O Santana entrou para a história da VW do Brasil por ser o seu primeiro produto destinado ao mercado de automóveis de luxo. Teve como principal concorrente o Chevrolet Monza, derivado do Opel Ascona alemão. Este teve maior sucesso no mercado brasileiro não por ser um produto melhor, mas sim por se apoiar na já tradicional imagem de veículos de luxo da General Motors, inaugurada pelo Chevrolet Opala em 1968.

O Santana por sua vez escorava-se no sucesso do Passat, que teve a missão de apresentar ao público brasileiro todos os atributos da mecânica Audi/VW refrigerada a água. Assim como na Alemanha, o Santana surgia como uma evolução natural do Passat: mantinha os atributos básicos (qualidade, durabilidade, confiabilidade), mas trazia outras inovações, como o sistema de direção hidráulica progressiva, o novo esquema de suspensão e melhor acabamento: a sensação de conforto de bancos e encostos, que deveria ser superior à oferecida pelo Passat; a regulagem dos bancos, que precisaria ser leve, sem folgas e isenta de ruídos; o espelho retrovisor teria de desacoplar em caso de choque e que não transmitisse vibrações nem distorções de imagem ou as portas que, ao serem fechadas emitir um som forte, sólido, típico da escola germânica da época.