Domingo, 7 de julho
Manhã
- 15 -
Quando a manifestação
infinita se divide em porções
continua, todavia, sendo
infinita.
Brahman é o mesmo
nas duas formas,
mutável e imutável,
expressado e inexpressado.
Saibam que o Conhecedor
e o conhecido são uma só coisa.
A trindade - o Conhecedor,
o conhecido
e o conhecimento - se manifestam
como este Universo.
Aquele Deus que o Yogue
vê, na sua meditação,
o vê pelo poder de
seu próprio EU.
O que chamamos natureza,
destino,
é simplesmente a
vontade de Deus.
Enquanto desejamos os prazeres,
dura a escravidão.
Só a imperfeição
pode se regozijar,
porque o prazer é
a satisfação dos desejos.
A alma humana, se apraz
com a natureza.
A realidade fundamental
da natureza, da alma
e de Deus, é Brahman;
mas Brahman é invisível
até que nós
o manifestemos.
Pode se tornar visível
por pramantha, ou fricção,
da mesma maneira que podemos
produzir fogo pela fricção.
O corpo é o pedaço
de madeira, OM é aquilo
que o atravessa e dhyana
(meditação) é a fricção.
Empregando essa técnica,
a luz,
que é o conhecimento
de Brahaman, se acenderá na alma.
Busquem-na por meio de *tapas*.
Mantendo o corpo erguido,
sacrifiquem mentalmente
os órgãos dos sentidos.
Os centros sensórios
estão dentro, os órgãos fora,
assim, fazendo-os entrar
na mente e mediante dharana
(concentração)
fixem a mente em dhyana.
Brahaman é onipresente,
no universo, como a manteiga
no leite, porém a
fricção o faz manifestar-se num lugar.
Assim como o batimento extrai
a manteiga do leite,
do mesmo modo, dhyana produz
a realização
de Brahaman na alma.
Todas as filosofias hindus,
declaram que há um sexto sentido,
o supraconsciente, mediante
o qual vem a inspiração.
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O universo é movimento
e a fricção,
eventualmente, porá
fim a todas as coisas;
então, virá
um repouso e depois tudo começará de novo.
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Enquanto o firmamento da
pele rodear o homem,
quer dizer, enquanto ele
se identificar
com o corpo, não
poderá ver a Deus.
Domingo, a tarde
Seis são as escolas
de filosofia que na Índia
são consideradas
ortodoxas porque crêem nos Vedas.
A filosofia de Vyasa é,
por excelência, a dos Upanishads,
escrita em forma de sutra,
quer dizer,
com breves símbolos
algebraicos, sem nominativo nem verbo.
Isto produziu tanta ambigüidade,
que dos sutras nasceram
o dualismo, o mono - dualismo
e o monismo vedanta rugente;
e todos os grandes comentaristas
dessas diferentes escolas,
foram algumas vezes, embusteiros
conscientes,
com o objetivo de torcer
os textos
para adapta-los a suas filosofias.
Os Upanishads se referem
poucas vezes
a ações humanas,
porém quase todas as outras Escrituras,
são, em grande parte,
histórias pessoais.
Os Vedas tratam quase inteiramente
de filosofia.
A religião sem filosofia,
se degenera em
superstição
e a filosofia sem religião
se torna um árido ateísmo.
Visishta-advaita é
advaita qualificada (monismo qualificado).
Seu expositor foi Ramanuja.
Ele diz:
“Do oceano de leite dos
Vedas, Vyasa bateu esta manteiga
de filosofia, a melhor para
ajudar a humanidade”.
E acrescenta: “Todas as
virtudese todas as qualidades
pertencem a Brahman, o Senhor
do Universo.
Ele é o maior Purusha,
e Brahman (neutro),
é inferior ao próprio
universo.”
Madhva é completamente
dualista, ou dvaitista .
Pretende que todas as castas
e até as mulheres
possam estudar os Vedas.
Cita, principalmente, os
Puranas; diz que Brahman
significa Vishnu, de nenhuma
maneira Shiva,
porque não há
salvação a não ser mediante Vishnu.
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