HOJE À TARDE
Para
Daniela
Hoje à tarde senti saudades
Do
vento mudo na calçada
Das
linhas sem sentido, inabaláveis apesar de borradas
Do
olhar cabisbaixo e cúmplice,
Do
sexo de Outubro, dos olhos
Das
telhas quebradas, das velhas casas
Senti
saudades e lembrei-me dos longos telefonemas
Hoje
à tarde
Sentei
em frente a uma tela triste
E,
apesar do choro baixinho, emudeci
Deixando
os dedos livres, ágeis
Pedirem-te
perdão.
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João Carlos Dalmagro Júnior.