[Do arc. axedrez, enxadrez]

1. Antigo jogo, sobre um tabuleiro de 64 casas, alternativamente pretas e brancas, no qual dois parceiros movimentam 32 peças ou figuras de diferentes valores, em geral esculpidas em marfim, madeira, massa, etc., sendo 16 para cada jogador: 1 rei, 1 rainha, 2 torres, 2 bispos, 2 cavalos e 8 peões.

(Dicionário Aurélio)


O Xadrez no Colégio RH+

O Xadrez, além de ser um jogo cativante, é bastante cultuado por suas exigências intelectuais. Suas características exigem grande habilidade de concentração, raciocínio e disciplina. Para tornar-se um grande enxadrista não basta apenas boa capacidade de criar estratégias, é necessário ser um jogador completo.

         Vários são os que defendem as vantagens do desenvolvimento dessas habilidades, que do jogo saltam para a vida cotidiana. Com isso em mente, o Colégio RH+, através do Professor Aécio Zózimo Bustamante, começou a oferecer aulas no primeiro semestre de 2005. Além de instigante e divertido, o aprendizado para nossos alunos também rendeu muitas participações e conquistas em diversos campeonatos, gerando grande estímulo aos pequenos enxadristas.

Confira as reportagens e fotos:

 

  • Campeonato Mineiro de Xadrez 2006 (título na categoria sub-12 feminina):

Jornal "O Centenário"

Revista "Atividades e Experiências", do Positivo

Fotos

Torneio João Rodrigues, Wenceslau Braz, 2006

Professor Aécio com os jovens enxadristas do Colégio RH+ após o Torneio João Rodrigues, Wenceslau Braz, 2006

 


 

Artigo:

Xadrez

Consolação Resende

 

Muito se tem falado sobre os benefícios do xadrez para a aprendizagem das crianças. A mestra internacional de xadrez, a colombiana Adriana Salazar Varón, afirmou que ensinar xadrez é repassar valores éticos e potencializar habilidades. Para ela, o xadrez pode ser ensinado às crianças a partir dos três anos de idade. Ela abordou os temas "Modelo Pedagógico para Ensino de Xadrez" e "Fantasia do Xadrez".

O ensino de xadrez para crianças é um ótimo recurso para desenvolver habilidades mentais, "inculcar" valores e desenvolver habilidades. Este jogo vai trabalhar a atenção, a imaginação, a projeção, a recordação, o pensamento obtido, a percepção de mundo, o planejamento, o rigor mental, a análise sistemática e a matemática.

Assim, a criança vai mais que aprender, ela vai desenvolver habilidades mentais como tomar decisões no momento certo, ter um pensamento crítico acerca dos fatos e calcular (habilidade importante para o ensino da matemática). Também vai permitir que ela visualize, modifique e reafirme  o pensamento, ou seja, facilita a relação do enxadrista com o mundo abstrato.

Salazar ainda lembrou que com o xadrez, meninos e meninas  aprendem a partir dos erros.  Isso permite que a criança tenha um pensamento hipotético, ou seja, ela vai analisar o fato partindo de suposições e criando hipóteses. A capacidade de memorização não foi esquecida por ela, bem como a de codificar e decodificar e o pensamento criativo.

Quanto aos valores que este jogo estimula na vida dos praticantes, ela citou respeito, responsabilidade, acatar normas, cortesia, aprender a ganhar, perder, humildade, perseverança, disciplina, tenacidade, auto-estima, paciência, autocontrole, tolerância, amistosidade e relações entre pais e filhos.

Salazar demonstrou com exemplos que o xadrez pode trabalhar nas seguintes áreas: recreativa, desportiva, intelectual, cultural, ética e emocional. Na recreativa, a palestrante lembrou que trata-se de jogo e deve ser mostrado de forma lúdica, divertida e mágica, características que fazem parte da vida das crianças. A desportiva pode ser observada através do respeito ao adversário, da pontualidade, da auto-estima que permite que o enxadrista acredite em si. Ainda nesta área, o xadrez pode funcionar como uma terapia, uma vez que a pessoa pode descarregar estresse e energia acumulada através do jogo.

Na parte ética, ela lembrou todos os valores citados acima, trata-se de um jogo que trabalha a aquisição e a consolidação de valores éticos. Na área intelectual, talvez a mais abordada por teóricos, o xadrez ajuda a criança a memorizar, a ter atenção e concentração, a calcular e sintetizar, habilidades importantes no ensino formal de qualquer jovem. O lado emocional foi destacado por Salazar, que lembrou que quem pratica esse jogo aprende a ter autonomia, autodisciplina, autocontrole, tenacidade e controlar-se melhor. No cultural, a colombiana lembrou diversos enxadristas famosos no mundo todo e nas mais diversas áreas, mostrando assim a grande relação que ele tem com diversos expoentes.