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     Comportamento

 

Sempre em busca da felicidade

                         “Se eu errar, serei rejeitado e isso será terrível. Se me criticarem, é porque não me respeitam e se eu não for admirado por todos nada mais vale a pena”. Essas e outras crenças auto-derrotistas fazem parte do perfil de personalidade dos perfeccionistas. Se você é um deles, lembre-se: nunca se tem uma vida equilibrada quando se é um perfeccionista. Quando uma pessoa cobra mais de si do que realmente pode alcançar, o medo do fracasso vira uma obsessão. Os perfeccionistas pensam que nenhum esforço feito por eles é suficiente. São pessoas muito críticas em relação ao que fazem e muitas vezes com os outros. Por isso, é comum adiarem ou evitarem situações em que possam correr riscos de frustrações ou desaprovação. Supervalorizam seus erros e encaram os êxitos como simples obrigações.

                         Tanta cobrança desencadeia dificuldades no relacionamento social e afetivo. No lado profissional, o fantasma da crítica do chefe e dos colegas pode tirar o sossego, trazendo desconforto, irritação e uma série de outros problemas. Além disso, pode acarretar problemas psicossomáticos como distúrbios gástricos, enxaqueca, dores musculares e palpitações.

                          A idéia central do perfeccionista é que sua auto-estima está sempre vinculada ao sucesso. E, como é impossível viver sem errar, toda vez que isso ocorre há um bombardeio de sentimentos de culpa e de inferioridade, o que pode gerar uma depressão. Bons exemplos dos excessos de exigências que causam problemas são os das modelos e mulheres jovens em busca de uma silhueta perfeita, que acabam desenvolvendo anorexia, dos adolescentes que procuram as clínicas de cirurgia plástica para alcançar a beleza ideal e o dos homens e mulheres estressados, que muitas vezes enfartam precocemente por manterem um ritmo intenso de atividades profissionais em detrimento do prazer e da qualidade de vida.

                          Para se ter uma boa auto-estima, é preciso confiar na própria capacidade de atingir metas, desde que elas sejam viáveis. No caso de um fracasso, o mais importante é aprender com os erros. O valor de uma pessoa nunca deve ser medido pelo fracasso em algumas situações.

                         O perfeccionismo pode se tornar um problema sério e é preciso saber identificá-lo para não deixar que acarrete prejuízos futuros.

                         Mas, como perceber o limite entre uma dedicação saudável a uma tarefa e o exagero que prejudica a saúde e acaba atrapalhando o desempenho? A dedicação com persistência e a moderação podem elevar as chances de êxito nas tarefas, se a pessoa for flexível e não tiver mania de perfeição. Mas, quando uma tarefa se transforma numa tortura sem fim pelo fato de achar que ela nunca tem a qualidade suficiente, está na hora de parar e refletir sobre a questão.

                          E o que fazer para combater esse problema? A psicoterapia é uma boa opção. Através dela, se aprende a pensar de forma mais equilibrada e realista, o que faz com que hábitos e atitudes sejam modificados com o tempo. Para os casos mais brandos, às vezes apenas aprender a relaxar, fazer ioga, meditação ou outras técnicas, principalmente as que ensinam a respirar, pode ajudar a obter um cotidiano menos estressante e mais saudável. Dedicar um tempo exclusivamente a diversão também é muito importante pois o lazer recarrega nossas energias.

                           Responsabilidade, pontualidade e esmero naquilo que se faz não são privilégios exclusivos dos perfeccionistas. Muitas pessoas com esse problema podem temer a mudança de hábitos por acharem que cairão no extremo oposto, ou seja, na negligência no desempenho de suas tarefas. No entanto, isso não acontece quando se aprende a viver com equilíbrio e bom senso.  

Publicado no Jornal Diário do Amazonas, o texto é da Psicóloga e Psicoterapeuta Sandra Salgado.

 

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