Todos trazemos a mediunidade como mais uma habilidade do espírito. Cada ser a possui com um grau diferente, o que ocasiona os vários tipos de mediunidade. Neste capítulo, vamos repassar algumas mensagens psicografadas e histórias repassadas pela psicofonia, quando entidades carentes de auxílio, recebem a doutrinação e são encaminhadas para planos vibratórios superiores.
Os fenômenos mediúnicos nos chamam atenção. Porém, a mediunidade não esta somente relacionada à incorporação, vidência ou psicografia. Existe a mediunidade da alegria, da compreensão, da fraternidade, do saber ouvir e aconselhar, bem como a mediunidade da tristeza, da irritação, do pessimismo. Observamos que a mediunidade em si, não é boa ou ruim, essas qualificações só poderão ser atribuídas ao uso que dela for feito. Portanto, ao invés de sermos médiuns da tristeza, sejamos médiuns da alegria, levando onde formos, um sorriso iluminado pelo amor e pela fraternidade.
Na “Doutrina de Luz”, modo pelo qual Irmã Tereza refere-se à Doutrina Espírita, aprendemos utilizar de forma conveniente e digna, os dons mediúnicos, sejam eles fenomênicos ou não. Se mediunidade é um meio, uma "porta" através da qual acessamos outros planos vibratórios e, todos nós dela somos portadores, devemos observar que muitas vezes, pessoas desavisadas impregnam o ambiente que freqüentam, com seu pessimismo, sendo médiuns ou meios de condução do pessimismo. Por outro lado, vemos pessoas que contagiam todo um grupo com seu otimismo e confiança. Esses são os médiuns do otimismo.
Dentre os tipos de mediunidade, jamais poderemos dizer qual delas é mais importante, ou melhor, pois cada um tem seu valor específico e deve ser respeitado. Assim também, o médium não deverá invejar ou criticar a mediunidade de outrem. Cada trabalhador da Seara de Jesus, tem sua tarefa e deverá esforçar-se para bem cumpri-la.
Irmã Tereza nos fala acerca de alguns tipos de mediunidade:
“Filhos e Amigos na Seara do Bem”.
O exercício do dom mediúnico requer, como sabem, estudo, amor e compreensão sem pré-julgamentos. Cada indivíduo é dotado de inúmeras capacidades, dentre as quais está a mediunidade, em pequeno ou grande grau de manifestação. Aqueles que trazem em seu compromisso encarnatório, a necessidade de exercer a mediunidade, têm um tipo de dom mediúnico que lhe é mais acentuado que os demais. Seja qual for o tipo de mediunidade manifestado, ele depende das tarefas que o médium deverá executar. Cada médium é, portanto, preparado, nas Escolas de Mediunidade do plano espiritual, para que ao reencarnar, traga consigo um equipo mediúnico compatível com seus compromissos de intermediário entre o plano físico e os demais planos vibratórios.
Sendo assim, os médiuns que tiverem em sua carta encarnatória, o compromisso de externar o dom mediúnico pela voz, trarão consigo a facilidade de exercer a psicofonia. Esse tipo de mediunidade faculta ao mundo espiritual, o intercâmbio com o mundo físico, através da fala do médium que, em transe mediúnico, empresta, parcialmente, ao espírito comunicante, seu aparelho fonador e sua capacidade intelectiva.
A psicofonia é, pois, um dos meios pelos quais as inteligências do além-túmulo, dotam as almas de conhecimentos acerca da conduta ideal, da reencarnação e outros assuntos de interesse para a evolução da humanidade.
A psicofonia é tida pelos espíritas, como incorporação. A incorporação ocorre de formas diversas. Quanto maior o treinamento, maior será a clareza das mensagens e menores serão os sintomas manifestados pelo médium.
O médium iniciante, em geral, sente os sintomas da entidade que está sintonizando, como dor, angústia, frio, calor, medo, raiva. Com o passar do tempo, sendo educado e treinado, de forma conveniente, o médium passa a "perceber" a presença de uma entidade sem que haja necessidade de manifestar em si mesmo, as desarmonias do espírito que irá se comunicar. As incorporações no médium educado são sutis e suaves, facilitando dessa forma a doutrinação que deve ser uma conversa na qual ambos, possam aprender. Médium e espírito, compartilham as energias que possibilitarão a recuperação do segundo, e a continuidade do trabalho do primeiro.
 
A cada incorporação, o médium deve desligar-se da entidade auxiliada, evitando que suas freqüências mentais criem um entrelaçamento que impossibilite o tratamento do espírito e a reativação das capacidades do médium.
Quando a psicofonia é utilizada por um espírito de luz, o médium, segundo a necessidade, pode ficar mais ou menos consciente. O grau de consciência vai depender da mensagem a ser transmitida. Um espírito de luz, impede que haja qualquer interferência do médium e o treinará, caso deseje repassar através dele, uma quantidade maior de mensagens.
Para qualquer atividade mediúnica, é necessário que o médium esteja higienizado física e mentalmente. Compreendem pela higiene física, uma alimentação saudável, sem vícios, evitando e até eliminando a ingestão de alcoólicos, carnes e doces em excesso. A higiene mental se configura pela fluência de bons pensamentos e pela aquisição do conhecimento de si mesmo, além do constante estudo da mediunidade e demais assuntos que possibilitem informações e instrução.
Na realidade, a psicofonia é atributo de todos, pois quem já não é meio ou canal para transmitir algo? Seja conhecimento, conselho, recado ou aconchego, todos, sem exceção já serviram de médium de psicofonia.
Quando é a palavra escrita, o meio utilizado pelo espírito comunicante, temos a psicografia. Através dessa faculdade mediúnica, são repassados conhecimentos advindos do "mundo dos mortos", fazendo cumprir a orientação do Espírito da Verdade: "Amai-vos e instruí-vos".
Durante a psicografia, notam-se certas alterações nas gl6andulas hipófise, pineal e pituitária e no sistema nervoso do médium, que fica sensibilizado, permitindo a ação do espírito que deseja ou necessita ter suas idéias redigidas na matéria.
Observando a história dos escritores, notaremos alguém intuindo suas mentes para a execução de bela obra.
Na psicografia, também teremos diversas formas de manifestação, variando desde a psicografia mecânica, até a intuitiva.
Na psicografia mecânica, o médium é conduzido pela mente do espírito que impões seu desejo sobre o veículo físico de seu auxiliar, grafando as palavras sem qualquer intercâmbio com ele. Desta categoria, à psicografia intuitiva, existem vários graus de manifestação. Nos mais sutis, o espírito utiliza-se da intuição para repassar sugestões ao escrevente. Nestas páginas, a médium me serviu na psicografia semi- mecânica. Em outras páginas, houve a intuição, aguçada para que houvesse melhor receptividade.
Veremos que em todos os tipos de mediunidade, existem graus variados de manifestação. O médium dotado de um ou mais mediúnicos bastante aguçados é, normalmente, muito comprometido carmicamente. Assim, podemos dizer quanto maior o resgate cármico, tanto maior será o grau de mediunidade.
A capacidade de ver os espíritos, vidência, é aquela que requer maior vigilância por parte de um médium. O médium vidente, jamais pode pensar que sua capacidade é indispensável, colocando-se num plano de superioridade vaidosa. Esse conselho vale para todos os médiuns que, também, não devem impor a alguém, a aceitação de suas experiências mediúnicas.
A vidência deve ser cultivada com amor e ponderação. O médium deve saber o que falar, pois caso haja descuido ou invigilância, a vidência poderá ser distorcida, causando assim, uma informação indevida que poderá desorientar os novatos na mediunidade.
Há os que sejam dotados da vidência em seu estado consciente, outros, só a possuem quando no estado sonambúlico ou próximo dele.
Também a vidência varia em seu grau de intensidade maior ou menor. E, em qualquer estágio de manifestação, deve ser guiada pelo bom senso e pelo raciocínio claro e definido do médium.
Todos os dons mediúnicos, são igualmente importantes, assim como as demais capacidades de que os seres são portadores. Em nenhum momento, o médium deve acreditar que o dom que possui é superior do que o de outrem, pois que nessas ocasiões, poderá ter grande surpresa, quando perceber não ter dom algum. Deus nos dá mostras de sua paternidade, inclusive nos desprovendo das faculdades que estamos denegrindo, pelo orgulho, ciúme e insensatez.
Mediunidade é empréstimo que a Lei Divina nos faz, a fim de oportunizar o resgate de nossos erros pretéritos.
“Que Jesus os abençoe."