"Coluna do
Hyder"
-
Fabio "Hyder" Azevedo
O
Clone
Nos primórdios, a IRL usava a sucata da Cart.
Olá amigos,
estamos de volta depois de dias estranhos e até, em certo ponto
engraçados. Gostaria de agradecer as manifestações de suporte, afeto
e carinho que recebi de leitores, colegas e amigos pelo evento
ocorrido. Digamos que no meio deste turbilhão todo, outros eventos
que seriam cômicos senão trágicos, aconteceram ao mesmo tempo.
Ganhei um clone na Internet e todas as minhas antigas contas foram
roubadas. Felizmente não tive nenhum prejuízo financeiro, mas alguns
pequenos problemas, já resolvidos, surgiram e minha conta no Orkut
foi "assumida" por "alguém". Chegou a ser engraçado as mensagens que
tenho recebido dos amigos. Peço aqui, publicamente que me denunciem
ao Orkut para que estas contas sejam canceladas já que nem este tipo
de acesso eu tenho mais.
Mas isso serviu como inspiração para uma nova coluna. Estava com um
amigo comemorando e conversando sobre mais uma grande conquista da
Marlboro Team Penske e comecei a perceber que este lance de clonagem
vem antes da novela da Gloria Perez na Rede Globo... Excluindo os
meios científicos, tecnológicos e de pesquisas, conhecemos um bom "clonador"
chamado Tony Hulman George. É engraçado, pois o primeiro evento do
Tony George foi com carros antigos da Cart (carros com três ou
quatro anos de atraso) e o esquema de pontuação era o mesmo. As
regras de bandeiras, preço de tickets. Depois partiram para a
solução de carros aspirados, mas como motores recondicionados da
antiga Indy-Lights e utilizando kits de suspensões e tração da
"categoria rival". Surgiram algumas mudanças para não ficar
caracterizado uma segunda divisão da Champ Car, mas que era
perceptível a semelhança desde seu nascimento. Depois de algum tempo
surgiu a IPS (categoria de acesso à categoria principal) para
rivalizar com a Atlantic e com a Barber. Nem vou entrar no aspecto
técnico de pilotos e equipamento senão seria muita covardia. Vejam
os grids de cada certame e tomem suas próprias conclusões.
Depois de buscar as equipes e montadoras do campeonato organizado
pela Cart devido a graves falhas administrativas de certo "piloto"
que hoje tem uma equipe com um tradicional apresentador de TV nos
Estados Unidos, o pessoal da IRL resolver aventurar-se pelos mistos
permanentes e provisórios (pistas de rua). Em São Petersburgo, em
uma cópia óbvia da Champ Car, isso sem contar que a mesma IRL tentou
comprar os espólios da antiga Cart Inc. para poder pegar os
contratos de pistas mistas tradicionais como Long Beach, as pistas
canadenses e mexicanas e Road America. Tentaram com Sonoma e Watkin
Glenns mas são pistas que não são tão destacadas, a não ser pela
utilização anual que a Nascar faz para seus eventos. São pistas que
pararam no tempo. Gosto muito de Glenn e gostaria de ver a Champ Car
correndo ali.
Agora eles tentam uma expansão maior - para a Europa - depois de
correrem no Japão única e exclusivamente por causa da Honda que além
de ser a única fornecedora de motores e marketing automobilístico,
paga todas as despesas de transportes para o Oriente. Esta história
de correr no Canadá - em Montreal - soa meio esquisita, pois o
Normand Legault, promotor do evento para a Fórmula 1, não aparenta
ser um cara que respeite bem as coisas e quando ver que muitas
equipes estão deixando - extra oficialmente - a categoria pode ter
um grave problema pois a FIA e as emissoras que fazem transmissões
internacionais de TV têm por acordo um número mínimo de 18 carros no
grid. Hoje nem a Champ Car ou mesmo a IRL têm este número mínimo nos
seus grids confirmados para a próxima temporada. No caso da Champ
Car é mais critico, pois desde o acidente do Cristiano da Matta que
existe esta ausência de um carro. A Expectativa é que o Panoz DP01
traga novas equipes por causa dos custos mais baixos e pelo moderno
ambiente tecnológico que o mesmo está trazendo, sendo totalmente
revolucionário.
Um grande abraço e até a próxima.
Fabio "Hyder" Azevedo
http://blogdohyder.blogspot.com
|
Torcedor do Vasco da Gama e da
Associação Atlética Anapolina, fui
membro da Penske,
atualmente sou Analista de
Tecnologia da Informação mas continuo
apaixonado pelas corridas como nunca. Nas quartas-feiras, falarei sobre as
minhas experiências na categoria, além de contar histórias dos bastidores que
poucos conhecem.
|