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TEORIA DOS JOGOS E DA COOPERAÇÃO (MAY, E. 'Ben Franklin leva Xeque-Mate de Lady Howe', sec.XIX)
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TEORIA DOS JOGOS E DA COOPERAÇÃO PARA FILÓSOFOS

SEÇÃO II

» 3ª Unidade: Ultimato

  • A Busca do Homem Econômico.
Por Antônio Rogério da Silva

Os experimentos de Thomas Schelling chamaram atenção para aspectos da racionalidade que confrontam com as previsões da teoria dos jogos. O próprio autor de The Strategy of Conflict propunha modificações na orientação dada pelos teóricos àquela teoria. Sobretudo nas situações em que houvesse mútua dependência, como nas coordenações que precisam de um ponto focal para sinalizar o local de encontro das alternativas dos jogadores. A prática metodológica só foi efetivamente modificada depois que jogos evolutivos foram tratados pela teoria da cooperação de Axelrod. Só então os diversos modelos de Dilemas - dos Prisioneiros, Sociais e Ultimato - passaram a enfrentar diretamente os problemas de adequação surgidos na primeira fase da teoria. Racionalidade, cooperação, reciprocidade, punição entre outros aspectos entraram em foco nas várias pesquisas que foram realizadas a partir dos anos 1980.

O egoísmo que serviu de ponto de partida à concepção original dos agentes racionais tinha por objetivo evitar qualquer juízo de valor que por ventura viesse a distorcer os resultados finais da descrição dos fatores econômicos principais que levam à escolha de uma determinada linha de ação. Os problemas de adequação dessa perspectiva deflacionada do sujeito estavam relacionados com o comportamento cooperador nas ocasiões em que a teoria previa o contrário. Tais aporias seguiam no sentido inverso do enfrentado pela filosofia que partia dos sentimentos morais e tradicionalmente precisava explicar o comportamento egoísta dos agentes, quando lhe fosse conveniente. Para a filosofia prática, explicar o comportamento do carona ou de uma pessoa sem senso moral sempre foi uma dificuldade extrema aos contratualistas, céticos e utilitaristas. Na contramão desta tendência, a teoria dos jogos se viu forçada a interpretar, o comportamento aparentemente irracional das pessoas em testes laboratoriais e de campo que fugiam dos padrões esperados pelos pesquisadores. Nas experiências realizadas, os seres humanos com frequência agiam de modo não egoísta, cooperando quando deveriam buscar maximizar seus próprios interesses, em primeiro lugar. Por isso, enquanto os filósofos se preocupavam com aqueles que sempre burlavam um acordo, procurando tirar vantagem toda vez que fosse possível fazê-lo em segredo, os teóricos dos jogos e economistas, em geral, tinham de lidar com as ações "altruístas" que fugiam à regra que deveria ser seguida pelo Homo oeconomicus.

A figura imaginária desse personagem - uma assombração para os filósofos -, descobriu-se depois, na realidade não existia em nenhuma sociedade, seja ela de grande ou pequeno porte, onde os modelos de jogos foram examinados. Em busca do Homo oeconomicus, partiram os pesquisadores a realizarem testes com o Ultimato, Bens Públicos e Jogo do Ditador, através de 12 países e 15 pequenas sociedades - tribos, aldeias e pequenas cidades - espalhadas pelos cinco continentes. Essa investigação foi financiada pelo Grupo de Pesquisa sobre a Natureza e Origem de Normas e Preferências da Fundação MacArthur, dirigido por Robert Boyd e Herbert Gintis, respectivamente das Universidades da Califórnia e de Massachusetts. Os cientistas tiveram a preocupação de escolher comunidades que tivessem sido menos afetadas pela influência da cultura ocidental, a fim de saber até que ponto poderia ser considerado adequado atribuir uma racionalidade estratégica simples a essas pessoas (1).

Os primeiros experimentos com estudantes estadunidenses já haviam apontado para um desvio do modelo canônico de comportamento previsto pela teoria. Como vários autores relataram, a maioria tendia a fazer uma divisão equitativa, no caso do Ultimato, e a iniciar cooperando nos Bens Públicos, quando deveriam proceder de outro modo. Mas, agora, o que se pretendia saber é se essa "falha" na racionalidade dos agentes supostamente egoístas era exclusiva daqueles alunos pesquisados, ou da própria sociedade estadunidense, e que portanto, o Homo oeconomicus deveria ser localizado nas sociedades mais próximas da condição de vida "natural", típica da espécie humana no seu início civilizatório.

Entre as culturas que foram avaliadas, estavam as que praticavam agricultura familiar, pastores nômades e pequenos agricultores. Os resultados obtidos fugiram de todas maneiras ao modelo padrão de comportamento da teoria econômica. A variação encontrada foi, então, relacionada com o grau de formação do mercado existente nas sociedades. Quanto maior fossem as práticas comerciais e o ganho resultante do empreendimento mútuo, maiores eram os níveis de cooperação detectados (2).

Isso ía de encontro às recomendações de qual seria a atitude racional recomendada para aqueles indivíduos que procuram maximizar sua utilidade. Adam Smith (1723-1790) sustentou pela primeira vez em sua Teoria dos Sentimentos Morais (1759) que uma mão invisível conduziria as ações de seres naturalmente egoístas de modo que a distribuição dos bens necessários à vida fosse tão igualitária quanto seria "caso a terra fosse dividida em porções iguais entre todos os seus moradores" (3). O mesmo argumento foi apresentado depois de uma forma mais clara, em A Riqueza das Nações, tal como segue-se:

(...) Geralmente, na realidade, [cada indivíduo] não tenciona promover o interesse público nem sabe até que ponto o está promovendo. (...) Aliás, nem sempre é pior para a sociedade que esse objetivo não faça parte da intenções do indivíduo. Ao perseguir seus próprios interesses, o indivíduo muitas vezes promove o interesse da sociedade muito mais eficazmente do que quando tenciona realmente promovê-lo. Nunca ouvi dizer que tenham realizado grandes coisas para o país aqueles que simulam exercer o comércio visando o bem público (SMITH, A. A Riqueza das Nações, liv. IV, cap. II, pp. 379-380).

Mão Invisível do Leviatã

Muitos argumentos filosóficos e econômicos foram mobilizados a favor e contra a postura clássica do liberalismo econômico. A concepção inicial da teoria dos jogos também seguiu esse modelo de agente racional, adotado pelos economistas. O ponto de equilíbrio descoberto por Nash parecia indicar que a solução matematicamente correta resumiria a forma pela qual os resultados deveriam ser alcançados pelos indivíduos, que procuram atingir os melhores ganhos para si. Todavia, assim que o primeiro jogo experimental elaborado pelos matemáticos Melvin Dresher e Merrill Flood - o Dilema dos Prisioneiros - procurou testar essas descobertas, percebeu-se que o comportamento das pessoas racionais desviavam consideravelmente da hipótese defendida pelos economistas da tradição liberal.

O Dilema dos Prisioneiros Iterado foi o primeiro obstáculo enfrentado pelos defensores da existência do Homo oeconomicus. As propriedades da repetição daquele jogo emergiram para mostrar que seres humanos tendem a fugir do comportamento egoísta quando percebem intuitivamente que sua estratégia dominante leva a um resultado subótimo. O melhor resultado conjunto só pode ser alcançado pelo empreendimento comum. Na situação do Dilema dos Prisioneiros, agir em função apenas do seu interesse particular acaba conduzindo os indivíduos para a deserção mútua, ao passo que poderiam obter o melhor resultado se fugissem da dominante. Portanto, no Dilema dos Prisioneiros, a mão invisível não levaria à divisão igualitária pretendida por Smith, mas a um resultado aquém de suas necessidades vitais. Pelo contrário, considerar apenas os interesses individuais, não permite à mão invisível atingir a distribuição igualitária. Para conseguir isso, este mecanismo deve seguir uma orientação obrigatória no sentido de considerar os interresses dos outros jogadores e assim escapar da punição.

O jogo dos Bens Públicos que estende o dilema dos prisioneiros a um contexto social, por seu turno, revela que a cooperação inicial só é perdida com o aprendizado do comportamento egoísta, após a repetição de sucessivas rodadas. Ao voltarem-se apenas para a satisfação de seus interesses, os jogadores acabam por destruírem a oportunidade que têm para multiplicarem seus bens. Se nenhuma penalidade for instituída contra os desertores, a tendência será cada jogador seguir por si mesmo, esvaziando o empreendimento comum. A tragédia dos comuns, anunciada por Garrett Hardin, em 1968, é outro argumento contra a validade da tese de que a maximização de interesses individuais pode produzir resultados ótimos em contextos sociais, que envolvam os interesses de outros participantes. Da perspectiva de Hardin, no que diz respeito ao problema da superpopulação, a vontade de um indivíduo ter mais filhos - procriar - não leva a um equilíbrio que seja o melhor para cada um, mas simplesmente à destruição dos recursos naturais e qualquer possibilidade de ser feliz neste mundo (4).

Com o jogo do Ultimato, ocorre então a suspeita de que seres humanos inicialmente partem de um comportamento cooperativo racional apoiado na busca de um ponto de equilíbrio que coordene suas ações ou fundado em estratégias equitativas que visam preservar a reputação dos agentes - seja isto algo que foi consolidado no genoma, seja por influência cultural da comunidade a que se pertença. De acordo com os estudos realizados nas sociedades industriais, a divisão dos recursos ficam próximas de 44% que são oferecidos aos receptores, enquanto nos pequenos grupos culturais a fração proposta variava de 26 a 58 por cento. Tal variação permitiu agrupar os comportamentos culturais em dois padrões nítidos. Primeiro, pela importância observada em cada grupo aos valores relativos à participação da cooperação. As sociedades com menor participação de indivíduos na troca - fora do ambiente domiciliar - ficaram na posição mais baixa entre as propostas cooperadoras, ao contrário daqueles que se envolviam em várias atividades conjuntas, principalmente as vinculadas aos aspectos econômicos de suas culturas. Por conseguinte, em segundo lugar, aqueles grupos com maior integração de mercado mostraram ter mais experiência em transações comerciais e a abstração necessária para partilhar os resultados de fácil aceitação por ambos concernidos (5).

Em geral, as pessoas que tomam parte desses experimentos, ao se defrontarem com o ineditismo do jogo, procuram atuar conforme o seu desempenho rotineiro em meio a seus semelhantes. Isso anulou os efeitos indesejáveis da influência da presença de um experimentador estranho ao grupo. Destarte, pôde-se perceber que a teoria econômica precisava rever suas concepções sobre o modelo econômico de agentes egoístas, interessados em primeiro lugar de satisfazer seus desejos materiais por maiores ganhos possíveis. O comportamento social difere radicalmente do comportamento de um indivíduo solitário em uma ilha deserta - um problema de maximização individual. A construção das preferências e das escolhas econômicas não é feita independente do resto da sociedade ou da vida cotidiana em grupo. Essa vinculação da economia diária com as escolhas das estratégias deve ser então o ponto de partida da montagem de um novo modelo de agente racional realista em relação ao antigo padrão estritamente individualista (6).

As razões mobilizadas para explicar tal divergência do comportamento humano em comparação ao do personagem fantasioso do Homo oeconomicus são várias e vão desde o hábito de participar de diversas interações repetidas; a antecipação por parte dos agentes das possíveis vantagens que o outro está buscando obter produziria uma necessidade de imaginar uma oferta justa que eliminasse a inveja e o ressentimento; além do fato já apontado por Maurice Allais, sobre as dificuldades dos indivíduos de fazerem suas expectativas subjetivas se aproximarem das matematicamente objetivas. Tudo indica que a insistência dos seres humanos em focarem suas deliberações em torno de partições justas não depende tão somente do ganho que cada um irá obter ou do medo da possibilidade da rejeição, mas de uma perspectiva de longo prazo, tanto em relação ao passado de quem faz a oferta, como ao futuro de quem as aceita.

A explicação evolutiva para uma tendência cooperadora já não mais se embaraça com a firme convicção de que por detrás das ações dos indivíduos estão genes egoístas, lutando por maior procriação na próxima geração. O altruísmo observado, em contraste com o egoísmo pressuposto, não implica em contradição com a teoria evolutiva, desde que se entenda a forma recíproca dessa cooperação e as vantagens que isso trouxe para o genoma de um ponto de vista mais amplo. Embora individualmente, cada gene seja programado para se auto-reproduzir, nada impede que, nos momentos que se mostrar oportuno, este venha a interagir e cooperar em função dos interesses do grupo do qual faça parte, de modo que todo um organismo possa usufruir do bem estar dessa cooperação reciprocamente altruísta. Se tal comportamento resulta em ganhos bem sucedidos para todos os genes envolvidos, provavelmente, as chances de suas estratégias se repetirem na próxima geração aumentarão. Tudo depende, é claro, que a reciprocidade possa recompensar adequadmente cada gene envolvido na manutenção do ser vivo.

Diferente das escolhas e preferências individuais que, para serem racionais dependem de respeito a características tais como a transitividade, as deliberações coletivas podem, sem contradição, apresentar inconsistências e uma decisão divergente daquelas que os indivíduos tomariam em outra situação. Quanto à impossibilidade das ações coletivas refletirem as preferências de cada um dos indivíduos incondicionalmente, o exemplo da manipulação da agenda de votação e o teorema de Arrow apresentam uma explicação suficiente acerca dessas posições, em primeira vista, paradoxais, mas cujo nó se desfaz se o comportamento de cada um for observado separadamente ou em grupo.

O que para teoria econômica e evolutiva era um problema - o comportamento "altruísta" de agentes naturais - foi resolvido de um modo geral apelando para ações tomadas com base na reciprocidade. Do ponto de vista filosófico, não obstante, permanecia a necessidade de explicar ou encontrar um antídoto contra as atitudes próprias do carona ou daquelas que sofressem da ausência de senso moral (lack of moral sense). Por mais que a pesquisa de campo antropológica tivesse fracassado em detectar a figura típica do Homo oeconomicus, a tentação de poder escapar à punição, sempre que isso fosse possível, continuava sendo uma escolha defensável racionalmente da perspectiva instrumental. Para o filósofo, seria necessário mostrar não só que o agente racional egoísta, de fato, não existe, mas que sua viabilidade precisa ser amplamente contestada por argumentos prévios.

O Homo oeconomicus reúne as características do carona, que se aproveita do esforço dos outros sempre que não for rechaçado, e daquele que não tem senso moral, isto é não possui nenhum sentimento de culpa, vergonha ou remorso, por desertar quando houvesse oportunidade para tanto. Na ética, o problema não está na existência ou não do Homo oeconomicus, mas na possibilidade de um cético sustentar a racionalidade de suas ações, contraposta à universalidade exigida pelo lei moral que obriga a consideração dos interesses dos outros. Em suma, as ações egoístas puras não poderiam encontrar argumentos racionais defensáveis, diante da suposição de que o agir moral também é racional do ponto de vista de todos concernidos. Ao menos foi essa a linha de raciocínio adotada pela tradição filosófica - Platão, Hobbes, Hume, Kant - em relação ao problema do cético moral.

Se já não é mais plausível recorrer a fundamentos transcendentais para refutar as escolhas realizadas pelo Homo oeconomicus, as soluções empíricas precisam encontrar respostas além da punição, da manutenção do Estado, ou do sentimento moral evolutivo. Para entender como a moral pode evoluir de decisões egoístas, é preciso ampliar o conceito de racionalidade estratégica, além do próprio indivíduo, para que possa levar em conta os resultados disponíveis dos outros em um contexto que envolva o desempenho de pelo menos dois agentes. No âmbito da sociedade, os efeitos recursivos do raciocínio estratégico - em oposição ao paramétrico - exigem que os interesses dos outros devam ser considerados e assim, o cálculo das deliberações precisa avaliar também as possíveis reações imediatas e a longo prazo. Destarte, a solução maximizadora decorre da necessariamente da sua extensão a todos envolvidos e não só centrada da figura do próprio agente. Ao proceder desta forma, as respostas estratégicas contemplariam não só os interesses dos outros e as externalidades decorrentes de suas ações. O que não significa que o sujeito tenha de abrir mão "altruisticamente" da satisfação de seus desejos e crenças em favor de toda sociedade, mas que a otimização dos interesses da sociedade incluem a maximização de seus próprios interesses. Contudo, o pensamento recursivo que considera a reflexão alheia tem especificações que não são tratáveis apenas do ponto de vista subjetivo e instrumental. Nesses casos, faz-se necessário o refinamento da deliberação, a fim de se poder responder adequadamente os desafios impostos pelas demandas dos outros participantes. O que vale dizer que a figura artificial do Homo oeconomicus tem de empregar recursos reflexivos, intersubjetivos, que o capacitem a resolver o dilema social.

As respostas humanas aos testes de jogos realizados em campo e laboratório, parecem indicar o reconhecimento, ainda que intuitivo, dessa necessidade de transformar a racionalidade estratégica subjetiva, em intersubjetiva - com a necessária observação das respostas dos outros sujeitos. Essas respostas são influenciadas por fatores culturais e genéticos que são moldados em decorrência da percepção do prolongamento das interações no futuro e a consolidação de estratégias que no passado permitiram, até o presente, que os organismos sobrevivessem. Portanto, a moralidade pode surgir de seres egoístas, do mesmo modo que com o carbono puderam se formar as moléculas orgânicas, bem como as propriedades específicas do indivíduo que só podem aparecer no seu contato com outro elemento reagente.

Notas
1. Veja HENRICH, J. et al. "In Search of Homo Economicus", p. 73.
2. Veja HENRICH, J. et al. Op. cit., pp. 73-74.
3. Veja SMITH, A. Teoria dos Sentimentos Morais, IV part., cap. I, p. 226.
4. Veja HARDIN, G. "The Tragedy of Commons", p. 1244.
5. Veja HENRICH, J. et al. Op. cit, II, p. 76.
6. Veja HENRICH, J. et al. Idem, IV, p. 77.

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Referências Bibliográficas

HARDIN, G. "The Tragedy of the Commons", in Science, vol 162. 13 de dezembro de 1968, pp. 1243-1248. Disponível na Internet via http://www.garretthardinsociety.org/articles_pdf/tragedy_of_the_commons.pdf. Arquivo consultado em outubro de 2005.

HENRICH, J. et al. "In Search of Homo Economicus", in Economics and Social Behavior, vol. 91, nº2, pp. 73-78, mai 2001.

SCHELLING, Th. C. The Strategy of Conflict. – Nova York: OUP, 1963.

SMITH, A. Teoria dos Sentimentos Morais; trad. Lya Luft. - São Paulo: Martins Fontes, 1999.

_____. A Riqueza das Nações; trad. Luiz J. Baraúna. - São Paulo: Nova Cultural, 1985.