Filosofia Tibetana
Nirvana,
na verdade, significa a cessação das aspirações, o fim dos ressentimentos e
da cobiça. A cessação da cobiça e de outros desejos corporais permitirá ao
homem ou mulher alcançarem o estado de felicidade.
Nirvana
significa libertação do corpo, libertação dos desejos sensuais e da
glutonaria da carne. Não significa absolutamente a cessação de toda experiência
nem tampouco de todo o conhecimento ou de toda vida. É incorreto dizer que o
Nirvana significa viver no estado do nada. Isto é um erro perpetrado por
ignorantes que discutem assuntos que não compreendem.
Nirvana
é libertação do desejo sensual, libertação dos vários anelos da carne. Não
é apenas contemplação bem-aventurada. É, em vez disso, realização do
conhecimento espiritual e libertação de todos os desejos corporais. Estar no
Nirvana é estar em estado puro, puro no que interessa aos desejos sensuais de
coisas físicas. Mas, mesmo quando o homem alcança o Nirvana, isto é, a
libertação de todos os desejos da carne, ele continua ainda a aprender coisas
espirituais e a progredir em outros planos da existência.
Os budistas acreditam na Roda das Reencarnações. Julgam que a humanidade nasce, viver e morre na terra, volta em um corpo diferente e renasce para as lições não aprendidas na vida passada possam ser assimiladas.
Nirvana
não é um lugar que se possa localizar em um mapa. É um espírito, uma condição
da mente. É a condição de ser ponderado. A ponderação é uma das principais
virtudes do bom budista, que abomina a irresponsabilidade mental.
Nirvana não significa perda de consciência pessoal, cessação da vida da terra, mas justamente o contrário. Há ainda um outro Nirvana, denominado na língua indiana Parinirvana.