:::TEXTOS:::
Textos de Evando Carele de Matos - Academia Caetiteense de Letras - 2004 - Todos os direitos pertencem ao Autor
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SIMPLESMENTE MULHER
No cais aportam náufragos desejosos de Porto Seguro.
Ávidos por encontrar o templo das perdas,
encontram Delilah, a mulher amada,
mulher dama, suspirando a madrugada.

Todos lhe pedem música, beijando-lhe na ante-sala do forno.
Ela canta as suas canções
entrando em sintonia com intensas vibrações,
no desnascer do corpo.

Assim é Delilah, vitrine sexual fabricadora de arco-íris.
Entrando em doce com, continua em transe.
Emergindo do êxtase, descobre a tese.

Isto é Delilah, a mulher amada, falada, fadada,
sempre com a face voltada para o sol, aquecida.
Desatando os nós, nas frustrações dos erros,
aniquila todos os espartanos.

Saindo do transe Delilah, espelho que reflete mil faces,
entra onipresente no trânsito da vida.
Chovendo chuvas de lágrimas,
descansa no oitavo dia.