Segunda feira , 1 de julho
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(Sri Ramakrishna Deva)
Sri Ramakrishna Deva era filho de um brahmin
muito ortodoxo, que recusava
até um obséquio,
se não lhe era oferecido
por certa classe de brahmins;
não podia trabalhar
e nem sequer ser sacerdote de um templo,
nem vendedor de livros,
nem servir a ninguém.
Só podia ter o que
lhe caísse do céu (esmolas),
e mesmo estas, não
podiam vir de um brahmin caído.
A religião hindu,
não dá importância aos templos;
se todos fosses destruídos,
a religião não
seria afetada em nada.
Um homem deve construir
uma casa,
somente para “Deus e para
os hóspedes”;
construir para si mesmo,
seria um egoísmo;
portanto ele elege templos,
como lugares de residência
para Deus.
Devida a extrema pobreza
de sua família,
Sri Ramakrishna se viu obrigado,
durante sua adolescência,
a ser sacerdote um templo
dedicado à Divina Mãe,
chamada também Prakriti,
ou Kali,
representada por uma figura
feminina,
de pé sobre uma figura
masculina.
Isto significa, que enquanto
a Maya não desaparecer,
não conheceremos
coisa alguma.
Brahman é neutro,
desconhecido e inconcebível,
porém, para objetivar-se
se cobre com um véu de Maya
e se converte na Mãe
do Universo
e deste modo produz a criação.
A figura prostrada, (Shiva,
ou Deus) se tornou sava
(morto, sem vida), por estar
encoberto por Maya.
O jnani diz: “Eu descobrirei
Deus pela força" (advaitismo),
porém, os dualistas
exclamam:
“descobriremos Deus, orando
para a Mãe,
pedindo-lhe que nos abra
a porta cuja chave só Ela possuí".
O serviço diário
a Madre Kali despertou, gradualmente,
tão intensa devoção
na alma do jovem sacerdote,
que chegou a um ponto em
que não pode continuar
o culto regular do templo.
Assim, abandonou
seus deveres e se retirou
para um pequeno bosque próximo,
onde se entregou inteiramente
à meditação.
O bosquezinho ficava às
margens do Ganges e,
certo dia, a rápida
correnteza atirou aos pés
de Sri Ramakrishna uma quantidade
de materiais;
o exatamente necessário
para construir uma pequena
cabana.
Naquela cabana residiu,
chorou e rezou, sem se preocupar
com seu corpo nem com coisa
alguma
que não fosse sua
Divina Mãe.
Um parente lhe dava de comer
uma vez por dia
e velava por ele.
Mais tarde, uma senhora
sannyasin (asceta)
chegou para ajudá-lo
a encontrar sua Mãe.
Qualquer mestre de que ele
precisasse,
chegava a ele, sem que ele
tivesse que buscá-lo.
A ele se apresentaram um
santo de cada seita
para oferecer-lhe instrução
e a cada um escutou ansiosamente.
Porém, ele adorava
só a Mãe, tudo para ele era a Mãe.
Sri Ramakrishna nunca
pronunciou
uma palavra dura contra
ninguém.
Era tão maravilhosamente
tolerante
que cada seita pensava que
ele lhe pertencia.
Amava a todas.
Para ele, todas as religiões
eram verdadeiras.
Encontrou um lugar para
cada uma delas.
Ele era livre, porém
livre em amor, não em violência.
O tipo suave cria, o violento
espalha.
Paulo é um exemplo
de violência para espalhar a luz
A época de S. Paulo,
espero, já passou;
temos que trazer luzes novas
para os dias que correm.
A grande necessidade atual
é de uma organização
adaptada a sua época .
Quando chegarmos a isto,
teremos a última
religião do mundo.
A roda deve girar e nós
devemos ajudá-la e não estorvá-la .
As ondas de pensamentos
religiosos, sobem e descem
e sobre a mais alta onda
está o profeta da época.
Ramakrishna veio para ensinar
a religião de hoje,
construtiva, não
destrutiva.
Teve que voltar à
natureza e observar os fatos;
assim, adquiriu uma religião
científica, que nunca diz
acreditem e sim vejam; eu
vejo e vocês também podem ver .
Empreguem os mesmos meios
e alcançarão as mesmas visões.
Deus chegará a cada
um de nós;
a harmonia está ao
alcance de todos.
Os ensinamentos de Ramakrishna
são a essência
do hinduísmo;
não lhe pertencem
como coisa própria
nem ele jamais pretendeu
que assim fosse;
nada lhe importava, nem
nome nem fama.
Começou a pregar
quando tinha uns 40 anos,
porém nunca saiu
com o propósito de fazê-lo.
Esperava que aqueles que
aqueles que precisavam
de ensinamentos viessem
a ele.
De acordo com o costume
hindu, foi casado, por seus pais,
numa idade muito tenra,
com uma menina de 5 anos,
que ficou em casa, com sua
família,
numa aldeia distante, inconsciente
da grande luta
que seu jovem marido estava
enfrentando.
Quando ela chegou a idade
adulta, ele já estava
profundamente absorvido
na devoção religiosa.
Viajou ela, a pé,
desde sua casa até o Templo
de Dakshineswar, onde ele
vivia e logo que o viu,
reconheceu sua grandeza,
porque ela também era
uma grande alma, pura e
santa,
que só desejou ajudá-lo
em sua obra, sem nunca tentar
fazê-lo descer ao
nível de grihastha (chefe de família).
Sri Ramakrishna é
adorado, na Índia como
uma das grandes Encarnações.
O aniversário do
seu nascimento é celebrado
como um festival religioso.
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Há uma seita que diz:
“É uma fraqueza adorar
só o bom e o belo,
devemos adorar também
o horrível e o mau.”
Esta seita prevalece no
Tibet e seus adeptos não se casam.
Na Índia, não
pode existir claramente, em público,
mas eles se organizam em
sociedades secretas.
Nenhum homem decente pertenceria
a ela, a não ser
secretamente.
Por três vezes, foi
tentado instituir o comunismo,
no Tibet e todas as tentativas
fracassaram.
Fazem uso de *tapas* e com
um êxito enorme,
no que se refere aos poderes
psíquicos.
Tapas, significa literalmente,
queimar.
É um tipo de penitência
para conquistar a natureza superior.
Consiste, algumas vezes,
em fazer o voto de permanecer,
desde o nascer até
o por do sol, repetindo incessantemente OM.
Determinadas atitudes produzem
certos poderes, que poderão
ser usados tanto espiritual
como materialmente.
Esta idéia de tapas
está contida em toda a religião hindu.
Os hindus até dizem
que Deus fez *tapas* para criar o mundo.
É um instrumento
mental com o qual se pode fazer tudo.
“Tudo quanto existe, nos
3 mundos,
pode ser adquiridos com
tapas.”
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As pessoas que falam de seitas
com as quais
não se simpatizam,
são embusteiros,
conscientes ou inconscientes.
Um crente de uma seita,
raramente vê a verdade
existente nas outras.
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Um grande bhakta (Hanuman)
disse, uma vez, quando
lhe perguntaram que dia
do mês era: “Deus é meu tempo
eterno, nenhum outro me
importa.
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