Clínica Médica
Apontamentos

04/06/04

Headlines from the ASH 19th Annual Meeting and Scientific Exposition

http://www.ash-us.org/

23/05/04

A comunicação entre o paciente com hepatite C e o médico

Extraído do site do Grupo Otimismo

Um estudo publicado no mês de abril na revista Hepatology (39(9): 99-1007) realizado pela equipe do Dr. S Zickmund, da Universidade de Pittsburgh, Estados unidos, examina a prevalencia e natureza dos problemas existentes na interação entre os médicos e os pacientes diagnosticados com a hepatite C.

O estudo incluiu 322 pacientes em tratamento num hospital especializado. Cada paciente foi entrevistado para preencher uma ficha denominada Perfil de Impacto da Doença e uma outra chamada Depressão e Ansiedade no Hospital.

41% dos pacientes informaram dificuldades de comunicação com os médicos atendentes. 28% relataram falta de informações sobre a doença, 23% informaram incompetência do médico no relativo ao diagnostico e tratamento da hepatite C, 16% tiveram sentimentos de se sentir enganados ou abandonados pelos médicos e 9% sentiram descriminação por parte do médico.

Quando o atendimento era realizado por médicos substitutos ou por estagiários, as dificuldades de comunicação eram praticamente duplicadas que quando atendidos pelos especialistas.

Foi encontrada uma correlação entre a quantidade de não respondedores ao tratamento em função do tempo dispensado na consulta. Pacientes que recebem pouca atenção, durante consultas rápidas, apresentam menos aderência e por conseqüente um nível menor de resposta a terapia.

Ao analisar as multivariaveis da pesquisa pode se observar que muitos daqueles que declararam dificuldades de comunicação apresentavam um maior índice de problemas de comportamento social.

MEU COMENTÁRIO (Carlos Varaldo):

O Grupo Otimismo realizou pesquisa similar em março de 2003, entrevistando 331 associados, na maioria de Brasil, Portugal, Argentina e Espanha. Os resultados foram um pouco mais alarmantes quando se trata da comunicação do diagnostico, sendo 64% declaram ter saído da consulta sem entender o diagnostico (cabe ressaltar neste caso que o diagnostico inicial em geral não foi dado por um especialista e sim por um médico, muitas vezes de outra especialidade).

64% não ficaram satisfeitos com a forma como foi dado o diagnostico e 38% receberam informações incorretas, sem relação com a hepatite C. Somente 18% dos pacientes foram encorajados pelos médicos a procurar outras fontes de informação sobre a doença, um percentual muito inferior ao daqueles que receberam informações incorretas, se podendo deduzir que muitos pacientes podem simplesmente ter ignorado o real problema que foi diagnosticado.

Não podemos comparar as pesquisas, pois a do Dr. Zickmund foi realizada num centro médico especializado e a do Grupo Otimismo foi retrospectiva em centros médicos indefinidos, porem, sem lugar a duvidas, podemos chegar a conclusão, que tanto nos Estados Unidos, como em países de língua Portuguesa ou Espanhola, a comunicação do diagnostico é um grave problema da falta de comunicação e até de preparo dos médicos, que não recebem este tipo de orientação durante sua formação na universidade.

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo

04/06/04

National Guideline Clearinghouse
 

15/05/04

Controle Lipídico no DM tipo 2

Guideline do American College of Physicians

Fonte: Snow V, Aronson MD, Hornbake ER, Mottur-Pilson C, Weiss KB. Lipid Control in the Management of Type 2 Diabetes Mellitus: A Clinical Practice Guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2004 Apr 20;140(8):644-9

04/06/04

Escaras e Quelóides
Several treatments are used, but the evidence base is lacking

http://bmj.bmjjournals.com/

14/05/04

Síndrome Lupus-like associada a terapia com estatina.

A presença de anticorpos anti-dsDNA no soro é relatada, pela primeira vez, confirmando que as estatinas podem também induzir uma reação de autoimunidade sistêmica. A síndrome é caracterizada pela longa demora entre o início da terapia e a erupção cutânea. Anticorpos antinucleares podem persistir durante muitos meses depois da droga ter sido interrompida. A relação causal pode ser difícil de estabelecer e, provavelmente, muitos casos não são reconhecidos. O diagnóstico precoce pode evitar uma terapia imunossupressiva desnecessária.

Fonte: Noel B, Panizzon RG,  Lupus-like syndrome associated with statin therapy. Dermatology. 2004;208(3):276-7

14/05/04

Hiperpigmentação induzida pelo diltiazem

No relato de caso publicado pelo departamento de dermatologia da Universidade de Arkansas, uma paciente de 66 anos, apresenta uma história de hiperpigmentação facial há 5 anos, que não responde a tratamento tópico. Fazia uso de diltiazem para hipertensão durante os últimos 7 anos, rofecoxib para artrite, e pantoprazol para esofagite. A biópsia revelou hipeceratose e denso infiltrado inflamatório ao longo da junção dermo-epidérmica com queratinócitos abundantes. A terapia com diltiazem foi descontinuada, o que conduziu a resolução gradual da hiperpigmentação.

Fonte: Kuykendall-Ivy T, Collier SL, Johnson SM. Diltiazem-induced hyperpigmentation. Cutis. 2004 Apr;73(4):239-40.

14/05/04

Hipercalemia em pacientes tratados com heparina de baixo peso molecular

Existem poucos dados na literatura científica sobre a hipercalemia induzida pela heparina de baixo peso molecular. Um estudo prospectivo conduzido em Israel, concluiu que os níveis de potássio aumentam no terceiro dia de tratamento com Enoxaparina. Este efeito pode ser independente da aldosterona.

Fonte: Koren-Michowitz M, Avni B, Michowitz Y, Moravski G, Efrati S, Golik A.
Early onset of hyperkalemia in patients treated with low molecular weight heparin: a prospective study. Pharmacoepidemiol Drug Saf. 2004 May;13(5):299-302