HERÓI

QUADRINHOS DA PARAÍBA - 30 ANOS DE HISTÓRIA (Outubro de 1993).
(Postada originalmente em 16/07/2005 no http://fotolog.terra.com.br/hqpb)

Pouco tempo depois do lançamento da "20 anos de Velta", acontecido com grande pompa numa exposição em 23/09/1993, novamente Juca Pontes, e dessa vez ajudado por Marcos Tenório (antigo coordenador do caderno 2 do jornal "A União", que primeiro publicou Velta profissionalmente em 01/08/1975), conseguiu o apoio do Governo do Estado para imprimir uma edição comemorativa ao 30º aniversário da 1ª revista em quadrinhos publicada na Paraíba: "As aventuras do Flama", por Deodato Borges, em 1963. Para isso, voltaram a ser convidados os artistas mais atuantes na área, e alguns do passado. Coincidentemente, também se completava UM SÉCULO da fundação do jornal "A União", o grande incentivador, na década de 70, do aparecimento de novos valores artísticos/quadrinísticos e literários da Paraíba.
A edição foi um luxo só, e impressa na gráfica de "A União". Formato grande, capa em cores e plastificada, e com uma programação visual toda feita por profissionais do ramo, como Tônio, Milton Nóbrega e Nilton Tavares. Os textos ficaram por conta de Juca Pontes, Marcos Tenório, Eduardo Souza Lima, e Edilberto Coutinho, com revisão de Antonio Morais. Um trabalhão com uma equipe qualificada.
Fui contatado dois dias antes da revista ir para a gráfica, e não tinha nenhum material pronto. Eram 5 páginas a serem feitas. O jeito foi improvisar. Desenhei rapidamente apenas uma página e meia, e completei as demais com montagens de artes feitas para editoras dos EUA. Saiu então, a "Onde estão eles ?", com Velta, num misto de seriedade e humor. Participaram mais: Assis Valle, com seu humor infantil "Cuca", em 4 páginas; Deodato Filho (já começando a ficar conhecido nos EUA como "Mike Deodato Jr.") e seu pai Deodato Borges, na HQ "Verso e reverso", em 5 páginas; "O Conde" desenhado por Tônio e com texto de Tenório, em 4 páginas; Cristóvam Tadeu com seus humorísticos "Bartolo, o bêbado", "Ostradamus", "Lampirão", "Herr Fróide", Neuroses e Baratos afins, em 7 páginas; a republicação do Flama de 1963, em "O caso do Dragão vermelho", por Deodato Borges, com direito ainda a entrevista com o mesmo e um desenho comemorativo, arte-finalizado pelo seu filho "Mike"; e os textos: "O Celeiro Paraibano", "30 anos das Histórias em Quadrinhos na Paraíba", "Flama: 30 anos de história", "Outro Deodato, 30 anos depois", "Brasileiro desenha herói de Alan Moore", "Deodato, ou Mike dos States" (duas matérias dando ênfase à penetração de Deodato Filho no mercado de HQ dos EUA), "Maria, uma solteirona conscientizada", "O Conde, um vampiro neurótico", "Velta, uma loura boazuda", e "Leve Metal: uma presença dos quadrinhos na Paraíba."
O lançamento ocorreu por ocasião das comemorações dos 100 anos de fundação do jornal "A União", com uma festança das grandes (os salgadinhos estavam excelentes), uma exposição, e nossa presença.
A edição acima é hoje esgotada, e só consegui guardar uns 2 ou 3 exemplares de lembrança. Vendi muitos pelo correio. Não sei se foi colocada nas bancas pelo pessoal do jornal "A União".
Depois daí, foram mais de CINCO anos sem novos lançamentos profissionais impressos em off-set...
A seguir: "25 anos de Velta", em 1998.
Agradeço a visitação e comentários de todos. E vem aí uma BOA SURPRESA, no dia 1º de agosto de 2005. Aguardem, portanto.
Grande abraço a todos.
Emir

Comentários (8):

Em 16/07/2005, às 22:52:58, Michelle Ramos disse: EU TENHO!!!!!!! Sacanagem Emir eu ia postar isso hehehe, mas ficou bacana saber como vc tem raridades em casa! Cara se eu chegasse aí vc ia ter que tomar cuidado para eu não levar tuas revistas hehehehe, por que com minhas conversas eu levava até a Velta se ela estivesse na sua casa! Muito legal mesmo esse trabalho, mostra a grande quantidade de criativos desenhistas que existem e saem da Paraíba, as tiras e Hqs foram ótimas de ler, parabéns pelo seu trabalho. Beijão.

Em 17/07/2005, às 08:29:45, Edvânio Pontes disse: Olha... eu geralmente comento como é bom ler suas ´´aventuras´´ por esse mercadão! Mas hoje... quero SABER o que é que vem dia 1º de agosto! Deixa de ser gaiato, mestre!! Desembucha de uma vez se não a negada morre antes!! kkk. Abraços!!

Em 17/07/2005, às 15:09:40, ATREVIDAS disse: Olá! Parabéns pelos desenhos! Vc é um gênio! Tenha uma boa tarde. Bjos da Ali!

Em 18/07/2005, às 08:37:26, Sandro Marcelo disse: Não quero estragar, mas vou palpitar: essa surpresa deve ser aquela edição que Emir andou falando que tava batalhando pra sair colorida, no mínimo! Parabéns, mestre pelo sucesso em suas batalhas de publicações, e esse livro é mais uma prova disso!

Em 18/07/2005, às 10:28:57, Rafael Tavares disse: Quanta história, hein?? Muito importante tudo isso!! Deveriam haver mais momentos como esses, pois os quadrinhos merecem!! Emir, obrigado pela visita ao Super Zines!! Vocês viram como surgiu, agora vejam como funciona:
www.fotolog.terra.com.br/superzines

Em 18/07/2005, às 12:40:37, Erick Lustosa disse: Esse álbum é um documento fantástico da história em quadrinhos na Paraíba. O Melhor fica realmente pelo clássico "O Flama" do Deodato (Pai)... além de um desenho da personagem feita pelo filho do autor ("Mike" Deodato). Por sinal a HQ do Emir tá no mínimo sarcástica... com uma "criticazinha" a editores e seus prazos. Cara guardo esse documento histórico no coração! Que boas novas serão essas que os ventos paraibanos trazem, Emir?

Em 18/07/2005, às 17:28:07, JOSEILSON disse: A TURMA É FOGO, HEIM. EMIR. QUEREM A TODO CUSTO ESTRAGAR A SURPRESA. ESQUENTA NÃO, SEI QUE ESTÁ BEM GUARDADA E É COISA BOA. POIS É CARA ESSE ESTADO AÍ É ABENÇOADO HEIM. QUANTOS GÊNIOS E ESPAÇO PRA OUTROS TANTOS. ACABEI DE POSTAR A 3.ª PÁGINA DA HQ DO LUZ QUE ESTOU FAZENDO. PASSA LÁ E COMENTA (SE TIVER UM TEMPINHO É CLARO). MANDA ALGUM LINK PRA NOVOS DESENHOS TEUS RAPAZ.
www.fotolog.terra.com.br/joseilson ABRAÇÃO PROCÊ.

Em 20/07/2005, às 15:20:32, Reno disse: Eu quero me mudar para a Paraíba!!!!!

14/10/2005 21:57:58) Rod : Estou aqui no giga também Emir, se der me adicione nos seus favoritos!

25 ANOS DE VELTA (1998)
(Postada originalmente em 20/07/2005)

Permanecendo na decisão de lançar apenas edições especiais de vez em quando, soube de um programa da Prefeitura de João Pessoa, regido por uma Lei de nome "Viva Cultura", cujo objetivo era o de apoiar projetos artísticos de todas as correntes - todo cercado de cuidados e burocracia, afinal era dinheiro público. Fazia-se um projeto escrito, dizendo os objetivos, tempo de realização, orçamento e apresentando relatórios mensais. O chato era ter de procurar empresas para que essas concordassem em destinar parte do imposto pago à Prefeitura para o projeto. E acreditem, até para isso as empresas se negavam a colaborar, e o dinheiro nem era delas, mas sim do imposto pago. Muita gente levou chás de cadeira, agüentou mau humor e chatices mil para que empresários concordassem com a proposta. No meu caso, não levei tanto fora assim, e dei sorte com o Hotel Tambaú. Fui muito bem recebido e todo o processo transcorreu sem complicações. Porém, o Gerente do Hotel me pediu para esperar concluir o apoio a outro projeto que chegara antes do meu, e também aguardar os meses posteriores de mais freqüência de hóspedes para conseguir o suficiente para a impressão, e estes só aconteciam no início de 1999. A edição, portanto, iria atrasar.
Só ficou pronta em abril de 1999. Como ainda havia um 2º distribuidor de revistas na cidade, não precisei incomodar o bom Gerente Hélio, da outra distribuidora, que havia me ajudado antes. Porém, como era uma distribuidora pequena, não alcançaria a quantidade de bancas da sua concorrente. Mesmo assim, apesar de ter sido uma edição de luxo a um preço meio salgado (R$ 20,00), vendeu bem.
Com o andar do tempo, vendi-a pelo correio, e em outras ocasiões. Chegou a algumas bancas de Natal, RN, levada pela turma do Reverbo para uma pequena distribuidora de lá. Em troca, coloquei nas bancas de João Pessoa as revistas Bio 47.
Da tiragem original de pouco mais de 2 mil, ainda tem disponíveis para venda - talvez - uns 300 exemplares da "25 anos de Velta", numerados e autografados.
A repercussão foi tão boa que inclusive, naquele ano, com a abertura da primeira página na internet sobre Velta, feita pelo João Eduardo Santos, de Recife, PE - a Assembléia Legislativa da Paraíba, por iniciativa da deputada Olenka Maranhão, prestou uma homenagem a mim e à passagem dos 25 anos de Velta.
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Aproveitando o espaço de sobra, respondo aos comentários da postagem anterior.
- À Michelle Ramos: Nem imaginava que vc iria postar a "Quadrinhos da Paraíba - 30 anos de história". Foi uma coincidência. Se vc vier aqui, ficarei de olho vivo nas suas mãos (Eh! Eh!)

- Aos Edvânio e Sandro: Calma, que o dia 1º de agosto está perto, mas infelizmente ainda não é sobre o novo álbum "Velta 2005 - Nova Identidade". Será um presentinho para todos vocês, comemorando os 30 anos da minha primeira publicação profissional, no jornal "A União", em 01 de agosto de 1975.

- Ao Rafael: Pena que para haver momentos assim é preciso tanta luta. Mas o fato é que, se não tentarmos, insistirmos e inovarmos, nada muda.

- Ao Erick: Essa edição foi importante em todos os sentidos, e uma das mais luxuosas. Não se preocupe, que guardo tudo isso do passado, inclusive as tiras de jornais e suplementos de quadrinhos que saíram desde 1975.

- À Ali Atrevida: Nossa ! Chamar-me de gênio ?! Assim acabarei convencido.

- Ao Joseilson: Infelizmente meu tempo esta cada vez mais curto, pois chegaram mais trabalhos para fazer. Mas, vez por outra dou um pulinho nos fotologues, mesmo rapidamente.

- Ao Reno: Se vier para cá um artista como você, aí sim vou desconfiar que o estado da Paraíba é mesmo abençoado.

A todos, muito grato pelas visitas, comentários e sobretudo pela consideração, apreço e gentileza que sempre me dirigem. Assim, não há como não me sentir lisonjeado e orgulhoso com as visitas. Abração, e até a próxima.
A seguir: a primeira edição de Velta com circulação nacional, em formatinho, e toda colorida.

Comentários (9):

Em 20/07/2005, às 15:58:46, Emir Ribeiro disse: O que dá a pressa !! Acabei esquecendo de dar os créditos da capa. Mozart Couto fez o lápis, o já Mike Deodato Jr.fez parte da arte-final, e completei o restante. Meus filhos Emir II e Deivid fizeram as cores. No desenho, Velta, o Homem de Preto, Nova, Garota de Borracha e Myra se juntam para combater a bizarra Doroti. Na página de abertura desta edição ainda contei com um desenho do Bené Nascimento (hoje, Joe Benett), o qual arte-finalizei. Enfim, foi uma edição cheia de convidados ilustres. Tem 122 páginas e formatão. Abs. Emir

Em 20/07/2005, às 16:35:52, Sandro Marcelo disse: Mais História do Quadrinho nacional! Ótimas informações!!! Pena que não é relacionado ao novo álbum da Velta, mas sei que é coisa boa que vem por aí! Manda que nóis qué vê!!! Uma observação é o fato do Mozart arte-finalizado pelo Deodato! Ficou inusitado! Grande abraço!

Em 20/07/2005, às 17:31:43, Edvânio Pontes disse: SENSACIONAL, CHEFE!!! Puxa.... quero só ver o que aguarda o dia 1º! Ohhhhhhhhhhh!!! Você já pensou em fazer um biografia sua? Puxa! Você tem história pra caraca pá contar pá nóis!!! Abraços, mestre!

Em 21/07/2005, às 04:28:51, Lais loka disse: Desculpa, eu nem li oq vc escreveu! Mai, bem legal esse desenho!

Em 21/07/2005, às 08:25:16, José Emilio disse: Olá, Emir, sua observação valeu muito, vim agradecer a sua visita, (16/07/05) estive fora por alguns dias, o desenho que você se referiu foi feito as pressas, sem técnica nenhuma, mas valeu! Vou fazer uma visita no seu fotolog mais detalhada depois. - J.E. :)

Em 21/07/2005, às 09:30:07, Lucas Ed. disse: Grande capa, Emir! O preço da edição pra venda pelo correio são os mesmos 20 ronaldos? Vc podia postar essa página desenhada pelo Benett, hein? Seria demais! Grande abraço pra vc, Emir!

Em 21/07/2005, às 09:52:28, All Silva disse: Grande Emir, talvez essa seja a capa mais famosa da Velta pela Internet... Todo canto que eu digito aparece ela... heheheh... Mas ela tá muito massa, qualidade muito acima da média das nossas revistas nacionais até então... Abraços. All Silva

Em 22/07/2005, às 12:21:08, Laudo disse: Olá amigo Emir, está edição ficou excelente em todos os sentidos . Uma pena e é claro, compreensível, você não ter colocado mais edições assim para a gente se deleitar com nossa big loira.

Em 22/07/2005, às 16:51:58, Anderson Quespaner disse: Aí,aí.aí...pois é Velta e tudo de bom mesmo. A capa, tá maravilhosa.pena que não tenho nenhum exemplar dela pra pesquisas. Mas, tô aguardando as novidades.

GRAPHIC TALENTS nº 12 (VELTA) Junho de 2002
(Postada originalmente em 23/07/2005)

.Foi praticamente a primeira publicação de Velta a nível de massa, com grande tiragem. Tratava-se de uma coleção lançada pela Editora Escala, na qual apresentava um artista e um estilo diferente a cada número. Os que vendessem melhor, teriam título próprio.
Mas talvez tenha sido essa pluralidade de estilos a causa da derrocada da coleção, pois a cada nº, o expositor colocava-a num canto diferente, e a procura do público se dificultava. Seria preciso um olho bem treinado para achá-la. Mas, mesmo assim, as notícias que recebi de amigos, leitores e correspondentes foi de que a revista estava sumindo das bancas com facilidade. Sinal de estar vendendo muito bem.
Seja como for, a Editora nunca me deu números das vendas e parou, não só com a coleção "Graphic Talents", como qualquer futuro lançamento dos personagens apresentados nela. As más línguas de sempre, essa gente que adora puxar saco de quadrinhista estrangeiro e esculhambar com os nacionais, boataram que a Velta vendeu mal. Eu quis tirar isso à prova. Liguei para o setor onde estoca sobras das revistas da Escala e comprei 100 números para vender a leitores e amigos que não a haviam conseguido nas bancas. Aproveitei para manifestar um suposto interesse em comprar mais 5 mil exemplares para vendê-los junto com um determinado jornal aqui do meu estado. Enfim... contei uma história mentirosa, mas convincente. A pessoa que me atendeu, disse que só dispunha de 900 (novecentos) exemplares de sobra, e se eu quisesse os CINCO MIL, teriam de REIMPRIMIR. Ou seja, a Velta VENDEU MUITO BEM em qualquer hipótese. Vejam: se na hipótese mais pessimista foram rodados apenas 5 mil exemplares, então foram vendidos 4.100 (Quatro mil e cem) - um excelente porcentual de vendas para uma revista nacional. Mas houve quem me dissesse que as tiragens eram de 15 mil, e se assim foi, vendeu 14.100 (Quatorze mil e cem).
Porque a Velta não continuou pela Escala ? Este é mais um dos mistérios dos quadrinhos no Brasil...
A quem interessar, ainda tenho dessa alguns exemplares da edição, para venda. R$ 2,50.
E lembrem-se: os arquivos mais antigos que estou sendo obrigado a apagar estão re-postados, com os mesmos comentários da ocasião, neste outro fotologue: http://www.emir.gigafoto.com.br/

- Ao SANDRO MARCELO: Pelo contrário. Foi uma praxe nos trabalhos que fizemos para os EUA, Deodato finalizar sobre o lápis do Mozart . Aliás, além dele eu também o fazia. E não foram poucas vezes.

- Ao EDVANIO PONTES: Imagino que todos irão gostar da surpresa, apesar de ainda não ser sobre o novo álbum. Quanto à minha biografia, tem algo parecido já pronto, apenas aguardando uma editora interessada. Não contém esse nível de detalhes daqui, mas é um bom material reunido pelo Marco Aurélio Lucchetti, filho do grande R. F. Lucchetti.

- Ao JOSÉ EMÍLIO: Após a mais recente capa das edições, também tirarei umas férias daqui. Isso porque não terei mais material novo escrito e nem imagens escaneadas. O que estou publicando aqui já está pronto há meses, e como agora estou muito ocupado com encomendas, ficará difícil.

- Ao LUCAS ED: O preço da "25 anos de Velta" é R$ 20,00, mas pode vir uma boa oferta por aí. Fique no aguardo e não perca a chance, caso ela apareça. Outra ótima é das 4 HQs de Velta vs. Doroti, da mesma edição, em cores e num disco CD-rom por só R$ 7,00. Quanto à página do Bené poderei postar, mas não vou prometer uma data. Vai ser quando eu tiver uma breve folguinha.

- Ao ALL SILVA: Com tanto fera me ajudando nessa capa, não poderia ser diferente dela ser a mais famosa pela internet.

- Ao LAUDO: Velho amigo, sempre fui a favor de formatões e sendo coloridos, é melhor ainda (esse da "25 anos" não foi, infelizmente). Pena que seja tão caro imprimir um, senão já haveriam muitos meus por aí.

- Ao ANDERSON QUESPANER: Aguarde que breve você poderá ter um exemplar dessa "25 anos de Velta". E para quem não sabe, o Anderson aprontou junto com o Salaza uma versão mangá de Velta.
Grato a todos. EMIR

Comentários (9):

Em 23/07/2005, às 14:15:25, Anderson Quespaner disse: Olá, Emir.Tudo bem. Poxa, eu sabia que tinha essa revista nas bancas. mas, não consegui comprar o exemplar. Mas, o engraçado e que saiu vários trabalhos por esse selo da Ed. Escala.

Em 23/07/2005, às 18:01:58, Lucas Ed. disse: Bem, eu sempre tive um certo ranço pela escala, que conta com um péssimo serviço de atendimento ao cliente e uma péssima distribuição, além de ser uma editora que dá tiro pra todo lado: lançam um bom material, vc compra. No mês seguinte, não acha mais, e fica sem saber se realmente não saiu material novo ou se simplesmente não chegou à sua banca. Vc liga pra lá e, depois de um chá de espera, dois dias depois, a mulher te informa que a revista está "indisponível"!
Bléh! Aí eu boicotei. Infelizmente, Velta e Tristão, dois bons personagens dessa fase, saíram quando eu já boicotava a Escala. De modo que não os comprei... Mas agora... Ô Emir, rola frete em cima desses preços? De quanto? Abraço!

Em 24/07/2005, às 04:18:10, Dark Marcos disse: Grande Emir, Esta história das patacoadas da distribuição e dos bastidores de uma editora nacional são muito interessantes. Você bem sabe que o blog Âmago é "puxa-saco de herói gringo". Isso nas MINHAS PALAVRAS, porque eu assumo (sempre gostei daquelas tosqueiras, fazer o quê...) Mas isso nunca me fez ignorar o mercado nacional (ou mesmo de outros países). Uma das coisas que aprendi a gostar mais do que "Fulano X Muda de Uniforme" é analisar as implicações editoriais de cada mercado.
Com esse seu relato sobre a confusão da Escala (que não se limita só a ela) fica evidente uma espécie de descaso quanto a contabilização das vendas, o que é importantíssimo para que uma publicação dê certo (sei que parece óbvia minha observação, mas ainda existem profissionais de quadrinhos que ignoram isso, acredita?). A nerdaiada mais radical poderia dizer "só no Brasil mesmo! Vê se nos Estados Unidos acontece isso...". Mas... será que não acontece também?
Tudo bem que nos "isteitis" exista um sistema de distribuição mais sólido e, com a industrialização do mercado de quadrinhos, a chance disso naufragar é menor... mas não inexistente.
Falo isso porque, no seu caso, você, como autor, foi atrás do erro. Se um profissional americano fizesse o mesmo com uma revista que ele escreveu e/ou desenhou, talvez descobrisse absurdos desse tipo. Um exemplo claro, são títulos que aparentam sucesso, mas os editores teimam em cancelar/mudar/transformar/zerar/criseinfinitear... e por aí vaí.
Ou seja, talvez essa patacoada nos "isteitis" também exista, mas é eclipsada pelo volume e industrialização do sistema.
Ah, sim. E eu ainda bato na tecla do pior vilão editorial aqui no Brasil (e que, nisso, os "isteitis" realmente batem): a divulgação. Pouco se investe nisso. A hq é abandonada na banca como aquelas mães sem coração que abandonam seus bebês em latas de lixo. Se isso fosse melhor trabalhado, aliado, a uma conscientização de incentivo a leitura... quem segurava nóis, hein?

Em 24/07/2005, às 09:10:32, Edvânio Pontes disse: Essa eu TENHO! EU TENHO!!! ehehehe! Sensacional a sua ´´mentirinha´´ pra ter uma noção de venda! A Escala tem dessas mesmo. Aposta em um monte de seguimentos! Ainda assim, coloca até um certo material nacional de vez ou outra nas bancas! Essa iniciativa era boa. Como aquela de Desenhe e Publique! Que pena que num rendeu tanto! Abraço, mestre!

Em 24/07/2005, às 11:05:35, Laudo disse: Amigão Emir, muito interessante este seu relato e cai naquela velha história que às vezes, nós temos que torcer o nariz. Não sei até que ponto "o quadrinho nacional não vende" como muitos editores dizem por aí . Tenho consciência que é complicada esta questão . Um caso muito parecido com o que vc narra é da publicação em 1995 de "À meia-noite levarei sua alma" aquela adaptação para hq's do Filme do Mojica (Zé do Caixão), na ocasião me foi dito que vendeu mal esta edição, porém o Crounel Marins, filho do Mojica é dono de uma série de bancas aqui em SP e contou-me que nas suas e em outras bancas na ocasião, esgotaram as edições .... então ... como é isso ? O mesmo caso da nossa Velta .... o mesmo dizem de quadrinhos eróticos, pagam pouco para os desenhista que se habilitam fazer e geralmente moçada nova, porque dizem que vendem mal, porém a turma continua a lançar mais e mais ... nossa Tianinha, que vem de uma editora que não possui certos "vícios" de outras que publicam quadrinhos nacionais tem jogado limpo, vende bem, inclusive daí a vida longa da personagem e daí . Amigão,é imprescindível que continue contando para nós estes "causos" para procurarmos entender um pouco mais ... a situação ... Já te contei que certa vez vi um grafite da Velta numa banca, a loira é conhecida, meu chapa, então vender 3 ou 4 mil exemplares não é um bicho-de-sete-cabeças, não . Abração, meu velho !

Em 25/07/2005, às 08:50:02, Sandro Marcelo disse: Ahá!! Essa eu também tenho e o que ainda é melhor: Autografada pelo próprio Emir, no Ângelo Agostini em 2004!! Vale salientar que as histórias estão muito boas, e mostram detalhes de uma Velta bem humanitária na história em que é contratada por uma ricaça para recuperar a bolsa que um homem pobre havia roubado! Outra muito legal é aquela história em que um bandido descobre a identidade secreta da Velta! Gostei demais desta edição!

Em 25/07/2005, às 09:54:20, Vinghador disse: Eu tenho algo sobre a campanha "Prezado Editor."

Em 25/07/2005, às 11:19:18, Rafael Maia disse: Eu gostaria muito de comprar essa edição. Como eu faço? Obrigado e sucesso ( como se vc já não tivesse ).

Em 26/07/2005, às 10:21:08, All Silva disse: Grande Emir, pelo que eu vejo, com a proliferação e manutenção de vários zines pelo Brasil, fica impossível acreditar na cara-de-pau dos editores... E ainda por cima são ladrões, porque se "inventam" essa história de que quadrinho nacional não vende bem, pra que o autor não venha a ter participação nas vendas... Aí fica difícil sobreviver por aqui com essa "mentalidade" editorial... Mas como tem artistas persistentes como você, que nos mostra o que realmente acontece, podemos perceber que talento o Brasil tem, o que não temos são editores honestos... Continue sendo esse farol, Emir, pois eu, sendo jovem nesse ramo já tô escaldado com as dicas que você coloca aqui... Abraços. Allisson.

VELTA CONTRA O DEVORADOR (Setembro de 2002) (Postada originalmente em 26/07/2005)

Pouco depois da Velta ter saído em cores, num formatinho da editora Escala, foi lançado pela Opera Graphica um álbum de luxo com 52 páginas e 2 histórias em série. Capa pintada por Renato Guedes, que logo em seguida iria estourar com sucesso no mercado internacional. A HQ "Velta contra o Devorador" fora baseada numa outra saída nos tempos do jornal de colégio, em 1974. A tiragem foi limitada a apenas mil exemplares, numerados e autografados, como é de praxe nos lançamentos da editora. Se bem que, pelo que me consta e vi, houveram exemplares não numerados. E houve até quem boatasse que a tiragem era de fato, de 3.000 (três mil) exemplares, e a notícia de apenas mil visava só valorizar o produto. Mas, não sei se isso é verdade, e nada posso afirmar. Sei de certo, felizmente, que "Velta contra o devorador" foi o segundo álbum mais vendido da Opera Graphica, ficando atrás apenas da Mirza do Eugênio Colonnese. Compradores chegaram a vir a mim reclamar não terem mais encontrado o álbum na Comix Book Shop de São Paulo, mas soube posteriormente que o estoque foi reposto. A recepção do público a esse álbum foi tão boa, que fui convidado pela Opera e a Comix a estar presente no Fest Comix de outubro de 2002, onde autografei justamente "Velta contra o Devorador". Se a edição não tivesse uma saída tão boa, a editora e a gibiteria não teria gasto tanto dinheiro com passagens, hospedagem em hotel 5 estrelas, e pago todas as minhas despesas nessa ida até São Paulo. O fato, portanto, contraria os eternos críticos do quadrinho nacional.
Infelizmente NÃO tenho exemplares dele para vender. Quem quiser adquirir, só comprando através das bancas e gibiterias do sistema "HQ Club", pertencente à Opera Graphica, ou na Comix Book Shop, de São Paulo. O endereço é facílimo de descobrir na internet.

RESPOSTAS PARA OS COMENTÁRIOS ANTERIORES:

- Aos ANDERSON QUESPANER e RAFAEL MAIA: Para comprar o formatinho da Velta é só me mandar R$ 4,00 em selos novos de correio. Incluído o porte simples.

- Ao LUCAS ED.: Infelizmente é verdade. A Escala tem distribuição péssima e parece não ter o menor interesse em vender, pois publicidade é nenhuma. Não entendo. Conforme disse acima, tem um fretezinho de R$ 1,50 (porte simples) acrescido aos R$ 2,50 da edição.

- Ao DARK MARCOS: Vou resumir. Um amigo de longas datas e sem papas na língua disse certa vez que eu estava sendo burro ao comprar as traduções estrangeiras daqui, pois além de estar favorecendo a concorrência, ainda comprava material ruim apenas por compulsão de completar coleções. Na hora, me chateei, mas depois pensei melhor e vi que estava com razão. Daí, tomei a decisão de parar as compras e não mais fazer qualquer tipo de propaganda dos tais. Ou seja, o que transmito hoje já me foi dado por um outro. Perdi completamente o interesse em filmes, revistas ou seja lá o que se derive dos tais. É como infância, que passou e não voltará. Com relação à divulgação, vc está certo: poucos divulgam HQ nacional, mas em compensação milhões o fazem com a estrangeira - mesmo os próprios artistas. Ou seja, só quem perde com isso somos nós produtores. Se nem nós pensamos no nosso produto como algo empresarial, o que dizer dos editores e dos leitores ? Não há como condenar nenhum deles.
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Ao LAUDO: Quadrinho nacional vende, se DEIXAREM que ele venda. Está provado. Mas se os artistas não tomarem uma atitude empresarial, esquecendo as paixões e os arroubos de fã, e sendo práticos e objetivos, estaremos sempre à mercê dos editores e dos boicotes das máfias. O Salles me disse certa vez que havia um painel enorme de uma Velta desenhada na parede de uma Universidade de São Paulo (não lembro qual). Pena que hoje foi apagado. Bom saber, não é ?

- Ao SANDRO - Aquela HQ "Fome" vem causando polêmica desde 1986, quando da exposição em Jundiaí-SP, organizada pelo mestre Gedeone Malagola. A "ladrões e Assassinos" foi a 1ª HQ de Velta, publicada em março de 1973, no jornal escolar. Teve outra versão, antes da atual, no jornal "A União", em tiras diárias.

- Ao ALL SILVA - Os editores só praticam essas patifarias porque somos uma classe desorganizada, desunida e sem poder de barganha. É preciso mudar esse quadro, ou a HQ Brasileira nunca passará disso que foi, é e tende a ser. A persistência de 1 ou 2 é insuficiente. Vale lembrar o ditado: "Uma andorinha só não faz verão". Precisamos de mais chatos, insistentes, práticos e objetivos no nosso meio - tudo isso no BOM sentido, claro.
Abraços a todos e grato pelas visitas e comentários. E, claro desculpem a minha eterna falta de tempo, que já virou uma coisa crônica. Mas é a única forma de atender a todas as encomendas dentro do prazo requerido. Qualquer folga farei uma visita a alguns de vocês, mas nem posso prometer a quem e quando. Que correria !
EMIR

Comentários (9):

Em 26/07/2005, às 16:31:49, Sandro Marcelo disse: Essa aí eu também tenho!! E é uma das que ficou entre as 1.000, autografada no cartãozinho! Claro que em termos de autógrafo eu valorizo mais a da Escala, pois foi autografada pessoalmente, mas essa contra o Devorador é uma senhora Hq, muito boa em todos os sentidos pra calar a boca de muita gente que pensa que Velta é só bunda! Uma Hq que recomendo a todos que leiam. "Fome" é uma hq que eu gostei muito mesmo, me faz enxergar Velta de uma maneira especial. Parabéns, Emir, por mostrar que se pode fazer arte em quadrinhos com qualidade no Brasil! E se ainda não viu, acesse o fotolog do Marco Santiago: http://fotolog.terra.com.br/maasantiago:20 e veja meu trabalho de arte final sobre o desenho dele! Um grande abraço!

Em 26/07/2005, às 17:20:15, Cortizo disse: Uia, esse aí eu tenho!!! Tá guardadinho com muito cuidado. Recomendo! Abração, mestre Emir.

Em 26/07/2005, às 18:02:26, Gió disse: Pôxa essa revista deve ser massa! Aqui em vitória não chega nada disso. Conheça meus desenhos... Se sua vida anda sem sentido visite o fotolog:
http://fotolog.terra.com.br/tirinhasdogio Ela continuará sem sentido, mas você conhecerá meu Blog, rê, rê...

Em 26/07/2005, às 18:27:11, Cleiber Vieira disse: Grande Emir! É bom ter caras experiente como exemplo pra gente nova como eu que tá começando! valeu!

Em 26/07/2005, às 19:17:09, Allan Goldman disse: Que capa hein, Emir!!! Brincadeira!!! Muito massa! Daria uma boa capa de filme! hehehehe, abração!!

Em 27/07/2005, às 05:27:32, E. Artmann disse: Olhando 'daqui', com a baixa resolução da net, a Velta parece mesmo real, como se o artista tivesse trabalhado sobre fotos como fazia, por exemplo, Dave Mckean em algumas capas de Sandman; ou, no mínimo, a impressão de que ele usou modelo real como faz Boris Valejo. Muito linda, embora eu prefira capas com cenas de aventuras em gibis de aventuras. No fim, os cabelos e o olhar é que caracterizaram a personagem. Se as outras aventuras sempre serão bem vindas em coletâneas, essa merece reedição como álbum em catálogo para as livrarias especializadas. Um abraço!

Em 27/07/2005, às 09:29:07, Emolina disse: Emir muito legal a Editora ter te valorizado. Emir, se acontecer de você vir a São Paulo em algum evento de quadrinho, você faria o favor de me comunicar? Assim poderia ir pra lhe conhecer pessoalmente.

Em 27/07/2005, às 15:32:28, Lucas Ed. disse: Meu caro, é com enorme prazer que eu venho lhe avisar que acabo de postar uma homenagem aos desenheiros aqui da nossa comunidade do Terra, e que eu ficaria muito, muitíssimo grato se você fosse até lá prestigiar essa minha fanart, visto que você é um dos meus homenageados. Estou te esperando! Grande abraço! http://fotolog.terra.com.br/ochickeiroart

Em 27/07/2005, às 23:03:33, Lais loka disse: Muito bom!

HISTÓRIA DA PARAÍBA EM QUADRINHOS (Capa dianteira - Agosto de 2003) (Postada originalmente em 28/07/2005)

Tendo obtido sucesso na aprovação da edição com Velta em 1998, resolvi entrar com outra proposta para ser incentivada pela Lei "Viva Cultura", da Prefeitura de João Pessoa. E para isso, escolhi o antigo projeto da História da Paraíba em Quadrinhos, iniciado em 1975 nos bons tempos do jornal "A União", continuado nas revistas independentes entre 1978 e 1981, e engavetado até então, à espera de uma chance.
O texto e pesquisa foi de meu pai, Emilson Ribeiro, contando os principais fatos da história do estado, de 1532 até 2003. A maioria dos desenhos era de época bem passada, pois meu traço atual havia melhorado.
Também a Lei "Viva Cultura" havia mudado para "Fundo Municipal de Cultura", justamente para evitar as humilhações sofridas pelos artistas, quando iam procurar os empresários. Agora, o dinheiro viria diretamente do órgão público, sem a necessidade de se ir atrás de quaisquer empresas. A restante, continuava igual: tinha de se apresentar o projeto para ser aprovado por uma comissão, depois entregar relatórios mensais, e por fim, uma prestação de contas com notas, recibos e tudo o mais. Levou quase 4 anos para ser liberado parte do dinheiro, mas chegou em tempo de fazer o lançamento do dia 1º de agosto (a semana da fundação da cidade de João Pessoa, cuja data primeira foi 05 de agosto de 1585).
A segunda e última parcela veio sair quando eu estava na UTI de um Hospital em Recife, PE, após ter me submetido a uma cirurgia para me livrar de dois aneurismas cerebrais, os quais, felizmente descobri em tempo de acontecer o pior (que seria, possivelmente, morte quase certa).
A tiragem total da História da Paraíba em Quadrinhos foi a maior de todas: 3.500 exemplares. Imaginava que seria uma publicação de interesse da população, e poderia ser vendida também nas livrarias. No lançamento, vendeu apenas 33 exemplares.
Fui ao distribuidor de revistas de sempre, tentar colocá-la nas bancas ... e fui muito bem recebido..! As vendas ? Muito boas. Tanto que o distribuidor me pediu mais exemplares para colocar nas bancas. Mas aí, veio a máfia e atacou de novo. E até demorou 24 anos para me tirar o último ponto de venda: o do meu próprio estado. Quando pude trazer mais uma tiragem, informaram-me que a DINAP havia exigido exclusividade do distribuidor local. Ou seja: este só poderia vender revistas da Dinap, e os meus livros estavam fora. Haviam sobrado ainda uns 2.000 exemplares, dos pouco menos a metade está hoje estocada em minha casa, sem ter para quem vender, pois sendo uma história bem regional e específica, é de pouco interesse a pessoas de outros estados (apesar de muitos exemplares haverem sido vendidos para pessoas de outros estados).
Informarem-me haver outro distribuidor recém aberto. Fui lá várias vezes, onde me disseram que só o chefão, que morava no Rio de Janeiro e ia lá uma vez na vida, autorizava a recepção de revistas regionais. Pediram-me para voltar em diferentes datas, e nunca encontrei o tal sujeito. Na última, pediram meu telefone para avisar quando o chefão lá aportasse. Jamais me telefonaram. Desisti, então.
Tentei outras livrarias e bancas, individualmente, inclusive em Recife. Mas isso é muito problemático, por conta da desonestidade de muitos. Recebem os livros, vendem todos e não me repassam o dinheiro. Ficam enrolando, enrolando, e eu canso de ir cobrar, pois não tenho tempo para fazer papel de palhaço. E não são apenas livrarias ou bancas pequenas. Algumas grandes redes mafiosas também fazem o mesmo. Sinal de que esses patifes lucram e enriquecem roubando dos autores independentes, os quais não possuem tempo, estrutura financeira e nem jurídica para reclamar na justiça.

E lembrem-se: os arquivos mais antigos que estou sendo obrigado a apagar estão re-postados, com os mesmos comentários da ocasião, neste outro fotologue que contém mais espaço:
http://www.emir.gigafoto.com.br/ Abraços a todos e grato pelas visitas e comentários.

Comentários (10):

Em 28/07/2005, às 10:56:55, Sandro Marcelo disse: Esse... é, esse eu não tenho. Mas que sacanagem essa da Dinap!! São mesmo uns cachorros, viu? Exigir exclusividade! É sórdido o que esses caras fazem. Por isso precisamos lutar por nosso próprio espaço, nos livrar desses caras sebosos e criar meios de distribuição também. Infelizmente, a boa e velha grana ainda é imprescindível para isso! Parabéns pela sua luta, Emir, és um Guerreiro dos quadrinhos, mereces um personagem!! Abraços!

Em 28/07/2005, às 11:25:55, Lucas Ed. disse: Emir, dessa vez eu vou me abster de comentar a sua postagem. Queria agradecer a sua visita ao flog, na postagem do "Yes, nós temos heróis". Eu também acredito que se nós, que desenhamos, que queremos fazer aolgo nesse campo, nos uníssemos, seriamos imbatíveis. Acredito ainda que a referência seja válida: nos EUA, lá nos primórdios dos quadrinhos, foram criados sindicatos de desenhistas, para fazerem frente a exploração muitas vezes sofridas nas mãos dos jornais, que publicavam as tiras. Ora, esses sindicatos existem até hoje, sendo imbatíveis mesmo. Por que nós não fazemos o mesmo? Temos os meios (a internet), temos os talentos e temos certo know how, vindos de pessoas como você, que já passaram por muita coisa. A pergunta é: Por que não tentamos?
Abraços!

Em 28/07/2005, às 14:39:43, Tito Augusto disse: Amigo Emir, vc passou mesmo poucas e boas nas mãos desses pilantras, por isso sou seu fã n° 1, não se entrega para ninguém, tem personalidade e não fica igual a muita gente aí que só faz reclamar e fazer besteiras e se entupir de enlatados. Pior é que nesse nosso Brasil quem luta contra injustiça acaba sendo hostilizado, em vez de ficar a favor de gente de bem ficam do lado do vilão, hoje só é admirado quem é marginal drogado. Eu queria que viesse logo o Armagedon e Jesus voltasse para fazer uma limpeza nesse mundo iníquo, tenho certeza que vc seria um que o senhor chamaria para seu lado. Não comprei esse gibi mas vou comprar um dia, sei que deve estar muito bem desenhado e com pesquisa afiada. Tito

Em 28/07/2005, às 16:32:39, Emolina disse: Infelizmente mover a justiça seria impossível,acho que sobra mesmo é fazer o boicote contra quem vende e a Dinap é da Abril. O negócio é não comprar mesmo, eles gostam de fechar as portas e só visam lucros, por isso não dão chance pra ninguém produzir e conseguir um pequeno espaço. Eu já faço a minha parte, boicote total aos hqs enlatados,consumo só se for nacional, ate pelo menos as coisa mudarem um pouco.

Em 28/07/2005, às 16:57:26, Rafael Maial disse: Emir, eu gostaria de saber o seu endereço pra eu encomendar a revista da Velta pela Ed.Escala ( Graphic Talents). Abs .

Em 29/07/2005, às 00:34:30, Alzir Alves disse: Olá Emir, estou dando uma passada pra agradecer o comentário lá no AC comics, fique sempre a vontade pra aparecer por lá. Grande abraço.

Em 29/07/2005, às 10:14:24, Edvânio Pontes disse: Puxa! Podre esse lance da distribuição! A coisa é assim mesmo, mestre! A negada quer é ganhar sem precisar saber em quem está pisando! Pra vc ver como é as coisas... Mas ó, desanima naum (apesar de ser difícil)... Vc é um puta exemplo de perseverança pá nóis!!
Abraços, chefe!!

Em 29/07/2005, às 12:03:53, Samuel Bono disse: Fala Emir. Essa máfia de distribuição é igual, ou até pior que os próprios que aqui produzem e distribuírem os quadrinhos gringos. Infelizmente é assim.

Em 30/07/2005, às 02:00:41, Jean Ok disse: Essa história toda de máfia realmente é revoltante, mas me ocorreu uma coisa. Alguém sabe me dizer por que a Velta foi sacaneada pelas distribuidoras e o mesmo não aconteceu com Holy Avenger? Por que deixaram HA em paz? Alguém tem uma teoria?

Em 30/07/2005, às 12:01:54, Salaza disse: Caro mestre, não sei o que está acontecendo com o Kal, pois o Material de Velta mangá está com ele e nada de respostas dele. Eu e o Anderson resolvemos fazer o acabamento de retículas na hq e o balões ( isso seria o Kal) pois já está um tanto demorado. Digo isso pois terminei a muito tempo e ele sumiu o contato. Ele entrou em contato com vc? Bem, digo essas palavras pois só colocarei as reticulas e balões se assim o mestre quiser...
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