"Coluna do Hyder" - Fabio
"Hyder" Azevedo
Penetras Bons de Bico

Paul
Stoddart desembarca na Champ Car: profissionais em detrimento aos
aventureiros.
Olá pessoal, gostaria de pedir desculpas pela
ausência nestes tempos, pois estive muito atarefado, os meus compromissos
profissionais tem deixando qualquer tempo livre muito raro. Final de ano é
uma época complicada para quem trabalha em projetos de Tecnologia da
Informação e o ano de 2007 promete ser muito interessante, um mercado
nacional assim como internacional. Coisas estão acontecendo e vão
acontecer outras melhores ainda... Basta esperar e manter a fé em Deus
nosso Senhor. Muito se tem se falado no país, neste ano em especial, sobre
ética e moralidade... Cada um que deveria ter todos os motivos para ficar
em silêncio e querem segurar o estandarte da moralidade e da família, por
exemplo. Mas basta apenas cinco minutos de informação isenta para vermos
que determinadas instituições e pessoas (não citarei nada aqui para não
ser chamado em juízo) são tão frágeis como qualquer taça dinamarquesa para
bons vinhos franceses.
No campo esportivo, no automobilismo em especial, nesta última década, não
consigo parar de pensar em dois (perdoem a maneira de escrever) crápulas e
escroques da pior qualidade. Falo sobre Bobby Rahal e Tom Walkinshaw. O
primeiro acabou sendo um motivo de grande revolta no meu rápido
entendimento de automobilismo, não só como esporte ou um tremendo negócio
que gera muitos milhões de dólares, mas como uma paixão. Já escrevi em
outras colunas e sobre este “nobre e respeitado” senhor, não pronuncio
mais nada.
Tom Walkinshaw tornou-se conhecido deste escriba quando adquiriu 30% da
equipe Benetton na F-1 em 1991. Não sei por que, mas achei que um dos
brasileiros da equipe na época, Nélson Piquet ou Roberto Moreno, seriam
fritados para que algum piloto pagante assumisse uma vaga de titular.
Infelizmente isso ocorreu. É um procedimento bem típico da maneira Tom
Walkinshaw de se fazer os negócios: quebrando contratos, passando por cima
de planejamentos... E sempre ganhando dinheiro, da forma mais inusitada e
amoral possível. Demitiu e desdenhou de John Barnard, um dos grandes
“magos” da F-1 moderna e dispensou Roberto Moreno por carta. Está certo
que a aposta dele acabou por dar certo, pois um garoto patrocinado pela
Sauber Mercedes no Mundial de Marcas seria o maior vencedor da F-1,
Michael Schumacher. Mas como não esquecer do papelão de Magny-Cours em
2002 quando as voltas classificatórias de Enrique Bernoldi e Heinz-Harald
Frentzen foram abortadas porque a equipe não tinha orçamento nem mesmo
para comprar luvas para mecânicos e pilotos. O que tudo isso tem a ver com
a Champ Car? Estou muito feliz pela chegada do Paul Stoddart a categoria
em detrimento a esses aventureiros que só querem ganhar dinheiro o mais
rápido possível, sumindo do mapa com a mesma velocidade de que surgiram.
Sempre fico preocupado quando certos cidadãos que circulam pelos paddocks.
Num resultado geral, acho que este ano foi muito proveitoso para a Champ
Car e o consórcio Owrs, pois as dívidas da Cart Inc. continuam sendo
quitadas, novas pistas, equipes surgindo e, principalmente, o novo carro.
Além de manter a grande estrela da categoria na atualidade – Sebastien
Bourdais – a categoria estará recebendo gente de talento e experimentando
um crescimento muito interessante a médio e longo prazo. Ao contrário da
categoria rival, a Champ Car vem testado a exaustão, mesmo sem o novo
DP01. Acho que depois de anos, teremos uma festa de apresentação da
categoria com muita expectativa não só dos pilotos e empresários, mas
principalmente dos fãs que mesmo num período obscuro não deixaram de
acreditar e apoiar a categoria.
Este ano também deixou algumas conclusões bem interessantes, pois os erros
de outros anos não foram cometidos e a categoria mostrou força. A ausência
de um canal de TV aberta no Brasil impediu a maior divulgação da categoria
em nosso país, mas como os fãs da Champ Car são fiéis, seguem o certame
onde eles estiverem. Outra coisa que me deixou muito feliz foi que,
finalmente, este termo horroroso Formula Mundial será finalmente trocado
pelo nome tradicional. A volta da marca Champ Car era muito esperada por
mim. Digo isso, pois já tive a oportunidade de pessoalmente perguntar
tanto ao Émerson Fittipaldi quanto ao Téo José sobre quem era o “pai deste
filho feio”. Os dois negaram serem os autores da "proeza".
Enfim, aproveito este também para desejar um natal maravilhoso e que o
verdadeiro espírito desta época (nosso Senhor Jesus Cristo) esteja dentro
de cada um e que o ano de 2007 traga grandes realizações para todos em
todas as áreas de nossas vidas. Em janeiro estaremos de volta com as
baterias recarregadas e recheados de notícias sobre a Champ Car.
Um grande
abraço e até a próxima.
Fabio
"Hyder" Azevedo
http://blogdohyder.blogspot.com

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Torcedor do Vasco da Gama
e da Associação Atlética Anapolina, fui membro da Penske,
atualmente sou Analista de Tecnologia da
Informação mas continuo apaixonado pelas corridas como
nunca. Todas as semanas, falarei sobre as minhas experiências na
categoria, além de contar histórias dos bastidores que poucos
conhecem.
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