Quando se fala dos costumes e tradições Romani é preciso explicar alguns pontos importantes que podem clarear fatos aqui apresentados. A maioria das tradições aqui expressas se referem aos grupos Roma da velha Europa.

A população Romani sempre foi composta com diferentes grupos étnicos agrupados durante a grande migração inicial da Índia. O povo Romani se formou fora da Índia apesar de vários elementos étnicos terem se iniciado ainda dentro da Índia. Isto é sustentado lingüisticamente e cada vez mais com base na história. Por causa da extensiva influência Persa e Greco-Bizantina sobre a Língua Romanes, os membros desta migração que saíam da Índia ficavam nestas áreas por um longo período de tempo para isso ocorrer; e eles , sem dúvidas, também traziam membros dessas populações para dentro da população Romani.
 


A fragmentação da população Romani ocorreu em maior escala quando de sua chegada na Europa no século 14. Uma vez na Europa, a habilidade deles se ajustarem 'a grupos externos continuou, e em alguns lugares, o elemento Romani era dominante o bastante para assimilar os grupo de fora. Em outros lugares, o elemento Romani era muito discreto para manter sua identidade e foi perdido, enquanto contribuía para o grupo ao qual eles eram absorvidos.

A população Romani tem crescido diferentemente nos diferentes lugares a tal ponto que um grupo pode negar a legitimidade de um outro grupo. Mas todos os grupos mantêm, a um grau maior ou menor, uma barreira entre os que são Roma e os que não são. Desta forma, existem povos Romani que incorporaram um elemento genético estrangeiro substancial de fora da Índia, mas que permanecem, em termos de sua própria percepção, Roma e que falam Romanes.
 


Os nomes Rom e Roma, ou Rrom e Rroma, são usados aqui em vez das palavras Gypsy e Gypsies ou mesmo Ciganos. Alguns grupos Romani não se dizem Roma, tais como os Romanicos, Gitanos, Kalé, Sinti, Manush, e outros, mas referem a outros grupos como Roma. Vários grupos ou nações Roma referem-se como Roma, ou Rom. Entre eles estão as nações da velha Europa como os Kalderasha, e outros, como os Roma da Alemanha.

"Singular masculino “Rom”, plural “Roma”; feminino: “Romni” e “Romnia”. Apesar disto, como fazem muitos outros autores europeus, a seguir sempre escreveremos “os Rom” e não “os Roma”; da mesma forma “os Calon”, “os Sinti”, etc. Até os ciganólogos brasileiros chegarem a um acordo sobre a grafia das (auto)denominações ciganas, aplicaremos também para elas a "Convenção para a grafia dos nomes tribais" (indígenas), aprovada na 1a. Reunião Brasileira de Antropologia, em 1953, e segundo a qual "Os nomes tribais se escreverão com letra maiúscula, facultando-se o uso de minúscula no seu emprego adjetival", e "Os nomes tribais não terão flexão portuguesa de número ou gênero, quer no uso substantival, quer no adjetival." (Revista de Antropologia, vol. 2, no. 2, 1954, p. 150-152).
 


Na língua Romani, a auto-identificação envolve a palavra "Rrom." A designação "Gypsy" está relacionada com a velha crença de que os Rroma vieram do Egito, apesar de estudos da língua Romani no século 18 revelar sua origem Indiana.

E, países de língua não-Inglesa, os Rroma são referidos como Zigeuner, Zingari, Tsiganes e outras variantes do radical da palavra Grega "Atsinganoi," que era na verdade uma seita religiosa no Império Bizantino, não relacionado aos Rroma ainda que atribuído 'a população estrangeira.

Para organizações Rroma e outros grupos de direitos humanos, a designação étnica Rrom (pl. Rroma, adj. Rromani) é uma questão de auto-determinação, auto-identificação. Uma comparação pode ser feita com o povo Inuit da América do Norte que eram chamados formalmente como "Esquimós" - um nome externamente aplicado. O princípio da auto-determinação envolve reconhecimento público e a implementação de seu uso.
 


A integração e a assimilação dentro da sociedade Gajikane tem ameaçado a preservação dos costumes e tradições Roma. A habilidade Roma de se adaptar a novos ambientes para sobreviverem, responsável pela perda de muitos costumes esquecidos no tempo. A compreensão destas ameaças pode prevenir maiores perdas dos costumes e tradições de uma cultura única e antiga.