História do Dreamcast



Dreamcast, o que é?

O 4º e último console lançado pela Sega (a companhia anunciou que parou de produzi-lo a partir de 1º de abril de 2001), sucessor do Master System (8 bits), Mega Drive (16 bits) e Saturn (32 bits). O Dreamcast é apresentado como o primeiro videogame de 128 bits do mercado, mas na verdade, ele é tecnicamente um console de 64 bits.

O Dreamcast é mais poderoso do que o PSOne/Playstation, Nintendo 64 e Saturn, e uma evolução destes consoles em termos de força bruta. Podemos considerá-lo uma geração à frente do Jaguar, 3DO e CD32. É também, em termos gráficos, inferior ao Xbox, Playstation 2 e GameCube.

Design

O Dreamcast segue a escola clássica de design, e ao contrário do Xbox e Playstation 2, ele se parece verdadeiramente com um videogame. A Sega conseguiu um bom resultado com um console compacto, clean e para a maioria dos jogadores, bonito.

O detalhe interessante é que, devido ao fracasso do Saturn na última geração, a Sega desistiu de colocar o logotipo Sega em destaque na carcaça externa do console (como fazia com os seus outros aparelhos). O que podemos ver é um diminuto escrito "Sega" na frente do Dreamcast. A empresa acreditava que, assim, poderia melhorar a aceitação da marca (bastante desgastada) pelos japoneses.

Abaixo, algumas fotos do Dreamcast para sua contemplação:

Mídia de Armazenamento

Para tentar evitar a pirataria, a Sega decidiu por utilizar um formato proprietário de mídia no Dreamcast, chamado de GD ROM. O GD é, na verdade, um CD com capacidade de armazenamento de 1 GB, e que é produzido em apenas 5 fábricas da Sega espalhadas pelo mundo.

Sua velocidade de 12X é suficiente para diminuir os tempos de leitura da maioria dos jogos, e transferir dados à altas taxas. O Dreamcast também lê CDs de áudio e CDs ROM comuns, mas o GD não é compatível com nenhum outro formato existente no mercado.

Controle

A Sega inovou em alguns aspectos ao projetar o seu controle. Primeiramente, ele foi o primeiro a possuir botões analógicos (gatilhos L e R) sensíveis à pressão. Além disso, ele possui 2 slots para o encaixe de periféricos como o Puru Puru Pack (Jump Pack nos EUA), microfone e o VMU (ver abaixo).

A grande decepção ficou por conta do número de botões para ação, 6, o que é menos do que os concorrentes Playstation e Nintendo 64 possuíam. Mas, no geral, o controle do Dreamcast tem uma ótima pegada e seu "stick" analógico é bastante preciso.

Especificações técnicas

O Dreamcast foi muito bem recebido quando lançado, mostrando gráficos mais poderosos que os existentes em fliperamas equipados com a placa Model 3 (até então, o que existia de mais avançado em tecnologia). O segredo de sua potência era um processador Hitachi de 64 Bits e uma placa de vídeo PowerVR de última geração.

Além disso, o console tinha 16MB de memória principal, e quase 8 MB para texturas, o que deixava concorrentes como o Playstation e o Nintendo 64 no chinelo. Outra novidade bem vinda foi a utilização do Windows CE, que permitia a desenvolvedores de PC portarem os seus jogos com facilidade para a plataforma, inclusive, com as capacidades multiplayer intactas. Quem não quisesse utilizar o sistema operacional da Microsoft, poderia optar pelo SO proprietário desenvolvido pela Sega (que se provou ser bem mais poderoso e flexível).

No geral, o Dreamcast foi o melhor hardware já produzido pela Sega, e o mais equilibrado de todos. Conheça as especificações técnicas do console:

CPU: Hitachi SH4 RISC CPU, rodando a 200MHz. É capaz de ter um desempenho de 360 MIPS/1.4FLOPS;
Placa de vídeo: NEC PowerVR (segunda geração), capaz de renderizar até 3 milhões de polígonos por segundo;
Memória: 16 MB (principal), 8 MB (texturas) e 2 MB (som);
Mídias de armazenamento: GD ROM (12X) desenvolvido pela Yamaha, em formato proprietário, capaz de armazenar 1 GB de dados;
Som: Chip desenvolvido pela Yamaha, capaz de até 64 vozes simultâneas. Suporta som ambiente em 3D;
Habilitado para modem (de fábrica): Sim, de 56Kbps, com correção de erros por software.

Visual Memory Unit(VMU)

A Sega inovou e lançou o VMU para o Dreamcast, uma mistura de Memory Card, capaz de gravar jogos em memória Flash, e um mini-portátil (que roda joguinhos simples). O VMU também se encaixa no controle do console, e com sua tela de cristal líquido, pode mostrar o status do jogador, dar dicas ou exibir a estratégia de um jogo de esporte, por exemplo.

O VMU (VMS no Japão) tem 128 KB de memória, processador de 8 bits incluso, 1 canal de som, tela de 48X32 pixels (preto e branca) e funciona com 2 baterias de relógio.

Puru Puru Pack (Jump pack) Este é o acessório, que ao se encaixar no controle do Dreamcat, o faz vibrar de acordo com as instruções transmitidas pelo jogo. É semelhante ao Rumble Pak do Nintendo 64, e tem um efeito de vibração semelhante aos controles Dual Shock da Sony. Só funciona em jogos compatíveis com sua função.

Conexão à Internet O Dreamcast foi o primeiro console do planeta a vir equipado com um modem interno (de 56Kbps), estando totalmente preparado para acessar a Internet e jogar on-line através do site Seganet. Para facilitar a conexão com a rede, e a escrita de e-mails ou entrada em chats, a Sega disponibilizou um mouse e teclado compatíveis com o console e alguns jogos (como Quake III Arena).

Data de lançamento

O Dreamcast foi lançado em 27 de novembro de 1998 no Japão, 9 de setembro de 1999 nos EUA e 15 de novembro de 1999 na Europa. No Brasil, ele chegou em outubro de 1999, distribuído pela Tec Toy.

Preço

O console custa hoje US$ 99 nos EUA e R$ 599 (sugeridos) no Brasil.

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