A mãe de todas as escolas de Samba é a Deixa Falar, Rio de Janeiro, fundada em 1928 pelo imortal  Ismael Silva, responsável também pela criação da expressão Escola de Samba.
     A X-9 foi oficialmente fundada no primeiro dia do mês de Maio de 1944, mas sua origem remonta aos anos de 1939 a 1941, quando da existência do Rancho Carnavalesco dos Carvoeiros, fundado pelos estivadores do cais do porto de Santos. Esse Rancho deu origem ao Conjunto Mensageiros do Samba e pouco depois a um grupamento de Samba, que saía da Rua Almirante Tamandaré, na Bacia do Macuco, em Santos.
     O nome X-9 vem de uma revista policial da época. Um pequeno número de batuqueiros, como Manezinho, Acário, Catarina e outros, foi animar um baile pré-carnavalesco no Santos Dumont Futebol Club, em 1944. Logo na entrada, o percussionista da Banda que tocava no clube, Waldomiro da Silva Ferreira, o Tricolor, emitiu um gracejo que acabou dando nome à uma das primeiras escolas de samba de Santos: "Aí vem uma quadrilha de bandidos da Revista X-9". Naquele tempo os batuqueiros não eram vistos com bons olhos.
     No carnaval daquele ano desfilou pelas ruas da Bacia do Macuco e no primeiro dia de maio de 1944, transformou-se em Escola de Samba, conservando o cognome X-9. O grupo saiu pela primeira vez da Rua Almirante Tamandaré número 9, e posteriormente ficou sediada no número 104 da mesma rua, reduto da pesada onde predominavam botequins, malandragens e batucadas.
     Surgiu numa época romântica e aventureira, a época da Guerra, cheia de preceitos e preconceitos, participando da resistência do samba, pois os batuqyeiros eram vistos como malandros e desordeiros.
     Em 1946, a escola foi adotada pelo casal Cabo Roque e Tia Inês, na rua Almirante Tamandaré número 94, na Bacia do Macuco, consagrando-se um verdadeiro reduto de bambas e relicário do samba.
     Vitoriosa nos carnavais da cidade de Santos, foi a partir de 1948 triunfar na Capital Bandeirante e deu inicio a um intercâmbio com a capital federal, Rio de Janeiro.
     Pela sua constante atividade, a casa da Tia Inês e do Cabo Roque, passou a ser chamada de Quartel General do Samba Praiano Bandeirante, onde no despontar dos anos 60, deu início às comemorações do Dia Nacional do Samba, exatamente no dia 02 de Dezembro de 1963 (I Dia Nacional do Samba).
     Dois fatos importantes marcaram os caminhos da X-9 na década de 60: o batismo de seu pavilhão, que foi sacramentado pela Estação Primeira de Mangueira (RJ), sua escola-madrinha; e quando teve a primazia de participar desfilando como convidada de honra, no Grande Carnaval do Meier, em maio de 1968, ao lado das grandes escolas de Rio de Janeiro.
     Após 30 anos ensaiando no "quintal" da casa da Tia Inês, a "Pioneira" mudou-se para a avenida Siqueira Campos, onde está até hoje (Quadra Tia Inês), no canal 4, no bairro do Macuco.
     Com as cores verde, vermelho e branco foi 21 vezes campeã do Carnaval Santista, 24 vezes vice-campeã, 6 vezes em terceiro lugar, uma vez em oitavo e uma vez em nono lugares, mas nunca deixou os xisnoveanos sem seu brilho no carnaval, sempre desfilando suas cores para a alegria de todos.
     Dentro de suas primazias, deixou muitos sambistas que se espalharam pelas novas agrmiações que foram surgundo na região, no estado e no país.