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São Paulo


Nome: São Paulo Futebol Clube
Alcunhas:Tricolor Paulista
Torcedor: Tricolor,São Paulino
Mascote: Santo Paulo
Fundação: 16 de dezembro de 1935
Estádio: Morumbi
Capacidade: 80.000
Presidente: Juvenal Juvêncio


História


1900 - 1934: do Paulistano ao São Paulo da Floresta

Em 1900 é fundado o Clube Atlético Paulistano. Após inúmeras conquistas, por causa do profissionalismo do futebol, o time decide encerrar suas atividades nesse esporte, assim como o Associação Atlética das Palmeiras. Os torcedores e jogadores de ambas as equipes decidiram então se unir e fudaram o São Paulo Futebol Clube em 1930. Por ser seu campo o da Floresta, esse time ficou conhecido como o São Paulo da Floresta. Nesse ano, foi vice-campeão paulista e em 1931, campeão pela primeira vez. Em 1933, a primeira partida de futebol profissional do país: 5 a 1 no Santos. A diretoria erra e o time se endivida além da conta. A saída foi se fundir com o Clube de Regatas Tietê. O departamento de futebol é extinto em 14 de Maio de 1935.

1935 - 1939: enfim, o São Paulo FC

Logo depois da fusão com o Tietê, que sepultou o São Paulo da Floresta, os fundadores e refundadores deram à luz o Grêmio Tricolor, que daria origem ao Clube Atlético São Paulo, no dia 4 de junho de 1935, e, finalmente, ao São Paulo Futebol Clube atual, fundado em 16 de dezembro daquele mesmo ano. O primeiro jogo era contra a Portuguesa Santista no dia 25 de Janeiro de 1936. O jogo quase não acontece, por ser aniversário da cidade. Porphyrio da Paz, diretor de futebol e autor do hino do clube insistiu junto à Secretaria da Educação e acabou conseguindo a liberação. O clube já nasceu muito popular. No entanto, era muito fraco. Decidiram então reforçar o time com uma nova fusão, dessa vez com o Estudante Paulista da Mooca. Com a nova fusão, o São Paulo chegou ao vice-campeonato paulista de 1938.

1940 - 1950: o rolo compressor

Em 1940, quando inaugurado o Pacaembu, o futebol de São Paulo começa uma nova era. O São Paulo foi o clube que melhor aproveitou o momento. Em 1941, mais um vice-campeonato paulista. Em 1942, a extravagância: por duzentos contos de réis (o equivalente hoje a 162 mil reais) o São Paulo contratou Leônidas da Silva, jogador do Flamengo, considerado o grande craque da época. Mas não parou por aí. Já assumindo a condição de time grande, em seguida trouxe grandes nomes como o argentino Sastre, Noronha, Bauer, Zezé Procópio, Luizinho, Rui e Teixeirinha. Com eles, o Tricolor formou o famoso time conhecido como "Rolo Compressor", campeão cinco vezes nos anos 40 (1943, 1945, 1946, 1948 e 1949). Nesse momento, o clube já havia se instalado no Estádio do Canindé, terreno depois vendido à Portuguesa para viabilizar a construção do estádio do Morumbi.

1951 - 1957: vacas magras

O começo dos anos 50 não foi de grandes títulos. Talvez porque a torcida e os dirigentes do Tricolor já estivessem nas nuvens com a possibilidade de um novo estádio. Apesar disso, o São Paulo foi campeão paulista de 1953. Durante a década, mesmo com poucos títulos, o time contou com craques que marcariam definitivamente a história do clube, caso do goleiro Poy, do zagueiro central Mauro Ramos de Oliveira (provavelmente o maior defensor do Tricolor de todos os tempos), do ponta-direita Maurinho, do genial "Garrincha da ponta-esquerda" Canhoteiro, além do centroavante Gino Orlando, que durante um bom tempo foi o maior artilheiro do time em todos os tempos (só superado, tempos mais tarde, por Serginho Chulapa). Apesar do esquadrão, o São Paulo só seria campeão novamente em 1957. Naquela ocasião o time tinha a experiência do carioca Zizinho, já com 35 anos no campo e o técnico húngaro Bela Guttmann no banco. Daquele momento em diante, com o surgimento do Santos de Pelé e a construção do Morumbi consumindo todos os esforços e recursos, o São Paulo teria o maior jejum de títulos da sua história.

1958 - 1969: estádio e nada mais

Com o planejamento voltado para a construção do Estádio do Morumbi, o São Paulo simplesmente deixou de contratar. Nos doze anos que se seguiram ao título de 1957, não houve qualquer conquista relevante. A primeira parte do estádio foi concluída em 1960 e recebeu o nome de Cícero Pompeu de Toledo em homenagem ao presidente que havia feito grandes esforços para a construção do estádio, mas falecido antes de sua conclusão. O aperto no orçamento fez com que o clube vivesse de jogadores inexpressivos. Exceções foram Roberto Dias e Jurandir. Os momentos de alegria também eram escassos. Um deles é a goleada de 4 a 1 que fez o Santos de Pelé fugir de campo, no Campeonato Paulista de 1963.

1970 - 1975: a glória outra vez

Finalmente concluído o Morumbi em 1970, vieram Gérson, do Botafogo, Pedro Rocha, meia uruguaio do Peñarol; e Toninho Guerreiro, goleador do Santos. Dirigido por Zezé Moreira, técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1954, o São Paulo alcançou a consagração com uma rodada de antecedência, vencendo o Guarani por 2 a 1 em Campinas. Em 1970, ano do bicampeonato, a base era a mesma. Na decisão bastava o empate, mas o Tricolor não deixou por menos e bateu o Palmeiras por 1 a 0, gol de Toninho Guerreiro. Naquela mesma temporada, no primeiro Campeonato Brasileiro da história, o São Paulo ficou atrás apenas do Atlético Mineiro comandado pelo técnico Telê Santana. Nos anos seguintes, decai o Santos de Pelé e se agrava a crise do Corinthians. São Paulo e Palmeiras repetiram várias vezes um duelo particular. Em 1972, o Palmeiras ficou com o título por ter um ponto a mais. Em 1973, a briga foi em uma final de Campeonato Brasileiro. Novamente Palmeiras campeão, outra vez São Paulo vice. No ano seguinte, 1974, foi a vez de priorizar a Libertadores da América. O Tricolor chegou na final contra o Independiente, da Argentina e perdeu no jogo de desempate. A equipe de 1975, sob o comando do ex-goleiro José Poy, já tinha uma cara diferente daquela que era treinada até então por Zezé Moreira. O São Paulo fica com mais uma taça de Campeão Paulista, derrotando a Portuguesa nos pênaltis e terminando o campeonato invicto.

1976 - 1979: tempos de afirmação

Waldir Perez, Chicão e Serginho foram os donos da festa na campanha do Campeonato Brasileiro de 1977, conquistado no Mineirão, contra o Atlético Mineiro. Nos anos seguintes, nenhum outro título relevante até 1980. Tempos de Zé Sérgio e Serginho Chulapa, agora maior artilheiro da história do clube.

Anos 1980: década tricolor

Nos anos 1980, o São Paulo conquistaria um número impressionante de títulos. Na zaga, talvez a melhor dupla de zaga de um time brasileiro em todos os tempos: Oscar e Dario Pereyra. Bi paulista em 1980 e 1981. Em 1984, Cilinho revelaria ao mundo os "Menudos do Morumbi": Silas, Müller e Sidney. No ano seguinte, a taça do Paulista ficaria no Morumbi, com um time velocíssimo, talentoso e inteligente. O ataque tinha Careca, centroavante mortal que iria à Copa do Mundo de 1986, e o meio-campo tinha Falcão, recém-chegado da Itália, já considerado o "Rei de Roma". Em 1986, o técnico Pepe lideraria o time para a conquista do segundo Campeonato Brasileiro, em cima do Guarani, decidido nos pênaltis. 1987 seria o "adeus" de Don Darío Pereyra da zaga Tricolor, e também a última taça levantada pelos "Menudos". A "Década Tricolor" ainda reservava mais um Paulistão, o de 1989. 1990 - 1995: a era Telê

Em 1990, o time não engrenou no Paulista e acabou eliminado na fase de repescagem. O fracasso no torneio estadual abriu os olhos da diretoria e, para pôr ordem na casa, o time chamou o lendário técnico Telê Santana. Telê chegou ao Morumbi a tempo de levar o time à final do Brasileiro daquele ano, vencido pelo Corinthians. Em 1991, depois de três finais de Brasileiro consecutivas, o São Paulo conquistaria seu terceiro título em cima do Bragantino de Carlos Alberto Parreira. E o segundo semestre reservava mais alegrias para a torcida Tricolor. A eliminação na repescagem do Paulista no ano anterior obrigou o São Paulo a disputar o torneio em um grupo com times mais fracos da série A1. O reencontro com os maiores rivais só aconteceu nas finais, culminando com uma vitória incontestável sobre o Corinthians na primeira partida da decisão (3 a 0). No segundo jogo, empate sem gols e o título. O ano de 1992 dá início ao período de consagração internacional do São Paulo. A equipe de Telê, Zetti e Raí chega à final da Libertadores. Na primeira partida da final, em Rosario, o Newell's Old Boys venceu por 1 a 0. No jogo de volta, vitória do Tricolor pelo mesmo placar e, finalmente, o título da Libertadores, nos pênaltis. A seqüência de títulos continuou naquele ano histórico. O sonho do Mundial Interclubes em Tóquio finalmente chegara. O adversário era o FC Barcelona de Johann Cruyff: São Paulo 2 a 1, de virada. Na volta, a final do Paulista e novo título. O Palmeiras, que amargava uma fila de 16 anos, teve que esperar mais um pouco. Raí já era um dos maiores jogadores da história do São Paulo e ficou no clube somente o suficiente para vencer mais uma Libertadores, em 1993, contra o Universidad Católica. Após a saída do craque para o PSG, da França, Telê remontou o São Paulo com Leonardo comandando o meio-campo do time que brigaria pelo segundo título Mundial em Tóquio. O adversário era o AC Milan de Fabio Capello. O jogo foi disputado e, quando o árbitro se preparava para encerrar o jogo, Muller marcou um inesperado gol de calcanhar, após dar as costas para o lance. Resultado: São Paulo bicampeão mundial. A equipe ainda conquistou a Recopa Sul-Americana vencendo o Cruzeiro. Em 1994, o São Paulo novamente chegou à final da Libertadores, mas perdeu o título nos pênaltis para a equipe do Velez Sarsfield. Porém o ano não foi perdido: enquanto os titulares disputavam a Libertadores, a equipe reserva do São Paulo (também chamada de "Expressinho") conquistou a Copa Conmebol (precursora da atual Copa Sul-Americana), superando o Peñarol. Além disso o clube sagrou-se bi-campeão da Recopa Sul-Americana vencendo o Botafogo. 1996 - 2004: choque traumático pós-Telê

Rogério Ceni, líder do time na era pós-Telê.No início de 1996, por questões de saúde, Telê é obrigado a deixar o São Paulo, dando fim à época de ouro do time. Depois dele, entre 1995 e 2004, 14 técnicos passaram pelo tricolor sem se firmar. Nesses dez anos, os únicos destaques do time liderado por Rogério Ceni, que também contou com Luis Fabiano e Kaká foram o Paulista de 2000 e o primeiro título do Torneio Rio-São Paulo, em 2001. O ídolo Raí ainda retornaria ao time em uma passagem relâmpago, para conquistar o título paulista de 1998, em cima do rival Corinthians. Émerson Leão assume o time no final de 2004, após "fracasso"(eliminado nas semi-finais) na volta à Libertadores com o time formado pelo técnico Cuca. 2005 - 2007: Apogeu são-paulino

Em 2005, com Leão, o São Paulo ganha força e inicia uma nova trajetória de conquistas, ganhando com facilidade o Paulista. Leão deixa o time, mas Paulo Autuori, que treinava até ali a Seleção Peruana, não diminui o entusiasmo, levando a equipe à final da Libertadores, contra o Atlético Paranaense, a primeira da história da competição entre dois times do mesmo país. Com 1 a 1 em Porto Alegre (já que o adversário foi obrigado a jogar fora de seu estádio pelo mesmo não comportar o mínimo exigido pela Conmebol), e uma bela vitória de 4 a 0 em casa, no Morumbi, o São Paulo conquista a Libertadores da América de 2005 e é o primeiro time brasileiro a ser tricampeão dessa competição. Em dezembro de 2005, disputa no Japão o Mundial de Clubes da FIFA. Na primeira partida derrota o Al Ittihad da Arábia Saudita por 3 a 2 e na final derrota o Liverpool FC da Inglaterra por 1 a 0 com gol marcado por Mineiro. Se torna o único clube brasileiro tricampeão mundial. Após o sucesso de 2005, o São Paulo entrou na temporada 2006 como o time a ser batido, enfrentando diversas dificuldades desde o início do ano. Paulo Autuori, o treinador campeão mundial, deixou o clube para treinar o Kashima Antlers, no Japão. Para substitui-lo foi contratado Muricy Ramalho, ídolo do clube nos anos 70 e treinador na década de 90. Devido desadequação do calendário do futebol brasileiro ao europeu, o Tricolor foi prejudicado pelo sucesso internacional de 2005, sendo obrigado a iniciar o Paulistão sem a realização de uma pré-temporada adequada. Mesmo assim, venceu todos os clássicos e teve o melhor ataque da competição, mas devido aos tropeços decorrentes do início, quando não utilizou o time titular, acabou com vice-campeão, atrás apenas do campeão Santos. Na Libertadores, o Tricolor mostrou força semelhante ao ano anterior, apesar de ser batido pelo Chivas Guadalajara nas duas partidas da primeira fase, inclusive no Morumbi, quebrando uma invencibilidade de dezenove anos. Mas o time cresceu nas fases finais, batendo o Palmeiras, Estudiantes e o próprio Chivas para alcançar sua sexta final, contra o Internacional. Mas o São Paulo jogou mal na primeira partida, perdendo em pleno Morumbi por 2 a 1. O empate em 2 a 2 na decisão em Porto Alegre deu o título aos gaúchos. O São Paulo também disputou a Recopa Sul-Americana, um torneio entre os campeões do ano anterior da Libertadores (no caso, o São Paulo) e da Copa Sul-Americana (Boca Juniors). Em duas partidas muito equilibradas, os argentinos levaram a melhor com uma vitória de 2 a 1 em Buenos Aires e um empate em 2 a 2 em São Paulo. Os três vice-campeonatos do ano foram a motivação para o Tricolor dedicar-se ao Brasileiro, no qual se sagrou campeão, antecipadamente, pela quarta vez, no dia 19 de novembro de 2006, após ter passado várias rodadas na liderança, inclusive alcançando um recorde de 27 rodadas seguidas na liderança. Em 2007, a equipe continuou de forma brilhante no início. Acumulando partidas do ano anterior, ficou 29 jogos sem perder, até ser derrotado pelo Necaxa no México pela Libertadores. Classificou-se, nesta competição, em segundo lugar de seu grupo, tendo o Grêmio como oponente nas oitavas-de-final, onde foi eliminado após vencer o primeiro jogo por 1 a 0 no Morumbi e perder o segundo por 2 a 0 no Estádio Olímpico em Porto Alegre. Na outra competição continental que disputou, a Copa Sul-Americana, no segundo semestre, o time passou por Figueirense e Boca Juniors (Argentina), mas sucumbiu diante do Millonarios, da Colômbia. No Campeonato Paulista de Futebol de 2007, terminou a primeira fase, novamente, na segunda colocação, perdendo apenas um jogo, para o São Caetano, mesma equipe que teria de enfrentar nas semifinais. Após um empate por 1 a 1 no primeiro jogo, o tricolor sucumbiu em pleno Morumbi ao ser derrotado pelo Azulão por 4 a 1, sendo eliminado assim da competição. A alegria do ano ficou por conta do bicampeonato brasileiro, o quinto título nacional da história do time, conquistado com quatro rodadas de antecipação, depois da vitória por 3 a 0 sobre o América-RN, no Morumbi, em 31 de outubro. Nunca na era dos pontos corridos time algum tinha sido campeão com tanta antecedência.


Desempenho em Campeonato Brasileiro Série A


Ano Posição Ano Posição
2006 1988 11º
2005 11º 1987
2004 1986
2003 1985 27º
2002 1984 17º
2001 1983
2000 11º 1982
1999 1981
1998 15º 1980
1997 13º 1979 -
1996 11º 1978 19º
1995 12º 1977
1994 1976 28º
1993 1975
1992 1974 10º
1991 1973
1990 1972
1989 1971



Títulos


Internacionais
Mundial Interclubes: 2 vezes (1992 e 1993)
Mundial de Clubes da FIFA: 1 vez (2005)
Taça Libertadores da América: 3 vezes (1992, 1993 e 2005)
Recopa Sul-Americana: 2 vezes (1993 e 1994)
Supercopa dos Campeões da Libertadores: 1 vez (1993)
Copa Conmebol: 1 vez (1994)
Copa Master da Conmebol: 1 vez (1996)

Nacionais
Campeonato Brasileiro: 5 vezes (1977, 1986, 1991, 2006 e 2007) .

Regionais
Torneio Rio-São Paulo: 1 vez (2001)

Estaduais
Campeonato Paulista: 22 vezes (1931, 1943, 1945, 1946, 1948, 1949, 1953, 1957, 1970, 1971, 1975, 1980, 1981, 1985, 1987, 1989, 1991, 1992, 1998, 2000, 2002 e 2005)
Torneio Início: 3 vezes (1932, 1940 e 1945)

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