Construir uma proposta de escola, mudar ou melhorar uma prática, não é
algo imediato, que deva ser dado por decreto ou num passe de mágica. É um
processo lento, cooperativo, dialogado, justamente porque envolve seres
humanos que, como tais, têm medos, recuos, avanços, possibilidades,
dificuldades.
Se nas pequenas coisas do dia-a-dia nos propusermos a ser melhores, cada vez
melhores, procurando sempre crescer, com certeza mudaremos a cara da escola
e, quem sabe, deste País que tanto precisa dar certo. Para tanto, a nossa
aula tem que ser retrato do que pensamos e sonhamos a respeito da escola
necessária para nossa sociedade, para nós e nossos filhos. Temos que ter
um projeto de vida para nós e nossa família, mas precisamos encaixá-lo
num projeto de sociedade que permita mais pessoas ter acesso ao mínimo da
dignidade característica, própria do ser humano. Queiramos ou não, a
nossa aula é reflexo do que queremos, do que pensamos, do que acreditamos.
A escola e o professor trabalham num processo que não acaba nunca.
Aprende-se e sempre. Além do mais, aprender não é uma propriedade
exclusiva do aluno: o professor também aprende. “Depois
de muito caminhar e o fim da ponte desejar encontrar, acabo de perceber: POR TER VIDA, ELA NÃO TEM FIM!” |