O rpg

A sigla RPG vem da expressão inglesa role-playing game, que poderíamos traduzir como “jogo de interpretação”. Nele, os jogadores interpretam os personagens que vão enfrentar os perigos de uma aventura ainda desconhecida para eles. Ninguém sabe o que vai acontecer, exceto um jogador “especial” a quem chamamos de Mestre do Jogo. Só esse jogador conhece o roteiro da aventura,pois é ele que a cria. Ele apresenta aos outros uma situação inicial, descrevendo para eles onde eles estão, o que eles vêem, escutam, tocam, cheiram e sentem. Pode ser uma situação de perigo, onde terão que lutar, ou pode ser uma situação para cuja resolução terão que usar muita astúcia, como infiltrar-se numa base inimiga. O que quer que seja, os jogadores dizem então o que seus personagens farão e, de acordo com o resultado de suas ações e com o roteiro, o Mestre apresenta uma nova situação. E assim o jogo prossegue até o seu final ou até alcanssarem um ou mais objetivos apresentedos pelos mestres.

O candidato a Mestre tem que ter muita flexibilidade, pois os jogadores decidem tudo e, sem sabê-lo, podem fazer o roteiro do Mestre ir por água abaixo. Imagina que aquele rubi mágico que é a chave da trama está escondido num vaso. Eles pegam e jogam o vaso (sem olhar o conteúdo) num abismo escuro para calcular sua profundidade... É hora de adaptar a história e colocar o rubi escondido em outro lugar.É importante observar que no RPG o Mestre não joga contra os outros jogadores, apesar de ele apresentar situações adversas e interpretar personagens inamistosos durante a aventura. O objetivo maior do RPG é a diversão de todos, e o Mestre é um grande responsável por isso. Se o Mestre se divertir apresentando situações insolúveis para matar os personagens dos outros jogadores impiedosamente, dificilmente esses jogadores voltarão a jogar com ele um outro dia, pois eles não terão se divertido.

Por outro lado, o Mestre não deve superproteger os personagens para que nunca corram os riscos de morrer. Aventuras fáceis demais não têm graça. Além disso, um sacrifício heróico pode dar um brilho especial a uma aventura, e o seu jogador terá orgulho de sua boa atuação. Como já foi dito, o objetivo maior é a diversão.Claro que, se os personagens viverem fazendo burradas homéricas, eles devem pagar o preço de sua imbecilidade. Afinal das contas, o Mestre deve ser, acima de tudo, justo.

Regras

Quem já brincou de polícia-e-bandido conhece bem esse tipo de bate-boca, então para o rpg foi criadas regras baseadas em cada estilo de jogo. Para evitar esses inconvenientes, tudo o que cada personagem é capaz de fazer é representado por números — sua força, sua inteligência, sua habilidade em manejar uma espada, em se infiltrar em computadores, em cantar... Sempre que o jogador desejar fazer algo que tenha algum risco de falha, ele deve jogar os dados contra o valor do seu atributo correspondente, para ver se teve sucesso ou não, isso quer dizer que na maioria das ações que for praticar no jogo o jogador deve jogar os dados para decidir se o seu personagem foi bem sucedido no que pretendia fazer. Para atravessar um lago calmo a nado, normalmente basta que o personagem possua uma habilidade de natação, sem necessidade de qualquer teste. Mas se ele quiser atravessar um rio de águas correntes, ou mesmo se quiser abrir vantagem de um jacaré que começa a persegui-lo no lago calmo, deve testar sua habilidade em nado.E se um personagem quiser dar um tiro em outro (os personagens, não os jogadores!) também deve testar sua habilidade no manejo de armas de fogo. Acertou-se, ou não acertou. Se não, não adianta chorar. Os dados estão lá para que todos vejam!

Sistemas

Existem vários sistemas de RPG, que especificam conjuntos de regras para guiar a “construção” dos personagens, a interpretação dos jogadores e a condução da aventura pelo Mestre. Esses sistemas variam na ambientação, na complexidade, na quantidade e no grau de realismo das regras. Na próxima página tem-se uma explicação mais adequada a cada sistema.

ROLE PLAYING GAME

Principais sistemas


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