Poetas do velho oeste

Minhas Poesias

Poesia de Mafalda Chambel

 

 

Não te quero perder

 

O teu sorriso que me persegue

Para todo o lado que vou

Mas só o meu coração percebe

O quanto esse teu sorriso faz de mim quem sou.

 

A recordação que levo do teu olhar

Para todo o lado que vou

Tentando não o deixar fugir

Deixa-me sempre voar

E com as asas tentar te atingir.

 

Os meus olhos enchem-se de alegria

A cada vez que te vejo

Alegras a minha vida

E dominas-me a alma com desejo

Porque eu não passo de um jardim

Onde tu cresces minha flor

Se um dia me deixares por fim

Eu passo a ser uma planície coberta de dor!

 

Não me sais da cabeça

E não consigo apagar-te da memória,

Espero que este sofrimento desapareça

Que voltes para a completar a minha história.

 

 

 

 

 

No teu coração

 

Hoje a chuva cai mais terna

Desliza sobre minha consciência

Teia em seda esta emoção eterna

Definindo nova pendência

Nova dependência

 

Esta noite, peço-te algo

Pendura um beijo meu no teu coração

Guarda e resguarda-o

Poderão vir más ondas de felicidade

Para estragar o seu valor com solidão

 

A ausência provoca dor

E a dor desespero – nuvens

Mas procuro entre a natureza flácida

Um canto para me abrigar

Onde possa, até na sombra, amar

Sem recear

Acabar

Findar

 

E em incansável procura

Alcanço um espaço acolhedor

Sinto que algures o sentimento perdura

Se o tapar com tal cobertor

Que me vai aquecer com amor

 

Um canto no teu coração

 

 

 

 

Marcas

 

Na nossa vida passam tantas pessoas

Vivem-se tantos momentos

Impossíveis de contar

Doces… doces esses tempos…

 

Recordamos com afeição

Sorrisos e risadas

E junto às memórias vem uma lágrima a acompanhar

São relações inacabadas…

 

Lágrimas de saudade

Do que fomos com essas pessoas

Lágrimas de alegria

Lágrimas que nos dão uma sensação fria…

 

Não deixando descair em nós

Esta sombria sensação de que tudo desaparece

Formam-se novos castelos de amor.

Todo o dia amanhece!

 

Suaves cortes no nosso coração

Porque todos os que passam na nossa vida deixam um lugar nele

Ninguém substitui ninguém

Vão separando-se pedaços dele…

 

Podia se dizer tanta coisa do passado

Porque o que passou

Nos marcou

O tempo sim… é inacabado!

 

De lugar em lugar

Junta-se à nossa colecção

Um sorriso, um gesto, um dado momento…

São marcas que se gravam no nosso coração!

 

  

 

Luta

 

 

Raiva que cai sobre nós

Meros humanos

Pertencentes a corda da vida,

Somos simples nos

Que pertencem a essa etapa.

Umas mais queimadas

Severamente desgastadas,

Outras fortes, reforçadas...

 

Porque será que tem de ser assim

O mesmo sucede vezes sem fim

Sem podermos fazer nada

Tentamos, contra a maré remamos

Mas fraquece nossa força esperançada

Quanto mais esperamos...

E quantas mais braçadas damos.

Depois de todas as falhas

A vontade nunca entregamos

Ao destino da natureza...

 

 

 

 

 

 

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