Um caso começado num navio, em pisadelas e besliscões... foi daí em nasceu Leonardo, filho de Leonardo-Pataca e Maria, afilhado da parteira e do barbeiro... criança endiabrada, foi expulsa a pontapés de casa pelo pai depois que esse pegou a mulher traindo-o. Essa voltou com o amante para Portugal, deixando a responsabilidade do filho com o padrinho. O padrinho, que não via perigo nas travessuras do menino, mas até achava graça, não tardou a armar planos para o afilhado: queria fazer dele padre! E tratou logo de ensinar o menino, que não gostava muito dos planos que eram lhe reservados. Vendo-se obrigado a despedir-se das travessuras, foi parar na igreja do Bom Jesus. Foi parar na casa de ciganos, voltando no dia seguinte para a casa. Enquanto isso o pai se apaixonava por uma cigana mas essa o desprezava. Tentando conquista-la, ele partiu para a mágia, sendo pego pelo Vidigal, major que imperava pela ordem da cidade e que levou o meirinho preso, mas não sem antes faze-lo passar um pouco de vergonha. A parteira, que mantinha o barbeiro informado do que acontecia com o Pataca, não concordava com os destinos descritos para o menino; ela também quem arranjou a soltura do meirinho. Já o jovem Leonardo, pouco a pouco ia avançando nos estudos, mas de forma alguma mostrava aptidão para o destino que desejavam a ele, era cada vez mais defendido por seu padrinho; mas, ao mesmo tempo, esse lhe arranjava escola... o mestre era muito exigente e mesmo tendo razão em algumas vezes, em outras se excedia no castigo que tinha para com seus alunos, o que fazia o jovem detestar cada vez mais a escola; sempre que podia fugia dela até conseguir um cargo de sacristão na igreja onde, junto com seu colega de serviço, aprontava tantas quantas podia sem ser visto, até que o mestre-de-cerimônias começou a ficar no pé dos dois. Após um plano bem elaborado, eles se vingaram de vez do mestre, mas isso custou o cargo de sacristão que Leonardo tinha. O pataca também conseguira a cigana de volta, por algum outro tempo.... Pouco tempo depois, D. Maria, uma senhora já velha e cujo maior prazer era participar de demandas, voltou ao convivio do barbeiro; Leonardo cai nas graças da senhora, que também traça planos para o menino, planos esses também sem futuro, como todos os outros. Os anos passam, Leonardo aos poucos desiste de suas estrepolias e se apaixona por Luisinha, menina cuidada a vida inteira isolada do mundo e que agora, na casa de D. Maria, começava a conhecer o mundo. Mas ao mesmo tempo que surgia o encantamento entre os dois jovens, aparecia também José Manuel, interessado na fortuna da menina e da velha. A parteira resolveu ajudar o afilhado a trar do caminho o rival, contando a outra que o homem havia raptado uma menina para ficar com ela. D. Maria fica escandalizada com a história e corta relações com o homem. Esse, todavia, começa a articular planos para não perder a briga, convencendo um mestre-de-reza a interceder por ele; Foi nesse tempo que veio a morrer o padrinho. Leonardo voltou a viver com o pai, com quem não se dava bem e que estava casado com a filha da madrinha, que nem por isso gostava dele. Depois de arranjar intrigas suficientes, a madrasta conseguiu que o jovem novamente saisse de casa. Esse, andando sem saber para onde ir, encontrou novamente o seu colega sacristão, que estava morando com uma familia e com quem foi morar também; nessa casa despertou nele uma nova paixão, por Vidinha, que também era cobissada pelos dois primos dela. Enquanto isso, José Manuel conseguia convencer D. Maria que era inoscente e tambem a mão de Luisinha (que não queria casar-se). Enquanto isso Leonardo brigava por seu novo amor e ganhava a luta, ao mesmo tempo que a madrinha o reencontrava depois de muita procura. Mas a vitória em conquistar o amor da mulher não era igual a derrota dos dois oponentes, que armaram de tudo para fazer com que ele fosse preso por Vidigal, acusado de ser vadio. Mas, aproveitando um momento de distração do major, ele conseguiu escapar; o major promete vingança, essa adiada pelo primeiro emprego de Leonardo. Esse emprego era na palácio, na ucharia real. Foi lá que Leonardo conheceu uma jovem por quem se encantou e o levou a perder o emprego por conta de um caldo que ele foi lhe oferecer. E não apenas o emprego, mas também a mulher e a liberdade: Vidinha, enciumada, foi tirar satisfações; ele foi atras, tentando impedir a mulher, mas acabou sendo pego pelo Major. O marido enciumado que havia causado toda a cituação resolveu-se entao consquistar Vidinha, que aos poucos se deixava levar por ele, até porque Leonardo havia desaparecido e não havia quem desse pistas dele... e, numa festa dada especialmente para o tal, quando o Vidigal que ele estava bebado, prendeu o novo namorado de Vidinha... detalhe: o granadeiro que havia efetuado a prisão era ninguém menos que Leonardo que, depois de preso, havia sido levado para um lugar seguro até que lhe arranjassem um lugar no Regimento Novo. Isso havia reenviado a Leonardo o espirito das diabruras, e mesmo com alguns castigos ele não aprendia.... até que, ao ajudar um homem a se safar, foi preso. A isso, Vidigal não perdoava, nem que lhe pedissem. Enquanto isso, D. Maria descobria quem verdadeiramente era o homem com quem obrigara a sobrinha a se casar. Também disposta a acabar com o casamento, assumiu junto com a comadre a causa do jovem Leonardo; essas foram pedir a uma antiga amante de Vidigal por ajuda e as três, depois de muita conversa e a promessa de que a antiga amante iria morar com o major conseguiram entortar o homem. E eis que José Manuel morreu. Luisinha estava livre novamente para se casar e novamente se interessava por Leonardo que, quando se vira solto foi para a casa de quem havia libertado-a para agradecer não apenas as soltura mas também o que havia conseguido junto: o cargo de sargento. Ficou-se resolvido que os dois casariam a seu devido tempo e para tao intento foi necessaroi novamente apelar para Vidigal, para que esse mandasse o jovem para as milícias... e, como sargento de milícias, Leonardo casou-se com Luisinha, com quem sofreu e foi feliz.