Paralamas do Sucesso


Discografia:
  • Cinema Mudo (1983)
  • O Passo do Luí (1984)
  • Selvagem? (1986)
  • D (1987)
  • Bora Bora (1988)
  • Big Bang (1989)
  • Arquivo (1990) [também em espanhol]
  • Os Grãos (1991)
  • Severino (1994)
  • Vamô bate Lata (1995)
  • Nove Luas (1996) [também em espanhol]
  • Hey Na Na (1998)
  • Acústico (1999)
  • Arquivo II (2000)

    Links:
    www.osparalamasdosucesso.com.br
  • Bi(Felipe) Ribeiro -> baixo
    João Barone -> bateria
    Hebert Vianna -> vacal e guitarra

    No final da década de 70, começo da década de 80, escutar música era mais que passatempo. Após quase duas décadas de ditadura e repressão militar, escutar música, sobretudo brasileira, era um ato político. Fazer música era quase uma necessidade para quem se preocupava com a história do país.
    Brasília, centro do poder, palco de decisões sobre vida e morte de cidadãos comuns, políticos e artistas, era, paradoxalmente, meio parada. Usada apenas durante os dias "úteis" por políticos de todo o país que, no final de semana, voltavam para suas cidades de origem, a capital do país não oferecia muitas opções de lazer. Isso talvez explique a grande quantidade de gangues adolescentes que vez por outra provocavam arruaças. E talvez explique também a grande quantidade de bandas que se formaram e ainda se formam na cidade.
    Herbert e Bi se conheceram em Brasília e se mudaram para o Rio no começo da década de 80. Herbert diz que Bi é quem fundou os Paralamas, mas foi ele quem o convenceu a comprar o primeiro baixo. Como toda banda universitária, eles juntaram um grupo de amigos e começaram tocando para platéias de amigos.
    O baterista Barone entrou meio de gaiato nesse navio. Era uma das primeiras apresentações públicas dos Paralamas, num festival de bandas em 81, e Vital, o baterista original, que inspirou uma das primeiras composições, "Vital e Sua Moto", não chegava e não se sabia dele. Alguém lembrou que conhecia um rapaz que morava ali perto e tocava bateria - O Barone. Foram até a casa dele, conversaram rapidinho e resolveram colocá-lo na apresentação. A platéia gostou, a banda também, e ele foi ficando. Meio perfeccionista, sempre tentando tocar melhor, acabou conquistando o posto de titular da batera.
    Em 1983, eles conseguiram gravar o primeiro álbum: "Cinema Mudo", com "Vital", "Patrulha Noturna" e "Química". Lulu Santos, que já era famoso, participa tocando slide guitar em "O que eu não disse". No ano seguinte, Lulu volta a participar do segundo álbum, tocando em "Assaltaram a Gramática". São dessa época sucessos que começaram a projetar a banda nacionalmente: "Óculos" e "Meu Erro".
    Daí em diante, iniciam uma produção frenética de canções, álbuns, shows e hits.
    Em 96, testam definitivamente o sucesso do intercâmbio da música latino-americana, com o hit "Lourinha Bombril", versão de uma música argentina. Mas os Paralamas já flertavam com o mercado internacional há muito tempo: "Bora Bora", de 88, foi o primeiro disco lançado no exterior.
    Em 99, surpreendem mais uma vez: gravam o Acústico MTV, com repertório diferenciado, sem orquestra e apenas duas participações especiais, de Zizi Possi e Dado Villa Lobos.
    Depois de um acidente em 2000 com um ultraleve, Hebert Vianna já se recupera e logo já lançarão mais um disco.