História
Formada em Birmingham, Inglaterra, em
1968, a banda Black Sabbath foi a pioneira em lançar as
fundações do heavy metal que assaltou a música popular nos
anos 70 e 80. A maneira violenta de tocar, as letras
sanguinárias, machistas e místicas tornaram-se o modelo para
inúmeros grupos que se seguiram. Seu álbum homônimo de 1970
continua sendo um dos mais inovativos e influentes da história
do rock. O quarteto
composto por Ozzy Osbourne (vocalista), Tony Iommi (guitarrista),
Geezer Butler (baixista) e Bill Ward (baterista), inicialmente se
chamou Polka Tulk e mais tarde Earth. Tomaram de assalto o
circuito de pubs e clubes de sua cidade natal, com muita energia,
blues e rock. Companheiros de escola e vizinhos em Birmingham, o
grupo ganhou muitos seguidores na Inglaterra e em 1968 mudaram
seu nome para Black Sabbath. O novo nome espelhava a imagem
escura, pesada e mística da banda, seu gosto por temas
sobrenaturais. Em 1969 entraram
em estúdio para gravar o seu primeiro disco. O álbum Black
Sabbath chegou ao Top Ten das paradas britânicas, onde
permaneceu por três meses e valeu à banda um grupo de fãs
fervorosos em ambos os lados do atlântico.
O grande salto
para a banda ocorreu com a gravação de Paranoid, um álbum
pioneiro do heavy metal. Contando com os riffs cortantes da
guitarra de Iommi, o vocal sinistro de Ozzy e o ritmo de Butler e
Ward, Paranoid alcançou o número um nas paradas inglesas e
chegou ao número oito na américa onde permaneceu por mais de um
ano, virando disco de platina. A faixa título, um verdadeiro
mergulho na loucura, foi o maior hit. A banda fez sua primeira
turnê americana no outono deste ano.
Master of
Reality, o terceiro álbum do Black Sabbath, foi lançado em
agosto de 1971. Entre as oito músicas estavam algumas que se
tornaram marcas registradas da banda, como Children of the Grave
e Sweet Leaf.
O Black Sabbath
gravou o álbum chamado Vol. 4 no início de 1972 no Record
Plant, em Los Angeles. Somando-se a poderosas músicas como
Supernaut e Under The Sun, o álbum revelava um lado
completamente novo para a banda, com músicas melódicas,
cuidadosamente escritas e tocadas como Cornucopia e a instigante
Laguna Sunrise, uma composição instrumental que se tornaria uma
das marcas registradas da banda.
Considerado um
dos clássicos do hard rock, o álbum de 1973, Sabbath, Bloody
Sabbath, ganhou aclamação da crítica. Músicas como Killing
Yourself to Live, Looking For Today e a faixa título aliavam o
som poderoso do grupo a letras mais amplas e multi-facetadas.
Produzido, escrito e gravado pela banda, Sabbath Bloody Sabbath
foi um ponto alto na longa carreira da banda.
Quando Sabotage,
sexto disco do Black Sabbath, foi lançado em 1975, não apenas
estava comprovada a competência da banda, mas também era óbvio
a melhoria dos arranjos, produção e lirismo. Sabotage é o
Sabbath ainda no topo da carreira.
We Sold Our Soul
For Rock and Roll foi uma demolidora coletânea, composta de 14
músicas, todas clássicos do hard rock e heavy metal. Trata-se
de uma excelente amostra da carreira da banda, desde o primeiro
álbum até Sabotage.
Technical Ecstasy
trata-se de um dos mais inventivos e originais álbuns de
estúdio do Black Sabbath. Traz músicas típicas da banda, como
Back Street Kids, Gypsy, Rock 'N' Roll Doctor e a principal do
LP, Dirty Women.
Sendo o oitavo
álbum de estúdio de uma carreira que se extende por mais de
duas décadas, o lançamento de 1978, Never Say Die, traz algumas
das mais memoráveis letras. Never Say Die captura toda a força
da formação original. Foi o último álbum com Ozzy à frente
do Sabbath. Inclui as músicas Johnny Blade, Breakout, Shock Wave
e a faixa título, todas tocadas no repertório da banda ao vivo.
Em 1979 Ozzy
Osbourne foi substituído por Ronnie James Dio, um americano que
havia participado do grupo Elf e sido parte da banda Raimbow de
Ritchie Blackmore. Foi a primeira mudança de formação do grupo
em mais de uma década. Heaven and Hell foi o primeiro álbum com
o novo cantor. As músicas foram escritas pela banda com a
participação de Dio.
Lançado em 1981,
segundo álbum com o vocalista Dio e o primeiro álbum com o novo
baterista Vinnie Appice, Mob Rules apresenta músicas
massacrantes como Turn Up The Night, Sliping Away e The Mob Rule.
Em 1982 o Black Sabbath
lançou um álbum ao vivo, Live Evil, contendo todos os grandes
hits de todos os álbuns lançados. Logo após a gravação
Ronnie James Dio e Vinnie Appice deixaram a banda. Houveram
desentendimentos dentro da banda porque Dio "sabotou" a
mixagem do álbum para destacar a sua voz no som da gravação.
O álbum Born Again, de
1983 trazia como vocalista Ian Gillan, originalmente membro do
Deep Purple. O baterista original do Sabbath, Bill Ward, voltara
à banda. Alguns dos destaques deste álbum são Trashed, Digital
Bitch e Zero The Hero. Na turnê Bev Bevan, da banda ELO
substituiu Ward. Depois da turnê Bev Bevan e Ian Gillan deixaram
a banda. Bill Ward voltou e a banda experimentou um novo
vocalista, Dave Donato. Esta formação nunca gravou e Dave
Donato foi demitido da banda após uma entrevista muito
egocêntrica. Tentaram novamente manter a banda no ar com o
vocalista Ron Keel. Finalmente, com a saída de Geezer Butler, o
Sabbath acabou.
Três anos depois, em 1986,
Tony Iommi lançou o álbum Seventh Star, anunciado como
"Black Sabbath featuring Tony Iommi". Deveria tratar-se
de um álbum solo de Iommi, mas a gravadora decidiu usar o nome
do Black Sabbath. Glen Hughes, do Deep Purple, foi o vocalista.
Durante a turnê americana Glen Hughes saiu, sendo substituído
por Ray Gillen.
Em 1987 o Black Sabbath
lançou o seu décimo quarto álbum, The Eternal Idol, que teve
grandes sucessos como Shining, Hard Life to Love, Born to Lose e
Lost Forever. A formação da época era constituída de Tony
Iommi, Tony Martin (vocais), Dave Spitz, Bob Daisley (baixo), Bev
Bevan (percussão) e Eric Singer (bateria, que mais tarde iria
para o Kiss). Ray Gillen aparentemente gravou este álbum e saiu
antes que ele fosse lançado. Tony Martin regravou os vocais.
Em 1989, o Black Sabbath
lançou Headless Cross, com grandes hits como Devil and Daughter,
When Death Calls, Black Moon e a faixa título. A formação
consistia de Tony Iommi, Tony Martin, Cozy Powell (bateria) e
Laurance Cottle (baixo). Laurance Cottle mais tarde foi
substituído por Neil Murray.
Em 1990, vinte e dois anos
após a formação do Black Sabbath, foi gravado TYR. Mantinha o
estilo inaugurado em 1987 com The Eternal Idol. Alguns destaques
deste álbum são Anno Mundi, Jerusalem, The Sabbath Stones e a
balada Feels Good to Me.
1992 foi um momento
histórico para o Black Sabbath. Foi o ano da reunião de Ronnie
James Dio, Geezer Butler, Vinnie Appice e Tony Iommi. O álbum
Dehumanizer foi aguardado e aclamado por todos. Alguns dos hits
foram Time Machine, TV Crimes, Master of Insanity e Sins Of The
Father. Time Machine fez parte da trilha sonora do filme Wayne's
World (Quanto Mais Idiota Melhor).
Em 1994 o Black Sabbath
lançou seu décimo oitavo álbum, Cross Purposes que entre
outros hits incluiu as músicas I Witness, Cross of Thorns, The
Hand That Rocks The Cradle, Immaculate Deception e Psychophobia.
A formação da banda consistia de Tony Martin, Geezer Butler,
Tony Iommi e Bobb Rondinelli (bateria).
Em 1995 o Black Sabbath
lançou Forbidden, com o destaque para as músicas The Illusion
of Power, Get a Grip, Shaking Off The Chains e Sick and Tired. A
formação da banda consistia de Tony Martin, Neil Murray (baixo), Tony Iommi e
Cozy Powell (bateria). Cozzy Powel deixou a banda no meio da
turnê americana e foi substituído por Bobby Rondinelli.
No ano de 1997 foi
anunciada a tão esperada volta do Black Sabbath original, com
Ozzy, Bill Ward, Tony Iommi e Geezer Butler. Logo após,
seguiu-se o Ozz-fest com várias bandas além da banda de Ozzy e,
fechando a noite, Black Sabbath original. O resultado desta tour
foi Reunion, um álbum ao vivo que traz clássicos absolutos
juntamente com músicas que a muito não se escutavam num show da
banda, caso de Dirty Woman e Sweet Leaf.
Os planos para o ano de
1999 são de seguir tocando pelo mundo junto ao Black Sabbath e
possivelmente, nós Brasileiros, teremos a grande oportunidade de
vê-los aqui no país.