O ANTÍDOTO PARA O HORÁRIO ELEITORAL
Pe. Luiz Roberto Teixeira Di Lascio

Em sua maioria o povo brasileiro se encaixa, como vítima, no dito popular que afirma que ¨mulher de malandro gosta de apanhar¨. Isso se aplica para a maioria dos eleitores de nosso país, que continua sendo ludibriada, enganada, rebaixada, espoliada em seus direitos, como cidadãos. O complexo de inferioridade e a baixa estima  está tão enraizado no inconsciente coletivo, que os eleitores não percebem o quanto o horário político, difundido pelos meios de comunicação, continua sendo degradante, néscio e pretensioso, como que querendo afirmar que  toda mentira vista e ouvida repetidamente acaba se tornando uma verdade. Os candidatos políticos são, na sua grande maioria, fracos, despreparados, verdadeiramente analfabetos em  questões de administração pública e atividade política. É ridículo e vergonhoso assistir ou ouvir o blá-blá-blá, e aquelas descaradas mentiras que eles dizem ou são programados a dizer. Entra ano e sai ano eleitoral, e o palavrório é sempre o mesmo: embromação, enrolação, conversa para boi dormir.  

O termômetro do crescimento da consciência política de um cidadão é a sua   capacidade de saber operar o controle remoto do seu aparelho de tevê ou de rádio,  o botão do seu celular e as teclas do seu laptop. O controle remoto é uma arma poderosa no processo eleitoral, a ser  utilizada no exercício da cidadania: o eleitor vai assim treinando, para depois, no dia das eleições, agir com consciência e esperteza    ao fazer a escolha de um candidato, diante da urna eleitoral.  

Desligando o aparelho no horário político vem  a pergunta angustiante: “E agora, o que eu vou fazer?” Aqui vai a dica: que tal a experiência de orar pelos políticos que estão sendo apresentados? Acredite! Vai ser uma boa! O poder da oração derruba toda corrupção, desmascara os idólatras e faz o eleitor descobrir qual o espírito que inspira e move os candidatos: a) o espírito do mundo (poder, prazer e riqueza); b) o espírito do egoísmo (tudo estando voltado para o próprio interesse); c) o espírito maligno (serve ao mal e à cultura da morte); d) o espírito divino (que se vale dos critérios bíblicos e da ética dos valores morais e humanos).  

Pelo discernimento dos espíritos o eleitor descobre se o candidato é guiado pelo espírito do mundo ou do mal (libertinagem, corrupção, idolatria, magia, discórdia, rivalidades, inveja, bebedeiras, orgias, drogas, facções criminosas); ou conduzido  pelo espírito divino ou do bem (amor, paciência, bondade, honestidade, justiça, autodomínio, prudência, sabedoria).  

Entre, você eleitor, nessa corrente de oração e intercessão pela moralização da política brasileira. Desligue o seu televisor ou rádio no horário eleitoral, e abra a sua Bíblia. Peça ao Espírito Santo para atuar em sua vida e na vida dos candidatos. Imagine milhares de pessoas orando e intercedendo pela ética na política e pela valorização da cidadania. Fé e Política caminham juntas e elas são fundamento para a edificação de uma Nação, processo que passa pela atuação comprometida do Estado,  para que este país se torne uma Nação Soberana e Livre, modelo de sociedade para um mundo cada vez mais fragmentado e carente. Cabe a nós, cidadãos brasileiros, honrar a nossa identidade e dar o melhor de nós para que o Brasil seja, de verdade,  um país comprometido com a justiça social e a paz universal.  

Pe. Luiz Roberto Teixeira Di Lascio  
Assessor de Comunicação da Arquidiocese de Campinas – SP.  
E.mail: lros@uol.com.br   
Telefone: (019) 9704-7070

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