Desfile 2005
SETOR I - LOA DE ABERTURA
Nessa loa de abertura, a Estrela de São Fidélis pede passagem, abrindo as portas para a folia e apresenta o nosso homenageado, que pde licença aos Deuses do Samba para adentrar a Passarela Virtual. Nóbrega saúda a todos, convoca os músico para acompanhá-lo nessa nova jornada e a todos para apreciar o desfile da Estrela de São Fidélis.
Comissão de Frente - Loa de Abertura
O canto de abrição de portas é entoado em diversas manifestações brasileiras e a sua função é sempre saudar o dono da casa onde a encenação ocorrerá e anunciar o seu início. A fantasia nos remete à Folia de Reis, manifestação cultural muito difundida na cidade de origem de nossa escola, São Fidélis. Todos os personagens da folia de reis estão representados numa única fantasia.
Ala 02 - Bloco das Flores
Ala 01 (Velha Guarda) - Vinde, Vinde Moços e Velhos
O primeiro bloco carnavalesco de Recife foi o Bloco das Flores Brancas, logo transformado em Bloco das Flores,  homenageado na canção Marcha da Folia. A fantasia remete à época em que o bloco foi fundado (início do século passado quando as damas se vestiam com elegância e discrição.
Por mais de um século esse chamamento: "Vinde, vinde, moços e velhos!" despertou as paixões dos partidários dos cordões recifenses. Como durante anos era a velha-guarda que convidava e saudava o povo, a nação fidelense adentra a avenida virtual com seus velhinho (na idade), mas moços (no espírito). A ala representa a múscia homônima.
Ala 04 - Apresentação dos Músicos II
Ala 03 - Apresentação dos Músicos I
Tudo que emana do povo, seduz Nóbrega. Os músicos populares que com suas sanfonas e pandeiros contagiam a multidão, são homenageados nessa ala. "E viva o homem do fole, nosso mesrte sanfoneiro, animador de festejos por esse Brasil inteiro!"
Na canção "Apresentação aos músico" Nobrega faz uma homenagem aos seus companheiros de profissão. A ala é uma homenagem ao "Quinteto Armorial" que unia o erudito e o popular, transformava em clássico, canções criadas pelo povo, traduzindo a nossa brasilidade.
SETOR II - ... E PERNAMBUCO ENTRA EM CENA!
A jornada começa com o homenageado apresentando sua terra natal - Pernambuco. Maracatus, frevos e excelências vão montar, juntamente com outras manifestações populares do estado, um verdadeiro teatro das tradições pernambucanas.
Ala 05 (Baianas) - Pernambuco Falando Para o Mundo
Ala 06 - Maracatu Misterioso
Nóbrega compôs a música "De Pernambuco Para o Mundo" para exaltar a cultura e o povo pernambucano. A ala representa a música homônima e, uma vez que a música versa sobre as tradições e o povo de pernambuco, o que melhor para representar um povo que o seu pavilhão? As baianas representam o próprio estado de Pernambuco, tendo elementos presentes em sua bandeira, como as cores, o sol e as estrelas. Nas mão trazem um megafone, remetendo ao slogan da Rádio Jornal do Comércio que dá título a ala.
Com suas lanças de mais de 2 metros e uma enorme cabeleira de papel celofane, o maracatu de lança é altamente difundido no Nordese, mais especificamente em Pernambuco. A fantasia remete à indumentária utilizada pelos "lanceiros".
Ala 07 - De Chapéu de Sol Aberto Ala 08 - Excelência
A excelência é um canto de recomendação das almas ainda muito cantado no meio rural nordestino. A fantasia lembra a figua dos anjos que elevam as preces dos homens a Deus, aqui representado pela pomba do Divino Espírito Santo. E as fitas por detrás da fantasia, as fitas dos santos, reafirmando a religiosidade do povo brasileiro e sua fé na providência divina.
Numa homenagem aos compositores pernambucanos, foram gravados diversos frevos-canções que movimentam as ruas pernambucanas, entre eles: "De Chapéu de Sol Aberto". A ala representa toda a folia pernambucana e o esplendor do frevo. A fantasi lembra os hippies, uma vez que grande parte desses sucessos foi composta no final da década de 60 e início de 70.
SETOR III - ... VIAGEM MARAVILHOSA BRASIL À DENTRO
Diante da riqueza cultural de nosso país, nosso homenageado decide descobrir e encarar a nossa terra e a nossa gente. Assim, parte Brasil à dentro para desvendar cada parte desse país, deparando-se com sons e ritmos que o influenciam.
Ala 09 - Viagem Maravilhosa Ala 10 - Mestiçagem
Nessa viagem começamos conhecendo o "Cavalo Marinho". A fantasia remete à burra, que conduz os dois negros durante a encenação do cavalo marinho e ainda trás nas costas a figura do Brasil a ser descoberto pelos próprios brasileiros. O ritmo dos caboclinhos é a base da canção "Chegança", uma homenagem ao povo brasileiro, através das raças que o formam. Como somos uma só nação formada por diversos povos, a fantasia combina elementos das três raças.
Casal de Mestre-Sala e Porta Bandeira
Cantigas de Roda
As cantigas foram o tema do Frevo de bloco de Getúlio Cavalcanti, gravado por Nóbrega em seu terceiro CD. A música relembra as cantigas de roda. O casal nos remete à cantiga de roda "o cravo e a rosa".
Ala 12 - Cavalhada
Ala 11 (bateria) - Ponteio Acutilado
A toada é o ritmo que serva de base para a canção "Estrela D´Alva". A letra lembra: "Cristãos e Mouros cruzam lanças na avenida". A fantasia nos remete a esse duelo. O azul representa os mouros e o vermelho, os cristãos.
Ponteio Acutilado foi a primeira música composta por Nóbrega para o Quinteto Armorial, do qual ele fez parte como violinista e rabequeiro. O tema da música surgiu de um toque de Banda Cabaçal dos irmãos Aniceto. A fantasia é a reprodução da indumentária utilizada por esses grupos de músicos.
SETOR IV - HISTÓRIAS DO POVO BRASILEIRO
Mas não são somente ritmos que apaixonam o nosso artista. Continuando a viagem pelo Brasil, ele descobre ter muitas hitórias pra contar. De Zumbi a Antônio Conselheiro, de Aleijadinho a Mané Garrincha, das obras de Ariano Suassuna às de Jõao Guimarães Rosa, surgem cantos de vingaça, amor, covardia, liberdade, delírio e dor, enfim histórias do povo brasileiro.
Ala 13 - Diadorim e o Andarilho
Ala 14 - O Touro Mão de Pau e o Vaqueiro
Na literatura é inegável a contribuição de João Guimarães Rosa.A história de Diadorim e seu companheiro de bando, Riobaldo, é retratada com maestria na canção "O Romence de Riobaldo e Diadorim", representada na ala pelas figuras femininas. Já Lampião é a figura central da música "Andarilho" .
Outro mestre da literatura serve de inspiração (quando não é autor) para diversas cnações de Antônio: Ariano Suassuna. A letra da música "A Morte do Touro Mão de Pau" é composta por Ariano em memória de seu pai assassinado e foi inspirado no folheto "O Boi Mão de Pau".
Ala 15 - Zumbi Ala 16 - Flecha Fulniô
A Raça negra foi exaltada na canção "Olodumaré" que conta a trajetória dos negros trazidos ao Brasil por força da escravidão.Foram muitos os negros guerreiros que o Brasil abrigou durante a escravidão, mas sem dúvidas Zumbi é um ícone da raça negra. Sua história foi contada em verso e prosa na canção "Zumbi".
O apelido "Garrincha" veio da forma como no Nordeste chamam a cambaxirra, um pássaro que não se adapta ao cativeiro. A ala represetna um jogador de futebol do botafogo, time onde o craque sempre jogou. O cocar e as penas presentes na fantasia lembram a origem indígena do craque.
SETOR V - O ILUSIONÁRIO MUNDO FANTÁSTICO DA MENTE DE UM ARTISTA
Depois de viajar conhecendo o Brasil, é a vez de "Viajar no pé da idéia" e da imaginação conhecendo o "mundo" criado pela mente de nosso artista. São as canções que falam de lugares fantasiosos, situações inusitadas, onde tudo pode acontecer!.
Ala 17 - Desassombrado Ala 18 - Coco da Bicharia
A música "Desassombrado" conta uma verdadeira odisséia, onde um andarilho, adormece e sonha estar num duelo com um ente que possuía uma foice e queria degola-lo. No mesmo sonho, ele percorre os quatro cantos da terra vendo somente guerra, parecendo que o mundo ia acabar. No coco da bicharia, Nóbrega relata: "Vi uma cidade esquisita onde udo é pelo avesso. Gente lá não tem valia, como bicho é tratada e só quem manda é a bicharia". A ala representa as moscas que andam pela cidade trajando camisola.
Ala 19 - O Rei e o Palhaço Ala 20 - Delírio
"O rei e o palhaço" é um repente cuja letra deixa claro que no duelo entre o Rei e o palhaço, o rei simboliza o poder e o palhaço, o povo. A ala representa a junção das duas figuras: o rei e o palhaço.
A fantasia retrata os versos da música "Delírio" em que o nosso homenageado acorda num disco voador que pára em Vênus. Lá ele vê banhistas na rua. E já que estamos delirando, a Estrela de São Fidélis brinca com isso e apresenta uma E.T. trajando roupas de banho do início do século passado e que se banham usando bóias na cintura e nos braços para não se afogar!
SETOR VI - LUNÁRIO PERPÉTUO E O CARROSSEL DO DESTINO
Depois de conhecer a riqueza cultural e a critividade do nosso povo, Antônio Nóbrega expressa de várias formas a "singular heterogenia" do povo brasileiro, em seus shows e cds.
Ala 21 (ala das crianças) - Tonheta
Ala 22 - Figural Ala 23 (baianas) - O Marco do Meio-Dia
Inspirado no Mateus do boi-bumbá, Tonheta, uma espécie de bufão que dá o ar de sua graça mais no palco que no disco. E no espetáculo "Segundas Histórias" o personagem Tonheta percorre as estradas do mundo conduzindo uma velha carroça.
Figural foi um espetáculo que estabelecia uma ponte entre o popular e o erudito, entre o sutil e o espalhafatoso, entre o profano e o sagrado. Na fantasia é retratada a religiosidade do Brasileiro. Nesse espetáculo o Brasil é cantado. Não só o Brasil dos seus pouco mais de 500 anos, mas o que já existia muito antes da chegada dos portugueses. A fantasia representa o sol, que é o marco do meio-dia.
Acostumado a viver de palco em palco, entre chegaas e partidas, Antônio sai de cena para rodar no carrossel do destino da vida. Assim  Antônio Nóbrega se despede, como na canção Carrossel do Destino: "Deixo os versos que escrevi, as cantigas que cantei, cinco ou seis coisas que eu sei e um milhão que esqueci. Licença que eu voui rodar no carrossel do destino".
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