemplo (ou por que você acha que não passaram o final de Inuyasha? Faltava uns 4 dias... só que são OVAs), no máximo lançados em DVD.

Stop! Isto está uma anarquia, bagunça total, vamos pôr as rodas nos eixos:

Um dia eu dou nota, invento julgamentos de quesitos mil, mas hoje não estou com cabeça. Que palavras usar, de começo? Esplendoroso...

Garotos cruelmente mandados para diversos locais do globo mediante um sorteio mesquinho. Armaduras sagradas cujos donos devem proteger a Deusa da Justiça. Cosmo, a energia além-física. Não cinco, mas seis e sete sentidos, se é que pára por aqui (ok, nerd: a resposta é NÃO!). Conspirações de dois irmãos. Sempre dois irmãos. Gêmeos ou não (literalmente). Podendo ser bem diferentes. Mas a narrativa paira em torno de dois pares de irmãos quando não está em Seiya: Kannon de Dragão Marinho, Cavaleiro sob as ordens (aparentemente) de Poseidon e Saga de Gêmeos, protetor da terceira casa do Santuário na Grécia e um usurpador; Ikki de Fênix, o Imortal e Shun de Andrômeda, aquele que não gosta de lutar porém está de alguma forma conectado ao Deus da Guerra.

É engraçado até: dois pólos. Ikki é o primeiro grande inimigo. Shun pode ser o mais ulterior. Espremidos entre os dois, rapazes de aparências iguais e muito (demasiado!) poder, no entanto um deles adquire uma coloração capilar cinzenta e olhos púrpura-demônio. Este último talvez seja o mais onisciente da série, ao advertir a boba Athena e seus súditos que nada enxergam (exceto Shaka) do perigo de outros Deuses quererem estender seus domínios sobre o maravilhoso mundo terreno. Talvez fosse o governante perfeito. Mas nos meses em que ocupou o cargo seu próprio reino mergulhou em intensa matança. Que Rei mais autofágico, e antes de uma guerra internacional!

Intercosmular... Quando o Mal é retirado, o carma que recai sobre a família continua, na forma de um renegado que vai aos fundos dos mares descobrir como realizar o antigo intuito de seu companheiro de útero e berço. Com técnicas semelhantes, não consegue derrotar os protetores da Justiça, justamente a base da pirâmide de poder do Santuário. Continua apegado à vida, no entanto. Poucos não morrem no anime! E os dois irmãos-diabo, quem diria, se unem para proteger todos os reinos dos Infernos, que despertam espalhando fogo aonde for. Eu diria três: a própria cíclica Fênix insurge contra a ameaça. Os três rostos que representavam a discórdia absoluta se unem contra o único pólo negativo ainda de pé.

Não vale a pena divagar tão futuramente, voltemos...

A Grécia é o berço do intelecto humano. Mas para um aspirante a Cavaleiro de uma Armadura de Bronze, deve bem ser mais. Separado de seus pais e irmã cedo na vida (SS é uma série nada paterna: todos são órfãos), é obrigado a treinar dia após dia por seis anos até ter a oportunidade – ainda – de disputar num coliseu de ferocidades omérito de vestir algo raro. O desenho começa do ponto em que essa batalha (com um tal Cássios), rápida e fácil, é a responsável pela entrega em suas mãos, pelo Mestre Shion do Santuário, da vestimenta protegida pela Constelação de Pégaso ou Pegasus.

No entanto nem todos na Grécia eram solidários com isso. Se a mestra de Seiya soubesse o que era ter o gostinho de derrota na boca... Uma companheira sua sabia: ela tutelou Cássios (Cassius?) anos infindáveis para o nada. Resolveu tomar as dores do mau aluno, que de quebra perdeu uma orelha. E ela é amazona, Cavaleira de Prata mascarada. Ainda assim, perde. Seiya sai do país e vai ao Japão onde 95% da série "takes place".

O que eu nunca entendi foi isso: que coisa abismal. Quando vai enfrentar (supostamente) um Cavaleiro de Prata pela primeira vez, Seiya sofre muito até "romper a barreira invisível", saltar o barranco de diferença do usuário de uma armadura, sacra, para o da outra mais modesta. Não faz muito sentido: seu colega Hyoga já tinha enfrentado o mestre (!) que era prateado, e sabemos o quanto Pégaso é mais forte que o Cisne. Além disso, a mestra de Cássius, Shina (sim?), esta era de prata, oras. O primeiro inimigo já era um nível acima.

O Santuário (ou domínio dos cavaleiros terrenos, protegidos e protetores de Athena, reencarnada de dois em dois séculos e blábláblá), tão povoado, tem um forte sentimento anti-semita: há poucos agraciados com o máximo (ouro), alguns mais com a prata (intermediária) e a ralé vai com o bronze, que dá! Pois uma classe odeia a outra. Para que montar-se em cima de orgulho tremendo? O caráter não lhes serviria mais?

O que se sabe é que tamanha ambição começou todos os problemas. O desenho parecia até a metade uma coisa bem mais simplória do que salvar a Humanidade de ameaças externas. Quando todos os olhos estavam para os próprios congregados, de uns para com os outros, o desejo de consumo era a Sagrada Armadura de Ouro de Sagitário (omitia-se esse Sagitário, ninguém sabia de nada, de signo nenhum, sequer se havia outros Dourados, ao menos os protagonistas da estória em questão). Uma armadura tão celestial e que não se sabe como foi cair nas mãos de uma esnobe lá do outro lado do mundo, uma netinha-de-vovô de uma mega-corporação. A mesma mega-corporação que sorteou muitos destinos malfadados de muitas crianças. Na verdade de algumas dessas crianças que viriam a ter um bom senso de justiça (não no início), todas terceira classe (bronze). Mas se o que importa é a força interior...

Pois bem, dá-se início à Guerra Galáctica, um clone dos torneios de Dragon Ball Z. Mentira: DBZ é muito mais recente, haha, peguei vocês. Narrador exótico, máquina para aferir os danos (rastreadores? Maiores...!), a presença da exuberante mocinha esnobe nas tribunas, uma platéia que sabe a que veio por mais que se diga que não e... os portadores de um fluido que todos queriam ver aos montes... homens com sangue ("ó!").

Uns pelo dinheiro (sim, aposto que alguns ali venderiam aquela armadura), outros pela glória, outros pelo altruísmo humanitário (queira dizer o que quiser... além de ser um pleonasmo), uns por nada, o restante para rever os "amigos". Ah sim, sobrou um: logo o protagonista, ia esquecendo do Seiya. Ele só entrou na onda para procurar Seika, sua mana. O que uma magnata não mente para garantir a participação de todos os previamente selecionados e a manutenção do patrocínio bilhardário...

O anime inteiro, de cabo a bem rabo, é marcado pelas reviravoltas principalmente deste personagem. Seiya dificilmente começa uma luta ganhando. Mas quando seus meteoros se sobressaem, não há nada que se possa fazer. As primeiras lutas são meio patifes. Seiya, Shiriu, Shun e Hyoga (os outros três seriam imortalizados por estarem sempre do lado do primeiro nos dilemas de dali em diante) faziam as unhas enquanto passavam à segunda fase do proclamado torneio (até então, nem se divulgava que existiam castas superiores). Seiya X Shiriu era a primeira luta a se levar em conta. Acontece que outra característica comum a SS e DBZ é a irregularidade na realização de campeonatos: haverá interrupções, roubalheiras ou uma odiosa amizade entre os participantes.

Shiryu de Dragão a ponto de morrer e um "Meteoro de Pégaso ao inverso" consegue salvá-lo. Disse que Shun mostrava seus talentos, massacrava os rivais... Não sabemos que tipo de organização é essa, mas parece que o primeiro combate do cabelos-verdes e armadura rosa vindo da Ilha de Andrômeda acontece só depois da segunda rodada do Seiya. Ah, claro: é o principal, pô, esqueci.

Antes de aniquilar o Unicórnio, que pedia por isso, luzes se apagam num estalo. Nunca um personagem foi tão poderoso. Hades não ateia ou cessa as labaredas de seu lar, tampouco Poseidon pode evaporar suas águas tão rapidamente assim. Mas Ikki de Fênix, o ilustre último convidado, ops, último comparecido, apaga as luzes do grande ginásio. Faz um showzão. Não vou resumir a série toda, mas esses primeiros capítulos são épicos, moços.

Depois de tantas promessas de vingança pelas próprias mãos e de um olhar sinistro (e mais um cumprimento levemente ríspido) ao idiota irmão pacífico, ele deixa o trabalho para uns capangas muito estranhos. Negretes que visualmente superam em muito a força e a velocidade dos nomes de bronze que já citamos aqui. Abandona o local, levando a armadura. Nada de competição mais. Ô incentivo ao espírito...

...esportivo e de porco, acho, são sinônimos. Nunca vi querer ganhar algo com regulamento ser tão difícil, porque sempre inventam de terminar antes – é o abandono da burocracia. Enfim, agora todos lutarão como time pela primeira de muitas vezes. O anseio de Seiya de rever sua irmã vai se apagando, no geral, com poucas recaídas no caminho.

Quanto aos demais tão conhecidos, o que eles realmente querem? Ikki quer ser o melhor, não tenha dúvidas; Shun quer que o irmão seja melhor que ele; Hyoga quer a mamãe – e se desculpar por um ou outro amigo de quem furou o olho (denotativamente); Shiryu quer ser o pupilo-perfeito até que seu mestre mostre que por mais que tenha sido não tem é faísca do poder dele (a prova disso é o tal do Alberish XIII). Sem dúvida o desenho é melhor enquanto todos ficam numa cega batalha voltada para o centro do círculo, e não para as desconhecidas formas de fora.

Eita, e o Seiyão? Ele quer Seika, Mino (amiguinha da cidade-natal), Athena (a que lhe desperta tesão, pela proibição), Shina (de quem foge por não lhe ser permitido o incesto – sim, lá na Grécia eram todos uma grande família, pois ela era quase uma tia sendo a semi-irmã de sua mestra – irmãos, de novo... irmãos sempre opostos...). Ele também quis aquela cavaleiro-fantasma que detonou antes dos de Prata. E muitas mais. Até a amada do cavaleiro de Prata lendário se bobear. Mais que a de Orfeu, talvez o rostinho do Shun. Já é tão clichê falar isso! Que review depravado...

Mas era isso que ele queria, oras. É, porque agora ele está morto. Huhuhu... Os quatro formam uma coalizão contra Ikki. Com a ajuda fundamental de um cachorro que tem o mesmo nome de um goleiro de time espanhol, derrotam os súditos e finalmente o calo da raiz do Mal. Fênix é um senhor adversário. Mas é de Bronze, esqueceu?

Depois os cavaleiros ainda enfrentariam pedreiras maiores como "dois Hércules", um de Bronze, outro de Prata. Ikki renasceria para ajudá-los, e brigar com Seiya – porque ele quer ser o mais forte, afinal. Nos episódios mais legais e imprevisíveis, Cavaleiros de Prata são chacinados sem perdão quando os de Bronze aprendem a lutar, despertar o Cosmo. Poderíamos dizer que fosse o Sexto Sentido. Mais que suficiente. Porém... e aí? Aí há um certo declínio, com introdução de fatores de "previsibilidade".

Correr 12 casas em 12 horas enfrentando 12 cavaleiros – da casta-mor! Em Asgard (troço improvisado), 8 (antes 7) cavaleiros em 12 horas (camufladas de "pôr-do-sol"). No Oceano, umas 8 horas para pegar de pau os mais fracos cavaleiros: marinas. Marinas. Marias. Fracotes. Era para estarem em 6. Um pilar estaria vazio. Mas tamanha inocuidade num desenho de ação fez com que pensassem na ressurreição milagrosa de Sorento. Deu tanto trabalho pensar numa não-morte que não deu pra pensar numa morte.

O carinha da telecinese quando enfrentam Argol de Perseu que tem o escudo da medusa. Bado, o irmão gêmeo (ai, ai) de Shido. Sorento. E Kannon. Ao que se sabe, estes são os cavaleiros enfrentados em situações de morte (não te contaram? Os zodíacos eram uma simulação pros bombeiros...) que não morreram a série inteira. Tem também o Radhamantys, cansado de apanhar e fugir ignorado, no finalzinho.

Daquele ponto, as doze casas são ditas como clássicas e impecáveis. Não gosto tanto. Mas veja que foi muito bem-bolada de modo que são os inimigos mais fortes de todos os tempos mesmo que ainda houvesse 100 (não tantos...) episódios pela frente, e ainda com sangue. Aliás, que malabarismo impressionante deixar Asgard (vulga Terra dos Débeis) empolgante. O Seiya apanhando tanto do Thor depois de lutar com Saga... Só mesmo a amnésia do sétimo sentido para explicar. O sétimo sentido é o segundo cosmo máximo (hihihi) aprendido pelos 5 enquanto correm pelas casas (e mais pelas escadas, vou te dizer!).

Demoram para reavivá-lo e, em verdade têm problemas com isso até o último momento. Veja a arquitetura roteirística para que as doze construções fossem transpostas com sucesso: casa 1) amigo, mas 1 hora de papo antes de seguirem; casa 2) chifrudo ressentido, não espera nem ser golpeado no resto do corpo – brasileiro; casa 3) quem não está não pode mesmo ser bom anfitrião (Hyoga, dondestás tu?)!; casa 4) fracote, era um algoz de Hilda em missão de espionagem; casa 5) exigiu até o retorno (e ida para sempre) de Cássius defendendo a vida de seu maior rival, mas é outro que só levou um chute na cara (aliás, vamos comentar de Seiya e a Mestra de Cássius: apesar de ser Prata, a coitada é que tinha que correr atrás do cosmo de Seiya, tsc, que anti-talento); casa 6) mesmo se pegando com Deus, Ikki fica com o maior cosmo de todos os tempos para vencer; casa 7) vazia; casa 8) Hyoga leva tanta picada que... hmm... é absolvido; casa 9) vazia. Ou melhor: encerra-se o propósito de metade do anime: por que mesmo os Bronze enfrentavam os Prata além de "orgulho de classe"? E agora ousavam fazer cócegas nos Ouro? O novo Mestre do Santuário – adeus Shion! – implicou com a tal armadura do torneio e a queria de volta de quaisquer e "n" maneiras, tanto que nem se importava com o fim iminente do seu Exército. Agora o objetivo do desenho é bem inovador: salvar o mundo do mal. casa 10) lembrete: faltam 2 horas, hein. E, ah sim, a casa 7 tinha um cara chamado Hyoga "lacrado", mas dizer que estava vazia não dista muito. E aqui está ele lutando e morrendo com o inimigo – mestre do mestre, mwahahaha; casa 11) Não! Nossa, tanto não gosto da saga das doze que até inverto. Hyoga estava aqui. Na outra foi-se Shiryu com o golpe proibido mais liberado da História. Os suicídios aumentam vertiginosamente nesse final onde finalmente os auríferos querem ser levados a sério; casa 12) quanto mais maligno, mais fraquinho (vide Câncer). Shun ainda teve de morrer. Sabia que ele era o pior de todos, haha!

Depois, ainda tinha uma escada cheia de rosas que deu mais problema que muitos homens juntos. Uma cena dramalhosa com o Lado Bom do Mestre, um acordar, outro acordar (Fênix), um escudo e uma salvação (Athena, a DEUSA, ia morrer!). Só que quando Shun entrou em Peixes faltava só 1 hora. Ai, ai...

Todos foram tropeçando pelo caminho. Seiya foi o único sobrevivente. Athena reviveria todos. Então, Seiya reviveu os amigos por tabela, porque deu uma de árbitro de Campeonato Brasileiro (outro que nunca acaba, nem no tribunal...) e na última hora virou o jogo (compreenderam, corintianos?).

Aí então seria necessário um ótimo jogo de cintura dos produtores pra enrolar. Se vinham primeiro os cinco básicos, depois o sexto e posteriormente o sétimo sentido... Em Asgard devia vir o oitavo. Mas ele enrola muito pra chegar. Em Asgard por maior parte do tempo luta-se com um "seis e meio", num corpo mole de duvidar! Nem vou mencionar os inimigos. Só o Alberish. O mais esperto. Derruba vários com sua lábia. Só que em termos ofensivo-defensivos, era mesmo o mais incapaz. E Siegfried, o mais honrado, parecia invencível mas, certeza, perderia para o antes até-vencível Saga!

Quando as lutas vão pra mais embaixo, não muita coisa muda. Seiya (sempre ele, ficando de pé sozinho contra a dominada Hilda de Polaris), entorpecedio pelo esquecimento, luta como lutou com Misty para apanhar do guardião do primeiro pilar de Poseidon. Essa Athena fica se salvando de cada jeito... Flecha no seio, na ilha sozinha e de braços abertos, numa câmara molhadinha. Toda ninfeta. Ei, esqueci de dizer para os dessabidos que ela é a mesma e arrogante promovedora da Guerra Galáctica. Puá, mas não tem ninguém dessabido de Saint Seiya!

Prosseguindo... aí ele descobre o animal dentro dele (aquele alado...) e fica tudo muito fácil... Até o surgimento de um esperto como Alberish, o não-sei-quem de Lynadis (isso?). Fraco como uma gazela, transmuta-se em entes queridos para provocar o emocional dos adversários. Derruba 3. Ikki surge (SEMPRE POR ÚLTIMO) para encerrar esse cinismo dos fraquelas. Mas o Lynadis era bem mais burrinho que o Guerreiro-Deus de Odin, na medida em que era só manter a novela até o último segundo e o desfecho não teria sido este.

Ikki diz que não queria mais perder tempo com droga de pilar e ia bater um papinho com Julian Solo (o dono do tridente) logo. Pena que tinha um pilar na frente da casa do cara... Nossa, e o trajeto dele de Lynadis a Cavalo Marinho é o único que se vê na série toda. Acompanhe sua trajetória: morre contra Dócrates. Revive contra um Bronze de Fogo (eu acho). Faz participação especial num embate dado como perdido de Hyoga contra dois Pratas para proteger Saori/Athena. Decapita um deles. Some. Enfrenta dois rezadores de uma vez. Surge para enfrentar Shaka com seis horas e meia já decorridas. Some. Morre? Não, some. Después, regressa para pegar o Saga. Some. Volta contra Mime de Bennitnash (bennet?), o belo harpeiro. Desmaia. Já volta jogando suas tradições peninhas contra Bado. Some. Reaparece já desaparecendo contra Sieg. Vai recarregar as energias, sonhar com Esmeralda...

E volta contra Lynadis. Finalmente, vence fácil e o vemos se locomovendo (usando as pernas!) para ir até a próxima. E essa próxima era ele. Ele igual. Ele diverso. Kannon, Saga 2. Tramou tudo. Acordou Poseidon antes da hora (que bom, treinamento para o que estava por vir). Ia dominar tudo de uma vez, o dobro de reinos do irmão, e nas costas dos outros. Mandando Ikki para as Bermudas, vê o adversário voltar porque já tinha tirado as férias compulsórias. Sonhos frustrados. Vai embora. Vai virar bom mocinho (o Kannon – o Ikki toma gosto pelo ato de andar e segue na batalha). O morto Sorento se depara com Shun. Ou o contrário. A Corrente Nebulosa pela primeira vez poupa uma vida. Ele não vai ajudar depois, todavia atrapalhar que não. Pensando bem, é Bado que não gosta do Inferno.

O impressionante é a alemanização dos terceira-casta, ou seja, a armadura deles adquire um pouco de brilho classe A. Vez ou outra ofuscam o rival, mesmo Poseidon já irado. Com a ajuda dela, finalmente o aprisionam (mas peraí, porque a própria Athena é fraca a ponto de qualquer de seus cavaleiros poder feri-la ou ameaçá-la gravemente, enquanto Poseidon/Vegeta não pestaneja diante de ataques/macaqueações alheio(a)s?). Ufa, tô cansado de cronologia.

Aqui termina oficialmente o anime. OVA é meu ovo. Mas que é bonito é. Aqueles girinhos tridimensionais... A Exclamação de Athena. E o bom é que Masamu Kurumada vai poder empregar o conceito do Oitavo Sentido. Ei, só um momento... ele tá morto. Então não adiantou nada. 

Ah sim, ele já tinha escrito o roteiro e desenhado para revistinhas chamadas mangá que você já deve ter lido. Empresta-me? Deve ser o Santuário de ponta-cabeça: primeiro, uma corrida às avessas para que três espectros do Deus do Mundo dos Mortos (a verdadeira guerra) mate Athena em 12 horas. Depois... Vai pegar os episódios, vai? Estão lançando mensalmente na Internet. 

Ainda está aqui?

Imagem para relaxar a vista:

Nos calabouços das prisões de Hades está trancafiada minha vontade de continuar teorizando filosoficamente sobre coincidências forçadas da série e/ou o que pensa cada personagem. Mas essa é a graça: "aquele épico com 'ó, ó, ó' no fundo e Seiya mandando ver com flechas ou os punhos pelados. Só ele. Ikki se deu mal...

Gostaria só de falar destes aspectos técnicos aos quais não darei uma nota por enquanto. O que dizer da imagem? Velha na maior parte do tempo. Só que temos que levar junto um contexto: e para 86, 87? Nunca vou saber se era o ideal. Porém, Kuramada sempre revelou em entrevistas que queria o uso da máxima tecnologia, então deve ser. De qualquer forma, os traços dos personagens me agrada, só não duas coisas: com uma pecinha aqui e outra ali dos Cavaleiros de Bronze (que não protegem a barriga ou o pênis), como eles esperam absorver os impactos (digo, que a peça de metal faça isso em detrimento de seus corpos)? Afora isso, há inimigos feitos com dentes triangulares e uma cara de ogro do capeta. Enquanto isso, outros são muito bem-construídos. Independentemente da intenção almejada pelos desenhistas (ou era só um o desenho inteiro???), particularmente reprovo essa superlativização de alguns rostos e corpos. Som. Música. ULLLLLLLLLL. Música, melhor. Já que é universal, vai estar assim em todas as localizações possíveis. Quantas tristezas, excitements e doutras vendo. Nacionalmente, dublagem impecável por evitar as abomináveis trocas de vozes num personagem no desenrolar do enredo e até um Angra para coroar o Santuário. Sempre uma saga melhor tem trilha melhor. É uma verdade irrefutável. Não que a pior tenha a pior. Ainda é bom o que se escuta em nada-a-ver-Asgard. Parece que nos episódios derradeiros de cada "temporada", eles capricham ainda mais, como se estivessem compondo para um "firme", vulgo longa. Aliás, os de SS devem ser objeto de reviews posteriores, porque são os mais bem-elaborados entre os das séries não-cults (conhecidas por nós tupiniquins). Curiosidade: quem faz a voz do Seiya é o filho de quem faz o voz de Saga. Finalmente um laço familiar diferente da fraternidade. Estava de saco cheio...

ONDE ASSISTIR?

Duas vezes por dia, é sua chance! TV aberta – para não-residentes de São Paulo, Rede 21 (canal 6) de posse do dono da Bandeirantes transmite "Cavaleiros do Zodíaco" (arg, é SS!) normalmente às 17h. Na TV a cabo o Cartoon anda reprisando pela milésima vez (bom, já está no fim, por favor leia a data do meu post. O horário é 0:30. Claro que otakus de verdade baixam os episódios na net, mas se quer meu conselho este não é dos animes que se faz isso a não ser para os OVAs ou aqueles episódios inesquecíveis MESMO. Sei lá por que...

Autor: WormSaiboty