A avaliação tem tudo a ver com a escola de sucesso. Ela nos indica em que aspectos é preciso melhorar e nos permite reafirmar nosso compromisso de ensinar mais e melhor a todos. |
A
escola é um espaço caracterizado pela multiplicidade: experiências,
realidades, objetivos de vida e relações sociais que se cruzam no seu
cotidiano, pondo em diálogo conhecimentos produzidos a partir de várias
perspectivas. Um
processo importante como o do ensino provoca, necessariamente, muitas mudanças
nos alunos. Para verificar se a escola está cumprindo seu papel, é preciso
que avaliemos a experiência que ela propicia, diretamente, a alunos,
professores, funcionários; e, indiretamente, aos familiares de sua
clientela e à própria comunidade em que se localiza. A
avaliação é uma importante ferramenta a serviço da escola, na medida em
que seus resultados permitem aprimorar o desempenho de seus alunos, a gestão
da sala de aula e a organização interna da escola. Deve, também ser vista como um instrumento útil para melhorar a qualidade da educação e não apenas como uma forma de selecionar quem fica ou não na escola. A avaliação também deve ser considerada como momento de parar, rever, refletir, confrontar, comparar, refazer, ou seja, momentos de aprendizagens, de estímulos para busca de novos conhecimentos, bem como há se satisfação mútua entre professor e aluno. Nessa perspectiva, contextualizada, o “erro” tem novo sentido. Os erros caracterizam a hipótese de cada um ou de vários, ou seja, a forma atual de se pensar sobre alguma coisa. Representa a concretização do pensamento e da hipótese da criança num determinado momento.
Segundo Oliveira (2002: 57): Na
escola, quando pensar sobre os erros, seria importante não eliminar o risco
de errar, mas antes tentar utilizar os erros para ampliar as possibilidades
de os alunos aprenderem. Para que isso ocorra são decisivos a intervenção
do professor, os questionamentos que faz e a forma como interage com os
alunos. É interessante também que os alunos sejam levados a comparar suas
respostas, seus erros e acertos, a explicar como pensaram, a entender como
outras pessoas resolveram e expressaram a mesma situação. Por isso, a avaliação não pode estar desvinculada do planejamento: o planejamento representa a possibilidade concreta de reestruturação do trabalho. É preciso buscar novas metodologias que venham atender as necessidades reais de cada criança. Avaliar é condição essencial de qualquer ação intencional. Se algo for implementado, com determinados objetivos, não há como saber se os resultados esperados foram alcançados se o processo não for avaliado. Nossa escola tem uma proposta de avaliação constante e contínua, possibilitando que uma dificuldade de aprendizagem seja prontamente percebida, de modo que se possa tomar as providências necessárias para superá-lo. Às vezes, a dificuldade está com o aluno, que tem ritmo diferente da classe e precisa de mais tempo para aprender. Às vezes, está com o professor, que não conseguiu ainda encontrar a forma de melhor ensinar aquele aluno, porque cada um tem um jeito diferente de aprender. Nossa
Escola sugere diferentes formas de avaliação, das quais cada professor
utiliza as que forem mais adequadas aos objetivos por ele propostos:
Ressaltamos que a
avaliação na escola é somativa, e que os professores fazem uso dos critérios
de avaliação e promoção, registrados nos Planos de Estudo, os quais estão
divididos por série e definidos enquanto Rede Municipal. A avaliação é fundamental para que possa promover um ensino de qualidade para todos. É a avaliação que nos indica onde estão nossos tropeços e nossas qualidades, onde precisamos investir mais e onde podemos caminhar com segurança. Sem avaliação, não saberíamos se nossos objetivos estão sendo atingidos, se eles são realistas ou idealizados, se estamos cumprindo ou não o nosso papel, levando todos, na escola, a aprender. É ainda a avaliação que nos aponta quais são os conteúdos nos quais nossos alunos estão enfrentando maiores dificuldades e que precisam receber mais atenção por parte dos professores. Ela também identifica as áreas que devem ser priorizadas na capacitação do serviço dos professores, que alunos devem ir para o reforço ou recuperação, que métodos e práticas pedagógicas precisam ser revistos. Sem a avaliação, não podemos combater o ensino ineficiente, excludente, que privilegia uma minoria.
Avaliamos para
qualificar a aprendizagem, identificar problemas, encontrar soluções,
corrigir rumos e acertar o passo de todos e de cada um. Para isso a Escola
tem como prática a realização do Conselho de Classe, que acontece no
final de cada trimestre e é dividido em duas etapas: I)
Primeiramente, os resultados das avaliações são apresentados pelos
professores, individualmente, à Equipe Diretiva, para análise conjunta e o
possível arredondamento pedagógico, que nada mais é do que avaliar
pedagogicamente a pontuação do aluno, considerando suas aprendizagens e o
seu crescimento. II)
Na segunda etapa, todos os professores, juntamente com a Equipe
Diretiva, se reúnem a fim de avaliar as ações conjuntas, visando alcançar
os objetivos previstos. A forma como se procede, este conselho objetiva interpretar e analisar a realidade do aluno dentro e fora da escola, para assim, verificar e valorizar o processo de ensino/aprendizagem. No decorrer do processo avaliativo, a escola propõe ao professor que, ao constatar resultados baixos em um índice elevado de alunos, o mesmo pode fazer a média da turma, a qual resume-se na soma de todas as notas, divididas pelo número de alunos desta, e conforme os resultados obtidos, é possível que o professor faça uma avaliação do seu processo de ensino e da aprendizagem dos educandos. A verificação do rendimento escolar deve compreender a avaliação do aproveitamento e a apuração da assiduidade do aluno. Avaliar a aprendizagem consiste em emitir um juízo de valor a respeito do nível de conhecimentos, competências e habilidades alcançadas pelo aluno, em comparação com os objetivos e metas propostas para determinado período letivo. Portanto o processo de avaliação exerce uma função diagnóstica e qualificadora.
De acordo com a disponibilidade de profissional e de espaço físico, são
oferecidas aulas de reforço, em turno inverso, aos alunos que necessitam. Assim como é feita uma avaliação dos educandos, também é realizada a avaliação do planejamento escolar, a qual deve ser constante para que se possa visualizar os problemas e avanços, com o propósito de redimensionar a ação educativa, diagnosticando os obstáculos do projeto, além de detectar suas causas e definir as ações mais apropriadas para a sua continuidade. Na Instituição, a avaliação do planejamento é uma prática coletiva que exige consciência crítica das partes envolvidas, repensando e aperfeiçoando o trabalho em sala de aula e apontando soluções com a percepção das conquistas e crescimentos. Ela considera todas as diferenças, para que não se torne uma prática de exclusão.
Segundo Davis e Grosbaum (2001:101): A
avaliação é mesmo poderoso instrumento a serviço da qualidade do ensino.
Se conseguimos identificar o que os alunos sabem e deixam de saber, estamos
em condição de repensar a capacitação docente, modificar os métodos de
ensino que empregamos, centrar nossos esforços naquilo que demonstrou ser
mais difícil de aprender. Tudo isso para podermos dizer que, todo santo
dia, trabalhamos para que em nossas escolas todos os alunos brilhem, porque
investimos forte em seu sucesso. Uma escola que faz diferença não tem medo
de avaliação, porque é parceira do bom ensino. Quando conhecemos os
problemas, eles podem ser enfrentados. Nessa medida, conforme apregoa o
sociointeracionismo, a avaliação busca, essencialmente, acompanhar o
processo de ensino-aprendizagem para poder aprimorá-lo. A Escola comprometida com o desenvolvimento das capacidades dos alunos, que se expressam pela qualidade das relações que estabelecem e pela profundidade dos saberes constituídos, encontra na avaliação, uma referência à análise de seus propósitos, que lhe permite redimensionar investimentos, a fim de que os alunos aprendam cada vez mais e melhor e atinjam os objetivos propostos. |