O que é o FEST
Aconteceu em Santos, em 1.959, o maior Festival de Teatro que o Brasil já produziu, trançando um panorama das Artes Cênicas Nacionais naquele momento, foi o II Festival Nacional do Teatro do Estudante, criado por Paschoal Carlos Magno, que juntando-se a Patrícia Galvão Pagu, aqui residente , e que um ano antes criara o FESTA-Festival Santista de Teatro Amador, trazem a cidade 1.200 atores, vindos das mais longínquas localidades do Brasil, momentos que ficaram eternizados: como o que aconteceu na presença de 5.000 pessoas , quando Cacilda Becker e Henriette Morineau interpretaram O Julgamento de Mary Stuart, e o público presente foi participante ativo como jurados , ou do encontro de Zé Celso Martinez Côrrea com Amir Haddad, que fundariam a seguir o Teatro Oficina; melhor atriz Etty Frazer , e mais Plínio Marcos, os irmãos Mamberti, Aracy Balabanian, Fernando Peixoto, Carlos Miranda, enfim em Santos , no ano de 59, poderemos afirmar , nascia o moderno Teatro Brasileiro, contudo, o pensamento de todos os participantes era analisar-se o Teatro Brasileiro, buscar-se trajetórias, solidificar-se, sedimentando daí a carreira de inúmeros grandes atores, atrizes, diretores, pensadores, como Décio de Almeida Prado, e críticos como o jovem Sábato Magaldi. Lançou grandes talentos para as Artes Cênicas Brasileiras, definiu rumos a uma nova dramaturgia e a novas estéticas - o Festival de Teatro de Santos, edição 1.959, é um marco divisor na Cultura e nas Artes Cênicas Nacionais.
Em 1.999 o FESTA realizou 130 eventos e 28.000 foi o publico estimado.
FESTA 2000
Começamos a contar a partir de agora a entrada em uma nova era para a humanidade, onde se espera que os homens sejam mais fraternos, humanistas, com todo o aparato tecnológico vindo a beneficiar.
Na entrada do novo milênio, estaremos comemorando 500 anos. Já somos o país mais importante de língua portuguesa no planeta, somos um dos 10 países mais ricos do mundo. Aliamos uma sofisticada sociedade, com parque industrial moderno, uma complexa e diversificada economia. Porém, possuímos uma dívida social enorme, com milhões de miseráveis, excluídos dos benefícios conquistados.
Hoje, devemos todos atuar unidos, nos orgulhar do nosso país, nosso potencial, nossa rica e vasta cultura, influenciada por praticamente todos os povos do mundo que para cá vieram e vivem em harmonia. Obrigatoriamente devemos nos irmanar no espírito de uma raça forte, lutadora e caminhar rumo ao futuro, sabendo que um grande destino nos espera.
Contudo, não devemos abdicar do dever de diariamente contribuir cada qual na sua labuta, em melhorar e diminuir a distância entre os imensamente ricos e os miseravelmente pobres, porque se o futuro nos pertence, somente o alcançaremos extirpando este câncer social.
Um desses caminhos é a cultura. Através da cultura é possível embutirmos nas pessoas valores morais e éticos, um pouco esquecidos em razão dessa onda de violência extrema, onde a vida humana vale quase nada.
Se cada um tem que fazer sua parte, nós estamos fazendo a nossa. Levamos cultura, educação e virtudes a corações ressecados pela falta de amor e perspectiva. Acreditamos nesse país.
Quando conseguirmos levar cultura a todo cidadão do nosso Brasil, teremos, com toda certeza, um novo país para se viver, com mais qualidade, mais esperança, mais vida
Hora de plantar, semear, para nos regozijarmos. Hora de destacarmos a importância da cultura no desenvolvimento social, ético e moral da sociedade.
Somos fortes, somos brasileiros. Em nossa raça está o gene da nova era, a conjunção dos melhores valores de todas as variadas raças, religiões, etnias que incorporamos e nos fazem um ser único, vibrante, aglutinador, irradiando esperança, somos o futuro.