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Vasco


Nome: Club de Regatas Vasco da Gama
Alcunhas:Clube da Cruz de Malta
Torcedor: Vascaíno, Cruzmaltino
Mascote: Almirante Português
Fundação: 21 de Agosto de 1898
Estádio: São Januário
Capacidade: 35.000
Presidente: Milton Bivar


História


Fundação

No final do século XIX, o remo era o esporte mais popular do Rio de Janeiro. Ainda que o ciclismo também fosse popular, o esporte de maior prestígio entre os comerciários da época era o remo, já que as bicicletas comportavam muitos custos. Quatro jovens, Henrique Ferreira Monteiro, Luís Antônio Rodrigues, José Alexandre de Avelar Rodrigues e Manuel Teixeira de Sousa Júnior, reuniam-se e remavam todos os finais de semana no Clube de Regatas Gragoatá, em Niterói. Moradores da cidade do Rio de Janeiro e cansados de terem que viajar até Niterói para praticarem seu esporte favorito, decidiram fundar um novo clube de regatas na cidade e logo conseguiriam mais adeptos à idéia. A primeira reunião para traçar os planos para a fundação de um clube de remo realizou-se no número 80 da rua Teófilo Otoni. Uma semana depois, no dia 21 de agosto de 1898, houve nova reunião, presidida por Gaspar de Castro. Dessa vez foi fundado o Club de Regatas Vasco da Gama, com um grupo formado então por 62 remadores, quase todos portugueses, em uma sala da Sociedade Dramática Filhos de Talma, na Rua da Saúde 293. Nesta ocasião, foi eleito presidente Francisco Gonçalves do Couto Jr., comerciante dos bairros da Saúde e Botafogo, com 41 votos. Em dois meses, o clube já contava com 250 sócios, o suficiente para solicitar para disputa dos campeonatos de remo. No dia 7 de novembro, o Vasco solicitava a sua inscrição oficial na União de Regatas Fluminense e, ao mesmo tempo, conhecia as cores do seu uniforme: camisa preta, com uma faixa branca sobre o peito e a Cruz de Cristo ao centro. A Cruz, a mesma que levou a bênção cristã aos povos da Índia, a faixa branca simbolizando o estandarte que Vasco da Gama recebeu de D. Manuel, o Venturoso, e a camisa negra representando os mares obscuros navegados pelas caravelas do navegador. O Vasco, para iniciar nas competições, comprou 3 barcos: Zoca, canoa de quatro remos; Vaidosa, baleeira de quatro remos; e Volúvel, baleeira de seis remos. Todas em madeira de cedro, ficavam guardadas num barracão na Ilha das Moças. A estréia oficial em competições aconteceu no dia 13 de novembro de 1898. A primeira vitória viria no ano seguinte, no dia 4 de junho de 1899, com Volúvel, e uma equipe formada por Adriano Vieira (patrão), José Freitas, José Cunha, José Pereira, Joaquim Campos, Antônio Frazão e Carlos Rodrigues. Em 1899, Francisco do Couto Jr., presidente do clube, renunciou devido à polêmica criada em torno da mudança de local da sede para o Passeio Público ou Praia de Botafogo. Ele saiu do clube, levando consigo boa parte dos associados, e depois fundando o Clube de Regatas Guanabara, situado no bairro de Botafogo. O ano de 1900 foi um marco na histórica rivalidade com o Flamengo. No primeiro páreo da história do remo brasileiro, chamado 'Club de Regatas Flamengo', a embarcação vascaína 'Visão' foi a vencedora.[3] No dia 18 de maio de 1902, ocorreu a primeira tragédia: a baleeira Vascaína, de doze remos, comprada em 1900, que rumava a Icaraí, virou devido a uma forte ventania, morrendo afogados três remadores. Outros nove foram salvos pelos pescadores José Joaquim de Aguiar Moreno, Antônio Silveira e o menino Martins de Barros, todos condecorados por bravura, pelo representante do rei de Portugal, D. Carlos. Todos eles ganharam títulos de sócios honorários do clube. Faleceram os remadores Luís Ferreira de Carvalho, Teodorico Lopes, José Pinto e Lourenço Seguro, os dois primeiros comerciários e os últimos comerciantes. Superada a dor da tragédia, o Vasco seguiu em busca das vitórias. Já em 1905, com mais de cem remadores, o iole Procelária vence seu primeiro campeonato de remo do Rio de Janeiro. No ano seguinte, conquista o bicampeonato. Desde o início, o Vasco se afirmou como um clube que romperia com a herança racista herdada dos tempos da escravidão. Já em 1904, os sócios do clube, numa atitude inédita até então nos clubes esportivos brasileiros, elegeram um mulato para a presidência, Cândido José de Araújo, que foi reeleito para o cargo em 1905. Na década de 1910, o Vasco começa a ampliar suas atividades e passa a disputar campeonatos de outro esporte: o tiro. Nessa modalidade, conquistou diversos títulos durante toda a década. Ao mesmo tempo, o remo continuava obtendo vitórias, e o clube alcançou o tricampeonato carioca nos anos de 1912, 1913 e 1914 e, posteriormente, o campeonato carioca de 1919.

Chega o futebol

Na mesma década, o futebol começa a se popularizar na cidade e, em 1913, o Botafogo, que inaugurava o seu campo de General Severiano, trouxe como convidado o combinado português formado por jogadores do Clube Internacional, Sporting Clube de Lisboa e Sport Clube Império. A vinda do combinado português animou a colônia portuguesa, e foram fundados clubes de inspiração lusitana: o Luso, o Centro Português de Desportos e o Lusitânia F.C. Alguns sócios do Vasco, também animados com o combinado, buscaram uma fusão com o Lusitânia, para a criação do futebol do Vasco. O Lusitânia resistiu, pois seu estatuto o definia como um clube "apenas para portugueses", ao contrário do Vasco, que surgira para unir "sob a mesma bandeira irmãos de diferentes raças". A fusão, porém, era inevitável. Isso, porque a norma da Liga Metropolitana de Sports Athleticos (LMSA), que gerenciava o futebol carioca, só permitia a participação em seus quadros clubes que tinham ao mínimo um brasileiro. Por isso, em 26 de novembro de 1915, o Vasco e o Lusitânia aprovaram finalmente uma fusão, passando o Vasco a incluir também o futebol em suas atividades. Para se filiar, o clube teve que fazer uma coleta entre seus associados para conseguir os 500 mil-réis necessários para se tornar membro da LMSA. Finalmente o Vasco estreou seu time na terceira divisão, no dia 3 de maio de 1916, sofrendo uma terrível goleada de 10x1 para o Paladino F.C. O primeiro gol da história do Vasco foi marcado por Adão Antônio Brandão. A primeira vitória ocorreu em 29 de outubro de 1916, 2 a 1 sobre a Associação Atlética River São Bento, partida válida pela terceira divisão. Em 1917, a LMSA foi reformada, passando a se chamar Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT) e ampliou o número de participantes, passando o Vasco para a segunda divisão. Em 1920 venceu a segunda divisão, passando a disputar a série B da primeira divisão. Em 1922, ainda sem campo próprio, aluga um estádio na rua Morais e Silva, na Tijuca. Vence o campeonato da série B nas três categorias, conquistando a Taça Constantino. O jogo decisivo para a subida para o grupo A foi disputado em 17 de julho de 1922, quando o Vasco goleou o Carioca por 8 a 3. Finalmente o Vasco partia para o grupo de elite do futebol carioca. Em 1921 o Vasco voltou a conquistar o campeonato carioca de remo.

1998 - o centenário

Em 1998, houve grandes festividades pelo centenário do clube. No Carnaval, a G.R.E.S. Unidos da Tijuca homenageia o navegante português Vasco da Gama, e aproveita para levar para a Marquês de Sapucaí toda a história de glórias do Club de Regatas Vasco da Gama. O samba-enredo foi imortalizado pelos torcedores vascaínos antes mesmo do Desfile das Escolas daquele ano e, até os dias atuais, é cantado em cada jogo do Gigante da Colina. O clube também voltou a vencer o Campeonato Estadual de Futebol, o Campeonato Estadual de Remo e, no Basquete, conquistou o Campeonato Sul-Americano e ficou em 3º no Campeonato Nacional. A conquista da Taça Libertadores da América, segundo Título Sul-Americano do Clube, aconteceu justamente durante as comemorações do centenário. A partida final aconteceu no dia 26 de agosto, 5 dias após o aniversário do clube, contra o Barcelona de Guayaquil (EQU), time do ex-vascaíno Quiñoñez, que havia eliminado o Cerro Porteño (PAR). Depois de vencer e convencer contra Chivas (MEX), América do México, Grêmio e Cruzeiro, o Vasco encarou o favorito River Plate em uma das semifinais, fazendo uma "final antecipada" da competição. No primeiro jogo, em São Januário, Vasco 1x0 - gol de Donizete, o Pantera, o que rendeu o seguinte comentário do técnico argentino: "O Vasco não é grande coisa". Diante de mais de 50 mil torcedores, o River vencia por 1x0 em pleno Monumental de Nuñez, porém nos minutos finais, Juninho Pernambucano faz, de falta, o gol que levaria o Vasco à sua mais tranqüila decisão dos últimos anos. Primeiro jogo, Vasco 2x0; segundo jogo, Barcelona 1x2 Vasco, diante de mais de 80 mil torcedores equatorianos. O ponto máximo das celebrações foi a missa campal realizada no estádio São Januário, com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima sendo levada ao clube. A alegria do centenário só teve uma adversidade: a perda do Mundial Interclubes, no Japão, para o Real Madrid, por 2x1. Logo após, em 1999, a equipe cruzmaltina se sagrou campeã do Torneio Rio-São Paulo. Voltou a vencer no Estadual de Remo, e no Basquete conquistou novamente o Campeonato Sul-Americano, ganhando também a Liga Sul-Americana do esporte. No campeonato nacional de basquete, foi o segundo colocado. No mesmo período, o Vasco incorporou diversos atletas de natação do Fluminense, como Luiz Lima e outros. Também foram contratados atletas de ponta de diversas modalidades, no chamado Projeto Olímpico. O clube passou a investir, além das modalidades tradicionais, em modalidades novas, como Volêi de Praia e Boliche. 2000 até hoje, mais títulos importantes

Em 2000, o Vasco conquistou a Taça Mercosul numa final histórica contra o Palmeiras, quando virou um jogo perdido de 3 a 0 para 4 a 3; e levantou a Copa João Havelange, que foi o campeonato brasileiro de 2000, em uma final tumultuada com o São Caetano (em que o alambrado do estádio São Januário desabou com a superlotação), porém, um título considerado justo, eis que foram realizados três jogos com o São Caetano, com os seguintes placares: 1 a 1 (em SP), 0 a 0 (no jogo suspenso no RJ) e 3 a 1 na final no Maracanã. O basquete voltaria a vencer a liga sul-americana em 2000 e o campeonato nacional em 2000 e 2001. Os anos seguintes foram de pouca alegria para os vascaínos, com exceção de 2003, quando a equipe conquistou seu 22º título estadual ao bater o Fluminense na final. No Campeonato Brasileiro, porém, o time não tem conseguido fazer boas campanhas, chegando a ficar ameaçado de rebaixamento em 2004 e 2005. A exceção foi o ano de 2006, quando a equipe ficou em sexto lugar, a dois pontos de conquistar a vaga na Taça Libertadores do ano seguinte. Na Copa do Brasil, a participação do Vasco foi marcada por derrotas para equipes inexpressivas, como XV de Novembro de Campo Bom e Baraúnas, até 2006, quando conseguiu chegar à sua primeira final em toda a história da competição – embora já tenha alcançado a fase semifinal cinco vezes (sendo a mais recente na edição 2006, contra o Fluminense). Conquistou a vaga na final de 2006 ganhando de 1x0 do Fluminense no primeiro jogo e empatando no segundo jogo em 1x1. Na decisão, porém, sucumbiu diante do arqui-rival Flamengo, perdendo as duas partidas (0 a 2 e 0 a 1).


Desempenho em Campeonato Brasileiro Série A


Ano Posição Ano Posição
2006 1988
2005 12º 1987 10º
2004 16º 1986 13º
2003 17º 1985 11º
2002 15º 1984
2001 11º 1983
2000 1982 10º
1999 1981
1998 10º 1980
1997 1979
1996 18º 1978
1995 20º 1977 12º
1994 13º 1976 12º
1993 20º 1975 20º
1992 1974
1991 11º 1973 14º
1990 12º 1972
1989 1971 12º



Títulos


internacionais
Taça Libertadores da América: 1998.
Copa Mercosul: 2000.
Campeonato Sul-Americano de Campeões: 1948.
Nacionais
Campeonato Brasileiro: 4 vezes (1974 , 1989, 1997 e 2000 ).

Regionais
Torneio Rio-São Paulo: 3 vezes (1958, 1966 e 1999).

Estaduais
Campeonato Carioca: 22 vezes (1923, 1924, 1929, 1934, 1936, 1945, 1947, 1949 , 1950, 1952, 1956, 1958 , 1970, 1977, 1982, 1987, 1988 , 1992, 1993, 1994, 1998 e 2003).
Taça Guanabara: 11 vezes (1965, 1976, 1977, 1986, 1987, 1990, 1992, 1994, 1998, 2000 e 2003).
Taça Rio: 9 vezes (1984, 1988, 1992, 1993, 1998, 1999, 2001, 2003 e 2004).
Copa Rio: 2 vezes (1992 e 1993).
Torneio Início: 10 vezes (1926, 1929, 1930, 1931, 1932, 1942, 1944, 1945, 1948 e 1958).

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