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Histórico do Grupo | ||||||||
Quando no início da década de 80, ainda no século XX, foi lançada a "pedra fundamental" do que seria, depois, o alicerce da Cia. de Teatro "ERUMAVEIS...", já fazíamos Brecht, Stanislavski, entre outros, sem mesmo nos darmos conta disso. a nós, na época, muitos crianças ainda, importava o facínio que o palco nos proporcionava, quer seja pelo destque entre os colegas, pelos aplausos que masageavam nosso ego, ou pelo "sentir-se amado" e reconhecidos em nosso bairro e cidade, com todas as implicações que isso traz. Não tínhamos consciência, nessa época, de que o nosso ingênuo "teatro na comunidade", permeado de números de danças, musicalidade e poesia, feitos nas cadeiras e entre escombros de um velho sobrado incendiado e para um público bem definido de crianças, donas de casa, operários, trabalhadores rurais, entre tantos moradores do jovem bairro que nasceu juntamente com o grupo, era uma manifestação do teatro Marxista, com sua crítica ácida e denúncia às mazelas sócio-culturais, na esperança de fazer a sociedade pequeno-burguesa enxergar o horror a que se resume a amrginalização da maioria indefesa. Era comum, por exemplo, em nossos trabalhos temas relativos ao desemprego, miséria, fome, favelização das cidades, exclusão social, entre outros. Nosso local de criações e ensaios, de poucos metros quadrados, entre panelas, fogão e geladeira. Como havia calor naquela cozinha! Calor humano. A sua dona, dona-de-casa e coordenadora do grupo, que intuitivamente recebera o prazer de atuar e dirigir teatro, assim como administrava e preparava seus caldos e molhos, filhos e marido, preparava-nos, apenas crianças, para a vida na arte. Com exatos 20 anos de vida na arte e constituição de um coletivo de trabalho, que reúne adultos, adolescentes e crianças, diferentes "fazedores/criadores" de teatro, hoje podemos dizer que abrimos mão de uma carreira solo (individual) para a construção e consolidação de um projeto comum, parecendo-nos a forma mais eficaz de contribuir, com nosso ofício, para a superação da barbárie que toma conta da sociedade brasileira nos últimos anos. Atravessamos um milênio, unidos pela ética em relação à vida e ao ofício, sem contudo nos mumificarmos. Amadurecemos a nossa ingenuidade de tempos atrás e mais conscientes de nosso papel como "fazerores/Criadores" de teatro, interessados em reconstruir a vida social e política a nossa volta, ultrapassamos com nossa arte as fronteiras da comunidade, onde essa mesma arte nasceu. Profissionalizamo-nos, contudo, nutrimos um profundo respeito pelo teatro amador: - Somos sua cria e herdeiros de uma trupe de artistas que fizeram das ruas, praças, carrocerias de caminhões e naves de igrejas, seus palcos. De um espaço para criações e ensaios, evoluímos da cozinha, para o gramado em frente ao velho sobrado incendiado e debeixo da copa de uma grande árvore, depois para o pátio de escola, até tornar-se realidade, mais recentemente, o "Galpão de Artes "ERUMAVEIS..." ". O nosso espaço, livre das pressões de qualquer espécie que possa embotar o senso criativo do artista. Um espaço de encontro dos "fazedores/criadores" de teatro, em celeiro de idéias, espetáculos, oficinas e experiências, onde armazenam-se os valores culturais e as tradições populares, desprezadas pela geração de nosso tempo e pela barbárie social que a tudo corrompe. O espaço existe como a afirmar que: - " O Homem nasceu condenado a ser livre e criativo". |
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