MANIFESTO NA COR "ROXA" COM FLORZINHAS
NO ESTILO "TROUXA"
(Manifesto
elaborado por Inna Puchkin Ievitich,
sob encomenda, e publicado no fórum Grimmauld Place, em um tópico criado por um R/H denegrindo e
aviltando os H/H's gratuitamente)
Sinceramente, eu
não sei por que muitos R/H's não desistem. Vejam que eu estou usando a
mesma expressão que eles agora usam com frequência
para atacar os H². "Vocês não desistem
mesmo!", dizem eles. E eu pergunto, com toda a razão: Desistir (de ser H²) por quê? Por que o shipper H/H não aconteceu no
livro? Por que a J.K. "deixou muito claro" que a "vitória"
é dos shippers R/H e H/G? Só por isso? Eu
pergunto.
E
"isso" é motivo suficiente para deixarmos de curtir Harry/Hermione?
"Isso"
tira a nossa liberdade de nos divertimos com o que temos?
"Isso"
nos impede de criticarmos o sexto livro ou de tirarmos sarro do "R/H
capenga" e do "H/G forçado" que a J.K. escreveu?
Então, porque
R/H é "cannon" nós
somos obrigados a abandonar o shipper H/H e forçados a gostar de R/H e H/G. E
pior. Temos que admitir que R/H e H/G são melhores do que H/H, só porque a J.K.
quer assim ou porque a oposição R/H-H/G está na situação.
Muito bonito!
E eu fico a me
perguntar, depois de cinco exaustivos anos de curso de Direito e mais dois na
Pós, onde foram parar os sagrados direitos de liberdade de expressão e de
livre-escolha... :roll:
Dentro da
razoabilidade, o que eu vejo é uma coisa totalmente diferente daquilo que os
R/H's vêem.
A meu ver, eles
é que vivem se estressando a toa com o fato dos H² não desistirem daquilo que acham que faz sentido.
Eles, ou boa
parte deles, é que parecem não suportar a presença dos H².
Eles, que
esperavam que os H² "desaparecessem" do
mapa depois do sexto livro, é que vivem perdendo a tolerância com a
"militância" H².
Eles é que se
incomodam com o fato dos H² terem
"sobrevivido" e que se sentem molestados com a persistência de suas
idéias. E como diz o bom e velho ditado: os incomodados é que se
retirem.
Porque H² algum é obrigado a reconhecer que errou e a admitir que é perdedor.
Eles, os
incomodados, é que devem entender e aceitar de uma vez por todas que:
- Todo e
qualquer H² é um ser humano (caso não se tenha clara
esta verdade) e como todo ser humano deve ser tratado com RESPEITO.
- Os H² não devem ser preconceituados
por pensarem diferente. O preconceito é um sentimento primitivista, que não tem
lugar entre homens e mulheres civilizados. Como dizia Voltaire: "O
preconceito é uma opinião não submetida a razão",
portanto o preconceituso é um ser ignorante.
- Os H² não podem ser taxados como "mentalmente
conturbados" só porque não aceitam o "óbvio" como sendo a melhor
opção. Os H² sempre viram e continuam vendo aquilo
que os R/H's chamam de "óbvio" (R/H-H/G). Acontece que os H² também viram e vêem "o não-óbvio" (H/H) e
reconhecem que esse, sim, é que faz sentido.
- Desde o
início, J.K. trabalhou com dois caminhos: o do óbvio (R/H) e o das entrelinhas
(H/H). Se uns (R/H's e H/G's) nunca conseguiram perceber essa via de mão dupla,
a sua falta de percepção não lhes dá o direito de debochar, perseguir ou
agredir aqueles que perceberam (H/H's).
- Nenhum H² é obrigado a desistir de nada - se não quiser.
- Um shipper não
é "melhor" ou "mais certo" que outro só porque é 'cannon'.
- Os H² têm TOTAL e PLENA LIBERDADE para continuar analisando,
argumentando e lançando hipóteses sobre o seu shipper, mesmo que o seu shipper
nunca aconteça nos livros.
- Os H² têm TOTAL e PLENA LIBERDADE para criticar os livros,
para divergir da opinião dos R/H's e H/G's e para defender o seu ponto de
vista.
- A interpretação que
os H² fizeram e fazem dos livros não está errada.
Isso porque não existe "certo" ou "errado" na literatura.
Existem, sim, interpretações diversificadas de um mesmo conteúdo.
É possível fazer
uma interpretação literal de um texto (ao pé-da-letra),
como também é possível interpreta-lo analogicamente, historicamente,
etimologicamente, simbolicamente, etc. A linha que os H²
seguiram é a analítica, esgotando todas as possibilidades deixadas pela autora (como
ela própria sugeriu ao dizer "leiam nas entrelinhas").
Como disse
Thiago de Mello (outro maluco-beleza), no seu
Estatuto do Homem:
Artigo Décimo - Decreta-se
que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar
com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.
Portanto, se os H² quiserem brincar de tocer
pelo seu shipper ("perdedor") ou brincar de preferir o "impossível', eles têm total liberdade para isso, sem que
precisem pedir permissão ou dar explicações.
Ainda me valendo
das palavras de Thiago Mello:
Parágrafo único
- Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.
Ou seja,
amiguinhos R/H's, as aparências enganam.
Nem todo aquele
que diz "eu te amo" (ex: Rony "se
declarando" para Hermione, em HBP), realmente ama. Quem verdadeiramente
ama DEMONSTRA AMOR.
PROVAS DE AMOR.
É isso que os H² buscam e que encontraram, com
fartura, em Harry e Hermione. VERDADEIRAS DEMONSTRAÇÕES DE AMOR e um
relacionamento pautado no respeito, no companheirismo e na complementaridade,
que teria TUDO para dar certo na VIDA REAL - a exemplo de muitos casais que têm
as mesmas características de um Harry/Hermione e que deram certo.
Se todas
as coisas simples aqui ditas, tanto sobre os H² como
sobre o shipper H/H, são dificéis de entender, das
duas uma: ou o nível de entendimento não é suficiente ou o preconceito se
tornou uma trava grande demais nos olhos.
Das duas, o
preconceito seria o pior, se a falta de entendimento não levasse a ele.
Inna - na campanha "Ajude a quebrar um preconceito: Ponha
uma flor roxa no coração".
Roxo ficou o trouxa que não entendeu o lance da "flor roxa".