TRANSPORTE: O transporte de matéria foi usado por Gene Roddenberry, inicialmente, por causa das restrições orçamentárias, onde uma cena da aterrissagem de uma nave elevaria bastante custo da produção.  Com o tempo e a aceitação geral, essa idéia foi aperfeiçoada a ponto de ser considerado um dos conceitos mais brilhantes e complexos de Jornada nas Estrelas.  O deslocamento extra-veicular em naves da Federação é realizado em sua maioria pelos sistemas de transporte de matéria. Ele permite que  pessoal e equipamentos sejam transportados para distâncias de até 40.000 quilômetros de maneira rápida e eficaz.
O transporte de carga é fornecido por transportadores de baixa resolução localizados em áreas de carga das naves ou estações. Estas unidades são projetadas primariamente para trabalhar com resolução molecular (não apropriada para formas de vida) para o transporte de carga, mas podem ser configuradas para uma resolução quântica (apropriada para formas de vida) se for necessário, embora tal alteração incorra em uma redução drástica na capacidade de massa transportável. O transporte para a tripulação e convidados é fornecido por quatro a seis transportadores pessoais de resolução quântica e que empregam compensadores de Heisenberg (em homenagem ao físico de mesmo nome) para manter a segurança das formas de vida. Os transportes de pessoas ficam  localizados em uma sala destinada a esse fim, a chamada sala de transporte
Transporte de pessoal
Existe ainda o  transporte ponto-a-ponto que refere-se a um processo de transporte duplo, no qual um objeto é desmaterializado em um ponto remoto e roteado a uma câmara de transporte. No entanto, ao invés de ser materializado como num processo de subida normal, o filamento de matéria é enviado a um segundo buffer de padrão e então para um segundo conjunto emissor, que direciona o item ao destino final. Este processo de transporte direto consome quase o dobro de energia de um transporte normal e não é normalmente usado. Transportes de ponto-a-ponto não são usados em situações de emergência que necessitam que um grande número de indivíduos seja transportado, porque na verdade ele reduz pela metade a capacidade total do sistema, devido ao tempo mínimo do ciclo de transporte. Este tipo de transporte foi proibido pela Federação como diz Tom Paris em VOY no episódio "Non Sequitur".
A operação do transporte consiste em uma varredura do alvo e travamento das coordenadas, onde as coordenadas de destino são programadas no sistema de transporte e os sensores de varredura verificam a distância, movimento relativo e se as condições ambientais no ponto de destino são satisfatórias para o transporte de pessoal. Depois o scanner molecular produz em tempo real uma cópia do padrão do tripulante enquanto as bobinas primárias de energização e bobinas de transição de fase convertem o tripulante em um filamento de matéria separada subatomicamente.
Após, o filamento de matéria é mantido no buffer de padrão por um breve período, permitindo ao sistema compensar o efeito Doppler entre a nave e o destino do transporte. O buffer de padrão serve também como um dispositivo de segurança no caso de uma falha no sistema, permitindo que o transporte seja abortado e desviado para outra câmara. Finalmente o ponto exato de saída da nave que é um dos conjuntos emissores, transmitem o filamento de matéria dentro de um campo de confinamento anular
bobina primária
bobina de transição de fase
escaneador molecular
buffer padrão
biofiltro
Os componentes básicos do transporte são: -  Câmara de transporte. É a área protegida na qual acontece o ciclo de materialização/desmaterialização. A plataforma da câmara é elevada acima do piso para reduzir a possibilidade de uma descarga estática possivelmente perigosa, que às vezes acontece durante o processo de transporte.- Console do operador. Esta estação de controle permite ao chefe de transporte monitorar e controlar todas as funções do transportador. Ela também permite o cancelamento de seqüências automáticas e outras funções de controle.- Controlador de transporte. Este sub-processador do computador está localizado ao lado da própria câmara. Ele gerencia a operação dos sistemas de transporte, incluindo as seqüências automáticas.- Bobinas energizadoras primárias. Localizadas no topo da câmara de transporte, estas bobinas criam um poderoso Campo de Confinamento Anular (CCA), que cria uma matriz espacial na qual o processo de materialização/desmaterialização acontece. Um campo secundário mantém o tripulante dentro do CCA (este item é uma precaução, visto que a interrupção do CCA durante os estágios iniciais de desmaterialização pode resultar numa descarga intensa de energia).- Bobinas de transição de fase. Localizadas no piso da câmara de transporte. Estes dispositivos de manipulação de quarks realizam efetivamente o processo de desmaterialização/materialização, removendo a energia de ligação entre as partículas subatômicas. Todos os transportadores de pessoal são desenhados para operar com uma resolução quântica (necessária para o transporte de formas de vida). Transportadores de carga são geralmente otimizados para trabalhar no modo molecular (mais eficientes energeticamente), mas podem também ser configurados para resolução quântica se necessário.- Scanner de imagem molecular. Cada posição ("pad") na câmara de transporte possui uma parte inferior (onde o tripulante fica) e uma parte superior (localizada logo acima do tripulante). Cada pad superior incorpora quatro conjuntos redundantes de scanners de imagem molecular de 0.0012m em intervalos de 90º em volta do eixo primário do pad. Rotinas de checagem de erros permitem que qualquer um dos scanners seja ignorado se os seus resultados diferirem dos outros três. Uma falha em dois ou mais scanners resulta em uma abortagem automática do processo de transporte. Cada scanner está desalinhado 3.5’ de arco do eixo do CCA, permitindo uma derivação das informações do estado quântico usando uma série de compensadores Heisenberg. Os dados do estado quântico não são usados quando o transportador está em modo de carga (resolução molecular).- Buffer de padrão. Este dispositivo supercondutor “atrasa” a transmissão do filamento de matéria até que o compensador Doppler possa compensar o movimento relativo entre os emissores e o destino. Um único buffer de padrão é compartilhado por cada par de câmaras de transporte. Regras de operação exigem que pelo menos mais um buffer esteja livre no sistema, para o caso de um desvio de emergência. Em situações de emergência, o buffer de padrão é capaz de armazenar todo o filamento de matéria em suspensão por períodos de até 420 segundos, antes que a degradação do padrão comece a ocorrer.- Bio-filtro. Normalmente usado apenas em transportes de subida para a nave, este dispositivo de processamento de padrão faz uma varredura no filamento de matéria que está chegando e procura por padrões que correspondem a formas bacteriológicas e virais conhecidas. Quando tais padrões são detectados, técnicas limitadas de manipulação quântica são empregadas para tornar estas formas inertes ou removê-las do filamento de matéria.- Conjunto emissor. Montado no exterior da nave, esses conjuntos transmitem o conteúdo do CCA e do filamento de matéria para as (ou das) coordenadas de destino. O conjunto emissor inclui uma matriz de transição de fase e bobina primária de energização. Também incorporadas a estes conjuntos, estão três blocos redundantes de scanners moleculares de foco virtual de longo alcance usados durante o processo de transporte originado em um ponto remoto. Usando técnicas de inversão de fase, estes emissores podem também transportar itens de/para coordenadas dentro do volume habitável da própria nave.- Scanners de destino. Um grupo de quinze blocos de sensores, parcialmente redundantes localizados nos conjuntos sensores laterais, superiores e inferiores. Estes dispositivos determinam as coordenadas de transporte, incluindo direção, distância, e velocidade relativa do destino do transporte. Os scanners de destino também produzem informações ambientais sobre o local de destino. Coordenadas de transporte também podem ser geradas pelos scanners de navegação, táticos e de comunicação. Para transporte interno ponto-a-ponto, as coordenadas podem ser obtidas dos sensores internos da nave. Tripulantes podem ser localizados para transporte através de seus comunicadores.
Os transportadores de pessoal e carga são enormemente úteis na operação da nave, mas estão sujeitos a limitações de uso. Algumas das principais limitações na operação do transporte incluem: 1º)  Campos de dobra produzem distorções espaciais intensas nos sinais de transporte, tornando quase impossível se transportar enquanto a nave está em dobra, a não ser quando fonte e destino estejam na mesma velocidade, qualquer problema em manter a equivalência dos campos de dobra irá resultar em uma grave perda de integridade do CCA (Campo de Confinamento Anular) e da integridade do padrão. Tal perda de integridade é fatal em formas de vida sendo transportadas; 2º)  Quando os escudos defletores estão erguidos em posição defensiva, é impossível para o Campo de Confinamento Anular (CCA) se propagar apropriadamente através do espectro eletro magnético e subespacial. Adicionalmente, distorções espaciais criadas pelos escudos podem afetar a integridade do padrão. Por estas razões, não é possível executar o transporte quando os escudos estão ativos; 3º) O alcance normal durante a operação é de aproximadamente 40.000 quilômetros, dependendo da massa a ser transportada e velocidade relativa entre origem e destino. Transportadores de emergência têm uma capacidade mais limitada e sofrem uma limitação de 15.000 quilômetros, dependendo da energia disponível; 4º) Embora a auto-seqüência do transporte dure aproximadamente cinco segundos, o resfriamento e reset do buffer de padrão levam em média oitenta e sete segundos, gerando um ciclo de transporte de aproximadamente noventa e dois segundos. Entretanto, dutos condutores permitem que o filamento de matéria seja direcionado para qualquer buffer de padrão, uma câmara de transporte pode ser reutilizada imediatamente, sem esperar o resfriamento do buffer, através do direcionamento do filamento para outro buffer de padrão. Em naves maiores como a USS Enterprise-D, resulta numa capacidade total do sistema a algo em torno de setecentas pessoas por hora.
Por fim convem lembrar que nem tudo são flores para o transporte já que numa falha no transporte o campo de confinamento anular se desativaria, deixando o filamento de matéria que está se materializando sem nenhum ponto de referência para se formar. Neste caso, o objeto transportado iria se formar de maneira aleatória, normalmente tomando a forma de gases dissociados e partículas microscópicas como ocorreu no filme ST I - The Motion com as mortes dos oficiais vulcanos a bordo da USS Enterprise. Em caso de material tóxico ou explosivo, se o operador desativar a auto-seqüência, ele poderá forçar a desativação do CCA, permitindo a dispersão inofensiva de um item transportado perigoso. Duas travas de segurança previnem que esta opção seja acionada acidentalmente. Tal dispersão normalmente é realizada transportando o objeto para o espaço exterior à nave.
HOLODECK - Uma sala que possua um equipamento com projeção de 360º e um campo de força que crie ou simule ambientes naturais e/ou personagens, para fins de entrenimento em grandes naves ou estações, é chamada de Holodeck ou sala holográfica.  A sala holográfica projeta um campo de força através do chão, de maneira que se a pessoa andar em direção a parede, o campo começa a agir em baixo como um "disco móvel" para manter a pessoa estacionária, embora ela tenha a sensação de estar andando ou do cenário estar em movimento.
O computador move os objetos holográficos e ajusta a distancia para simular movimento. Entretanto se duas pessoas entrarem na sala e andarem em direções opostas, o computador fará uma espécie de "divisão interna", subdividindo as projeções de tal maneira que cada pessoa viria o ambiente separadamente e um ao outro se afastando. Se os mesmos voltarem a se aproximar o computador reverterá o processo colocando as duas pessoas na mesma projeção.Um holodeck como o da USS Enterprise-D é capaz de sub-dividir em vários ambientes separados, permitindo a grupos de pessoas andarem independentemente umas das outras. O holodeck consiste em dois subsistemas principais: um sistema holográfico de imagem e em um sistema de conversão da matéria. O mecanismo básico do sistema de imagem é o holodiodo omini dimensional ou OHD  que é um pequeno equipamento capaz de projetar imagens estereoscópicas coloridas e campos de força tridimensionais.  Numerosos holodiodos são arrumados de forma ordenada nas paredes do holodeck, onde são criados cenários distantes dando a impressão de serem maiores que o próprio holodeck e outros mais próximos. Os mais próximos, que podem ser tocados, são replicados. No sistema de conversão de matéria, os replicadores geram matéria permanente, a chamada holomatéria e tem um sistema semelhante ao dos sintetizadores. A holomatéria não deixa de existir fora do holodeck, mas somente sem o controle do computador. 
Embora os holodecks sejam considerados tão bons quanto a matéria real, eles tem suas limitações. O melhor holodeck não pode se subdividir em mais do que 12 projeções, sob o risco de "quebrar" a ilusão; a maior limitação talvez esteja na própria holomatéria que somente será estável quando estiver dentro da grade de energia, sob o risco de perder a coesão e desaparecer se o computador não mais controlá-la.
Os holodecks existem em vários tamanhos e tipos; os da Federação são conhecidos como  os mais tecnicamente sofisticados, enquanto que os dos Ferengis são conhecidos por terem alguns dos mais avançados e criativos softwares de entretenimento,
SINTETIZADORES - Os sintetizadores ou replicadores são baseados no sistema de transporte. O replicador pode trabalhar em uma base molecular, que seja suficiente para criar o alimento ou os artigos para o uso diário. Na maioria dos casos a matéria reciclada pode ser usada para a sintetização. O  sintetizador tem uma "receita" armazenada permanentemente, já que uma vez dada a ordem de sintetizar certo alimento, o computador faz uma busca nos dados dos padrões do transporte armazenados e depois são transferidos ao sintetizador que inicia a sua replicação.
Visto que a síntese de alimentos e ferramentas usa uma imagem digital muito mais limitada, de resolução molecular, a síntese de matéria viva não é possível. Os replicadores em TOS ou como eram chamados de "processadores de alimentos"  podiam criar ao menos refeições simples menos objetos sólidos de uso pessoal e ficavam espalhados em vários locais da nave, tais como, sala de transporte, suite do capitão, refeitórios. Em Nova Geração os sintetizadores passaram a se localizar somente em refeitórios das naves. Só por curiosidade, como os dados armazenados no computador sobre determinado alimento, por exemplo,  tem 99,9% de exatião, para alguns, o sabor de um alimento replicado não é igual ao de um alimento natural.
Fontes: "Star Trek: The Next Generation - Technical Manual" e os sites Ex Astris-scientia e Trekbrasilis