Homenagem ao eterno poeta Roberto Drummond, de todos os mineiros e do site ControleRemoto.Com - www.controleremoto.com


"Os poetas não morrem, ficam encantados"

         Atenção povo de Minas! O poeta morreu. Deus quis assim! Quis que ele se fosse numa madrugada especial. Brasil x Inglaterra, quartas de final. Até o poeta havia entregado a Deus o destino do jogo. Talvez sem saber que era seu próprio destino que entregava a Ele. Talvez...

         Ah, Madame Janete! Será que a senhora teria sido capaz de prever que o coração (justo o coração) levaria o nosso poeta? Mas será que adiantaria? Não. Acho que não. Deus quis assim. "Ninguém foge do seu destino. O que Deus risca, ninguém rabisca". Não era assim que a senhora gostava de falar?!

         Bela B fica sem seu Roberto. Temporariamente com certeza! Ele há de encontrar, assim como a moça fantasma de suas estórias, uma maneira de estar sempre junto de sua amada.

         Nós, mineiros, ficamos sem o nosso Roberto. Sem suas palavras semanais, sem a moça fantasma, sem a moça de saia florida. Sem seu jeito gostoso de falar das coisas de Minas. Não. O poeta não se vai completamente. Deixa sua obra: seus livros, suas estórias e palavras, publicados semanalmente até a véspera de sua partida. Talvez de certa forma, sempre que o lermos ou relermos, ele estará junto de nós.

         Vai com Deus poeta! Vai sentir mais de perto o cheiro de Deus! E desde já, leva contigo as saudades do povo de Minas!

( texto de Gláucia Jordânia, Belo Horizonte/MG - gjordania@hotmail.com )

 


Até mais, Roberto!

         Tantas linhas dedicadas aos amantes, crônicas aos namorados, improvisos sobre o amor... tantos detalhes sobre a moça da Savassi, a moça da Máfia Azul e o rapaz da Galoucura... o medo de avião, a dedicação pelo Atlético Mineiro. Este é o nosso Roberto Drummond, que continuará sempre vivo, assim como o mito Hilda Furacão. Aliás, dizem que a Hilda ainda mora em Belo Horizonte. E mais: ouvi falar que ela deixou filhas morando em Belo Horizonte, e que elas herdaram aquele certo quê louro nos cabelos da mãe. Devem estar por aí fazendo os homens sonharem.

         Eu, rapaz do interior, sempre quis conhecer pessoalmente o Roberto Drummond e levar até ele algumas crônicas suas que guardo. Inclusive em uma está publicada uma carta minha, uma declaração de amor a uma moça da Savassi. Hoje, na capital mineira, não tenho mais a oportunidade, mas tenho certeza de que o encontrarei mais tarde para poder lhe agradecer pelas palavras de todos os dias. Pelo fio de cabelo da Gabriela, pela procura por Isabel, por Tereza, pela pele morena de Maria, que usava um biquíni verde na praia de Búzios, pelo gato amarelo que morreu atropelado na Rua Piauí, pelo curió da Rua Tomé de Souza... em nome de todos, até mais, Roberto! Suas palavras nunca serão esquecidas. Tenha certeza de que serão passadas para muitas gerações, que aprenderão contigo o significado de Minas Gerais, do amor pelas moças da Savassi, de Juiz de Fora, de Varginha, de Montes Claros...

( texto de Luís Alberto Caldeira, Belo Horizonte/MG - luis@controleremoto.com )

 

"O amor é um cavalo bravo... e se você não se segurar firme, você cai do cavalo... e se machuca".

"Se houver uma camisa branca e preta pendurada num varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento".

( Roberto Drummond )