O PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO
Em um só tempo, competência, criatividade, coragem com inteligência e emoção: eis o desafio de todos nós, educadores.
 

A escola é o ponto de encontro dos vários profissionais envolvidos na ação educativa. A Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 define, no seu artigo 2º, que “... a educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Portanto, para cumprir sua função, a escola precisa ter como foco um ensino e uma aprendizagem que levem o aluno a aprender a aprender, a aprender a pensar, a saber construir a sua própria linguagem e a se comunicar, a usar a informação e o conhecimento para ser capaz de viver e conviver num mundo em transformação. Para isso, é preciso que a formação e a atuação do educador seja necessariamente direcionada para um novo paradigma de educação.

É necessário que, principalmente, os docentes sejam profissionais competentes, cuja formação os torne capazes de criar novos ambientes de aprendizagem, que colaborem para o desenvolvimento de cidadãos autônomos, de indivíduos que pensam por si mesmos e que estabelecem relações de reciprocidade e interação.

O ato de ensinar não se resume a uma simples relação transferencial de saberes entre educadores e educandos. Ensinar é uma especificidade humana que exige muito mais que metodologias e pesquisas, que estética e ética, que risco e liberdade, que generosidade e comprometimento, que autoridade, segurança e competência profissional.

É de extrema importância que o educador tenha total apreensão da realidade, respeito aos saberes dos educandos, reconhecimento da identidade cultural, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação; que ele esteja em constante reflexão crítica sobre sua prática e consciente de ser um ser condicionado e inacabado.

O ensino exige a tomada consciente de decisões, o respeito à autonomia do ser e do educando, assim como o bom senso, humildade, alegria, esperança, curiosidade, tolerância, paciência, ternura e saber escutar. Exige luta em defesa dos direitos dos educadores. Exige o reconhecimento de que a educação é ideológica. Exige querer bem os educandos. E exige convicção de que a mudança é possível e de que a educação é a maior e melhor forma de intervenção no mundo. 

A qualidade da educação é a qualidade da alma do educador. São atributos requeridos a um professor transformador: humildade científica; bom humor espiritual; capacidade de amar seu ofício e seus parceiros de estudo; santa indignação de frente ao atraso e injustiças; vontade de mudar e de inovar; expectativas pedagógicas positivas frente ao trabalho dos alunos; esperança e utopia de vida melhor; segurança cultural e otimismo histórico; alegria de experienciar o sabor do saber e a capacidade de motivar e liderar. Isso faz do professor o grande livro vivo no qual o aluno irá aprender as primeiras e mais fundamentais lições de cidadania. (CALLAI, 1996: 19)

 A função docente define-se pelas necessidades sociais a que o sistema educativo deve dar resposta. A sociedade também evolui, alternando seus ideais, valores e necessidades, reconfigurando constantemente as exigências postas à educação institucionalizada e, conseqüentemente, à profissão docente, que se vê às voltas, em certos momentos, com a indefinição de suas funções. Os fatores sociais e de contexto são condicionadores da identidade profissional docente.

O papel do professor vem passando por grandes mudanças, em função da revolução tecnológica. Além de ensinar os conteúdos do currículo, o professor, hoje, precisa ajudar seus alunos a compreender e dar sentido ao volume de informações com que somos bombardeados diariamente.

Segundo Rego (2002: 6): 

Educar cidadãos capazes de construir sua própria visão de mundo e realizar um projeto de vida autônomo numa sociedade cada vez mais complexa é, hoje, um grande desafio para a escola. Chamada de sociedade do conhecimento, nossa “era” é muitas vezes simbolizada por uma auto-estrada, na qual a informação trafega em alta velocidade. E o professor é aquele que ajuda, aluno por aluno, a construir pontes de significado, para que possam prosseguir em seu caminho. Para dar conta desse desafio, o professor precisa não apenas acompanhar os fatos da atualidade, mas possuir, ele próprio, conhecimentos científicos e lingüísticos que lhe permitam analisar, interpretar e criticar a vida social e o mundo físico.

 Perrenoud, em seu livro 10 Novas Competências para Ensinar, relaciona o que é imprescindível saber para ensinar bem numa sociedade em que o conhecimento está cada vez mais acessível:

1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem;

2. Administrar a progressão das aprendizagens;

3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação;

4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho;

5. Trabalhar em equipe;

6. Participar da administração escolar;

7. Informar e envolver os pais;

8. Utilizar novas tecnologias;

9.  Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão;

10. Administrar a própria formação.

Ele levanta as grandes dificuldades encontradas por quem assume uma sala de aula, escrevendo, por exemplo, sobre a comunicação entre aluno e professor e sobre o que se perde quando a comunicação em classe não funciona.

Destaca também a importância da postura reflexiva do professor. Ele deve questionar a própria atuação, refletir sobre seus erros e acertos. Todos têm o direito de errar para evoluir.

Chakur identifica aspectos integrantes da profissionalidade docente. São eles:

  • Competência em habilidades técnico-pedagógicas – que se revela, basicamente, nas tarefas técnicas do ensino: definir objetivos, organizar conteúdos, eleger procedimentos, selecionar materiais e recursos didáticos, planejar atividades para os alunos e preparar e aplicar instrumentos de avaliação;

  • Competência em habilidades psicopedagógicas – exigida, geralmente, na relação professor-aluno e que se mostra, por exemplo, na interação com personalidades e comportamentos distintos e com conflitos intra e inter-geracionais, constantemente presentes na dinâmica da sala de aula;

  • Responsabilidade social – manifesta no preparo das novas gerações para a convivência democrática e para o exercício da cidadania;

  • Comprometimento político – referente ao comprometimento do professor com o aspecto ideológico da educação; inclui-se também a participação do professor em movimentos políticos em defesa da categoria;

  • Engajamento na rotina institucional – que tem a ver com o conhecimento e cumprimento de normas das instituições que regula a sua função, com os controles de freqüência, horários, elaboração de documentos, preenchimento de papeletas, formulários, etc.;

  • Investimento na própria formação – incluindo cursos, palestras, leituras, eventos culturais ou científicos, encontros, etc., que fornecem informações e conhecimentos pertinentes não só à tarefa pedagógica, mas também ao exercício profissional em geral.

          Com esse rol, não se quer esgotar os vários papéis que cabe ao professor realizar. Nesse sentido, propõe-se um novo conceito de profissão e função docente: trata-se de uma atividade laboral permanente, pública e compartilhada que comporta um conhecimento pedagógico específico, um compromisso ético e moral e a necessidade de co-responsabilidade com outros agentes sociais.

          Chakur também destaca os saberes que devem integrar a prática docente. Entende-se por saberes da formação profissional o conjunto de saberes provenientes das ciências da educação e transmitidos institucionalmente na formação docente. Incluem-se aqui os saberes pedagógicos, responsáveis tanto pelas orientações ideológicas da atividade educativa, como pela transmissão de técnicas e formas de saber fazer. São eles:

  •  Saberes das disciplinas – são aqueles correspondentes aos vários campos de conhecimentos, tradicionalmente transmitidos em forma de disciplinas nas universidades;

  • Saberes curriculares – correspondem aos discursos, objetivos, conteúdos e métodos que os professores devem aprender e aplicar na forma de programas escolares;

  • Saberes da experiência – são aqueles desenvolvidos pelos próprios professores em sua atuação prática e profissional.

          Porém, acima disso tudo, faz-se necessário a constante reflexão sobre a prática educativa. Os professores não aprendem a ensinar bem simplesmente através da experiência. Parece provável que aprendam a ensinar através de um processo de indagação centrada na prática que ajuda a descobrir práticas de ensino eficientes e a desenvolver teorias práticas de ensino diferentes.

          O professor elabora o seu conhecimento prático partindo dos esquemas, mais ou menos assumidos, da sua própria experiência como aluno, do seu conhecimento teórico e dos aprendizados que adquire.

          É importante valorizar o saber prático dos professores, sem descartar o conhecimento técnico. É necessário buscar as fontes de uma base de conhecimento para o ensino, ou seja, um agregado de conhecimento, habilidade, compreensão e tecnologia, de ética e disposição, de responsabilidade coletiva. Com esse propósito, Chakur oferece as seguintes categorias de conhecimento, como um mínimo a ser incluído numa base de conhecimento para o ensino:

  • Conhecimento do conteúdo;

  • Conhecimento pedagógico geral (com foco especial em princípios e estratégias de gestão e organização da classe);

  • Conhecimento do currículo (incluindo programas e materiais);

  • Conhecimento dos aprendizes e de suas características;

  • Conhecimento dos contextos educacionais (do grupo ou sala de aula, administração e finanças da escola, caráter das comunidades e culturas, etc.);

  • Conhecimento de finalidades, propósitos e valores educacionais e seus fundamentos filosóficos e históricos.

          Construir vínculo afetivo, estabelecer relação de amizade, companheirismo é essencial para o desenvolvimento pleno e integral das potencialidades e habilidades tanto do professor quanto do aluno. O que não quer dizer que devemos amar ou sermos amados por todos, como num conto de fadas. As frustrações também fazem parte do processo de relações que se estabelecem na escola.

          No convívio escolar, os desafios são uma constante e devem existir na sala de aula. Desafiar o aluno a pensar, refletir e agir sobre situações diversas é uma necessidade quando acreditamos que ser professor não é apenas ensinar, transmitir conhecimentos. Todavia, é também através de seus conhecimentos que o professor irá desafiar os seus alunos, criando situações que os levem a construção de seus próprios conhecimentos.

          A realização do trabalho do professor exige profundo conhecimento dos estágios evolutivos de seus alunos. Saber como pensam, como acontece internamente o processo de construção do conhecimento, em cada faixa etária, é fundamental para que o trabalho do professor seja significativo.

          O professor é aquele que evidencia grande capacidade de observação do grupo e do aluno individualmente. Assim, pode perceber e trabalhar respeitando a maneira como cada aluno se relaciona e reage frente a cada proposta de trabalho.

          A capacidade de observação do professor, o profundo conhecimento do desenvolvimento de seus alunos e o respeito pelas diferenças levará a um planejamento muito mais complexo e profundo, muito mais original e criativo, extenso e trabalhoso. Para Freinet (1989), “o professor deve ser um explorador de situações a serviço da criança, da sua experiência, da sua aprendizagem de vida. Ser simples, claro, verdadeiro, culto, conhecedor das técnicas para bem podê-las aplicar".

          A atividade docente estrutura-se em torno dessas grandes funções: a organização e a manutenção da ordem com o propósito de facilitar a aprendizagem do aluno, ou seja, as funções de gestão da matéria ou conteúdo e gestão da classe.

          Giesta (67) nos diz que: 

O crescimento intelectual, moral, crítico, político e profissional do professor favorece sua valorização, seu entendimento, sua participação mais efetiva, levando-o a uma visão da realidade mais ampla e a uma visão de si e de sua história melhor orientada, assim como a um engajamento numa proposta de mudança social.

           Todo professor precisa ter competência técnica. Competência técnica significa saber fazer aquilo que o bom senso aponta como necessário, que pode manifestar-se pelo domínio do conteúdo do saber escolar e dos métodos adequados.

Ter clareza dos objetivos que cercam sua atividade, sempre desafiadoras e significativas, deve ser para o professor o alicerce do seu trabalho. Saber escolher as estratégias, dinâmicas ou mesmo os meios de que o professor se utiliza para alcançar seus objetivos, é fundamental, já que ele compreende que nem todos os alunos aprendem da mesma forma, com as mesmas técnicas.

Quem trabalha com o conhecimento nunca deve deixar de estudar. Para ser um bom professor é preciso se manter constantemente atualizado. É preciso saber como as crianças e os jovens se desenvolvem, levar em conta a diversidade dos alunos, buscar novas estratégias para manter a motivação e os interesses pelos assuntos escolares.

Se a formação inicial é uma exigência legal, a formação continuada do profissional da educação é uma necessidade e um direito garantido pela LDB, para que se tenha uma educação de qualidade.

A formação continuada está relacionada ao desenvolvimento do profissional da educação que tem direito, como indivíduo, de atualizar-se, permanentemente, para um bom desempenho e comprometimento com seu trabalho.

O processo formativo deve ser contínuo. Isso significa dizer que o conhecimento humano, em qualquer área, está em contínua transformação e construção. Todos sofremos o impacto das mudanças tecnológicas, econômicas e sociais, que exigem uma constante adaptação às novas formas de vida, de trabalho. Para nossa satisfação pessoal e competência profissional, necessitamos de atualização freqüente e permanentemente.

É preciso pensar numa proposta de formação continuada. Essa proposta de formação continuada para professores e funcionários pressupõe: definição do número de profissionais a serem capacitados; definição de prioridades e temas de cursos; estímulo à participação; oferta não apenas de cursos, mas também de oficinas, seminários, ciclos de debates; adoção de estratégias inovadoras e uso de tecnologia adequada.

Os objetivos, conteúdos e metodologias dessas atividades de formação continuada devem ajudar os funcionários e os educadores a repensar suas práticas, objetivando a melhoria de seu trabalho, a construção de novas relações pedagógicas e de organização escolar capazes de contribuir para a melhoria do ensino e da aprendizagem dos alunos. Se o professor não tem prazer pelo estudo ou pela leitura, não vai conseguir passar este gosto para os alunos.

Para Abreu e Moura (2001: 103): “Educação continuada não significa apenas cursos ou seminários realizados fora da escola. É também importante a oferta de oportunidades de desenvolvimento profissional dentro da escola, no âmbito da escola.”

No processo de formação continuada, alguns pressupostos precisam ser considerados: articulação entre trabalho individual e coletivo; integração de teoria e prática; valorização dos conhecimentos e práticas dos participantes; clareza quanto aos pontos de partida e de chegada.

Abreu e Moura (2001: 103) acrescentam que: 

... não basta apenas a formação inicial, pois esta não consegue dar conta do universo multifacetado do cotidiano escolar. Além do mais, não é o simples fato de concluir a graduação que nos torna um(a) professor(a). A formação continuada é importante pela sua natureza; ela se constrói cotidianamente pelo exercício da docência e do trabalho na escola. 

Nossa Escola deve constituir-se num centro de atualização e reflexão sobre a ação educativa de seus profissionais — professores e funcionários. Na Escola, capacitação define-se como formação continuada no trabalho. É um processo que se instala por meio de seminários, pequenos cursos para estudos coletivos e sistemáticos, reuniões para troca de experiências, reflexão sobre problemas encontrados em sala de aula, tomada de decisões em relação ao ensino-aprendizagem, etc.

As ações de formação continuada podem ser intra-escolares (internas à escola) ou ainda articulada com outras escolas (ações interescolares). No primeiro caso, a vantagem é que a ação envolve toda equipe de trabalho e contribui mais diretamente com a proposta pedagógica da escola. No segundo caso, a vantagem é a possibilidade de intercâmbio com professores de diferentes locais, ampliando possibilidades de troca e socialização de experiências.

Ferrari (2003: 46) acrescenta: “A formação proporciona aos professores a revalorização da carreira numa época em que se lamenta a perda de prestígio da profissão.”

Com as ações de formação continuada, a escola se torna um ambiente de aprendizagem não só para os alunos, mas para todos que a compõem. Compete à equipe diretiva da escola estimular e facilitar a participação aos professores em cursos e/ou seminários cujos temas sejam de interesse da comunidade educativa.

Na medida do possível, a Escola deve providenciar a aquisição de livros ou a assinatura de revistas pedagógicas que possam servir de referencial teórico para o processo de ensino-aprendizagem.

No entanto, seu maior empenho deve ser para que a proposta de formação continuada se construa e se desenvolva de forma coletiva.

Embora tenha sido dada maior ênfase à formação continuada dos professores, a Escola deve funcionar como unidade de formação para todos que fazem parte da comunidade educativa: serventes, técnico, secretário, bibliotecário, etc., todos devem aperfeiçoar suas competências, melhorar a qualidade de seus serviços, além de dar dimensão educativa às suas atribuições.

Abreu e Moura (2001: 107) nos dizem que: 

A escola deve, em sua rotina, ser um ambiente de aprendizagem para toda a comunidade educativa (...) Nos dias atuais, a formação dos professores e demais profissionais não está voltada apenas para saber fazer, mas para saber fazer melhor, e que se faz sobre uma base teórico-prática consistente. 

Eça de Queiroz disse um dia: “Para ensinar, há uma formalidade a cumprir: saber.”

Aquino (2002: 14) nos diz que: 

Das poucas certezas que restam atualmente sobre o trabalho de educar, um princípio é incontestável: a capacitação do educador nunca é adquirida por completo, uma vez que ela jamais se esgota. Quase todo o desenvolvimento profissional deverá ocorrer, portanto, durante o próprio exercício do ofício, naquilo que se convencionou chamar de formação contínua ou em serviço. 

          Moreira (in GIESTA: 73) defende que: “... a participação do professor na luta fora das salas de aula pela revalorização da profissão e pela qualidade da escola pública é indispensável, mas não menos importante é seu empenho com a seriedade na sua formação e atualização.”

Giesta (71) acrescenta: 

... o processo de formação em exercício deve representar o oferecimento de condições para um desenvolvimento pessoal e profissional, em termos de aquisição de saberes continuados, que favoreça respostas às necessidades reais colocadas pela ação educativa e, não apenas, uma proposta externa de modificação de procedimentos e de atitudes pedagógicas, supondo que por si só possam assegurar a eficácia daqueles que a adotem.

 A verdadeira formação contínua se dá quando, juntos, os profissionais da educação se dispõem a construir consensos éticos sobre o que é educar num contexto democrático. O trabalho de edificação dessa nova consciência só se tornará possível à medida que os educadores optarem, coletivamente, por arregaçar as mangas do pensamento.

Essa proposta de formação continuada é uma iniciativa importante, pois corresponde à necessidade de atualizar, aperfeiçoar, ou seja, compensar as insuficiências da formação inicial. E torna a prática docente uma possibilidade de construção permanente, que permita ao mesmo tempo aprender e ensinar. Antonio Nóvoa (in FERRARI, 2003: 49), um dos maiores especialistas mundiais em capacitação docente, nos diz que: “... só o profissional pode ser responsável por sua formação.”

A Escola, tendo consciência de que a capacitação do educador nunca é adquirida por completo, uma vez que ela jamais se esgota, proporciona a seus professores formas de atualização e aperfeiçoamento diversas, entre elas reuniões pedagógicas mensais, conselhos de classe trimestrais, reuniões por turno trimestrais, planejamento coletivo e horas específicas para estudo do professor na sua carga horária — horas atividades. Procura também incentivar a participação em cursos, seminários e reuniões, bem como leituras diversas. Os professores e demais funcionários da Escola também participam de reuniões promovidas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, que fazem parte de sua formação continuada.

Todos esses recursos utilizados na constituição do professor como um ser pesquisador, crítico e consciente da realidade social, visam a melhoria da qualidade da educação em nosso Município.

Nossos professores devem saber que os valores (cívicos, espirituais, artísticos, culturais) têm que ser cultivados, respeitados e promovidos, mas, acima de tudo, desenvolvidos e fortalecidos na vida diária da Escola: sala de aula, recreio, projetos e atividades extraclasses.

O impacto das atitudes, valores e vivências do professor, são profundos na construção das mentes de crianças e jovens, pois estes o vêem e sentem como mestres, tanto na arte de conhecer, como de viver.

Ser professor é muito mais do que ensinar, é vivenciar a complexidade do ser, trilhar múltiplos caminhos, ser conhecedor de seus próprios valores, ser flexível, desafiador, capaz de lidar com incertezas, buscar novas direções e juntamente com isso, trabalhar o conhecimento, percebendo, observando e aplicando as capacidades. Acreditar, sem envolver-se em rótulos ou fixar-se em teorias absolutas e indissolúveis. Ser professor, uma extensão divina, aquele que tem nas mãos o futuro de uma sociedade mais humana e justa. Os professores têm um papel fundamental na construção do Brasil dos nossos sonhos.

 

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