Discografia:
Seu espião (1984)
Educação Sentimental (1985)
Ao Vivo (1986)
Tomate (1987)
Kid (1989)
Tudo é permitido (1991)
Iê, Iê, Iê (1993)
Meio Desligado (1995)
Meu mundo gira em torno de você (1996)
Kid Abelha em Espanhol (1997)
Remix (1997)
Autolove (1998)
Coleção (2000)
Surf (2001)
Links:
http://www.kidabelha.com.br
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Paula Toller -> vocais
George Israel -> saxofone
Bruno Fortunato -> Guitarra
Início dos anos 80: uma revolução no estilo musical brasileiro começara com o surgimento de bandas como Blitz, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Kid Abelha, entre tantos outros.
Percebendo que algo diferente acontecia no cenário musical, a "maldita" Rádio Fluminense FM, começou a pedir fitas de bandas novas para tocar. Foi então que um grupo, ainda sem nome definido, teve seu dia decisivo: levaram à rádio uma demo com "Distração" e "Vida de cão é chato pra cachorro". Nascia então "Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens". O nome estranho era o primeiro de uma lista que a banda mostrou a Luis Antônio Mello, que resolveu tocar a música na mesma hora.
As coisas começaram, então, a mudar na vida de Paula Toller, George Israel, Pedro Farah (guitarra), Leoni (baixo) e Beni (bateria), formação inicial. Os ensaios despretensiosos que, há quase um ano, rolavam no terraço do apartamento de Leoni, começavam a tomar forma mais profissional. "Distração" teve sucesso imediato, e seus versos "blim blom, miau, tic-tac, cuco" logo chamaram a atenção e grudaram nos ouvidos dos fãs da emissora. Dali a pisar no palco do Circo Voador foi um pulo. O Circo era um espaço alternativo que projetava conjuntos do circuito musical carioca. Lá o Kid foi assistido pelo produtor Gregório Nogueira, da Warner, e selecionado para o "Rock Voador", um disco de coletânea com novos e experientes roqueiros, como Celso Blues Boy e Sangue da Cidade.
Pedro Farah vai estudar "business" no exterior. Depois de muita procura e algumas tentativas decepcionantes, um novo guitarrista entra para a banda: Bruno Fortunato.
Beni também sai do grupo e o Kid passa a contar com bateristas contratados. O sucesso na Fluminense e nos shows do Circo convenceu a gravadora a investir na produção de um compacto simples. Foi o passo inicial de uma promissora sucessão de hits.
Produzido por Lulu Santos, este primeiro disco continha o até hoje mega-sucesso "Pintura Íntima" e o lado B "Por que não eu?", e alcançou a vendagem de 100 mil cópias, o cobiçado disco de ouro, feito inédito para uma banda iniciante e com um estilo musical tão diferente dos consagrados "medalhões" da MPB.
Na seqüência veio o segundo compacto, contendo a balada "Como eu Quero" e o lado B "Homem com uma missão". A primeira música lenta do Kid foi mais um enorme sucesso e está presente nas rádios de todo o país até hoje.
O primeiro LP, "Seu Espião", foi produzido por Liminha, um talentoso produtor que havia trabalhado com Gilberto Gil, As frenéticas e Lulu Santos. Sete músicas deste primeiro álbum fizeram uma geração inteira cantarolar e saber de que se tratava "Kid Abelha e os Abóboras Selvagens".
Em 86 o baixista Leoni sai para montar outra banda. Meses mais tarde, entra, de forma definitiva, o baterista Claudinho Infante.
Uma turnê bem sucedida (mais de 150 shows em um ano) faz com que o grupo lance um registro ao vivo gravado no Anhembi (SP), sem overdubs de estúdio. O disco vem com grandes sucessos e "Nada por mim" parceria do então casal Paula Toller e Herbert Vianna (Paralamas), anteriormente gravada pela cantora Marina Lima.
Meses mais tarde, mostrando que as crises não abalaram sua determinação, o quarteto prepara as malas e viaja para Londres para mixar seu novo disco, "Tomate", que também teve um dos mais bem sucedidos giros do grupo, fazendo-os percorrer todo país em seis meses.
Paula Toller agora está à condição de "sex-symbol". Adeus aos antigos e comportados cabelos castanhos: a band-leader agora banca um visual curtíssimo e platinado.
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