I T Á L I A |
No
III milênio a Itália era povoada por populações
mediterrâneas (lígures e sículos). No início
do I milênio, os povos presentes na Itália dividiam-se em
dois grandes grupos, os vilanovienses e os itálicos. Por outro
lado, migrações ilíricas povoaram as costas do Adriático.
Tendo surgido no século VIII a.C., os etruscos ocuparam um território
entre o Pó e a Campânia, enquanto os gregos ocuparam as costas
meridionais. No século IV, após ataques devastadores, os
celtas estabeleceram-se na planície do Pó. |
A
Itália situa-se na Europa Meridional, possui área de 301.302
km2 e sua população é de 57.300.000 habitantes. Sua
capital é Roma e a língua oficial é o italiano. Limita-se
ao norte com a França, a Suíça e a Áustria;
a leste com a Eslovênia e o mar Adriático; ao sul com o mar
Jônico e o mar Mediterrâneo; a oeste com o mar da Ligúria
e o mar Tirreno. |
Com
a divisão do Império Romano e sua dissolução,
apagou-se o prestígio de Roma. Ravena tornou-se a capital, rica
em monumentos, nos quais o mosaico se elevou à categoria de arte
maior. No século VII, no norte da Itália, então sob
o domínio lombardo, desenvolveu-se uma civilização
original que se manteve até a época carolíngia, enquanto
Veneza voltou-se resolutamente para Bizâncio, ligando-se por muito
tempo ao Oriente. |
Durante
a Idade Média o latim prevaleceu sobre a língua vulgar.
Os poetas das cortes do norte utilizavam o provençal. O Livro
do Tesouro, de Brunetto Latini, e o Livro das Maravilhas
do Mundo, de Marco Polo, foram redigidos em francês. Entretanto,
a língua vulgar foi empregada em 1224 por São Francisco
de Assis no Cântico das Criaturas. |
- Dante Alighieri - poeta, escritor, filósofo e político - (Florença, 1265 - Ravena, 1321). Descendente de uma família da nobreza guelfa, sua juventude foi marcada por duas experiências importantes: a amizade com o poeta Guido Cavalcanti, com o qual formou a vanguarda poética do dolce stil nuovo, e o amor por Beatrice Portinari. Após a morte de Beatrice (1290), consagrou-se à filosofia, antes de dedicar-se ativamente à política (1295). No ano de 1300 foi obrigado a exilar-se, pois a entrada de Charles de Valois em Florença assegurou o triunfo de seus adversários, os guelfos negros. Entregue a uma vida errante em Veneza, Bolonha e Lucca, compôs diversas obras de altíssimo nível. Entretanto, as experiências do poeta alimentaram sobretudo a inspiração da Divina Comédia (escrita a partir de 1306), que transfigurou no plano poético não apenas sua própria vida, mas também a de toda a literatura ocidental. -
Fra Angelico - pintor - (Mugello, 1400 - Roma,
1455). Formado no estilo gótico cortesão, Fra Angelico escolheu
evocar em sua obra, um espaço espiritual onde reina, ora a intensidade
luminosa do colorido, ora o despojamento próprio à meditação.
Executou diversos serviços em Florença, Orvietto e Roma.
Foi beatificado em 1982. - Michelangelo Antonioni - cineasta - (Ferrara, 1912). Estreou na direção com o filme Crimes d'Alma (1950). Com As Amigas (1955), O Grito (1956) e A Aventura (1959), ganhou notoriedade internacional. Seus filmes analisam as angústias de nossa época. Filmou ainda: A Noite (1960), O Eclipse (1961), Blow-Up (1966), Zabriskie Point (1969), O Passageiro (1974), Identificação de uma Mulher (1982), Além das Nuvens (1995). -
São Tomás De Aquino - filósofo
e teólogo - (Aquino, 1225 - Abadia de Fossanova, 1274). Chamado
de Doctor Angelicus em razão da
santidade de sua vida, Tomás ingressou na ordem dos dominicanos
em 1240. Mais tarde, mestre em Teologia, ensinou na Universidade de Paris,
no Studium da cúria romana (1256-1259), novamente em Paris
(1269) e, por fim, em Nápoles. Morreu em viagem, a caminho do concílio
de Lyon. São Tomás imprimiu rigorosa unidade em sua filosofia,
tratando isoladamente as diferentes questões, mas unindo-as em
sólida síntese: em todos os domínios (ético,
jurídico, político, social), suas doutrinas são conseqüência
de seu pensamento metafísico e teológico, onde cada ordem
de realidade ocupa determinado lugar numa hierarquia que tem Deus como
princípio e fim. São Tomás foi canonizado em 1323
e proclamado doutor da Igreja em 1567. Posteriormente, o papa Leão
XIII faria de sua filosofia o pensamento oficial da Igreja Católica.
-
Giuseppe Arcimboldo - pintor - (Milão,
1527 - Praga, 1593). Especializou-se em trabalhos alegóricos, de
extrema criatividade, nos quais uma amálgama de objetos (flores,
frutas, legumes, peixes etc) compõe figuras humanas simbólicas.
É um dos representantes do maneirismo. - Ludovico Ariosto - poeta - (Reggio Emilia, 1474 - Ferrara, 1533). Forçado à servidão cortesã junto aos duques D'Este, em suas Sátiras (1517-1525) exprimiu o ideal de uma vida tranqüila consagrada aos prazeres do coração e dos estudos. Sua obra-prima, o poema épico Orlando Furioso (1516-1532), é um perfeito exemplo da Renascença em sua plena maturidade. - Giorgio Armani - estilista - (Piacenza, 1934). Criador de um estilo caracterizado pela elegância, funcionalidade e utilização do guarda-roupa masculino para vestir a mulher. Foi um dos primeiros designers de alta-costura que concebeu e vinculou sua obra à produção industrial. As lojas Empório Armani difundiram seu estilo nos grandes centros ocidentais. Comercializa também outros produtos complementares, como perfumes, óculos e bolsas. - Alberto Ascari - piloto - (Milão, 1918 - Monza, 1955). Campeão mundial em 1952 e 1953. Começou disputando corridas de motocicleta e transferiu-se para o automobilismo em 1940, quando participou das Mil Milhas, que venceu em 1954. Morreu em decorrência de acidente em competição.
- Giovanni Bellini - pintor - (Veneza, 1430 - idem, 1516). Membro de uma família de pintores (filho de Iacopo Bellini, irmão de Gentile Bellini e cunhado de Andrea Mantegna), pintou principalmente quadros de altar, trazendo para a escola veneziana a plenitude da forma, a harmonia das cores, o modelado dos contornos da luz, o gosto pela paisagem, a expressão do sentimento. -
Roberto Benigni - cineasta - (Misericordia,
1952). Iniciou sua carreira no circo, antes de ingressar no teatro. Após
aparições na televisão, estreou no cinema com o filme
Berlinguer Ti Voglio
Bene (1977). Depois
atuou nos filmes Chiaro di
Luna (1979), Chiedo
Asilo (1980), Pap`occhio
(1980), Il Minestrone
(1981). Dirigiu seu primeiro filme, Tu mi Turbi,
em 1983, seguido por Non
Ci Resta Che Piangere (1984). Atuou em Daunbailó
(1986), O Filho da Pantera
Cor-De-Rosa (1993), Asterix
e Obelix (1999). Dirigiu e atuou: Piccolo
Diavolo (1988), Johnny
Stecchino (1991), O
Monstro (1992), A
Vida é Bela (1999 - Oscar de melhor filme estrangeiro
e melhor ator). - Silvio Berlusconi - empresário e político - (Milão, 1936). Durante a década de 80, desenvolveu um grupo industrial e financeiro poderoso. Em janeiro de 1994 decidiu entrar para a política, onde foi nomeado primeiro-ministro e obrigado a renunciar alguns meses depois. Em 2001 foram realizadas eleições gerais, e, uma coalizão liderada por Berlusconi assumiu o poder, tornando-se o governo mais longevo da história da Itália, após a II Grande Guerra. -
Gian
Lorenzo Bernini - escultor e arquiteto - (Nápoles,
1598 - Roma, 1680). Durante sua longa e fecunda carreira, afirmou-se como
o mestre do barroco. Seu estilo de escultor caracterizou-se pela graça
e vivacidade de invenção, um movimento intenso, a maciez
do tratamento das formas e dos planejamentos, o sentido dramático.
No Vaticano, que lhe deve muito de sua atual fisionomia, ergueu vários
monumentos. - Bernardo Bertolucci - cineasta - (Parma, 1940). Sua obra é marcada pela busca da verdade interior na vida dos personagens. Com O Conformista (1971) atinge a maturidade como diretor. O Último Tango Em Paris (1972) deu-lhe notoriedade internacional. Realizou ainda: 1900 (1976), La Luna (1979), Tragédia De Um Homem Ridículo (1981), O Último Imperador (1987), O Céu Que Nos Protege (1990), O Pequeno Buda (1994), Beleza Roubada (1996), Os Sonhadores (2003). -
Giovanni Boccaccio - escritor - (Florença,
1313 - Certaldo, 1375). Uma das maiores figuras do Renascimento. Em Nápoles,
iniciou-se na vida e literatura da corte, homenageando as damas (A
Caça de Diana, 1335) e publicando o romance Os
Trabalhos de Amor (1336), o poema O
Filóstrato (1338) e Teseida
(1340), primeiro poema épico em língua vulgar. Porém,
sua obra principal seria o Decamerão
(1348-1353), constituído de contos, no qual exalta a beleza e o
amor terrenos, tornando-se assim, o primeiro grande realista da literatura
universal. Estudioso de Dante e amigo de Petrarca, foi levado, por intermédio
deste, a empreender pesquisas eruditas. Como resultado, Boccaccio foi
o primeiro escritor italiano a ler Platão e Homero no original.
- Andrea Bocelli - cantor - (Lajatico, 1958). Desde criança aprendeu a apreciar a ópera e os grandes tenores italianos. Foi estudar Direito na Universidade de Pisa, onde, nas horas vagas, cantava sucessos de Sinatra, Aznavour e Piaf. Ocasionalmente, Andrea revelava seu verdadeiro gosto musical, cantando sua ária favorita. Descoberto em 1992, Bocelli tornou-se, em pouco tempo, um cantor de sucesso mundial, reconhecido não apenas por seu belo timbre, mas também pelo eclético repertório. - Giotto Di Bondone - pintor, mosaicista e arquiteto - (Colle di Vespignano, 1266 - Florença, 1337). Giotto introduziu a perspectiva e a tridimensionalidade em cenas narrativas de efeito dramático muitas vezes grandioso. Sua evolução o conduziu a uma maior liberdade, feita de uma flexibilidade da forma e de uma riqueza cromática que revela leveza e intensidade. Sua pintura afirmou uma elegância e uma delicadeza que, embora com menos monumentalidade, encontra-se no trabalho de seus sucessores. - Sandro Filipepi Botticelli - pintor - (Florença, 1445 - idem, 1510). Trabalhou em Roma (1481-1482), mas foi em Florença que se desenvolveu quase toda sua obra. Humanismo e religião são para Botticelli as duas faces de uma mesma busca espiritual, que se exprime em um espaço bastante arbitrário, de uma poesia fascinante, onde a harmonia dançante da linha se liga ao intenso colorido. Suas últimas obras revelam um expressionismo trágico ou uma agitação visionária, permeadas de rara beleza e talento indiscutível. -
Cesar
Borgia - político - (Roma, 1475 - Pamplona,
1507). Filho de Rodrigo Borgia (papa Alexandre VI), acusado do assassínio
de seu irmão Giovanni, herdou deste o título de duque de
Gandía; em 1498 abandonou o cardinalato para dedicar-se à
política; sua vida de aventureiro sem escrúpulos, de hábil
diplomata, serviram a Maquiavel na composição de seu personagem
em O Príncipe. Morreu em uma emboscada. - Lucrecia Borgia - política - (Roma, 1480 - Ferrara, 1519). Personagem muito controvertida da história italiana, Lucrecia foi apenas um instrumento da política de seu pai (papa Alexandre VI) e seu irmão (Cesar Borgia). Em em 1501 casou-se com Afonso D'Este. - Francesco Castelli Borromini - arquiteto - (Bissone, 1599 - Roma, 1667). Substituiu a orientação clássica das igrejas de planta central pelo dinamismo de volumes irradiantes com sutis efeitos de perspectiva, rompeu as superfícies para integrá-las ao espaço ambiental, optou pela interferência de figuras geométricas e enfatizou a estrutura à maneira da arte gótica. Realizou grande carreira a serviço da Igreja. - Donato D'Angelo Bramante - arquiteto - (Urbino, 1444 - Roma, 1514). Começou como pintor em Melozzo, passando por Bérgamo e depois Milão. A segunda parte de sua carreira, em Roma (1499), fez dele o primeiro mestre da Renascença clássica, apaixonado pela organização dos volumes e pelos contrastes de luz. Foi incumbido pelo papa Júlio II dos grandes trabalhos de renovação do Vaticano. - Filippo Brunelleschi - arquiteto e escultor - (Florença, 1377 - idem, 1446). Depois de sólidos estudos teóricos, partiu para trabalhar em Roma, onde teve a revelação das ruínas antigas. De volta a Florença, construiu em 1419, o primeiro edifício renascentista da cidade (Hospital dos Inocentes). A clareza rítmica caracteriza a organização interna de seus projetos. Nos seus últimos dez anos de vida, Brunelleschi recebeu crescentes encomendas, de Mântua, de Milão, de Pisa, ou mesmo de Florença, para palácios, igrejas e fortalezas. - Giordano Bruno - filósofo - (Nola, 1548 - Roma, 1600). Foi um dos primeiros a romper com a concepção aristotélica de um mundo estanque, substituindo-o pela idéia de um universo infinito. Essa cosmologia implicou na negação da idéia teológica da Criação. Tais pensamentos, radicalmente novos para a época, e o panfleto que Bruno redigiu contra o papel político da Igreja e do clero, levaram-no a ser submetido à tortura e depois queimado vivo, por ordem do Santo Ofício. - Ettore Bugatti - empresário - (Milão, 1881 - Paris, 1947). Construiu seu primeiro automóvel em 1898 e fundou uma fábrica em Molsheim em 1907. Foi o primeiro construtor das automotrizes utilizadas nas estradas de ferro francesas (1933). - Michelangelo Buonarroti - pintor, escultor, arquiteto e poeta - (Caprese, 1475 - Roma, 1564). Formado em pintura e afresco no ateliê de Ghirlandaio, trabalhou a escultura estudando as antiguidades dos jardins dos Medici. Logo superou a estética do século XV e o idealismo clássico. O humanismo sobreposto à fé cristã esteve presente em sua obra, não somente a escultura, em que a forma tendeu à espiritualidade com imensa energia, como também a pintura, que encontrou no vigor da composição, na síntese da forma e da cor, na originalidade da visão uma força sem precedente. O sentimento agudo das contradições entre matéria e o espírito, entre a miséria humana e o mundo divino, as dúvidas e os sofrimentos, a exigência de perfeição, enfim, dão à sua obra uma humanidade e uma força que fizeram dele a própria encarnação do gênio. -
Giovanni Caboto
- navegador - (Gênova, 1450 - Londres, 1500). Tentou achar
uma rota marítima setentrional para a China. Pouco antes da primeira
viagem de Colombo, o rei da Inglaterra concedeu-lhe o monopólio
da procura de novas terras. Em 1497, atingiu o continente norte-americano. - Cesare Cantù - escritor e historiador - (Brívio, 1804 - Milão, 1895). Ficou conhecido pelo romance histórico Margherita Pusterla (1838) e escreveu depois, no mesmo estilo e inspirado pelos ideais de um catolicismo liberal, sua Storia Universale (1838-1846), em 35 volumes, obra muito lida, inclusive no Brasil. De grande interesse são as monografias de Cantù sobre os poetas Parini (1854), Monti (1879) e Manzoni (1822). - Giovanni Battista Caracciolo - pintor - (Nápoles, 1570 - idem, 1637). Também conhecido poril Battistello. Discípulo de Caravaggio, mas também influenciado pelos Carracci, contribuiu, com grandes composições religiosas e com seus afrescos, para a renovação da pintura napolitana no século XVII. - Michelangelo Merisi Caravaggio - pintor - (Caravaggio, 1571 - Porto Ercole, 1610). Sua carreira foi breve e tumultuada, marcada por rixas e entreveros provocados por seu temperamento explosivo. Formado em Milão, instalou-se em Roma em 1592, onde executou diversos serviços. Em 1606, perseguido pela Justiça após matar um desafeto numa briga, fugiu de Roma. Passou por Nápoles, Malta e Sicília. Morreu de malária quando retornava a Roma. Caravaggio reagiu às convenções do maneirismo e opôs a elas uma pintura natural, direta e brutal, que por sua franqueza renovou a natureza-morta. Os contrastes de sombra e luz sublinham formas maciças que emergem vigorosamente de um fundo negro. A influência que deixou na Europa, através do caravagismo, foi muito importante. - Gerolamo Cardano - médico, matemático e filósofo - (Pavia, 1501 - Roma, 1576). Conhecido também como Jèrôme Cardan. Após seus estudos em Pavia e em Pádua, adquiriu rapidamente renome na medicina européia e professou suas teorias nas Universidades de Milão, Pavia e Bolonha. Sua filosofia está impregnada em um vasto naturalismo que considera o mundo - e todas as coisas do mundo - como seres viventes e animados. Na matemática, seu nome está vinculado à fórmula de resolução da equação de 3º grau. Na mecânica, Cardan descreveu, entre outros, um modo engenhoso de suspensão que, desde então, leva seu nome. - Claudia Cardinale - atriz - (Tunis, 1938). Estreou no cinema em 1959 atuando em pequenos papéis. Em 1961 protagonizou o filme Selinità, onde obteve reconhecimento de público e de crítica. Atuou em diversos filmes, dentre os quais: Oito e Meio (1963), O Leopardo (1963), A Pantera Cor-De-Rosa (1964), Os Profissionais (1966), Era Uma Vez No Oeste, (1968), Dias de Fúria (1973), Prefeito de Ferro (1977), Corleone (1977), Jesus de Nazaré (1978), Fitzcarraldo (1982), A Revolução Francesa (1989), O Filho da Pantera-Cor-De-Rosa (1993), Ricas, Belas e Cruéis (1998) etc. - Agostino Carracci - pintor - (Bolonha, 1557 - Parma, 1602), com seu irmão Annibale Carracci (Bolonha, 1560 - Roma, 1609) e seu primo Ludovico Carracci (Bolonha, 1555 - idem, 1619) fundou em Bolonha (1585), uma academia de arte de grande prestígio, por onde passaram grandes artistas. Os Carracci foram elementos de transição entre o maneirismo e o academismo e, daí ao barroco. Sua doutrina abrangia o estudo da Antiguidade clássica, dos grandes mestres do Renascimento, bem como a observação da natureza e a pesquisa realista de uma verdade expressiva. - Enrico Caruso - tenor - (Nápoles, 1873 - idem, 1921). Deve sua celebridade à excepcional beleza de seu timbre, à diversidade de seus empregos e ao seu jogo cênico sem afetação. Entre suas maiores criações, destacam-se Adriana Lecouvreur (1902), de Cilea; La Fanciulla Del West (1910), de Puccini. - Giovanni Giacomo Casanova - aventureiro e escritor - (Veneza, 1725 - Dux, 1798). Preso por ter sido acusado de magia, realizou uma fuga espetacular das prisões de Veneza (1756). Refugiando-se em Paris, conquistou seu lugar na sociedade. A serviço da Inquisição de Veneza (1774-1782), tornou-se, em 1783, bibliotecário do conde de Waldstein. Escritor, é sobretudo conhecido por suas memórias, publicadas na França sob o título História de Minha Vida, que o torna célebre como o protótipo do conquistador amoroso. - Camilo Benso, conde de Cavour - estadista - (Turim, 1810 - idem, 1861). Fundou em 1847, Il Risorgimento, onde expôs sua tese de uma Itália dotada de uma monarquia constitucional de tendência liberal e unida em torno da Casa de Savóia. Em 1852, o rei Vítor Emanuel II designou-o à presidência do Conselho. Desde então Cavour dedicou-se a realizar a unidade italiana. Após acordo assinado com Napoleão III, pôde rechaçar a Áustria na guerra de 1859. Aproveitando-se dos levantes desencadeados pela guerra, Cavour apoderou-se da Emília, de Parma, de Módena, e da Toscana, anexando-as ao Piemonte, após plebiscitos. Depois de ter apoiado Garibaldi e seus "Mil", que tomaram Nápoles, fez com que a anexação do reino das Duas Sicílias fosse ratificada por plebiscito. - Cenni Di Pepo Cimabue - pintor e mosaísta - (Florença, 1240 - Pisa, 1302). Cimabue afasta-se das formas hieráticas para chegar a uma concepção humana dos personagens. Sua contribuição à pintura do século XIII (sentimento, expressão e verdade humanas) floresceu com seu discípulo Giotto. -
Cristóvão Colombo - navegador
- (Gênova, 1450 - Valladolid, 1506). Em 1477 estabeleceu-se junto
a seu irmão Bartolomeu, cartógrafo em Lisboa, e participou
de expedições pelas costas da África. Convencido
de poder atingir o Oriente pelo Atlântico, concebeu o projeto de
partir para a Ásia em busca do ouro que permitiria financiar uma
cruzada para libertar Jerusalém. Expôs seu projeto ao rei
de Potugal, que não o aceitou (1484). Foi então para a Espanha
(1485), onde solicitou o apoio dos Reis Católicos, que em 1492,
aceitaram financiar uma expedição composta por três
caravelas. Em 12 de outubro de 1492, a expedição avistou
terra (Bahamas). Aportou depois em Cuba e no Haiti, batizado de Hispaniola.
A expedição retornou à Espanha em janeiro de 1493,
e Colombo foi acolhido triunfalmente. Por mais três vezes Colombo
retornou às novas terras, descobrindo Dominica, Guadalupe, Trinidad,
Honduras, Jamaica entre outras. -
Antonio Allegri Correggio - pintor - (Correggio,
1489 - idem, 1534). Seu colorido precioso deve algo aos pintores de Ferrara;
sua ciência dos volumes e da perspectiva à arte de Mantegna,
que conheceu em Mântua. Desde a juventude, suavizou as formas herdadas
do Quattrocento por meio de um claro-escuro
baseado em Leonardo Da Vinci. - Francesco Del Cossa - pintor - (Ferrara, 1436 - Bolonha, 1478). A personalidade deste mestre da escola ferrarense manifesta-se de maneira surpreendente nos afrescos do Palácio Schifanoia, que representam a sucessão dos meses (Março, Abril, Maio, 1469-1470) e evocam a vida na corte da família D'Este. - Donato Di Betto Bardi Donatello - escultor - (Florença, 1386 - idem, 1466). Realizou em Florença algumas das obras essenciais do quattrocento. Desenvolveu a arte do schiacciato, modelado achatado capaz de exprimir a perspectiva por diferenças mínimas de relevo. Sua arte afirmou um sentido de espaço e expressividade que representam, ao lado de um classicismo talvez herdado da Roma antiga, algumas das maiores aquisições da Renascença. -
Andrea Doria - condottieri - (Oneglia, 1466
- Gênova, 1560). Foi um dos membros mais célebres da nobre
família Doria, a qual esteve à frente da facção
gibelina, em Gênova, durante toda a Idade Média. - Dosso Dossi - pintor - (Pieve di Cento, 1480 - Ferrara, 1542). Influenciado por Ticiano, deixou, em Ferrara, cenas mitológicas e temas religiosos com grandes paisagens ricamente coloridas, de um maneirismo impregnado de romantismo e mistério. - Umberto Eco - escritor e semiólogo - (Alessandria, 1932). Autor de ensaios sobre as relações entre a criação artística e os meios de comunicação (A Obra Aberta, 1962; Diário Mínimo, 1963; Apocalípticos e Integrados, 1964; Il Superuomo Di Masa, 1976), além de romances de grande sucesso, como O Nome da Rosa, 1980 e O Pêndulo de Foucault, 1988). Sua reflexão semiológica sobre o mundo contemporâneo prosseguiu em Os Limites da Interpretação (1990). Em 1994 lançou A Ilha do Dia Anterior. - Frederico Fellini - cineasta - (Rimini, 1920 - Roma, 1993). Estreou como diretor em 1950 com Mulheres e Luzes; depois dirigiu Abismo de um Sonho (1952). Seu talento atingiu a plenitude em Os Boas-Vidas (1953), mas a consagração internacional só veio com A Estrada da Vida (1954). Dirigiu depois A Trapaça (1955), Noites de Cabíria (1957), A Doce Vida (1960), Oito e Meio (1963), Julieta dos Espíritos (1965), Satyricon (1969), Roma (1972), Amarcord (1973), Casanova (1976), Ensaio de Orquestra (1979), Cidade das Mulheres (1979), E La Nave Va (1983), Ginger & Fred (1985), Entrevista (1987), A Voz da Lua (1990). Considerado um dos maiores gênios do cinema contemporâneo, Fellini pinta a solidão do homem diante do mundo através de um universo particular, povoado de fastasmas simbólicos ou psicanalíticos. - Enrico Fermi - físico - (Roma, 1901 - Chicago, 1954). Foi um dos maiores físicos do século XX, aliando sempre a teoria e a experimentação. Em 1927 deu origem à estatística de Fermi-Dirac, que permite estudar o comportamento estatístico dos quanta. Em 1932, apresentou a primeira teoria quântica dos campos de interação fraca, explicando a radioatividade. Fermi desempenhou papel fundamental durante a II Grande Guerra, aperfeiçoando as armas nucleares. Foi igualmente responsável pela primeira pilha atômica de urânio e grafite. Após a guerra, foi um dos fundadores da física subnuclear. Ganhou o prêmio Nobel de Física em 1938. - Enzo Ferrari - piloto e empresário - (Modena, 1898 - idem, 1988). Piloto da Alfa Romeo nos anos 1920, criou sua própria escuderia, que marcou época a partir da década de 50. Produziu também cobiçados carros esporte, os quais se tornaram sinônimo de arrojo, potência, beleza e sofisticação. - Piero Della Francesca - pintor - (Borgo San Sepolcro, 1416 - idem, 1492). Herdeiro do primeiro Renascimento florentino, realizou a mais alta síntese das pesquisas sobre a forma, o espaço e a cor em meados do século XV. Trabalhou em Florença, Ferrara, Rimini, Arezzo, San Sepolcro, Roma e Urbino. Seu exemplo constitui uma das maiores forças de propagação do Renascimento na Itália. - Carlo Emilio Gadda - escritor - (Milão, 1893 - Roma, 1973). Sua obra, em múltiplas estratificações lingüísticas, retóricas e dialetais, é a própria imagem de uma vida fragmentada. Iniciou-se na literatura com a revista de vanguarda e a coleção Solaria (A Madona dos Filósofos, 1931; O Castelo de Udine, 1934). Após a II Guerra, dedicou-se à várias obras, sendo que O Conhecimento da Dor (1963) projetou-o internacionalmente. -
Galileu Galilei - astrônomo, físico
e escritor - (Pisa, 1564 - Arcetri, 1642). Em sua juventude dedicou-se
às letras, escrevendo sobre Dante e Tasso. - Luigi Galvani - físico e médico - (Bolonha, 1737 - idem, 1798). Tendo observado, em 1786, as contrações dos músculos de uma rã ferida quando aproximava de seus nervos a ponta de um bisturi, atribuiu este fenômeno a uma forma de eletricidade animal. Essa interpretação foi vigorosamente combatida por Volta. A controvérsia entre os dois físicos possibilitou a invenção da pilha elétrica. - Giuseppe Garibaldi - revolucionário e político - (Nice, 1807 - Caprera, 1882). Membro da Jovem Itália de Mazzini (1833), fugiu para o Brasil (1836) e depois para o Uruguai (1841), após tentativa de ataque à Gênova. No Brasil, Bento Gonçalves forneceu-lhe recursos para enfrentar as tropas imperiais na lagoa dos Patos. Depois, auxiliou Davi Canabarro na conquista de Laguna (1839), onde conheceu Anita. Retornando à Itália em 1948, combateu os austríacos na Lombardia. Defendeu a república, em Roma (1849), mas foi obrigado a exilar-se após derrota. De retorno à Itália em 1854, abandonou o mazzinismo e juntou-se a Cavour (1858). Comandando o grupo dos Caçadores dos Alpes, durante a campanha da Itália de 1959, derrotou os austríacos em Varese e entrou em Brescia. Decepcionado com o armistício de Villafranca, retornou ao mazzinismo. Organizou em Gênova (1860) a Expedição dos Mil, contra o reino das Duas Sicílias; apoderou-se da Sicília e entrou em Nápoles, onde acolheu Vittorio Emmanuelle II. Resolvido a fazer de Roma a capital da Itália, organizou duas expedições no Treinamento, depois na Calábria, onde foi derrotado. Tendo entrado em território pontifical em 1867, ocupou Monterotondo, mas foi novamente derrotado. Colocou-se a serviço da República Francesa em 1870 e contribuiu para a tomada de Dijon (1871). Deputado de Roma em 1874, retirou-se, pouco depois, para Caprera, onde escreveu suas Memórias. - Vittorio Gassman - ator e cineasta - (Gênova, 1922). Estreou no teatro em 1943 e fundou sua própria companhia, o Teatro de Arte Italiano, em 1952. No cinema destacou-se sobretudo em Arroz Amargo (1949), Os Eternos Desconhecidos (1958), A Grande Guerra (1959), O Incrível Exército de Brancaleone (1965), Perfume de Mulher (1974), Nós Que Nos Amávamos Tanto (1975), Cerimônia de Casamento (1978), Quinteto (1979). Também dirigiu vários filmes, entre eles: O Álibi (1968), Sem Família (1971), De Pai para Filho (1982). - Giorgio Castelfranco Giorgione - pintor - (Castelfranco, 1477 - Veneza, 1510). Desde muito jovem trabalhou no ateliê dos irmãos Bellini, em Veneza. Sua obra é caracterizada por uma poesia profunda e um lirismo discreto. Os temas são, muitas vezes, enigmáticos e, principalmente, de uma linguagem pictórica, fundamentada numa harmonia tonal, uma liberdade da pincelada, uma integração das figuras na paisagem, até então inédita. Esse giorgionismo exerceu grande influência sobre os pintores venezianos, a começar por Ticiano, que terminou algumas obras do artista, morto prematuramente. - Antonio Gramsci - filósofo, político e escritor - (Sardenha, 1891 - Roma, 1937). A originalidade de suas teses reside na independência, da qual deu provas frente à Revolução de Outubro, no seu aprofundamento da noção de Estado, na substituição da noção de ditadura do proletariado por hegemonia do proletariado. Gramsci também pôs em evidência o fato de que toda tomada do poder só pode ser feita com alianças. Os textos de Gramsci só foram publicados integralmente em 1975, os quais constituem uma das obras-primas da literatura política italiana. - Ferruccio Lamborghini - empresário - (Cento, 1916 - Perugia, 1993). Foi um inovador da indústria automobilística a partir da década de 60, produzindo carros esportivos luxuosos e velozes, com linhas arrojadas, entre eles o Lamborghini 350 GT, o Miúra e o El Diablo. - Brunetto Latini - escritor - (Florença, 1220 - idem, 1294). Amigo e mestre de Dante Alighieri, escreveu o Livre Du Trèsor, uma compilação da ciência do seu tempo, mesclada de lendas. - Sergio Leone - cineasta - (Roma, 1929 - idem, 1989). Estreou em 1959, com Os Últimos Dias de Pompéia; a partir de 1964 consagrou-se com uma série de spaghetti-westerns: Por Um Punhado de Dólares (1964); Por Alguns Dólares a Mais (1965); Três Homens em Conflito (1966); Era Uma Vez no Oeste (1968). Nos EUA, dirigiu Quando Explode a Vingança (1971) e Era Uma Vez na América (1983). - Giacomo Leopardi - escritor - (Recanati, 1798 - Nápoles, 1837). Considerado o maior poeta italiano desde Petrarca, foi um dos pais da moderna poesia italiana. Seus poemas líricos, publicados entre 1824 e 1835, obtiveram grande sucesso, mas são apenas uma pequena parte de sua extensa obra de erudito, filólogo e jornalista. - Fra Filippo Lippi - pintor - (Florença, 1406 - Spoleto, 1469). Monge de 1421 a 1457, associou a influência de Masaccio à lembrança do gótico tardio. Em 1452, substituiu Fra Angelico na execução, com nova coerência espacial, dos afrescos do coro da catedral de Prato. A busca da beleza pura e de uma luz modulada marcaram seus últimos trabalhos. -
Gina Lollobrigida - atriz - (Subiaco, 1927). Estreou no
cinema em 1946, consagrando-se a partir de A Rebelde
(1951) e Fanfan La Tulipe (1951). Destacou-se
depois em Esta Noite é Minha (1952),
Pão, Amor e Fantasia (1953), Trapézio
(1955), O Concunda de Notre-Dame (1956),
Salomão e a Rainha
de Sabá (1959), A Mulher de Palha
(1964), entre outros. - Carlo Maderno - arquiteto - (Ticino, 1556 - Roma, 1629). Foi encarregado pelo papa Paulo V de concluir a construção de São Pedro, deu à basílica seu plano em cruz latina, acrescentando dois braços à nave (1607-1612). Construiu outras igrejas romanas, que rompem com o maneirismo por seu estilo dinâmico e luminoso. - Anna Magnani - atriz - (Alexandria, 1908 - Roma, 1973). Inicialmente cantora de cabaré, estreou no teatro em torno de 1930 e no cinema em 1943. Em 1945, Roma, Cidade Aberta, de Rossellini, fez dela uma estrela internacional. Destacou-se também em Belíssima (1951), A Rosa Tatuada (1955), Mamma Roma (1962), Roma (1972). - Andrea Mantegna - pintor, gravador e desenhista - (Pádua, 1431 - Mântua, 1506). A atração pela arte dos florentinos, aliada a seu gosto pelo antigo, conduziu-o à pesquisa de um desenho extremamente nítido, de vigoroso relevo e perspectiva audaciosa, de cores sóbrias até a quase monocromia, que representam uma completa ruptura com a época do gótico. -
Niccolo Maquiavel - escritor, filósofo
e político - (Florença, 1469 - idem, 1527). Secretário
de Estado da República de Florença (1498), desempenhou várias
missões diplomáticas na Itália, França e Alemanha,
e reorganizou o exército. O fim da República, com a volta
ao poder dos Medici (1512), levou-o ao exílio. Aproveitou essa
retirada forçada (1512-1520) para escrever a maior parte de sua
obra. Voltou ao primeiro plano no cenário político, porém,
comprometido logo depois, teve cassados seus direitos políticos. - Guglielmo Marconi - físico - (Bolonha, 1874 - Roma, 1937). Desde a juventude interessou-se pelos problemas da telegrafia sem fio. Utilizou o oscilador de Hertz, a antena de Popov e o coesor de Branly para obter, em 1896, uma transmissão telegráfica entre dois pontos distanciados uma centena de metros. Trabalhando na Inglaterra, foi aumentando pouco a pouco a distância de transmissão, até que, em 1901, enviou uma mensagem da Cornualha à Terra Nova. Recebeu o prêmio Nobel de Física em 1909. - Fillipo Tommaso Marinetti - escritor - (Alexandria, 1878 - Bellagio, 1944). Seu Manifesto Futurista, publicado em 1909, propunha a aniquilação definitiva de toda forma de tradição, anunciando uma arte expressiva da era das máquinas e da velocidade. Sua teoria influiu na pintura, na escultura, na arquitetura, no teatro e nos movimentos de vanguarda posteriores. No Brasil, a Semana de Arte Moderna de 1922, e todos os movimentos correlatos, foram fortemente influenciados pelo Futurismo. - Francesco Di Giorgio Martini - arquiteto, pintor e escultor - (Siena, 1439 - idem, 1501). Sua pintura aliou o rigor florentino à poesia da escola de Siena. Em 1477 esteve em Urbino. Trabalhou como arquiteto em Marche, onde deixou uma obra-prima: a igreja da Madonna Del Calcinaio (1485). Escreveu o Tratatto Di Architettura Civile e Militare, que discute o simbolismo e o estudo das proporções segundo as articulações do corpo humano. - Giovanni Battista Martini - compositor - (Bolonha, 1706 - idem, 1784). Formou inúmeros compositores, como Mozart e Johann Christiam Bach. Escreveu oratórios, música religiosa, sonatas, concertos. - Simone Martini - pintor - (Siena, 1284 - Avignon, 1344). Sua elegância, refinamento e vivacidade, já sensiveis em sua primeira obra conhecida, a Majestade, do Palácio Municipal de Siena (1315), afirmam o gosto gótico em detrimento do hieratismo bizantino. A sugestão do espaço e a perspectiva harmonizam-se com sua preocupação narrativa. Trabalhou também em Nápoles, Assis e Avignon. - Tommaso Di Ser Giovanni Masaccio - pintor - (San Giovanni Valdarno, 1401 - Roma, 1428). Semelhante a Brunelleschi e a Donatello na inovação, consolidou as tentativas de Giotto no sentido da apropriação do real e consumou a ruptura com a concepção medieval da representação. O vigor monumental e o realismo expressivo das figuras, o modelato de sombra e luz e o sólido tratamento da perspectiva são os pontos centrais de sua obra, que lançou as bases sobre as quais se desenvolveria toda a pintura européia. - Giulietta Masina - atriz - (Bolonha, 1921 - Roma, 1994). Casou-se (1943) com Frederico Fellini e estreou no cinema em 1946, em Paisà. Consagrou-se mundialmente em A Estrada da Vida (1954). Destacou-se também em A Trapaça (1955), Noites de Cabíria (1957), Julieta dos Espíritos (1965), Fortunella (1968), A Louca de Chaillot (1969), Ginger & Fred (1985). - Marcello Mastroiani - ator - (Fontana Liri, 1924 - Paris, 1996). Depois de vários anos de teatro, estreou no cinema em 1951 e rapidamente tornou-se célebre. Trabalhou nos seguintes filmes: Os Eternos Desconhecidos (1956), Contos de Verão (1958), A Doce Vida (1960), A Noite (1960), Divórcio à Italiana (1961), Vidas Privadas (1962), Oito e Meio (1963), Quinteto Irreverente (1963), A Comilança (1973), Massacre em Roma (1974), Nós Que Nos Amávamos Tanto (1974), Um Dia Muito Especial (1977), Cidade das Mulheres (1979), Casanova e a Revolução (1982), Gabriela (1984), Ginger & Fred (1985), Olhos Negros (1986), Entrevista (1987), Splendor (1989), Estamos Todos Bem (1990), Rossini, Rossini (1991), Além das Nuvens (1995), entre outros. - Giuseppe Mazzini - revolucionário - (Gênova, 1805 - Pisa, 1872). Carbonário, expulso da Itália desde 1831 devido a suas idéias, reuniu patriotas no movimento, a Jovem-Itália. Desejoso de tornar sua pátria uma nação-guia na emancipação política e religiosa dos povos, sonhou com uma humanidade totalmente reformada. Seu objetivo era também, e principalmente, o advento de uma república italiana unitária. Tentou constituí-la organizando complôs e insurreições, que fracassaram. Após um novo período de exílio, retornou à Itália, onde participou da insurreição de Milão (1848) e, depois, do governo da República romana (1849). Exilou-se ainda outra vez, tentou novamente golpes na Itália, enquanto seus partidários abandonavam, progressivamente, seus métodos subversivos. Preso na Sicília, em 1870, beneficiou-se com uma anistia. -
Cosme Medici - político e banqueiro
- (Florença, 1389 - Careggi, 1464). Patriarca da célebre
família Medici, família de banqueiros que dominou Florença
a partir de 1434 e depois reinou sobre ela com o título ducal de
1532 a 1737. - Antonello da Messina - pintor - (Messina, 1430 - idem, 1479). Formado no meio cosmopolita de Nápoles, uniu o sentido mediterrâneo dos volumes e da composição ampla à observação meticulosa dos primitivos flamengos. Sua viagem a Veneza (1475-1476) foi uma oportunidade para importantes trocas de influências. - Pietro Trapassi Metastasio - poeta e escritor - (Roma, 1698 - Viena, 1782). Seu primeiro drama, Dido Abandonada (1724), que o celebrizou, foi seguido por Catão em Utica (1728) e Artaeres (1730). Poeta na corte de Viena, compôs oratórios, cantatas e 26 melodramas (A Olimpíada, 1733; Attilio Regolo, 1740). Criador da arietta, poesia curta destinada ao canto, participou também da reforma do teatro lírico. - Amedeo Modigliani - pintor e escultor - (Livorno, 1884 - Paris, 1920). Após estudar em Florença e Veneza, foi para Paris (1906), descobriu Cézanne, a escultura negra e o Cubismo nascente, e, sob a influência de Brancusi, abordou a escultura. Atraído pelo nú feminino e pelo retrato, confiou à linha, elegante e flexível, a expressão principal da forma, do volume e do espaço. -
Maria Montessori - médica e pedagoga
- (Chiaravalle, 1870 - Noordwijk, 1952). Primeira mulher italiana a graduar-se
em medicina (1894), foi nomeada doutora da clínica psiquiátrica
da Universidade de Roma, onde se interessou pelos problemas educacionais
das crianças excepcionais. - Claudio Monteverdi - compositor - (Cremona, 1567 - Veneza, 1643). Último dos grandes polifonistas, utilizou todos os recursos do novo estilo concertante para dar mais expressão ao texto. Os últimos madrigais tendem para a música dramática. Monteverdi esteve a serviço da corte de Mântua (1591-1612); depois tornou-se mestre-de-capela da catedral de São Marcos, em Veneza, onde passou a viver. Compôs para a catedral, para festas particulares e públicas da cidade e teve numerosos alunos (Rovetta, Schütz, Cavalli). - Benito Mussolini - estadista - (Dovia di Predappio, 1883 - Giulino di Mezzegra, 1945). Aproveitando-se da instabilidade social, e com sua habilidade e poder de sugestão, transformou seu partido político, os Fasces Italianos, num partido de massas. A marcha simbólica dos Camisas Negras sobre Roma (1922) fez com que o rei Vittorio Emmanuelle III, que o admirava, o escolhesse para primeiro-ministro. Dentro do novo regime, ocupou o lugar principal: foi o chefe supremo, o Duce, em torno de quem um verdadeiro culto da personalidade foi alimentado. Após aproximar-se da Alemanha de Hitler, a entrada na II Guerra foi decorrência necessária (1940). Diante dos fracassos militares, organizou-se um complô dentro do próprio partido fascista, o qual obteve do rei a destituição de Mussolini (1943). Preso, foi libertado após audaciosa operação dos alemães. A partir de então, Mussolini tornara-se apenas uma sombra, e a República de Salò, por ele constituída no norte da Itália, foi apenas um Estado fantoche nas mãos dos nazistas. Quando os alemães evacuaram a Itália (1945), Mussolini tentou segui-los, mas foi capturado e fuzilado por franco-atiradores italianos. -
Niccolò
Paganini - violinista e compositor - (Gênova,
1782 - Nice, 1840). De 1797 até 1828, realizou turnês pelo
norte da Itália; depois se apresentou na Áustria, na Polônia,
na Alemanha, na Boêmia, na França e na Inglaterra. Voltou
para a Itália em 1834. Virtuosíssimo, dotado de técnica
excepcional, introduziu inovações que estenderam o registro
do violino, aumentando as possibilidades expressivas do instrumento. - Pier Paolo Pasolini - cineasta e escritor - (Bolonha, 1922 - Ostia, 1975). Poeta para quem a descoberta de Marx foi determinante, descreveu em seus romances a vida miserável do subproletariado dos subúrbios romanos. Estreou no cinema com uma fábula neo-realista (Desajuste Social, 1961), seguida de um melodrama freudiano (Mamma Roma, 1962), depois produziu uma obra permeada de inteligência e sensibilidade (O Evangelho Segundo São Mateus, 1964; Édipo Rei, 1967; Teorema, 1968; Pocilga, 1970; Medéia, 1970; Decameron, 1971; Os Contos de Canterbury, 1972; As Mil e Uma Noites de Pasolini, 1974; Salò, 1976). Morreu assassinado. - Luciano Pavarotti - tenor - (Módena, 1935). Iniciou sua carreira no Scala de Milão em 1965 e triunfou nos EUA em 1968. Tem uma das mais brilhantes carreiras de cantor, com enorme sucesso mundial, raras vezes alcançado por um cantor lírico. - Giorgio Perlasca - benfeitor - (Como, 1910 - Pádua, 1992). Giorgio Perlasca, um negociante de carnes, simpatizante do fascismo (inclusive havia lutado ao lado de Franco na Guerra Civil Espanhola), salvou cerca de cinco mil judeus do Holocausto, em 1944. Fazendo-se passar por cônsul da Espanha na Hungria, forneceu comida e documentos falsos a judeus em Budapeste, cidade que estava sendo controlada pelos nazistas. Essa história permaneceu esquecida por 40 anos, até sua redescoberta em 1987, pois o próprio Perlasca preferiu que seu passado não viesse à tona. -
Francesco Petrarca - poeta e humanista - (Arezzo,
1304 - Pádua, 1374). Estudou em Pisa, Bolonha, Montpellier e Avignon.
Nesta última cidade, em 1327, conheceu Laura de Noves, que lhe
inspirou um amor platônico que durou até o fim de sua vida.
- Francesco Antonio Pigafetta - navegador e historiógrafo - (Vicenza, 1480 ou 1491 - Malta, 1536). Acompanhou Fernão de Magalhães em sua viagem de circunavegação (1519-1522) e foi um dos oito sobreviventes dos 239 embarcados. No livro que escreveu sobre o assunto, Primeira Viagem ao Redor do Globo Terrestre, registrou alguns usos e costumes dos indígenas brasileiros, especialmente o da rede de dormir. - Bernardino Di Beto Pinturicchio - pintor - (Perugia, 1454 - Siena, 1513). Sua verve narrativa e estilo ornamentado fizeram dele o pintor favorito da aristocracia pontifícia. Trabalhou também na catedral de Siena. - Luigi Pirandello - dramaturgo e escritor - (Agrigento, 1867 - Roma, 1936). Em seus romances, contos e, sobretudo, em suas peças de teatro, salienta-se constantemente a obsessão pela pluralidade do ser individual e a inútil luta que o homem trava para atingir a verdade de sua própria identidade. Sua obra teve grande influência no teatro do século XX e, em certo sentido, foi precursora do teatro do absurdo. Em 1934 obteve o Prêmio Nobel de Literatura. - Marco Polo - aventureiro - (Veneza, 1254 - idem, 1324). Sua celebridade provém da narrativa de sua viagem pela Ásia, no Livro das Maravilhas. Marco, juntamente com seu pai e seu tio, seguiram viagem rumo a China (1271), seguindo a rota da seda. Detiveram-se por um ano em Cantao e depois seguiram seu caminho até Shangdu, residência do soberano chinês Kubilai Khan. Enquanto seu pai e seu tio faziam negócios, Marco cumpriu diversas missões na China, a serviço de Khan. Essas viagens pelo interior do reino, permitiram-lhe, mais tarde, estabelecer seu extraordinário relato da China. Em 1292, os três mercadores deixaram o país, chegando a Veneza em 1295. Prisioneiro dos genoveses de 1296 a 1299, Marco Polo ditou suas recordações de viagem a um escritor, Rustichello. - Francesco Primaticcio - pintor, escultor e arquiteto - (Bolonha, 1504 - Paris, 1570). Chegou a Fontainebleu recomendado por Giulio Romano (1532). Desenvolveu uma arte de grande impacto decorativo, de extrema elegância no tratamento linear do corpo humano. Mais amplamente, Primaticcio desenpenhou o papel de verdadeiro diretor das belas-artes dos Valois. Seu estilo pessoal tornou-se conhecido sobretudo por seus admiráveis desenhos. - Giacomo Puccini - compositor - (Lucca, 1858 - Bruxelas, 1924). Grande mestre do verismo, foi um dos mais importantes compositores do teatro lírico dos séculos XIX e XX. Com Manon Lescault (Turim, 1893) e La Bohème (Turim, 1896), tornou-se conhecido do público italiano. Consagrou-se definitivamente com a Tosca (Roma, 1900) e Madame Butterfly (Milão, 1904). Em Nova York encenou La Fanciulla Del West (1910) e Il Trittico. A doença que o matou impediu-o de completar Turandot. - Salvatore Quasimodo - escritor - (Siracusa, 1901 - Nápoles, 1968). Um dos principais representantes da escola hermetista, tornou-se o poeta da liberdade (Dia Após Dia, 1947; A Terra Incomparável, 1958; Dare e Avere, 1966). Obteve o prêmio Nobel de Literatura em 1959. - Giulio Romano - pintor e arquiteto - (Roma, 1499 - Mântua, 1546). Aluno e colaborador de Rafael, diferenciou-se do mestre sobretudo pela influência de Michelangelo. Sua obra-prima é o palácio do Te, em Mântua (1525-1534), que se afasta dos princípios clássicos tanto na arquitetura, como na pintura. A energia de seu estilo definiu uma das facetas do maneirismo. - Roberto Rosselini - cineasta - (Roma, 1906 - idem, 1977). Inicialmente roteirista, estreou na direção em 1942. Em 1945 realizou Roma, Cidade Aberta, manifesto do neo-realismo, ao qual permaneceu fiel em Paisà (1946). Seguiram-se Alemanha, Ano Zero (1947), Stromboli (1949), Francisco, Arauto de Deus (1950), Os Sete Pecados Capitais (1952), Europa 51 (1952), De Crápula a Herói (1959), Vanina Vanini (1961), entre outros. A partir de 1964 realizou uma série de filmes e documentários para a televisão. - Gioacchino Antonio Rossini - compositor - (Pesaro, 1792 - Paris, 1868). Suas primeiras óperas sérias, Tancredi, A Italiana em Argel (Veneza, 1813) e O Barbeiro de Sevilha (Roma, 1816), consagraram-no como o maior compositor lírico da época. De 1815 até 1823, produziu: Othelo, Cinderela, O Califa de Bagdá, Semíramis. Na época da sagração de Carlos X, escreveu A Viagem a Remis (1825); em seguida, as óperas O Cerco de Corinto (1826) e Moisés (1827). Diretor do Teatro Italiano, intendente da música real até a Revolução de Julho, compôs uma última ópera, Guilherme Tell (1829) e, em seguida o Stabat Mater (1832-1841). - Antonio Salieri - compositor - (Legnago, 1750 - Viena, 1825). Mestre da capela imperial em Viena (1788-1824), sua ópera L'Europa Riconosciuta escolhida para inaugurar o Scala de Milão (1778). Nesta época, eclipsava Mozart na capital austríaca, mas a lenda segundo a qual ele teria envenenado seu rival não tem qualquer fundamento. Uma de sua últimas obras importantes é Falstaff (1799). Escreveu também música religiosa e diversas páginas instrumentais. Foi professor de Schubert, Beethoven e Liszt. - Rafael Sanzio - pintor e arquiteto - (Urbino, 1483 - Roma, 1520). Após estudar com Perugino, em Perugia, instalou-se em Florença em 1504, onde estudou as obras de Leonardo Da Vinci. Em 1508, o papa Júlio II chamou-o a Roma e encomendou-lhe diversos trabalhos. Como arquiteto, teve quase a mesma importância que como pintor, principalmente com os projetos do palácio Pandolfini em Florença e da Villa Madama em Roma. Sua arte, que associou o equilíbrio e a harmonia a uma amplitude figurativa totalmente nova, definiu por excelência o Renascimento clássico; daí sua imensa importância. - Andrea Del Sarto - pintor - (Florença, 1486 - idem, 1530). Marca, ao mesmo tempo, o coroamento da Renascença clássica e o ponto de partida do maneirismo toscano em seus quadros e afrescos, feitos de movimentos harmônicos e de uma serena grandeza. -
Ludovico Sforza - governante - (Vigevano,
1452 - Loches, 1508). Conhecido como Ludovico, o Mouro, obteve, com a
morte de seu sobrinho, a coroa ducal de Milão (1494-1499 e 1500).
A corte de Milão brilhou devido a seu mecenato. Obteve também
(1479) o ducado de Bari. Em 1500, após ter retomado Milão,
que fora ocupada por Luís XII, Ludovico foi capturado em Novara
e preso na França. - Vittorio De Sica - ator e cineasta - (Sora, 1901 - Paris, 1974). Um dos mestres do movimento neo-realista, dirigiu: Vítimas da Tormenta (1946), Ladrões de Bicicletas (1948), Milagre em Milão (1951), Umberto D. (1952), Quando a Mulher Erra (1953), O Ouro de Nápoles (1954), O Teto (1956), Duas Mulheres (1960), O Juízo Universal (1962), Ontem, Hoje e Amanhã (1963), Matrimônio à Italiana (1964), Os Girassóis da Rússia (1970), O Jardim dos Finzi-Contini (1970). - Luca Signorelli - pintor - (Cortona, 1445 - idem, 1523). Foi chamada a trabalhar em Loreto (1478) e em Roma (capela Sistina, 1480), adquirindo um estilo pessoal de vigorosa tensão. Executou afrescos em Siena e na catedral de Orvieto (1499-1504). - Antonio Stradivarius - luthier - (Cremona, 1644 - idem, 1737). Formado por Niccolò Amati, seu primeiro instrumento data de 1666. Durante seu primeiro período de atividade, constituiu violinos inspirados nos modelos de seu mestre. Dos anos 1690 datam os modelos de violinos chamados longuets, onde se nota um afinamento das linhas. Entre 1700 e 1720, os instrumentos ficaram mais quadrados, com o dorso em ácer ondulado. Produziu mais de mil instrumentos dos quais ainda restam cerca de 650. - Torquato Tasso - escritor - (Sorrento, 1544 - Roma, 1595). Sua loucura tornou-se tão célebre quanto seu poema épico, Jerusalém Libertada (1575), o qual passou o resto da vida renegando-o e multilando-o, dando origem à segunda versão da obra, Jerusalém Conquistada (1593). Escreveu também um poema de cavalaria, Rinaldo (1562), e obteve sucesso com uma fábula, Aminta (1573). Encerrado no asilo de Ferrara (1579), libertado em 1586, retomou a vida errante e morreu no momento em que o papa iria laureá-lo. - Iacopo Robusti Tintoretto - pintor - (Veneza, 1518 - idem, 1594). Sua obra, abundante, foi inteiramente realizada em Veneza. Discípulo de Ticiano e admirador de Michelangelo, Tintoretto era dotado de grande virtuosidade; empregou recursos audaciosos, dramáticos jogos de luz e sombra e uma paleta sombria para criar uma arte impetuosa e poética, próxima do maneirismo e prenunciadora do barroco. - Ugo Tognazzi - cineasta - (Cremona, 1922 - Roma, 1990). Começou no teatro e tornou-se um dos atores mais populares do cinema internacional (O Leito Conjugal, 1963; Os Monstros, 1963; Pocilga, 1970; A Comilança, 1973; Meus Caros Amigos, 1975; A Gaiola das Loucas, 1980; A Tragédia de um Homem Ridículo, 1981). A partir de 1961 também dirigiu vários filmes. - Evangelista Torricelli - físico e matemático - (Faenza, 1608 - Florença, 1647). Em seu estudo sobre o movimento dos corpos (1641) encontra-se implícito o princípio da conservação da energia. Em 1643, evidenciou a presença da pressão atmosférica, por meio de um tubo com mercúrio, e enunciou a lei que leva seu nome sobre o escoamento dos líquidos. Na matemática, calculou a área da ciclóide. - Arturo Toscanini - maestro - (Parma, 1867 - Nova York, 1957). Considerado um dos maiores regentes do século XX. Criador, em 1896, de La Bohème de Puccini, regeu no Scala de Milão (1898), no Metropolitan Opera de Nova York (1908-1915), novamente no Scala, onde em 1926 criou Turandot, de Puccini, e de 1944 a 1954 novamente nos EUA (Orquestra Sinfônica da NBC). Notabilizou-se como intérprete de obras de Brahms, Beethoven, Verdi e Puccini e celebrizou-se, sobretudo, por sua constante preocupação em exprimir as intenções dos compositores cujas obras executava. -
Cosimo Tura - pintor - (Ferrara, 1430 - idem,
1495). Principal representante da escola de Ferrara. Desenvolveu um estilo
caracterizado ao mesmo tempo pela acuidade gráfica e pela densidade
dos volumes, atingindo uma tensão caprichosa e impactante. - Rodolfo Valentino - ator - (Castellaneta, 1895 - Nova York, 1926). Fazendo valer seu charme latino, destacou-se no início dos anos de 1920 como astro internacional (Os Cavaleiros do Apocalipse, 1921; Sangue e Areia, 1922; A Águia, 1925; O Filho do Sheik, 1926). É um dos grandes mitos da história do cinema. - Ticiano Vecellio - pintor - (Pieve di Cadore, 1488 - Veneza, 1576). Ticiano pertence à escola veneziana, mas sua carreira foi européia, assim como sua influência, de importância básica para a evolução da arte ocidental (influenciou, por exemplo, Velázquez, Rubens, Van Dyck, Watteau, Renoir etc). Sua primeira obra-prima, O Amor Sagrado e o Amor Profano (1515), representa perfeitamente o ideal da beleza serena da Renascença clássica. Nem a fecundidade, nem a capacidade de renovação se atenuam na velhice do pintor, quando a forma se dilui numa matéria lentamente trabalhada, onde os tons quentes e cambiantes são atravessados por centelhas de luz, numa ambiência quase espectral. - Giuseppe Verdi - compositor - (Roncole, 1813 - Milão, 1901). Sua obra dramática teve constante evolução desde as primeiras partituras, de Nabuco (1841) e Rigoletto (1851), passando pelo Trovador (1853), La Traviatta (1853), Don Carlos (1867), Aída (1871), até as obras consideradas perfeitas, que são Othelo (1887) e Falstaff (1893). Símbolo da unidade italiana, dramaturgo nato, movido por um dinamismo constante, psicológico, soube compor como um mestre do recitativo dramático, dos coros, da orquestra, do canto expressivo e lírico. - Andrea Di Cione Verrocchio - escultor e pintor - (Florença, 1435 - Veneza, 1488). A partir de 1465 dirigiu, em Florença, um importante ateliê, tendo como alunos, Leonardo da Vinci e Perugino. Pintor envolvido na revolução acarretada pela progressiva adoção da pintura a óleo, executou importantes trabalhos, tanto na pintura, quanto na escultura. - Américo Vespúcio - navegador - (Florença, 1454 - Sevilha, 1512). Residindo na Espanha (1490), realizou, a serviço da Espanha e de Portugal, diversas viagens para o Novo Mundo (Suriname,1499; Brasil, 1501-1502;). O geógrafo Waldseemüller atribuiu-lhe a descoberta do novo continente e, em sua homenagem, deu o nome América ao Novo Mundo. -
Leonardo Da Vinci - pintor, escultor, arquiteto,
naturalista, engenheiro e cientista - (Vinci, 1452 - Castelo
de Cloux, 1519). Um dos artistas mais representativos do Renascimento,
considerado um gênio da Humanidade. Após alguns trabalhos
realizados em Florença, Leonardo partiu para Milão (1482)
e ofereceu para Ludovico Sforza, seus serviços de engenheiro militar,
arquiteto, escultor e pintor. Sendo Ludovico expulso pelos franceses,
Leonardo partiu para Mântua (1499), Veneza, Roma e, em 1503, voltou
a Florença, onde competiu com Michelangelo. Estabeleceu-se novamente
em Milão, depois em Roma, onde o grande homem era então
Rafael (a quem influenciou) e onde foi tido como filósofo quimérico,
instável estrangeiro no mundo real. Desiludido, mudou-se para a
França (1517), onde trabalhou para Francisco I, que cobriu-o de
honras e ofereceu-lhe como residência o castelo de Cloux. - Luchino Visconti - cineasta - (Milão, 1906 - Roma, 1976). Excepcionalmente dotado para a expressão plástica, soube conciliar as virtudes de uma arte refinada e lírica com o rigor da constatação social. Principais filmes: Ossessione (1942), A Terra Treme (1950), Sedução da Carne (1954), Rocco e Seus Irmãos (1960), O Leopardo (1963), Os Deuses Malditos (1969), Morte em Veneza (1971), Violência e Paixão (1974), O Inocente (1976). No teatro, dirigiu peças clássicas e modernas, bem como obras líricas, notadamente para Maria Callas. - Elio Vittorini - escritor - (Siracusa, 1908 - Milão, 1966). Tradutor de romancistas americanos, crítico e romancista, esteve ligado a todos os debates do pós-guerra sobre a literatura engajada. - Antonio Vivaldi - compositor - (Veneza, 1678 - Viena, 1741). Ordenado padre em 1703, foi nomeado maestro do Hospedale Della Pietà de Veneza. Acredita-se que quase toda produção musical de Vivaldi fosse destinada às internas do Pietà, onde contava com um conjunto musical permanente que lhe permitiu experimentar toda sorte de combinações instrumentais e vocais. Completamente esquecido durante quase dois séculos após sua morte, tornou-se após a II Guerra, um dos compositores de música erudita mais apreciados em todo o mundo. - Alessandro Volta - físico e inventor - (Como, 1745 - idem, 1827). Após inventar o eletróforo e o elestrocópio condensador (1775), depois o eudiômetro (1776), empreendeu pesquisas sobre a experiência de Galvani, estudo que o conduziu, em 1800, à invenção da pilha elétrica. - Franco Zeffirelli - cineasta - (Florença, 1923). Começou no teatro como ator e cenógrafo, depois tornou-se um dos diretores de ópera e de teatro mais requisitados na Itália. Assistente de Antonioni, Rossellini e Visconti, dirigiu notadamente A Megera Domada (1967), Romeu e Julieta (1968), Irmão Sol, Irmã Lua (1973), Jesus de Nazaré (1978). Adaptou para o cinema as óperas La Traviatta (1982) e Othelo (1986). Realizou ainda O Jovem Toscanini (1988), Hamlet (1991), Sonho Proibido (1994), entre outros.
Pesquisa:
Laudo Paroni
Jr.
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