Search for Extra-Terrrestrial Intelligence

           A humanidade entrou em sua fase comunicativa quando o engenheiro Karl Jansky detetou acidentalmente, em 1932, um sinal de rádio proveniente do céu. Foi o início da Radioastronomia. Com o passar do tempo, um grande número de radiotelescópios foram sendo construídos. A janela de observação, até então limitada à faixa ótica, foi expandida abrangendo também as ondas de rádio e microondas.

        Em 1959 foi publicado na conceituada revista Nature (v. 184 p. 844-846), um artigo intitulado "Searching for interestellar communications", que deu origem à pesquisa Seti. Nesse artigo, os autores sugeriram a região do "Water Hole" (Buraco d'água) como um local onde deveriam ser concentradas as buscas de sinais de rádio de vida inteligente extraterrestre. Essa região do espectro vai 1.4 a 1.7 GHz, e é conhecida como  "Water Hole", pois estas frequências correspondem, respectivamente, às frequências dos radicais H e OH. O "Water Hole" é uma larga faixa de frequência onde há ausência de ruído cósmico. É essa frequência que acreditamos seria usada por uma civilização extraterrestre que está querendo se comunicar. Por essa razão também é chamada de "Bebedouro", pois acredita-se que diferentes espécies poderiam utilizá-la para comunicação.

        Outro problema concernente à pesquisa Seti é o tipo de varredura a ser empregado. Existem dois tipos: a "Target Survey" e o "All Sky Survey". O "Target Survey" consiste em se aponta o telescópio para determinadas estrelas "candidatas" (que tem alta probabilidade de conter planetas e formas de vida) e fazer a coleta de dados por um certo tempo antes de mover o rádiotelescópio para outro alvo. Esse método é usado normalmente por grandes radiotelescópios (da ordem de dezenas de metros de diâmetro). É usado, por exemplo, pelo Projeto Phoenix do Seti Institute. O "All Sky Survey" consiste em deixar a antena fixa numa determinada posição e sua varredura é feita através da rotação da Terra, que fará com que diversas estrelas e fontes passem no foco da antena. Esse método é usado normalmente por pequenos radiotelescópios e antenas caseiras, uma vez que é caro e difícil montar um sistema de acompanhamento para a antena que coletará os dados.

        Em outubro de 1992 teve início um audacioso Projeto SETi o HRMS (High Resolution Microwave Survey) da NASA, que usava grandes radiotelescópios com diâmetros de 43, 64, 70 e o gigante de Arecibo com 305 metros. Pretendia estudar centenas de estrelas num raio de 50 AL, utilizando o "Target Survey", na freqüência de 1 a 3 GHz. No entanto, seu fim foi decretado um ano depois, em 1993, quando o Congresso Americano cortou a verba destinada ao projeto.

       Indignados com o encerramento do Projeto HRMS, os cientistas empreenderam diversas iniciativas para que a importante Pesquisa SETI não morresse. Surgiram nessa época o Projeto Phoenix do SETI Institute (Phoenix é a ave mitológica que ressurge das cinzas, numa referência ao projeto encerado) e também a SETI League, uma entidade americana que congrega pessoas interessadas no SETI. Entre os membros da SETI League se encontram estudantes, engenheiros, físicos e profissionais de diversas áreas, além de pessoas comuns, unidas pelo objetivo de fazer algo pelo SETI. O "Projeto Argus" da SETI League tem como objetivo formar uma rede de 5000 antenas, com diâmetros variando de 3 a 5 metros. Foi lançado no dia 21 de abril de 1996. Através de suas pesquisas, desenvolveu-se um modelo de uma estação SETI formada com equipamentos acessíveis e uma antena parabólica caseira. É importante salientar que a Liga, embora forneça todo embasamento técnico necessário à construção das estações, não patrocina ou envia recursos ou equipamentos para sua montagem.

        Teve início em 1998 a construção da estação Giordano Bruno, a primeira e por enquanto a única estação brasileira a integrar a rede da SETI League, que irá operar em uma cidade do interior do estado de São Paulo. Infelizmente no momento a construção da estação está paralisada por falta de verbas. Quando em operação, a varredura será do tipo "All Sky Survey", em que a antena fica fixa e capta os sinais dos objetos que passam no seu campo. Cada objeto permanece cerca de 16 minutos no campo de uma antena de 3 metros de diâmetro.
 

Uma antena parabólica comum de recepção de satélites pode ser usada na procura de sinais de vida inteligente extraterrestre

 

A EQUAÇÃO DE DRAKE

 

A Equação de Drake fornece uma estimativa do número de civilizações inteligentes existentes na galáxia.

N = R.fp.ne.fv.fi.fc.L

Onde:

N = Número de civilizações inteligentes na galáxia.
R = Taxa média de formação de estrelas na Galáxia em número de estrelas por ano. Valor típico: 20
fp= Fração de estrelas que fornecem condições para surgimento de vida.
ne= Número médio de planetas, em um certo sistema planetário, onde a vida é possível.
fv= Fração dos planetas onde a vida é possível e nos quais ela surge de fato .
fi= Fração dos planetas nos quais surge uma forma de vida inteligente.
fc= Fração dos planetas com espécies capazes e desejosas de se comunicarem com outras civilizações.
L = Duração média da fase comunicativa.


Para maiores informações e/ou afiliação, visite o site www.seti.org

 

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