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NOTÍCIAS:

 

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História da Terra ganha novo período geológico
 

(Notícia enviada por Fabrício Cinque de Proença Franco

aluno do 1º período -  Biologia - Pólo Petrópolis")


Um novo período foi acrescentado ao calendário histórico da Terra - na primeira vez que isso acontece em 120 anos.

O período Ediacarano abrange cerca de 58 milhões de anos, começando 600 milhões de anos atrás.

Oficialmente ele se torna parte da era Neoproterozóica, quando formas de vida multicelulares começaram a tomar conta do planeta.

A decisão de adotar a nova convenção foi tomada após oito anos de discussões - e desagradou geólogos russos, que preferiam a denominação de período Vendiano, adotado pela comunidade científica soviética em 1952.

Choques climáticos

O período Ediacarano começa no final da última era glacial da sucessão de glaciações globais conhecida como Terra Bola de Neve e ocorrida entre 600 milhões e 700 milhões de anos atrás.

Uma teoria afirma que esses choques climáticos deram início à evolução de formas mais complexas de vida.

Para ser adotada oficialmente, a nova convenção teve que passar por três fases de votação.

Primeiro foram os membros da subcomissão do período Proterozóico Final da Comissão Internacional de Estratigrafia que aprovaram o nome.

Depois foram os integrantes de toda a comissão, e, enfim, os especialistas da União Internacional de Ciências Geológicas que apreciaram a idéia.

Em cada estágio, pelo menos dois terços dos votantes tiveram de votar a favor do novo nome para que ele fosse aprovado.

Vendiano

Os geólogos russos, entretanto, devem continuar usando sua própria terminologia e chamando o período de Vendiano.

O termo foi cunhado em 1952 pelo célebre geólogo russo Boris Sokolov para se referir a um grupo de rochas sedimentares encontradas na então União Soviética.

O geólogo e dois colegas enviaram uma reclamação oficial contra a decisão de adotar o nome de período Ediacarano.

"A decisão ignora o fato de o nome Vendiano ter chegado primeiro e uma longa tradição de usar esta terminologia na literatura geológica internacional", escreveram Sokolov, Mikhail Semikhatov e Mikhail Fedonkin.

O nome Ediacarano se refere aos montes Ediacara, na Austrália, considerado pela subcomissão como um "estratotipo" do período.

Um estratotipo é uma seqüência de formações rochosas que define e é usada como padrão de comparação para todas as outras seqüências rochosas do mesmo tipo.

 

 

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DESCOBERTO NO RIO PEIXE CONSIDERADO FÓSSIL VIVO

(Noticia enviada por Fabrício Cinque de Proença Franco

aluno do 1º período -  Biologia - Pólo Petrópolis")

(divulgada pelo Globo em 17/06/2004)

 

 

Criatura que habita as profundezas da costa brasileira é idêntica a animais existentes há 150 milhões de anos

 

Uma criatura que não mudou praticamente nada nos últimos 150 milhões de anos - e, por isso, é considerada um verdadeiro fóssil vivo - foi descoberta ao largo da costa do Rio de Janeiro e acaba de ser descrita por cientistas. Habitante das profundezas do oceano, o pré-histórico peixe apresenta um gancho cheio de espinhos na cabeça e é capaz de perceber a presença de outros animais detectando a irradiação de seu campo elétrico.

 

Esta foi a segunda descoberta de um animal no Brasil anunciada em menos de uma semana - a primeira foi a de um porco selvagem na Amazônia.

 

A descoberta do peixe, chamado Hydrolagus matallanasi, foi publicada na revista internacional "Zootaxa" pelos pesquisadores Jules Soto, curador do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), e Carolus Vooren, professor da Fundação Universidade do Rio Grande. Trata-se da primeira espécie desse tipo de quimera (um grupo de peixes) descrita em toda a costa atlântica da América do Sul.

 

- Ao lado dos tubarões e das raias, as quimeras formam o principal grupo dos peixes cartilaginosos - explica Jules Soto. - Mas são os mais primitivos do grupo, considerados fósseis vivos, porque seus ancestrais remontam há pelo menos 350 milhões de anos. São, portanto, anteriores à existência dos grandes vertebrados na Terra. Já viviam 100 milhões de anos antes do surgimento dos dinossauros.

 

A quimera descrita pelos cientistas brasileiros é idêntica a achados paleontológicos que datam de 150 milhões a 170 milhões de anos atrás, o que indica que o animal não mudou em milhões de anos.

 

- Isso significa que ele está muito bem adaptado ao meio onde vive - constata Soto.

 

Animal tem gancho na cabeça e dente de coelho

 

A descoberta, ressalta o pesquisador, preenche uma lacuna na história evolutiva das quimeras.

 

- A quimera que encontramos é uma das menores do mundo, tem cerca de 40 centímetros, a metade do tamanho apresentado por esses peixes em geral.

 

As quimeras vivem fora da plataforma continental, numa região conhecida como talude, uma espécie de abismo marinho, em que as profundidades se tornam abrutas, podendo chegar a 700 metros.

 

- Nessa profundidade, a temperatura da água não passa de 5 graus Celsius e a escuridão é total - diz o pesquisador.

 

Para detectar outros membros do grupo e potenciais presas, as quimeras apresentam canais sensoriais por toda a cabeça. Essas terminações nervosas são capazes de perceber a irradiação do campo elétrico de qualquer outro ser vivo nas proximidades, sem que ele precise se mexer ou emitir ondas vibratórias. O animal, no entanto, não é cego, muito pelo contrário.

 

- Ele enxerga muito bem - diz Soto. - Tem olhos enormes capazes de enxergar o mínimo de luz e detectar qualquer variação.

 

A estranha criatura é também dotada de um gancho recoberto de espinhos sobre a cabeça. Os especialistas não estão muito certos sobre a função do apêndice, mas acreditam que ele ocorra apenas nos machos e sirva para segurar a fêmea no momento da cópula. Ele apresenta ainda seis placas de dentes - muito parecidos com os dos coelhos - e nadadeiras cartilaginosas e fibrosas.

 

Os pesquisadores estudam a nova espécie desde 2002, quando os primeiros exemplares foram localizados. Ao todo, foram capturados 21 indivíduos ao largo da costa do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, entre 400 e 750 metros de profundidade. Ainda assim, frisa Soto, pouco se sabe ainda sobre os hábitos desses animais.

 

- Na Califórnia há uma experiência bem-sucedida de manter quimeras em cativeiro num tanque especial sem luz e com água muito gelada - conta. - Nosso projeto de oceanário também prevê a construção de um tanque para que possamos estudar o comportamento desses animais.

 

 

 

 

 

 

 

Representação do que seria a fauna marinha no fundo do mar a 600 milhões de anos atrás.

 fonte dos dados ou imagens (clique aqui)

Fóssil de um animal aparentado com uma água viva encontrado nas rochas de Ediacara (Austrália) e datado de como ter vivido entre 590 e 700 milhões de anos atrás

 fonte dos dados ou imagens (clique aqui)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Hydrolagus colliei

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