Os Poetas Sabem

 

 

Tudo - é  Poesia...
Uma Mulher Feia.
Ou A Mais Linda.
Sonho semimorto.
Com Ilusão ainda.
Homem na cadeia.
O Padre no Altar...
Aranha e, a Teia...
E a Solidão Fria...
O Vírus e, a Anta.
Os Poetas Sempre.
Sofrem dor alheia.
Entalar a garganta.
Ao sentir profundo.
A  Miséria da Rua...
Eis a dor do mundo.
É Também... A Sua.
 

Os Poetas - Sabem...
Sonhos fracassados.
As Ilusões perdidas...
Os Momentos felizes.
Saudades - Doloridas.
Esperanças... Abertas.
Escondidas cicatrizes.
E Chagas entreabertas.
Das mentiras - Eternas.
As Verdades Seminuas.
Uma plena Ilusão incerta.
Quando não são as Duas!

 

 

Os Poetas Sabem...
Que a Vida é Nada.
Mas pode ser Tudo.
Sabe das estradas...
Da Vereda Estreita.
A longa caminhada.
E do não Caminhar.
Do nem ir nem ficar.
E quando ficar Mudo.
Parecem Saber - Nada.
Eles... Sabem...  Tudo!

 

 

Os Poetas - Sabem...
Até gritar ao mundo.
Ser feliz com Pouco.
E infeliz com o Tudo.
Sabem do ser humano.
As dores mais temidas.
Os intrínsecos infinitos.
Saudades mais queridas.
Dos homens mais aflitos.
Os ternos sonhos infantis.
Ilusões embalando Vidas.
Os Corações mais Crentes.
Com esperanças bem Sutis.
Mostrando, é difícil ser feliz.
Conservando chaga e cicatriz.

 

 

Os Adultos Adolescentes.
Ou Menino jogado na rua.
Até a Razão, da Prostituta.
Menina pedinte na calçada.
Sabe do Povo a nobre Luta.
E, da sua Vida triste e Crua.
Com a Miséria... Eternizada.
E como é duro sabendo tudo.
Fingir... Não Saber - de Nada.

 

Neste mundo desumano e Cão.
Aonde prevalece o Poder Força.
Verdade se parece com a Ilusão.
E, a Certeza tem o som Hilário.
Os poderosos sempre têm razão.
Filho Santo vai para o Calvário.
E a Fé se transforma em Horror.
Somente os Poetas e o Coração...
Sabem na Vida... Só vale o Amor.

 

Infinita faz de conta Fantasia.
Das Mentiras Super coloridas.
Verdades - sempre mascaradas.
A mentira apresenta a primazia.
Fazendo reluzir - a tantas vidas.
Com artimanhas. E Diplomacia.
É preciso que as almas Bradem.
Todos foram, afinal, enganados?
Nem todos... Os Poetas - Sabem.

 


Muitos gritaram. Ficaram roucos.
Nós Sabemos, parecendo Loucos.
Sabemos Nós... Os Poetas Sabem.

  

 

 

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Edvaldo Feitosa
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* Fundação Biblioteca Nacional - nº 180859 *



 

 

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