Ecologicamente correta e cheia de ideais. Assim é Chris Nicklas, VJ da MTV. Não é à toa que ela é a apresentadora do "Central MTV": o programa é gravado no Rio de Janeiro e ela tem tempo de sobra para conversar com a galera sobre reciclagem de lixo e falar de suas campanhas pela proteção dos animais. Ela fica injuriada quando vê cães e gatos abandonados por aí. Até participa de movimentos como o "Clube das Pulgas", que defende o controle de natalidade dos animais. Chris não curte badalar, prefere descansar em sua casa na Barra e ficar na rede com seus dois gatinhos. Mas ninguém pense que ela é sempre zen. Quando foi fazer ioga, em vez de meditar, ficava pensando nas tarefas do dia, como ir ao banco, cuidar de casa...

clique aqui para assistir a uma entrevista com ela, feita pelo site "Terra"

Confira em baixo, a entrevista picante feita com ela na revista "VIP Exame" de Abril / 2000.

Nome Completo: Christine Nicklas

Data de Nascimento: 30 / 11 / 66

Como chegou na MTV: "Eu era modelo e fazia muitos comerciais em TV. Fui chamada para fazer um teste no início de 1990 - a MTV não estava nem no ar. Só fui entrar três anos e seis testes depois. Comecei com o jornalismo, no MTV no Ar".

O que apresentou: MTV No Ar, Semana Rock, Radiola, Disk, Top 20 Brasil, Supernova 2, Chamada, Top 2000, Quiz MTV, Central, Non Stop, Em Busca da Fama.

Onde Nasceu: Rio de Janeiro

Além da MTV: Cursou seis meses de Comunicação na FAAP/SP. Na mesma época, já trabalhava como modelo. "Apareceu a primeira proposta de ir trabalhar no Japão. A partir daí, não parei mais de viajar pelo exterior. Só pro Japão eu fui 5 vezes!"

Primeiro trabalho na tevê: Um comercial para o tênis Olympikus, em São Paulo, em 1983.

Compromisso: Casada com o cinegrafista Flávio, conheceu o marido em 1995, quando ele trabalhava como câmera na MTV do Rio de Janeiro. "Eu fui pra lá gravar um Semana Rock especial de verão e acabou rolando".

Pessoas que admira: Nise da Silveira, Rose Marie Muraro, Dráuzio Varella e Carlinhos Brown.

Música: Elis Regina, Marisa Monte, Alanis Morissette, Ed Motta, Fernanda Abreu, U2, Jamiroquai, Madonna e Garbage.

Internet: Sociedade União Internacional Protetora dos Animais - SUIPA, Greenpeace e Clube das Pulgas.

Artista que gostaria de ter entrevistado: Elis Regina.

Quem gostaria de entrevistar: A cantora Alanis Morissette.

Momento marcante: "A cobertura, pela MTV, das três noites do Hollywood Rock de 95. Entrei pela primeira vez ao vivo".

O que gosta de ver na tevê: O seriado "Friends", da Sony, transmitido pelas tevês por assinatura TVA e Net.

O que falta na tevê: "Programas sobre o interior do Brasil".

O que nunca assistiria: "Programas religiosos".

Que programa gostaria que fosse reprisado: O seriado americano "Anos Incríveis".

Livro de cabeceira: "Estação Carandiru", de Dráuzio Varela.

Vídeo de cabeceira: "Minha Vida de Cachorro", de Lasse Hallstrom.

Clipe preferido: "Frozen", da cantora Madona.

Homem bonito: "O meu marido, Flávio Zangrandi".

Qual o maior vexame: "Fui entrar em um ônibus com uma saia rodada, tipo anos 60, os botões se abriram e a saia caiu".

Personalidade: O médico Dráuzio Varela. "O trabalho que ele faz na Casa de Detenção de São Paulo é realmente heróico".

Arrependimento: "Nunca me arrependi de nada que fiz".

Projeto para o futuro: "Fazer um programa sobre ecologia sem cair na chatice".

Cor: "Muitas, todas"

Time: "Nunca tive"

Tipo de música: "Sou eclética. Gosto da música clássica à eletrônica. Só não gosto de punk e sons muito pesados"

Animal: "Gato, tenho dois"

Esporte: "Natação e corrida"

Filme: "Moulin Rouge"

Ator: Anthony Hopkins

Atriz: Meryl Streep

Cantor: Ed Motta

Cantora: Elis Regina

Malha? "Nunca liguei muito pra isso"

Brinquedo de infância: "Brincava de boca com os meus gatos"

Grife: Adoro o Dolce & Gabana. Nunca vou ter uma roupa cara daquelas, mas acho o máximo 

Bebida: Vinho do porto e tinto 

Point: "A minha casa e o Barreado, em Vargem Grande"

É louca por: "Animais. Participo de várias campanhas pela defesa do bichos"

Uma qualidade: "Bom-humor"

Um defeito: "Sou muito agitada e, às vezes, você tem que saber adequar o seu ritmo"

Sonho: "Queria que as pessoas fizessem o que elas falam"

Ponto positivo da profissão: "É um bom canal de comunicação com os jovens"

Ponto negativo da profissão: "As críticas negativas por causa de um preconceito"

Quando era criança: "Era tímida e achava que nunca ia dar certo"

Se ganhasse na sena: "Não quero ganhar muito dinheiro, acho que eu ia entrar em crise"

Presente que gosta de dar: "Gosto de presentes com humor"

Presente que gosta de receber: "O que vier é lucro: roupas, jóias..."

Para matar o tempo, nada melhor do que: "Ficar em casa"

Não saio de casa sem: "Fazer meus cachinhos"

Bandas e/ou cantores preferidos: Elis Regina, Carlinhos Brown, Caetano, Marisa Monte, Fernanda Abreu, Alanis Morissette, U2, Jamiroquai, Madonna, Garbage.

Livros prediletos: Casa dos Espíritos, Silêncio dos Inocentes.

Artistas que mais gostou de entrevistar: Gloria Stefan, Farofa Carioca.

Viagens mais interessantes: Japão, Maldivas, África do Sul, Austrália, Grécia.

Sua religião: Nenhuma.

Tem alguma superstição? Não.

O que você acha que acontece quando o coração pára? A gente se transforma em energia.

O que você costuma fazer para exercer melhor sua cidadania?
Reciclagem de lixo, não uso a buzina do meu carro, cato lixo dos outros na praia, faço doações para orfanatos e instituições do tipo.

Opinião sobre substâncias que alteram o estado mental.
Não tenho opinião nenhuma, mas sobre as pessoas que usam, acho que cada um deve descobrir seus próprios limites para não cair na asneira de se afundar na droga (legal ou ilegal) e deixar de conseguir viver.

Qual a salvação para a histeria coletiva? Aprender a se satisfazer com o que se tem e saber valorizar.

O que você imagina existir em outras galáxias? Não tenho idéia, sou muito pé no chão pra ficar pensando nisso.

Maior medo: Morrer antes de fazer um monte de coisas que ainda não fiz.

Maior esperança: Que as pessoas aprendam a cuidar do nosso planeta e que isso aconteça antes do fim da floresta amazônica.

Sobre a fama: "Gosto muito de ser reconhecida, principalmente quando percebo que disse alguma coisa que serviu para algo de útil."

Se fosse um animal seria: um gato

Uma coisa fútil: "Supervalorizar coisas que tem pouca importância na vida"

Uma coisa essencial: "A natureza. O planeta em primeiro lugar"

O que te dá prazer: "Estar com amigos"

Sonho de consumo: "Comprar um pedaço de Mata Atlântica com amigos, reflorestá-lo e trazer muitos bichos de volta para a floresta"

Parceiro ideal: "Eu e o Flávio estamos muito felizes. Cada um tem seu espaço e a gente se completa"

Casamento: "É acertar o passo com alguém e andar lado a lado. É perceber a freqüência do outro e se ajustar a ela e vice-versa."

Filhos: "É a coisa mais importante que pode acontecer na vida de alguém. É um sinal de amadurecimento muito grande. É tê-los para o mundo"

 

por Airton Seligman aseligman@abril.com.br

Você passa muita sensualidade, mesmo não tendo a imagem de um típico símbolo sexual. Qual o segredo?

Não tenho a imagem de símbolo sexual porque eu não vejo o sexo da forma como a mídia passa. Sexo é uma questão emocional. Quando se fala de sexo, fala-se de auto-estima, de você se reconhecer. Seu corpo é a via para você chegar ao gozo, ter prazer - não só de sexo.

Você fez análise?

Fiz três anos de terapia lacaniana, tomando no couro, no couro, no couro.

O que a motivou?

Eu sou a caçula, fui uma criança muito tímida. Eu tava muito frágil.

Você falou na MTV que teve problemas quando perdeu a virgindade. A terapia tem a ver com isso? O que rolou?

Não. O que rolou foi que, quando comecei a adentrar o mundo dos adultos, eu não tinha uma postura muito ativa, eu era meio passiva. Por esse primeiro namorado, eu me deixei escolher. A primeira transa tem de ser escolhida a dedo, ou você deve segurar a barra pra desfazer os equívocos.

Que idade você tinha e quais foram os equívocos?

Eu tinha 17, 18 anos. É o seguinte: numa transa você deve beijar quando tiver vontade, transar quando tiver vontade. Só que a mulher tem aquela coisa de querer satisfazer os sonhos, de ser o ideal para aquela pessoa. Eu estava tão desconectada de mim mesma que tudo virou um grande equívoco.

Hoje, as garotas estão escolhendo os parceiros, dominam a sedução, se deram conta do poder das pernas. É isso?

Existe um pouco disso. A mulher está fazendo a tradicional cagada: absorvendo pra ela uma agressividade que era típica do homem e que é equivocada completamente. Há aquelas que estão na questão quantitativa: "Pô, o cara nem deu duas..." É quase como se fosse uma vingança, do tipo: "A gente se fodeu na mão do machismo; agora vocês vão ter de desempenhar".

E quando o parceiro broxa, o que se faz?

Desencana, deixa pra próxima. Lógico, tem de ter uma conversa. O homem fica muito constrangido. A mulher quando não goza abre uma revista e vai ler! Os homens, nessa hora, são todos iguais: o desespero é o mesmo.

Já rolou com você?

Já. É aflitivo, o cara fica muito mal. Baixa um lado meio mãe na mulher, você quer resolver aquele problema pro cara. Quer fingir que não está acontecendo nada. E está...

Você teve táticas diferentes em momentos diferentes?

Bem, isso aconteceu uma vez comigo. Até porque cabe nos dedos o número de pessoas com quem me relacionei. E tô casada há dois anos e pouco.

O resto da reportagem você confere na revista VIP Exame do mês de Abril de 2000, com a modelo Luciana Gimenez na capa