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Enteroparasitoses em indivíduos de Classes Sociais A e B da cidade de Foz do Iguaçu – PR, Brasil

 Intestinal parasitoses in Social Classis A and B people in Foz do Iguaçu City, Brazil

Apresentado na IV Semana do Aparelho Digestivo - 2000

Regina Maria Gonçalves Dias* ; Helio Copelman

RESUMO

A prevalência das enteroparasitoses foi verificada através de inquérito coproparasitológico realizado de novembro de 1998 a julho de 2000, em 69 pacientes apresentando sintomas digestivos ou não, de diversas faixas etárias e provenientes das classes econômicas A e B da cidade de Foz do Iguaçu – PR. Foi encontrada uma positividade geral de 86,95%. Os parasitos mais freqüentes foram Ameba histolytica (49,27%), Ascaris lumbricoides (26,08%), Endolinax nana (21,73%), Tênia (15,94%), Giardia lamblia (13,04%), Ameba coli (7,24%), Hymenolepsis nana (4,34%), Balantidium coli (2,89%) e Blastocytis hominis (11,59%). Acompanham as parasitoses um quadro intestinal com 95,65% de inflamação de cólons, detectadas com a presença de albuminas intactas e degradadas no exame químico, dispepsia de fermentação (86,95%), e um PH fecal alcalino em 31,88% dos exames. Correlacionando-se com estudo em crianças favelizadas da cidade do RJ (1990-1991) de Macedo et al, onde encontraram um índice de positividade de 54,5 e uma prevalência de 25% de Giárdia lamblia e Ascaris lumbricóides e 3% de Ameba histolytica, sugerimos instituir medidas de informação em higiene, maior cobertura para elaboração de exames coprológicos, tratamento em relação as enteroparasitoses e suas seqüelas intestinais à população de Foz do Iguaçu, incluindo todas as suas classes sociais e econômicas.

Palavras-chaves: Enteroparasitoses. Parasitas Intestinais. Prevalência. Coproparasi-tologia. Educação Sanitária.

ABSTRAT

The prevalence enteroparasitoses was checked across coproparasitológico investigation realized in November of 1998 to July of 2000, in 69 patients presenting digestions symptoms, of various ages and coming from of economics classes A and B in Foz do Iguaçu – PR. It was found in general positive of 86,95%. The more frequents parasites were Ameba histolytica (49,27%), Ascaris lumbricoides (26,08%), Endolinax nana (21,73%), Tênia (15, 94%), Giardia lamblia (13,04%), Ameba coli (7,24%), Hymenolepsis nana (4,34%), Balantidium coli (2,89%) and Blastocytis hominis (11,59%). Keep company the parasitose a intestinal board with 95,65% of colons inflamations, discovered with the presence of undamaged albuminas, and degraded in the chemist exam, in fermentation dispepsia (86,95%), and in one PH alcalino fecal in 31,88% of exams. To become acquaninted with a study in shantytown children in RJ city (1990-1991), of Macedo, where they found a positive index of 54,5 and one prevalence of 25% Giardia lamblia and Ascaris lumbricoides and 3% of Ameba histolytica, we suggest to institute measures informations in hygiene, bigger cover for development of coprologics exam, treatment in relation the enteroparasitoses and your intestines symptoms in Foz do Iguaçu population, including all your socials classes and economics.

Key-words: Enteroparasitosis. Intestinal Parasitoses. Prevalence. Coproparasitologic. Sanitation Education.

 

INTRODUÇÃO

As enteroparasitoses constituem um grave problema de saúde pública, sobretudo nos países do terceiro mundo, sendo um dos principais fatores debilitantes da população comprometendo o desenvolvimento físico e intelectual dos jovens9 15 e o desempenho profissional de indivíduos em idade produtiva. A erradicação desses parasitas requer melhorias das condições sócio-econômicas, no saneamento básico e na educação sanitária12 14. Em regiões com infra-estrutura urbana deficiente, os inquéritos coproparasitológicos mostram que pelo menos a metade das crianças lá residentes encontra-se parasitadas10.

No município de Foz do Iguaçu-PR pouco se conhece sobre a situação atual das enteroparasitoses nos diversos grupos etários e níveis sócio-econômicos.

Este trabalho teve como objetivo estabelecer a incidência das enteroparasitoses e alterações químicas e de microscopia nos exames de coprologia funcional4 em indivíduos de ambos os sexos e com idade entre 0 a 69 anos que pertencem às classes sociais A e B, provenientes de consultório particular, sem convênios. Esta população-alvo é formadora de opinião, alvo de intervenções em relação às medidas de informação em higiene, treinamento sanitário em empresas e de estabelecimentos2 8 onde se comercializa alimentos.

MATERIAL E MÉTODOS

Inquérito coproparasitológico foi realizado de novembro de 1998 a julho de 2000 em 69 indivíduos de 0 a 69 anos de idade residentes em Foz do Iguaçu-PR.

Através de demanda espontânea com ou sem sintomatologia intestinal, foram analisados amostras de indivíduos residentes, que procuraram o serviço particular, sem convênios, em uma população de 24,63 % de menores de 14 anos de idade e o restante acima desta.

Quando da solicitação do exame foi entregue pote coletor de fezes com 50 % de Mercúrio cromo a 2% e 50 % de glicerina3 4, instruídos os responsáveis a coletarem após dieta4 de 3 dias uma amostra em 3 dias diferentes, sendo 2 amostras no pote com a solução conservante e a última em um pote vazio e enviados com identificação em isopor e gelo para transporte aéreo, chegando no mesmo dia do envio ao destino para serem analisados pelo Prof. Dr. Helio Copelman em seu laboratório (RJ)4.

Os resultados foram processados estatisticamente com uma base de dados e gráficos do Excel 97 da Microsoft em um microcomputador K 6 II 450 MHz.

 

RESULTADOS

 

A prevalência geral para o parasitismo intestinal foi de 86,95% (Figura 1), com poliparasitismo em menores de 14 anos de 29,41% e em maiores de 14 anos de 42,30% (Tabela 1). As positividades obtidas em relação aos parasitas foram de Entamoeba h. (49,27%); Ascaris l. (26,08%); Endolinax n. (21,73%); Tênia (15,94%); Giardia l.(13,04%); Entamoeba c. (7,24%); Hymenolepisis n. (4,34%); Balantidium c. (2,89%) e Blastocistis h. (11,59%). Este último, saprófita, que quando presente indica inflamação antiga de colons4 (Figura 2).

Figura 1

Figura 2

Tabela 1

Distribuição dos parasitas mais encontrados nas faixas etárias de 0 a 14 anos e de 14 anos e 1 dia a 69 anos, nas classes A e B de Foz do Iguaçu e Índice de Poliparasitismo

Idade em anos

Positividade Total

Poliparasitismo

Enteroparasitoses

%

%

Entamoeba h.

%

Ascaris l.

%

Endolinax n.

%

Tênia

%

Giárdia l.

%

Menores de 14 anos

82,35

29,41

35,29

17,64

23,52

17,64

17,64

Maiores de 14 anos

90,38

42,30

53,84

28,84

21,15

17,30

11,53

Acompanha as parasitoses um quadro intestinal com 95,65% de inflamação de cólons, detectada através de albuminas intacta e degradada. No exame químico, dispepsia de fermentação (86,95%) e pH alcalino em 31,88% dos exames (Figura 3).

Figura 3

DISCUSSÃO

Atualmente há um alto índice de enteroparasitoses em população de baixa renda ou que residem em áreas não urbanizadas e sem saneamento1 5 6 9 10 11 15 16, entretanto, nesta pesquisa levantamos dados que estimulam, estudos futuros em relação à transmissão de enteroparasitos em população que reside em área urbanizada e saneada7, mas lhes falta educação sanitária12 14.

Há diversas possibilidades de transmissão da doença, como por exemplo, através do dinheiro8, de sanitários2, hábitos de ingestão de hortaliças1 11 16, consumo de água filtrada5, entre outros16, os quais esta população é susceptível.

Em resultados obtidos de Macedo et al., 1998, em favelizados do Rio de Janeiro obtiveram uma positividade de enteroparasitoses de 54,5%. Em nossa estatística foi de 86,95% (Figura 1). Em relação aos parasitas no levantamento de Macedo acusou Giárdia lamblia (24,62%), A. lumbricóides (24,46%), T. trichiura (18,82%) e em nosso levantamento, os mais freqüentes foram Entamoeba histolytica (49,27%), Ascaris lumbricoides (26,08%), Endolinax nana (21,73%), Tênia (15,94%) e Giárdia lamblia (13,04%), (Tabela 2). O percentual de todas as espécies de Ameba foi de 78,24%.

Tabela 2

Enteroparasitos mais freqüentes em Macedo et al. (Favelizados-RJ)

Enteroparasitos mais freqüentes em Dias et al. (Classes sociais A e B-Foz do Iguaçu-PR)

Giardia lamblia (24,62%)

Entamoeba histolytica (49,27%)

A. lumbricoides (24,46%)

A. lumbricóides (26,08%)

T. trichiura (18,82%)

Endolinax nana (21,73%)

Entamoeba histolytica (3%)

Tênia (15,94%)

 

Giardia lamblia (13,04)

Nos países subdesenvolvidos os parasitos intestinais atingem índices, de até 90% de positividade, ocorrendo um aumento significativo de freqüência à medida que piora o nível sócio-econômico9 16. Em nosso levantamento apesar da população alvo do estudo, residir em área urbana e saneada, a positividade (86,95%) (Figura 1) é compatível com áreas sem urbanização e saneamento e de classes sociais menos favorecidas.

A inspeção dos dados relativos à distribuição das enteroparasitoses mostrou que Entamoeba h., Ascaris l., Endolinax n. e Tênia foram os mais freqüentes. Destes, o índice de Entamoeba histolytica (positividade geral de 49,27%; em menores de 14 anos, 35,29% e em maiores de 14 até 69 anos, 53,84%) é bem maior do que os encontrados em trabalhos anteriores9 10 16, onde, responsabilizam a incidência deste protozoário, principalmente ao uso de hortaliças provenientes de hortas irrigadas com água não tratada (poços artesianos, rios, etc).

Os outros parasitas (Ascaris l., Endolinax n., Tênia e Giárdia l.) tem seus valores estatísticos dentro ou acima da média brasileira encontrada em população menos favorecida, vivendo sem urbanização e saneamento6 9 10 11 15 16.

Observamos que a faixa etária mais atingida em relação à positividade dos enteroparasitos foi a de maiores de 14 anos (90,38%), diferindo dos resultados em outras pesquisas, que acusam uma incidência maior de enteroparasitos em indivíduos abaixo de 15 anos de idade9 16.

A população atingida pelas enteroparasitoses encontra-se com alterações em sua coprologia funcional (Figura 3), os quais demonstram ser portadores de disbiose, com alterações de digestão e absorção intestinal, predispondo a um quadro de desconforto e sintomatologia que interfere em sua qualidade de vida.

Constatamos que no município de Foz do Iguaçu, há fatores além do saneamento e urbanização que interferem na transmissão de enteroparasitos à população de maior poder aquisitivo e que reside em área urbana e saneada, necessitando estes indivíduos, para sanar tal incidência mórbida, Educação Sanitária12 14. Sugerimos também treinamento e maior controle sanitário de escolas, estabelecimentos públicos, fornecedores e empresas que manipulam e comercializam hortaliças (mercados, restaurantes, produtores rurais, etc).

Este estudo mostrou a importância de novos levantamentos em todas as classes sócio-econômicas no que se refere a uma maior amostragem, fatores determinantes de transmissão de enteroparasitoses, principalmente de protozoários, incluindo nestes itens a realização e execução do coproparasitológico com técnica adequada e pessoal treinado para tal3 4 13.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Reincidência de formas de Amebas após tratamento tríplice medicamentoso em pacientes de Foz do Iguaçu – PR, Brasil

Regina Maria Gonçalves Dias* ; Helio Copelman

RESUMO

 Há um alto índice de formas amebianas em população de classes A e B de Foz do Iguaçu-PR detectadas em trabalho anterior (outubro de 2000), 49,27% de Entamoeba histolytica; 21,73% de Endolimax nana e 7,24% de Entamoeba coli. Por essa prevalência e patogenicidade destes parasitos objetivamos com este estudo determinar a eficácia na terapêutica medicamentosa e/ou reincidência em relação às formas de amebas detectadas em Exame coproparasitológico funcional modificado por Copelman em pacientes de classes A e B de Foz do Iguaçu-PR em várias faixas etárias. Metododologia. Pacientes sintomáticos com formas de amebas e disbiose, detectados em exame coproparasitológico funcional, foram orientados quanto a novos hábitos de higiene e tratados com Etofamida, Teclozan e Secnidazol consecutivamente, junto com protetor hepático, Silimarina para adultos e Extrato hepático para crianças abaixo de 12 anos ou 40 Kg, durante todo o tratamento com vermífugos e, em seguida realizado novo coproparasitológico modificado segundo Copelman para controle de parasitos. Conclusões. A forma de ameba de maior prevalência foi a Entamoeba histolytica (86,26%), seguido por Endolimax nana (33,33%) e Entamoeba coli (24,88%) em 15 pacientes que realizaram os exames solicitados e completaram o tratamento conforme o protocolo. No 2º Coproparasitológico, ou seja, após o tratamento medicamentoso, manteve-se positivos(figura 1)  a Entamoeba histolytica em 33,33 % dos pacientes, 60% de Endolimax nana e 20% de Entamoeba coli, demonstrando que além de resistência medicamentosa, houve também nova infestação durante este tratamento em relação às formas de Endolimax nana.

 ABSTRACT

 There is a high index of ambians forms in population of classes A and B of Foz do Iguaçu-PR detected in previous studies (October of 2000), 49,27% of Entamoeba histolytica; 21,73% of Endolimax nana and 7,24% of Entamoeba coli. Because that prevalence and patogenicidad of these parasites we aimed at with this study to determine the effectiveness in the therapeutics medicamentosa and/or backsliding in relation to the forms of amebas detected in coproparasitologic exam functional modified by Copelman in patients of classes A and B of Foz do Iguaçu-PR in several age groups. Metododologia. Patient symptomatic with forms of amebas and disbiosis, detected in coproparasitologic exam functional, they were guided as for new hygiene habits and treaties with Etofamida, Teclozan and Secnidazol consecutively, with protecting hepatic, Silimarina for adults and hepatic Extract for children below age 12 years or 40 Kg, during the whole treatment with vermifuge and soon afterwards accomplished new coproparasitológico modified according to Copelman for control of parasites. Conclusions. The form of ameba of larger prevalence was the Entamoeba histolytica (86,26%), following for Endolimax nana (33,33%) and Entamoeba coli (24,88%) in 15 patient that accomplished the requested exams and they completed the in accordance treatment the protocol. In 2nd coproparasitologic, or be after the treatment medicamentoso, he/she stayed positive the Entamoeba histolytica in 33,33% of the patients, 60% of Endolimax nana and 20% of Entamoeba coli, demonstrating that besides resistance medicamentosa, there was also new infestation, during this treatment in relation to the forms of Endolimax nana. 

 Figura 1


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Incidência e reincidência de enteroparasitoses em indivíduos de classes sócio-econômicas A e B da cidade de Foz do Iguaçu – PR, Brasil*

Regina Maria Gonçalves Dias* ; Helio Copelman

* Regina Maria Gonçalves Dias - Médica Especialista em Homeopatia (SOHERJ) e Saúde da Família (Universidade São Camilo-RS) .

Helio Copelman – Prof. Titular de Gastroenterologia do Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas.

* Artigo divulgado  na V Semana  do Aparelho Digestivo – Congresso Nacional de Gastroenterologia – RJ – agosto de 2002.

Fundamento

Foi detectado alta prevalência de enteroparasitoses em Dias, R. & Copelman, H. – IV Semana de do Ap. Digestivo-2000. Queríamos confirmar a prevalência e analisar com exames seguidos o comportamento de positividade no exame coproparasitológico após tratamento medicamentoso.

Objetivo:

Estudar a prevalência de parasitose em pacientes pertencentes às classes sócio-econômicas A e B, reincidiva e confiabilidade na eficácia terapêutica de primeira ordem. Estudamos pacientes deste perfil por serem formadores de opinião e por residirem em país subdesenvolvido, este estudo se presta como indicador de qualidade de vida neste território.

Delineamento:

Estudo de 145 exames laboratoriais solicitados em consultório de clínica médica, destes, 70 que realizaram dois exames consecutivos e intervalados por tratamento medicamentoso e 39 que realizaram três exames coproparasitológicos.

Material e Métodos:

Estudou-se a prevalência de parasitas intestinais em 145 indivíduos de ambos os sexos, e de diversas idades, moradores na cidade de Foz do Iguaçu-PR e pertencentes às classes sócio-econômicas A e B, atendidos em consultório particular. O inquérito foi realizado através de até três exames consecutivos de coprologia funcional e parasitológico, compreendendo três métodos (Hoffman modificado com dupla lavagem das fezes, Baerman Morais centrifugado e Faust), e intercalados por tratamento medicamentoso específico para o parasita encontrado, realizados no período de 1998 a 2002. A análise estatística e gráfica foi realizada utilizando o aplicativo Microsoft Excel 2000.

Resultados:

O percentual de enteroparasitoses em 145 exames foi igual a 95,86%, com ocorrência de protozoários e helmintos. Os parasitos mais freqüentes (Fig. 1) no primeiro exame realizado foram: Ameba histolytica (60,69%), Endolimax nana (30,34%), Ameba coli (21,38%), Ascaris lumbricoides (20%), Tenia (17,45%), Giárdia lamblia (8,97%), Balantidium coli (3,45%) e Hymenolepsis nana (2,07%). Nos segundos e terceiros exames coprológicos, verificamos recidiva e novos diagnósticos para o mesmo parasita. Naqueles que fizeram dois exames intervalados com vermífugos específicos quando positivos, foram os seguintes: de 70 pacientes que realizaram dois exames coprológicos, houve positividade de 55,71% para Ameba histolytica em primeiro exame, nestes (n=39) que fizeram o segundo coprológico, encontramos positividade ainda em 41,02%, apesar de tratamento medicamentoso e 18,57% destas 70 amostras, foram positivos pela primeira vez. Em 27 pacientes que realizaram três coprologias, na terceira 44,44% ainda se encontravam positivos, mesmo após duas etapas (após primeiro e segundo exames) de medicação específica para Ameba histolytica e foram detectados 11,11% novos diagnósticos. No caso do Endolimax nana, nesta mesma população (n=70) que realizaram dois exames coprológicos, detectamos 28,57% de diagnósticos em primeiro exame, 40% continuavam positivos após o tratamento e 25,71% de novos diagnósticos no segundo exame. Para o Ascaris lumbricoides e Tênia consecutivamente obtivemos 24,28% e 21,42% de positividade em primeiro exame, 17,64 % no Ascaris l. e 4,28% na Tênia continuaram positivos mesmo após tratamento e foram diagnosticados novos parasitas em 7,14% de Ascaris l. e 33,33% para Tênia.

Conclusão:

Há um alto índice na positividade geral para várias classes de parasitas, principalmente para Ameba histolytica, Endolimax nana, Ascaris lumbricoides e Tênia. Este estudo demonstra a necessidade de mais de um exame para avaliação de erradicação do enteroparasita, já que mesmo com tratamento medicamentoso encontramos positividade em segundo (Fig. 2) e até em terceiro exame coproparasitológico. Com o seguimento de exames também fizemos novos diagnósticos, que porventura não haviam sido detectados em uma primeira amostragem laboratorial. Sugerimos instituir e reformular as medidas de educação em higiene e a implementação de estudos que detectem novas fontes de contaminação, já que a população estudada tem saneamento básico e água tratada, entretanto apresenta um alto índice de enteroparasitas em seu primeiro exame (95,86%), como também o estudo e análise de esquemas medicamentosos mais eficazes no tratamento de alguns parasitas (Ameba histolytica). Sugerimos também avaliação e análise rigorosa do emprego das técnicas tradicionais coproparasitológicas, através de exaustivo exame microscópico (com estudo de 50 campos microscópicos na lamínula de cada método) que pode reduzir intensamente o índice de falsos exames negativos.

Palavras-chaves: Enteroparasitoses. Parasitas Intestinais. Prevalência.  Reincidência. Coproparasitologia. Educação Sanitária.

ENTEROPARASITAS ENCONTRADOS EM 1º EXAME DE COPROLOGIA –Fig 1

PERCENTUAL DE ENTEROPARASITAS ENCONTRADOS EM 2 EXAMES COPROLÓGICOS INTERCALADOS COM TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

Fig 2


* Regina Maria Gonçalves Dias - Médica Especialista em Homeopatia (SOHERJ) e Saúde da Família (Universidade São Camilo-RS) .

Helio Copelman – Prof. Titular de Gastroenterologia do Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas.

* Artigo divulgado  na V Semana  do Aparelho Digestivo – Congresso Nacional de Gastroenterologia – RJ – agosto de 2002.

 

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Dra. Regina Dias - Última modificação: 29 outubro, 2008