Pragas e Doenças na Orquidofilia
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PRAGAS E DOENÇAS NA ORQUIDOFILIA Eng. Agron. Ricardo Gioria INTRODUÇÃO Um grande número de pragas e doenças tem sido registrado atacando orquídeas, embora boa parte delas não provoque danos consideráveis às plantas. De modo geral, o sistema de cultivo, as mudanças climáticas (especialmente de temperatura e chuvas), a eliminação de inimigos naturais através da aplicação de produtos químicos não seletivos, podem levar ao aparecimento ou aumento da população de pragas e doenças. É comum observar o aparecimento de pragas e doenças pouco tempo após a introdução de novas plantas nos orquidários. Isto pode ser evitado com a manutenção de uma área onde as plantas introduzidas podem ser isoladas do resto da coleção por algumas semanas. Durante esse período, duas ou três aplicações de produtos com ação inseticida, acaricida e fungicida, espaçadas de 10 a 15 dias, normalmente evitam focos de infestação. Além disso, é recomendável que se faça à inspeção contínua das plantas. Neste material são abordadas as características mais evidentes das principais pragas e doenças encontradas em orquídeas e formas tradicionais de controle. 1. INSETOS COCHONILHAS Dentre as pragas, são consideradas as de maior freqüência nos plantios comerciais e não comerciais. São insetos sugadores, pequenos (a maioria não ultrapassa 2,0 mm) que ao eclodirem apresentam vida livre, fixando-se nas plantas após algumas horas e introduzindo seu aparelho bucal para poderem se alimentar. Os danos causados pelas cochonilhas são basicamente resultantes deste processo de sucção contínua de seiva vegetal e injeção de toxinas, provocando atraso no desenvolvimento, amarelecimento e até o secamento da planta, dependendo da população de insetos e da estrutura vegetal atacada. Além dos danos diretos ocasionados pelo inseto as substâncias açucaradas excretadas durante a alimentação favorecem o desenvolvimento da fumagina e atraem formigas doceiras que contribuem para a disseminação das cochonilas. Dois grupos típicos de cochonilhas são encontrados em orquídeas as com e as sem carapaça. Em relação às espécies que atacam orquídeas, embora a grande maioria das fêmeas mantenha-se fixa nas plantas durante toda a vida, há espécies que apresentam vida relativamente livre, locomovendo-se de um ponto a outro de uma mesma folha. Geralmente, as cochonilhas permanecem agrupadas formando colônias. Como principais representantes das cochonilhas com carapaça pode-se citar as epécies: Diaspis boisduvalii; Parlatoria proteus;Pseudoparlatoria parlatorioides; Niveaspis cattleyae; Chrysomphalus ficus ; Furcaspis biformis e Conchaspis bainesis. Como principais representantes das cochonilhas sem carapaça pode-se citar as epécies: Asterolecanium epidendri;. Icerya brasiliensis; Coccus pseudohesperidium; Planococcus sp.; Platinglisia noacki e Saissetia sp. Controle: · Limpeza e eliminação das partes infectadas; · Populações baixas do inseto- óleo mineral (0,5% a 1%); · Populações moderadas do inseto- óleo mineral (0,5% a 1%) + fosforado; · Altas infestações- carbamatos e fosforados sistêmico. PERCEVEJO Tenthecoris orchidearum: Considerado o percevejo mais importante das orquídeas é comum de ser observado (tanto os danos como os insetos) em plantas coletadas. Em orquidários é encontrado em grandes concentrações em locais delimitados. Os adultos medem cerca de 5,0 mm de comprimento, têm coloração geral alaranjada e as asas anteriores azuis escuras, com bordos externos alaranjados. Os ovos são colocados no interior dos bulbos e folhas das plantas. Tanto as ninfas como os adultos sugam a seiva das plantas levando ao aparecimento, nos locais da picada, de pequenas manchas arredondadas (em grande número), de cor amarelada, em contraste com o fundo verde das folhas. Controle: · Pulverização com fosforados, clorofosforados, carbamatos ou sulfurados. A adição de sal de cozinha (0,5%) permite a redução da dose do produto em até 50%. PULGÕES Em geral de fácil controle, os pulgões causam danos semelhantes a aqueles relatados para cochonilhas. São insetos sugadores pequenos, alados ou não, que atingem, no máximo, 3,0 mm de comprimento, e se caracterizam por apresentar um par de apêndices abdominais dorsais alongados denominados sifúnculos. Nos países tropicais, ocorrem apenas fêmeas que se reproduzem partenogeneticamente e formam grandes colônias nas folhas, brotações e inflorescências. Espécies comumente encontradas: Cerataphis lataniae; Macrosiphum luteum e Myzus persicae Controle. · Emprego de telados anti-afídios em torno dos orquidários; · Químico- carbamatos ou fosforados. BESOUROS Vários besouros são relatadas causando danos em orquídeas, segue os dois mais comumente encontrados: Diorymerellus lepagei. É geralmente considerado o besouro mais importante em orquídeas. Têm cerca de 3,0 mm de comprimento e apresenta coloração preta-brilhante, corpo ovalado, convexo, largo, cabeça prolongada em rostro curvo e antenas escuras. A fêmea adulta perfura o ovário da flor ou as espatas ainda fechadas para ovipositar e as larvas roem os botões florais, o interior dos ovários e as flores. O ataque às espatas leva à destruição de toda a flor . Diabrotica speciosa. Também denominada de patriota ou brasileirinho, caracteriza-se por possuir em cada élitro seis manchas amarelas. Tem coloração geral verde e 4,5 a 5,0 mm de comprimento. Os danos provocados por D. speciosa podem se restringir a simples raspaduras ou podem destruir áreas do tecido floral de que se alimentam. Controle geral de besouros: · Eliminação manual de adultos e eliminação de partes infestadas; · Químico- piretróides ou fosforados VESPINHAS E ABELHAS SEM FERRÃO Eurytoma orchidearum. Uma das pragas mais danosas às orquídeas e também conhecida como vespa das orquídeas ou Lisosoma. Os adultos apresentam o corpo negro, com asas claras e transparentes; as fêmeas medem cerca de 4,0 mm de comprimento, sendo os machos um pouco menores. As larvas são ápodas e possuem coloração geral branca e corpo recurvado; quando totalmente desenvolvidas, medem de 3,5 a 4,0 mm de comprimento. Após completar o desenvolvimento, com duração variável de 50 a 60 dias, o inseto perfura a planta, deixando um orifício de saída que se constitui num sintoma característico do seu ataque. Os danos são causados pelas larvas no interior dos pseudobulbos e brotações, cujos tecidos são destruídos, o que leva ao intumescimento dessas estruturas. Nas plantas atacadas, normalmente ocorre atraso do desenvolvimento, podendo culminar com a morte da planta. A infestação dessa praga é mais comum no inverno. Calorileya nigra. É uma vespinha que na fase adulta apresenta coloração geral escura, com cerca de 2,5 mm de comprimento. As larvas são esbranquiçadas, ápodas e recurvadas, medindo de 2,0 a 2,5 mm de comprimento, quando completamente desenvolvidas. Atacam as raízes, provocando a formação de galhas na região apical. O ciclo evolutivo completa-se em 50 a 60 dias e o adulto sai da raiz através de um orifício na galha. Trigona spinipes. Chamada de irapuá ou abelha-cachorro apresenta coloração preta-brilhante, com 5,5 a 6,5 mm de comprimento por 2,5 mm de largura e asas escura. O dano é causado pelos adultos que roem botões florais e flores causando lesões. Nesses locais, há o desenvolvimento de fungos que provocam manchas das flores, depreciando o seu valor comercial. Controle de vespas e abelhas: · Poda e eliminação (queima) de regiões atacadas; · Colocação de superfícies plásticas ou de papelão (retângulos de 5 x 10 cm) no orquidário, contendo inseticidas fosforados, solução açucarada e cola ("sticky") para atração e captura de vespinhas; · Os adultos podem ser controlados com a pulverização de fosforados, clorofosforados ou piretróides; · No caso da abelha irapuá, eliminar os ninhos em árvores. TRIPES Os tripes são insetos pequenos, alongados e com asas franjadas que perfuram as células do tecido vegetal sugando o líquido extravasado. Os adultos e ninfas se alimentam dos tecidos florais e provocam a formação de manhas necróticas que depreciam o valor comercial da planta. Os insetos podem ainda se alimentar de folhas não expandidadas provocando lesões simétricas em forma de V, de coloração pardo-avermelhada. Espécies comumente encontradas: Aurantothrips orchidearum; Taeniothrips xanthius; Selenothrips rubrocinctus; Frankliniella sp. e Gynaikothrips ficorum. Controle: · Armadilhas adesivas brancas (idênticas àquelas descritas para vespinhas) · Químico- fosforados. 2. OUTRAS PRAGAS ÁCAROS Vários ácaros são relatados atacando orquídeas porém, o de maior freqüência é o Tetranychus urticae conhecido também como ácaro rajado ou ainda ácaro de teia. Mede 0,5 mm de comprimento e freqüentemente as fêmeas apresentam dois pares de manchas escuras no dorso. Formam colônias compactas na página inferior das folhas e recobertas com grande quantidade de teias. Preferem tempo quente e seco e ocasionam clorose e/ou prateamento foliar sendo que altas infestações podem ocasionar morte da planta. O controle de ácaros em geral, se dá pela utilização de acaricidas ou piretróides. TATUZINHOS Oniscus sp. e Armadillidium vulgare (Latreille). Medem de 10,0 a 15,0 mm de comprimento, têm o corpo convexo com coloração cinza-escura e com sete pares de pernas. Algumas espécies enrolam o corpo assumindo o aspecto de uma pequena bola quando tocadas. Vivem em lugares úmidos. Roem raízes e brotos de orquídeas. Controle: · Iscas à base de açúcar mascavo ou melaço (100 g), farelo de trigo (1000 g), inseticida fosforado (100 g) e água (1/2 litro). LESMAS E CARACÓIS Vaginula sp. e Veronicella sp. São lesmas que possuem hábito noturno, abrigando-se durante o dia em lugares escuros e úmidos, onde depositam massas de ovos translúcidos, cuja coloração varia do creme ao amarelo-brilhante. Bradybaena similaris. Um dos caracóis mais encontrados em orquídeas, caracteriza-se pela presença de uma concha calcárea de 10,0 a 15,0 mm de diâmetro, de coloração pardo-clara ou amarelada. Quando importunados, os caramujos recolhem o corpo dentro da concha, permanecendo imóveis. As lesmas e caracóis são prejudiciais principalmente às orquídeas quando atacam plântulas. Podem causar grandes estragos destruindo brotos novos, botões e flores, além de raízes. Controle: · Armadilhas com cerveja ou farelo de trigo ou ração como atraentes; · O controle químico pode ser feito com iscas à base de metaldeído (5% de metaldeído, 85% de farelo de trigo e 10% de melaço com açúcar mascavo); · Iscas comerciais disponíveis no mercado. 3. BACTERIOSES Mancha Aquosa ou Mancha Marrom - Acidovorax cattleya (syn. Pseudomonas cattleyae) Não é de grande ocorrência, podendo ser encontrada principalmente em orquídeas dos gêneros Phalaenopsis (atacando toda a planta) e Cattleya (somente em folhas mais velhas). A disseminação, dessas bactérias, ocorre basicamente por insetos, água de irrigação ou de chuva. Sintomas: Tem início com a formação de lesões esbranquiçadas úmidas que acabam por progredir, tornando-se deprimidas, escuras ou pardacentas, bem delimitadas, semelhantes a queimaduras de sol. Atinge plântulas acarretando a morte das mesmas, ou folhas e bulbos de plantas adultas. Se o patógeno atingir o ápice de crescimento em plantas monopodiais (ex.: Phalaenopsis) pode ocasionar a morte da mesma. Em plantas simpodiais, como as do gênero Cattleya, a bactéria fica restrita a algumas lesões em poucas folhas mais velhas, sendo não letal e sem importância. Exsudados podem ser observados nas regiões sintomáticas, servindo como fonte de inóculo para possível disseminação, principalmente com o auxílio de água. Podridão Mole - Erwinia carotovora subsp. carotovora e E. chrysanthemi Possui ampla gama de hospedeiros, sendo pectinolítica e oportunista, aproveitando-se de alta umidade relativa (próxima a 100%), temperatura na faixa de 20 oC a 30 oC e de um estado de debilidade da planta, como ferimentos, para início de infecção. Em muitos casos infecções que têm início em pseudobulbos velhos são oriundas de aberturas 'naturais' originárias da queda de folhas nos mesmos. A disseminação dessas bactérias ocorre basicamente por insetos, água de irrigação ou de chuva. Sintomas: Ocorrem principalmente em orquídeas que apresentam folhas não eretas, ou seja, folha cujo ângulo de inserção é de aproximadamente 90o, propiciando assim o acúmulo de água e o favorecimento para o desenvolvimento do patógeno, gêneros com folhas eretas, são menos sujeitas à infecção por essa bactéria. Observa-se, em folhas e bulbos, lesões foliares inicialmente anasarcadas evoluindo para uma podridão mole, ou mela, que acaba, praticamente, destruindo toda a área afetada. Odor fétido de exsudados é forte indicativo de infecção com estas bactérias, sendo, portanto, útil para a diagnose. Inoculações de partes de orquídeas afetadas, em frutos de pimentão, é um método simples e seguro para comprovar a presença do patógeno. Para isso, basta umedecer um palito de fósforo na área lesionada da orquídea e, em seguida, provocar um ferimento no fruto de pimentão com o palito contaminado. Mantêm-se o fruto em local fresco e protegido. O aparecimento de podridão aquosa e odor fétido neste, é indicativo da infecção por espécies de Erwinia. 4. DOENÇAS FÚNGICAS Podridão Negra - Pythium ultimum e Phytophthora cactorum. Um dos mais sérios problemas da orquidicultura, é causado por este complexo de Oomicetos que possuem hifas cenocíticas bem desenvolvidas e de coloração branca. São altamente agressivos durante os períodos de alta umidade, com temperatura de 10 oC a 22 oC (P. ultimum) ou 10 oC a 20 oC (P. cactorum). A unidade de dispersão e infecção constitui-se de zoósporos biflagelados disseminados quase que exclusivamente por água livre. Possui como forma de resistência, a condições adversas, estrutura denominada oósporos, com prolongada viabilidade. A introdução dos patógenos na cultura pode de dar, principalmente, por meio da água de irrigação e/ou chuva, substratos e vasos contaminados. Sintomas: Quando o ataque desses patógenos ocorre em sementeiras e plântulas, observam-se sintomas típicos de tombamento ou "damping-off". Em plantas adultas a infecção produz manchas encharcadas tipicamente negras que progridem de forma ascendente na planta, ou seja, da raiz para as folhas. Com a evolução da doença os órgãos atacados apresentam podridão mole, e se destacam, sendo, em casos extremos, observada a morte das plantas. Sintomas são observados em raiz, haste, pseudobulbos ou folhas, sendo a penetração do fungo preferencialmente pela raiz e/ou colo da planta. Colocando-se pedaços de folhas sadias de orquídeas em recipientes com água juntamente com regiões de plantas atacadas por P. cactorum e/ou P. ultimum é uma metodologia oportuna para diagnose destes fungos, pois após 2 a 3 dias observa-se, com o auxílio de microscópio ótico, a formação de estruturas de frutificação (esporângios) e esporos (zoósporos) na periferia das folhas inicialmente sadias. Tal método é designado de método de iscas. Murcha ou Podridão de Raiz e Pseudobulbo - Fusarium oxysporum f.sp. cattleyae. Favorecido por temperatura na faixa de 25 oC a 30 oC. Trata-se de um patógeno vascular que infecta as plantas através das raízes ou de ferimentos nos rizomas produzidos, principalmente, durante a divisão das plantas para propagação. Sintomas: Como ocorre na podridão negra, os sintomas têm início nas raízes e evoluem de forma ascendente até tomar as folhas que se tornam flácidas e destacam-se facilmente do pseudobulbo. O sintoma principal da fusariose é observado nos rizomas na forma de uma descoloração oriunda da atuação de toxinas produzidas pelo patógeno ou ainda, mais tipicamente, de uma banda ou círculo de coloração púrpura escuro na epiderme e hipoderme (Prancha ) que inicialmente apresentam feixes vasculares de coloração púrpura clara. O rizoma inteiro pode ser invadido e mostrar coloração púrpura. Plantas severamente atacadas podem morrer em um prazo de 3 a 9 semanas. Em caso excepcionais a planta pode continuar viva por anos, porém com contínuo declínio de seu desenvolvimento. Antracnose - Colletotrichum gloeosporioides. Possui distribuição mundial, porém é encontrado com maior freqüência em climas tropicais e subtropicais. É favorecido por umidade elevada, período de dias encobertos e temperaturas entre 10 oC e 20 oC. A disseminação ocorre basicamente com o auxílio da água em função da necessidade de solubilização de uma massa mucilaginosa, que recobre as estruturas de frutificação do fungo (acérvulo), para a liberação de conídios hialinos, unicelulares e cilíndricos. Necessita de ferimentos, injúrias causadas por frio, sol, etc, para infecção. Sintomas: O patógeno pode atacar qualquer parte da planta, porém, geralmente os sintomas são mais freqüentes em folhas. O primeiro sintoma visível, em folhas, é uma descoloração parda em forma circular levemente deprimida e bastante definida. A lesão aumenta rapidamente de tamanho, e em condições propícias, pode atingir todo o limbo foliar. O centro da lesão caracteriza-se por ser deprimido, de coloração castanho pardacenta e com inúmeros anéis concêntricos onde estruturas de frutificação do fungo (acérvulo) podem facilmente ser visualizadas como pontos escuros de onde uma matriz mucilaginosa com conídios de coloração rosada à alaranjada emergem. Em flores observam-se sintomas semelhantes aos causados pelo fungo Botrytis cinerea. Ferrugem - Sphenospora sp, Uredo sp. e Hemileia sp. Um número representativo desses três gêneros de fungos já é relatado causando ferrugens em orquídeas. Esses fungos pertencem à ordem Uredinales, subdivisão Basidiomycotina. São endoparasitas, favorecidos por alta umidade relativa e temperaturas amenas, especialmente nas regiões baixas e úmidas, onde o vapor d'água condensa-se à noite. Os esporos (urediniósporos) são disseminados pelo vento e por respingos de água. Sintomas: Ocorrem apenas nas folhas, quase que exclusivamente na face inferior, onde inicialmente observam-se pequenas pústulas de coloração amarelo-laranja ou marrom-avermelhada. Essas pústulas, em função da idade, pode enegrecer e se desenvolver de modo concêntrico de forma a lembrar a aparência de um alvo. Regiões cloróticas são observadas na região foliar oposta à pústula. Mofo cinzento - Botrytis cinerea. Não é um patógeno específico de orquídea, causando sintomas semelhantes em um grande número de espécies vegetais. Trata-se de um patógeno facultativo, que sobrevive em matéria orgânica saprofiticamente, na forma de escleródio e/ou micélio dormente. É favorecido por condições de alta umidade, baixa ventilação e temperaturas amenas (16oC a 18oC). Ataca exclusivamente pétalas, sépalas e labelo das flores. Flores mais velhas tem maior susceptibilidade à infecção. A disseminação de conídios ocorre, principalmente, com o auxílio do vento. Sintomas: Têm início com pequenas manchas circulares, em qualquer parte da superfície das flores. Em geral as lesões são circundadas por um halo de coloração rosada. Com a evolução da doença, observa-se a formação de uma massa pulverulenta de coloração cinza, constituída por um grande número de propágulos (conídios). Flores severamente atacadas murcham e caem. Manchas de Cercospora ou cercosporiose - Cercospora sp. Favorecido por estações com alta umidade relativa, principalmente as chuvosas. É comum, no entanto, encontrar este fungo tanto em regiões quentes como frias, refletindo a alta capacidade de adaptação do patógeno as diversas condições climáticas e justificando sua ampla distribuição. As estruturas de disseminação de maior importância são os conídios filiformes, hialinos e multicelulares, formados sobre conidióforos localizados em estruturas denominadas estromas. Sintomas: Os sintomas mais comuns aparecem na face inferior das folhas, principalmente nas mais velhas. Apresentam-se como áreas irregulares e amareladas, que progridem para deprimidas pardo-púrpuras com o centro pardo claro e com pontuações de coloração negra, correspondentes às frutificações do fungo. Na face superior do limbo foliar observa-se uma área clorótica que eventualmente torna-se necrótica, área esta correspondente à lesão encontrada na face inferior Podridão de raízes - Rhizoctonia solani É favorecido por alta umidade do ar e do substrato e temperatura ao redor de 28 oC, podendo sobreviver em restos de cultura, saprofiticamente, ou ainda na forma de escleródios. Possui ampla gama de hospedeiros podendo ser disseminado, principalmente, por água e substrato contaminado. Sintomas: Encontrada raramente em plantas adultas de Phalaenopsis e Cattleya. Causa deterioração do sistema radicular, com sintomas reflexos de murcha na parte aérea. Quando o fungo ocorre em sementeiras e plântulas, têm-se sintomas de tombamento ou "damping-off". Existem relatos deste fungo acarretando podridão seca e marrom na região basal de pseudobulbos de plantas adultas, porém neste caso, o desenvolvimento da doença é lento, sendo a planta normalmente descartada pelo produtor pela sua perda de vigor e falta de novas brotações. MEDIDAS GERAIS DE CONTROLE PARA DOENÇAS FÚNGICAS E BACTERIANAS 1. Impedir ou minimizar a entrada de patógenos na área de cultivo através da utilização de material propagativo sadio; 2. Utilizar substrato esterilizado, obtido por tratamento térmico (solarização) ou químico (fumigantes); 3. A água de irrigação deve ser de boa qualidade e utilizada com moderação para evitar encharcamento. A irrigação deve ser preferencialmente por infiltração. Se o sistema for por aspersão, irrigar de preferência no período da manhã, permitindo assim, que ao entardecer, as plantas já estejam secas. A altura dos vasos nos telados, ripados e estufas deve ser superior a 1,00 metros evitando assim que respingos de água com partículas de solo alcancem os mesmos; 4. Cultivo em locais ventilados, evitando baixadas, acúmulo de umidade e baixas temperaturas. Evitar também aglomeração de plantas que acabam por favorecer a formação de microclima adequado aos patógenos; 5. Adubação balanceada, evitando principalmente o excesso de nitrogênio; 6. Adotar medidas de sanitização, eliminando plantas daninhas e restos vegetais, removendo e destruindo partes doentes das plantas. Em casos de ataques severos, promover o isolamento da planta doente até seu completo restabelecimento. Desinfectar bancadas, equipamentos, utensílios de corte (tesouras, estiletes, etc); 7. Controle químico. Na tabela abaixo estão listados os principais patógenos (fungos e bactérias) e alguns produtos que podem ser utilizados no seus respectivos controles: 5. DOENÇAS ABIÓTICAS Além das bactérias, fungos, vírus e insetos, as orquídeas também podem ser afetadas por fatores abióticos que causam doenças conhecidas como doenças fisiológicas ou abióticas. A diagnose dessas doenças nem sempre é fácil, pois algumas mostram sintomas semelhantes àquelas causadas, principalmente, por infecção viral. É muito comum atribuir a vírus, sintomas que na verdade são de natureza abiótica. Dentre os principais agentes abióticos que pode afetar as orquídeas, estão, a água, luz, temperatura, nutrientes, fitotoxidez e poluição atmosférica. ÁGUA: O uso inadequado da água no processo de irrigação pode ocasionar sérios problemas ao cultivo de orquídeas. Além de ser um fator associado com a disseminação e o desenvolvimento de diferentes patógenos (ver doenças fúngicas e bacterianas), a ausência ou excesso de água pode provocar danos irreversíveis às plantas. Assim sendo, o controle da quantidade de água utilizada na irrigação deve ser bem feito, levando-se em consideração o tipo de vaso, substrato utilizado para o desenvolvimento das plantas, bem como o local onde as plantas estão situadas. Além da quantidade, também deve-se atentar para a qualidade da água, a utilização de água salina deve ser evitada pois além de provocar um acúmulo de sal no substrato, quando aplicada através de aspersão pode ocasionar um acúmulo de sal nas folhas, hastes e até mesmo raízes expostas, sendo identificado na forma de manchas esbranquiçadas. Nos Estados Unidos, recomenda-se que água com concentrações de sal na faixa de 875 ppm deve ser utilizada com cautela, enquanto que as que contiverem concentração superior à esta devem ser evitadas. Água salobre, que contém sais de cálcio ou magnésio, pode ser utilizada em orquídeas, porém deve-se evitar molhamento das folhas para evitar deposição de sal após a evaporação da água. Em certas situações, o uso de água salobra pode ser benéfico, funcionando como suprimento de cálcio para as plantas ou evitando acidez do substrato. Produtores com problemas na água de irrigação podem utilizar água da chuva, considerada altamente pura (exceto em áreas industriais). Neste caso deve-se dar atenção especial ao recipiente de armazenamento, evitando aqueles que potencialmente possam liberar resíduos tóxicos na água, e/ou a introdução de contaminantes (fungos e bactérias). LUZ: A quantidade de luz necessária para o bom desenvolvimento de orquídeas é praticamente impossível de ser obtida, uma vez que diferentes espécies, cujas necessidades de luz variam de 10 a 100% da intensidade da luz solar, são cultivadas na mesma área. Assim sendo, diversos podem ser os problemas relacionados com esse fator. De acordo com a Dra. O. Wesley Davidson, citada no excelente livro "Orchid Pests and Diseases", alguns dos problemas com o crescimento de orquídeas associados a luminosidade são: subdesenvolvimento e ausência de flores causadas por insuficiência de luz; subdesenvolvimento e falha no florescimento devido a altas temperaturas provocadas por lâmpadas incandescentes na área de cultivo; bom desenvolvimento e falhas no florescimento causado por iluminação prolongada de plantas que normalmente requerem curto fotoperíodo para florescimento. Acrescente-se a esses a ocorrência de queimaduras em folhas provocadas pela exposição excessiva à luz do sol. NUTRIÇÃO: Aparentemente poucos são os problemas nutricionais associados com orquídeas, devido principalmente ao excesso de cuidados da maioria dos orquidófilos. No entanto, casos de super ou sub fertilização podem eventualmente ocorrer. Deficiência de nitrogênio pode ocasionar amarelecimento de folhas. Deficiência de cálcio pode tornar-se bastante evidente em Cattleya, Paphiopedilum e outros gêneros durante os meses mais quentes do ano. Neste caso, folhas novas em estádio de crescimento podem apresentar as pontas pretas, podendo espalhar-se para a base da folha, sempre precedido por um halo amarelo. Em casos extremos pode tomar toda a folha. Essa doença ocorre com mais freqüência quando o conteúdo de cálcio na folha é inferior a 1,4%. Sintomas de deficiência de cálcio pode ser confundido com queimadura de sol. Deficiência de ferro provoca mosqueado clorótico nas folhas, problemas de podridão de sépalas pode estar associado com alta concentração de nitrogênio ou altos níveis de poluentes atmosféricos. Problemas de superfertilização acidental podem ser minimizados aplicando-se grande quantidade de água no vaso e permitindo o escoamento na base. TEMPERATURA: Grande número de espécies de orquídeas, associada com a variabilidade de condições ambientais sob as quais as espécies são encontradas, podem ocasionar diferentes anomalias, conforme abordado para o fator luz. No caso da temperatura, sintomas do tipo "color break" (quebra na continuidade da cor da pétalas) é relativamente comum em Cattleya, podendo ser provocada por queda brusca de temperatura. Nesta combinação de temperatura, há também o aparecimento de anéis amarelos nas folhas mais novas de Phalaenopsis, observados com maior freqüência em plantas com flores de coloração branca. Em Taiwan, uma variação brusca de temperatura, ocasionou o aparecimento de anéis amarelos nas folhas mais novas de Phalaenopsis, observados com maior freqüência em plantas com flores de coloração branca. No Brasil esta variação climática é característica do inverno nas regiões sudeste e sul. Amarelecimento e aborto de botões florais, comum em gêneros como Cymbidium e Phalaenopsis, podem ser provocados por uma combinação de temperatura e fotoperíodo inadequados à planta, no período que antecede ao florescimento. FITOTOXIDEZ: Orquídeas podem ser eventualmente afetadas pela aplicação de defensivos (inseticidas, acaricidas, fungicidas, etc). Os sintomas de fitotoxidez geralmente estão associados com a utilização de produto inadequado, mistura incorreta de defensivos ou aplicação excessiva ou sob condições ambientais impróprias (alta temperatura). Sintomas de fitotoxidez são bastante variáveis e podem incluir queimaduras nas bordas das folhas, podendo em casos severos atingir todo a lâmina foliar; perda de clorofila em partes das folhas; morte de áreas foliares; alteração na coloração da folha; morte da planta em situações extremas; etc Infelizmente, nada pode ser feito após o aparecimento de fitotoxidez provocada por defensivos químicos. 6. VIROSES São conhecidos pelo menos 27 vírus que infectam orquídeas, embora a maioria não esteja totalmente caracterizada. Dentre eles, o vírus da mancha anelar do odontoglossum ("Odontoglossum ringspot virus" - ORSV) e o vírus do mosaico do cymbidium ("Cymbidium mosaic virus" - CyMV) são os de maior incidência e importância econômica em todo o mundo. No Brasil, além do ORSV e do CyMV, já foram detectados o vírus do mosaico do pepino ("Cucumber mosaic virus") em Dendrobium nobile e o "Orchid fleck virus" (OFV). Os danos causados por vírus em orquídeas são devidos à depreciação das plantas que, muitas vezes, manifestam a doença através da diminuição da produção e/ou qualidade das folhas e flores. Devido à grande diversidade genética que apresentam, as orquídeas expressam muita variação nos sintomas causados por vírus, especialmente o ORSV e o CyMV. Não se sabe ainda porque algumas plantas permanecem assintomáticas, mesmo com a presença do vírus, enquanto outras expressam sintomas severos. Sabe-se, porém, que os sintomas podem se manifestar de modo bastante variável em função de diferentes fatores ambientais, a idade do tecido vegetal, o gênero ou a variedade da planta, entre outros. Ainda mais, sabe-se que fatores abióticos ou de natureza fisiológica podem induzir sintomas semelhantes aos causados por vírus. Entre os fatores de natureza fisiológica pode-se mencionar o colapso de células do mesófilo, resultante da exposição da planta às baixas temperaturas, que se caracteriza por estrias amarelas, ligeiramente deprimidas nas folhas e que lembram sintoma de virose. Esses fatores dificultam enormemente a diagnose de viroses em orquídeas com base apenas nos sintomas. Assim sendo, a confirmação da infecção com vírus só é conclusiva quando feita com base em técnicas apropriadas de diagnose (indicadora biológica, técnica serológica ou molecular e microscopia eletrônica). Mosaico do Cymbidium e Mancha anelar do Odontoglossum Essas duas viroses, causadas respectivamente pelo CyMV e ORSV, serão tratadas conjuntamente por apresentarem características epidemiológicas em comum, apesar de serem viroses distintas. O vírus do mosaico do Cymbidium foi primeiramente descrito na California em Cymbidium spp. Hoje é relatado infectando orquídeas em inúmeros países, geralmente com alta incidência. O CyMV pertence ao gênero Potexvirus, apresentando partículas flexuosas com cerca de 475 x 13 nm. Juntamente com o CyMV, o vírus da mancha anelar do odontoglossum também apresenta ampla distribuição mundial e nacional. Foi primeiramente descrito nos Estados Unidos em Odontoglossum grande. Pertence ao gênero Tobamovirus e apresenta partículas rígidas e alongadas com dimensões aproximadas de 300 x 18 nm. Plantas infectadas com esses vírus podem estar assintomáticas ou apresentar leve clorose, mosaico nas folhas e pequena redução no número e tamanho das flores. Podem ainda mostrar sintomas severos de manchas anelares ou irregulares, cloróticas ou necróticas nas folhas, descontinuidade da coloração natural das pétalas e sépalas ("color break"), aborto dos botões florais, etc. Os sintomas podem ser bastante variáveis, dependendo de fatores ambientais, idade do tecido vegetal, gênero e variedade da planta, tempo de inoculação, entre outros. Algumas plantas infectadas são assintomáticas, dificultando a identificação e detecção desses vírus baseando-se apenas nos sintomas visuais. Ambos os vírus infectam praticamente todas as espécies de orquídeas cultivadas, mas até o momento não foram encontradas em orquídeas selvagens. Podem ocorrer isoladamente ou em infecção dupla, sendo que neste caso os sintomas causados são indistinguíveis em diversos gêneros de orquídeas. Os dois vírus são bastante estáveis, não possuem vetores conhecidos e não há evidências de transmissão por sementes. São transmitidos através dos instrumentos de corte utilizados na desbrota, retirada do excesso de raízes e colheita de inflorescências. Há também possibilidade de serem transmitidos através de vasos ou solo contaminados. O uso de micropropagação, ou cultura de tecidos de plantas infectadas, é também responsável pela perpetuação destes vírus. O controle dessas viroses é feito através das seguintes práticas: a) Utilização de matrizes livres de vírus. Para isso é necessária a indexação das plantas a serem propagadas. b) Em caso de plantas contaminadas, de alto valor comercial, e que não são propagadas por sementes, recomenda-se a quimioterapia combinada com a cultura de meristemas para a limpeza clonal. c) Desinfecção dos instrumentos de corte (facas e tesouras) com hipoclorito de sódio 1%, hidróxido de sódio 1% ou em trifosfato de sódio 5% por 5 minutos ou com o auxílio do aquecimento das mesmas em forno a 149o C ou flambagem. d) Desinfecção dos vasos, substratos, bancadas e das mãos das pessoas que entram em contato direto com as orquídeas; OFV "Orchid Fleck Virus" Ao lado desses dois vírus, há relatos sobre a ocorrência do OFV em orquidários comerciais e da coleção de orquídeas da ESALQ/USP, Piracicaba. Os sintomas causados por esse vírus são variáveis, de acordo com o gênero de orquídea infectada. Sintomas do tipo anéis necróticos espalhados pelo limbo foliar, intercalados por áreas aparentemente normais, parecem ser os mais comuns, porém plantas de Odontoglossum infectadas com o OFV apresentam sintomas de manchas amarelas nas folhas. Esses fatos tornam a sintomatologia uma característica imprópria para a diagnose. Trabalhos recentes realizados no Japão mostram que o OFV é semelhante aos Rhabdovirus, por possuir partículas baciliformes sem envelope, medindo aproximadamente 40 X 150 nm, porém com genoma bipartido. Além de infectar inúmeras espécies de orquídeas, o OFV é aparentemente transmitido para Nicotiana glutinosa, N. tabacum, causando lesões locais cloróticas ou necróticas 2-3 semanas após a inoculação. Tetragonia expansa e Phaseolus vulgaris também se mostraram suscetíveis ao OFV, apresentando manchas amarelas nas folhas inoculadas. O OFV, no Japão, é transmitido pelo ácaro Brevipalpus californicus, mas não pelo ácaro Tetranychus urticae, pela mosca branca Bemisia tabaci ou pelo afídeo Myzus persicae. Tanto as ninfas como os adultos de B. californicus transmitem o vírus, mas não as larvas. Como o ácaro B. californicus ocorre em orquídeas em São Paulo, acredita-se que ele também pode ser o vetor do OFV no Brasil, embora testes para comprovar a transmissão sejam necessários. Não há relatos sobre a transmissão do OFV por sementes ou através de instrumentos de corte. O combate ao ácaro B. californicus deve propiciar controle satisfatório dessa virose, uma vez que se trata aparentemente de infecção localizada nos pontos de alimentação do vetor. Após o perfeito controle do ácaro recomenda-se, sempre que possível, a remoção das folhas sintomáticas, para reduzir fontes de inóculo do vírus e por questão de estética da planta. É sempre aconselhável a utilização de matrizes sadias para a propagação vegetativa. 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