PRINCIPAL
voltar para página de textos
6 de Janeiro de 1999
Mergulhar no salto abrindo meus olhos com ostentações à beleza do céu.

Juntaria os pedaços das nuvens se não fosse o vento a levar cada porção de fumaça ao encontro de meus lábios.
Engolir nuvens parece algo suave.
Um toque sublime na queda.
Porém o gosto dos pedaços de céu me foram degustados com sabor de saudade e anseio em precipitar o desfecho.
Uma estrela arranhou a lateral de meu corpo fazendo-o se desmanchar em fragmentos.
A estrela rasgou meu corpo, deixando seu brilho sutil em todos os minúsculos pedaços.
A queda dos pedaços misturou-se ao azul do céu no momento em que se iniciava a criação de um mar de pedaços perdidos e solitários.
Flutuavam. Dançavam junto ao por -do -sol. Procurando a eterna condição de serem abraçados somente pelo ar.
Levados pelo vento como ondas que não voltam. Quebravam perante olhos de pássaros. Dobravam-se perante janelas de solitários.
A lua, delineada de sonhos trazidos por anjos.
-Aproximaram-se artificiais luzes.
O mundo retorcido.
Me joguei do alto de minha existência.
Pingando pedaços nos ombros das fadas.
Fizeram-me em pedaços.
Pedaços de pedaços pra você brincar.
Apenas urna estrela de tamanho poder de atração
(estrategicamente encaixada)
poderia unir tantos pedaços.
Poderia rasgar o céu em pedaços.
Soprar em seu rosto meus pedaços (em pedaços) envolvidos por pedaços de nuvens e estrelas, lua e sol.
Faria o céu em pedaços para você brincar.
Não posso desmanchar o céu.
Apenas em pensamentos.
Encaixe meus pedaços.
Deleite-me em um abraço
onde em meus lábios possa tocar
e novamente fazer-me desmanchar.
escorregando no CÉU
p a r a   n a v e g a r
t e x t o s
r e p o r t a g e n s
l i v r o  d e  v i s i t a s
r e f r e s c o