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Náutico


Nome: Clube Náutico Capibaribe
Alcunhas:Alvirrubro, Timbu, Timba
Torcedor: Alvirrubro
Mascote: Timbu
Fundação: 7 de Abril de 1901
Estádio: Aflitos
Capacidade: 25.000
Presidente: Ricardo Valois


História


A fundação

O clube tem sede na cidade do Recife. Apesar de a data oficial de fundação ser 7 de abril de 1901, já se falava no Clube Náutico Capibaribe desde o século anterior, quando dois grupos rivais de remadores recifenses se uniram. No início de tudo, em 1897, um grupo de rapazes amantes do remo, comandados por João Victor da Cruz Alfarra, alugava barcos da antiga Lingüeta, saindo em pequenas excursões até a antiga Casa de Banhos do Pina. Essas viagens alcançavam até o bairro de Apipucos. Quando, depois de terminada a revolta dos Canudos, os recifenses preparavam-se para receber as tropas pernambucanas comandadas pelo general Artur Costa, uma vasta programação foi preparada para a recepção aos soldados. João Alfarra e alguns dos seus companheiros de proeza pelo Capibaribe foram encarregados de preparar a parte náutica da recepção, e ficou marcada uma grande regata para o dia 21 de novembro de 1897. Essa competição despertou o interesse dos recifenses, que sentiram a necessidade de fazer outras promoções do gênero. O remo começou a ganhar novos adeptos e, no ano seguinte, empregados dos armazéns das ruas Duque de Caxias e Rangel formaram uma agremiação, à qual deram o nome de Clube dos Pimpões. Os componentes do outro grupo, o que tinha brilhado na regata da recepção às tropas de Canudos, animaram-se e houve uma série de combates entre as duas turmas, em 1898, na Casa de Banhos. No final de 1898, ficou acordada a fundação de uma outra sociedade, que congregaria os dois grupos antes mencionados: o Clube Náutico Capibaribe. Em fins de 1899, por decisão dos seus dirigentes, o clube passou por um processo de reorganização, mas manteve a fidelidade aos esportes náuticos. Nessa ocasião, seu nome foi mudado para Recreio Fluvial. Mas a nova denominação não foi do agrado de todos, resultando que, no início de 1901, foi restaurado o nome anterior – Clube Náutico Capibaribe. E, em 7 de abril de 1901, João Alfarra convocou todos os ligados ao remo para uma solenidade na qual seria lavrada e registrada a primeira ata da agremiação, data que ficou reconhecida oficialmente como a fundação do clube. O documento histórico recebeu a assinatura de todos os presentes - de Antônio Dias Ferreira, presidente da reunião, de Piragibe Haghissé, secretário, e de João Victor da Cruz Alfarra, líder do grupo e pai da idéia.

O futebol

O futebol só apareceu no clube a partir de 1905. Só no ano seguinte, um grupo de ingleses formou o primeiro time. Suas atividades, entretanto, limitavam-se aos domingos, no campo de Santana ou na campina do Derby. Nesta época, o Náutico ficou conhecido como clube dos ricos, por não permitir negros e mestiços vestindo sua camisa -- fato que, assim como em outros clubes brasileiros de origem aristocrática, seria totalmente abolido anos depois. Antes, não havia, por parte do Náutico, o menor interesse pelo jogo. O novo esporte só foi aceito para que não houvesse brigas internas. Em 1914, foi criada a Liga Recifense de Futebol, mas o Náutico não fez parte dela. Os seus jogadores procuraram ingressar nos outros clubes que se haviam filiado. O clube João de Barros, atual América, foi o que mais ganhou com a evasão dos jogadores do Náutico. Em 1915, porém, sentiu-se a necessidade de criar uma nova entidade para orientar o futebol da cidade. Foi fundada dessa maneira a Liga Sportiva Pernambucana, à qual o Náutico se filiou. Com isso, os jogadores voltaram, mas o clube se manteve sem muito interesse até chegar à fase do profissionalismo, quando logo conseguiu ser campeão, em 1934. O tempo e a história encarregar-se-iam de provar que aquela havia sido uma decisão sábia: o Náutico, um clube laureado nas regatas desde os primeiros tempos, seria, com o passar dos anos, vitorioso também no futebol - pioneiro em Pernambuco em jogos pelo exterior, primeiro tetra, primeiro penta, primeiro e exclusivo hexacampeão. Foi ainda vice-campeão da Taça Brasil em 1967, conseguindo uma participação na Copa Libertadores da América. Na principal competição sul-americana, o Náutico foi eliminado graças a um erro da Conmebol, que não havia autorizado duas substituições por jogo ainda, regra já estipulada pela FIFA e já usada no Brasil pela CBD. O treinador do Náutico, para gastar tempo, substituiu um atleta quando o time já tinha a vitória garantida e acabou acarretando a eliminação da equipe, com a perda dos pontos da partida.

A volta por cima

Em 2006, o Náutico deu a volta por cima, pois, depois da fatídica derrota do dia 26 de novembro de 2005, quando perdeu em casa a chance do acesso, desperdiçando dois pênaltis naquele jogo, o time venceu o Ituano em casa por 2 a 0, com mais de 25 mil torcedores, entre pagantes e não-pagantes, que lotaram o Estádio dos Aflitos. Com isso, voltou ao Campeonato Brasileiro da 1.ª Divisão, após doze anos de espera. Esse foi momento de grande alegria para a torcida alvirrubra, confiante em que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. O clube poderia estar classificado uma rodada antes, mas enfrentou um Ituano incentivado pelo Coritiba, que desejava a vaga. Os jogadores correram 78 minutos, com destaque para Kuki, Felipe e Capixaba. Grande parte dessa conquista se deve aos treinadores que passaram pelo clube, como Roberto Cavalo (foi demitido na única derrota nos Aflitos) e Paulo Campos (que, mesmo criticado, conseguiu colocar o Nautico entre os quatro primeiros clubes da Série B, que ascenderiam à Série A). Por fim, foi contratado Hélio dos Anjos, que levantou o moral da equipe e a encaminhou ao acesso. Ainda em 2006, foi fundada a AADB (Associação dos Amigos da Base), formada por torcedores e simpatizantes do clube, com o objetivo de atuar na no desenvolvimento das divisões de base e assim colaborar com o crescimento do Náutico.


Desempenho em Campeonato Brasileiro Série A


Ano Posição Ano Posição
2006 - 1988 -
2005 - 1987 -
2004 - 1986 31º
2003 - 1985 25º
2002 - 1984
2001 - 1983 13º
2000 - 1982 26º
1999 - 1981 15º
1998 - 1980 27º
1997 - 1979 47º
1996 - 1978 33º
1995 - 1977 52º
1994 24º 1976 16º
1993 18º 1975 13º
1992 19º 1974 14º
1991 14º 1973 34º
1990 13º 1972 19º
1989 13º 1971 -



Títulos


Nacionais
Campeonato Brasileiro:
Vice-Campeonato da Taça Brasil: 1967.
Vice-Campeonato Brasileiro da Série B: 1988.

Estaduais
Campeonato Pernambucano: 21 vezes (1934, 1939, 1945, 1950, 1951, 1952*, 1954, 1960, 1963, 1964*, 1965, 1966, 1967*, 1968, 1974, 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004). Vice-Campeonato Pernambucano: 28 vezes (1926, 1931, 1942, 1944, 1946, 1955, 1956, 1957, 1958, 1959, 1961, 1970, 1972, 1975, 1976, 1977, 1978, 1979, 1981, 1982, 1983, 1988, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995 e 2005). Torneio Início: 14 vezes (1933, 1942, 1944, 1949, 1952, 1953, 1962, 1963, 1964, 1965, 1975, 1978, 1979 e 80).


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