|
DARREN
LOTT nasceu em Orange, sul da Califórnia (EUA). No
decorrer de sua vida, viu o local onde cresceu
transformar-se de um campo de laranjeiras em um local com
densa área populacional. Isso sem mencionar que seu avô
vendeu os campos da família para a construção da
Disneyland.
Darren freqüentou a Universidade da Califórnia, e
formou-se em Ciência Cognitiva. Mais tarde, tornou-se o
mais jovem Gerente de Qualidade Nuclear do mundo. Hoje,
possui sua própria companhia de desenvolvimento de
softwares, e tem projetos nos EUA, Venezuela, Nicarágua e
Argentina.
Começou a praticar street luge em 1979. Mas, depois de
muita pressão da polícia, Darrel resolveu abandonar as
corridas (que eram ilegais na época) por alguns anos, e
passou apenas a fazer rolês com amigos de vez em quando.
Um fato curioso é que, certa vez, a revista Skateboarder
publicou uma foto em que ele aparecia recebendo uma multa,
por participar de um evento não-autorizado.
Em 1994, descobriu que a FIGR (Roger Hickey) estava
organizando corridas regulamentadas por lei. Aí, começou
a disputar campeonatos e treinar constantemente, pelo
menos três finais de semana por mês.
Hoje, é o terceiro dos rankings mundiais em street luge e
buttboarding, que é a modalidade onde o competidor desce
a ladeira sentado ou deitado (como no street luge), mas é
realizado em um skate longboard tradicional. Só os shapes
diferem um pouco dos tradicionais.
Em 1995 e 1996, nos dois primeiros anos do X-Games,
os organizadores não permitiram sua participação,
porque seu luge era feito de madeira. Mais tarde, a IGSA
tomou conta da organização, e ele conquistou uma medalha
logo no primeiro ano em que o deixaram competir. A partir
daí, Darren competiu todos os anos.
As corridas organizadas pela FIGR passaram a
pertencer a EDI (Extreme Downhill International),
de Perry Fisher. A EDI criou o Gravity Games, dos
quais Darren competiu nos dois primeiros anos, mas em
2001, não permitiram sua participação, pois seu novo
design de luge não possuía peg (pegs são suportes na
parte da frente do street luge, onde o atleta coloca os pés).
Darren optou em projetar um luge sem os tais pegs, depois
de estudar a causa de acidentes e ferimentos no esporte.
De acordo com ele, luge sem pegs é muito mais seguro.
Darren sabe que terá de pagar um preço alto para provar
aos outros competidores e aos organizadores de campeonatos
que seu luge é mais seguro. Mesmo que isso signifique
perder prêmios e publicidade, ele acredita que fazer com
que os pegs não sejam mais utilizados é uma recompensa
muito maior que qualquer medalha que venha a conquistar.
No evento do Down Rio Red Bull deste ano, Dave
Rogers (considerado o nº 1 do mundo) ficou enganchado nos
pegs de outro competidor. Sua declaração, após o fato:
“Não vejo a hora em que os luges não tenham mais pegs”.
Foi o apoio que Darren precisava.
Em 1998, Darren escreveu o livro Street Luge Survival
Guide, que seria o guia de sobrevivência do street
luge, baseado em seus 20 anos de experiência. Segundo
ele, ler esse livro é o primeiro passo para qualquer
interessado em ingressar no esporte.
Indagado sobre seu gosto musical, e o que consideraria
trilha sonora adequada para o luge, ele respondeu :”Acho
que tenho uma imagem diferente da que as pessoas criam em
relação aos atletas de esportes radicais, porque curto
classic jazz dos anos 50 e 60.”
Darren também possui o recorde de buttboarder mais rápido
do mundo. Ostenta um design único no mundo para o
buttboard, chamado Lott Classic, shape que se
tornou bastante popular nos Estados Unidos e na Europa.
Sendo um aficcionado do buttboard, tenta divulgá-lo o máximo
possível. Portanto, galera, vamos acessar seu site: www.buttboarding.com,
para saber como funciona dropar de bunda no asfalto.
Para Darren, o circuito do Rio foi o mais estreito, e teve
curvas mais afiadas do que qualquer outro. Sua opinião a
respeito do melhor equipamento para descer a pista foi que
seria seu buttboard, porque faz curvas mais facilmente. O
vencedor Gerhard Lanz disse a Darren que seu luge seria
melhor para o circuito, pois era o mais semelhante a uma
prancha de buttboard. Mesmo assim, ele projetou o luge
para aderir bem nas curvas em alta velocidade(como as que
presenciou no circuito da Escócia). O luge possui 4
trucks e 8 rodas, mas infelizmente estava muito preso,
aderindo demais para as curvas fechadas do Rio.
Darren comentou que, na semana seguinte ao campeonato,
estaria construindo um luge melhor para as curvas do Rio,
e espera vencer no ano que vem. Por isso diz: Cuidado,
eu voltarei!!!!
|
