Tantas
linhas dedicadas aos amantes, crônicas aos
namorados, improvisos sobre o amor... tantos
detalhes sobre a moça da Savassi, a moça da
Máfia Azul e o rapaz da Galoucura... o medo
de avião, a dedicação pelo Atlético
Mineiro. Este é o nosso Roberto Drummond,
que continuará sempre vivo, assim como o
mito Hilda Furacão. Aliás, dizem que a
Hilda ainda mora em Belo Horizonte. E mais:
ouvi falar que ela deixou filhas morando em
Belo Horizonte, e que elas herdaram aquele
certo quê louro nos cabelos da mãe. Devem
estar por aí fazendo os homens sonharem.
Eu,
rapaz do interior, sempre quis conhecer
pessoalmente o Roberto Drummond e levar até
ele algumas crônicas suas que guardo.
Inclusive em uma está publicada uma carta
minha, uma declaração de amor a uma moça
da Savassi. Hoje, na capital mineira, não
tenho mais a oportunidade, mas tenho certeza
de que o encontrarei mais tarde para poder
lhe agradecer pelas palavras de todos os
dias. Pelo fio de cabelo da Gabriela, pela
procura por Isabel, por Tereza, pela pele
morena de Maria, que usava um biquíni verde
na praia de Búzios, pelo gato amarelo que
morreu atropelado na Rua Piauí, pelo curió
da Rua Tomé de Souza... em nome de todos,
até mais, Roberto! Suas palavras nunca
serão esquecidas. Tenha certeza de que
serão passadas para muitas gerações, que
aprenderão contigo o significado de Minas
Gerais, do amor pelas moças da Savassi, de
Juiz de Fora, de Varginha, de Montes
Claros...