Síndrome do Impacto
A
síndrome do impacto é semelhante a uma ler/dort,
que pode ser causada pelo excesso de movimentos com o ombro em abdução maior
do que 90º de amplitude ou por um trauma. Por isso não devemos dizer que a síndrome
do impacto é uma patologia específica, e sim uma denominação geral de
algumas lesões no ombro, como por exemplo as tendinites, as bursites, além de
outras.
A síndrome
do impacto evolui em três estágios anátomo-patológicos relacionados com os
grupos etários em que incide.
O
primeiro acomete jovens em torno de 20 anos de idade, principalmente esportistas
que fazem movimentos repetitivos e vigorosos de abdução e flexão do braço
acima de 90º. É caracterizado por
edema, hemorragia e bursa.
O
segundo estágio, que atinge pessoas com até 40 anos de idade, é caracterizado
por tendinite e fibrose do manguito rotador (principalmente do supraespinhoso)
bursite subacromial, esta quase sempre secundária ao processo patológico dos
tendões). Acredita-se que a maior incidência de casos no músculo
supraespinhoso seja devido a sua maior exposição ao impacto e sua precária
vascularização.
O
terceiro estágio atinge indivíduos acima de 40 anos, é caracterizado pelo
aparecimento de osteófitos no acrômio, articulação acrômio-clavicular e tubérculo
maior do úmero, bem como, por ruptura do manguito rotador.
Existem
3 tipos de localização da síndrome.
O
primeiro chama-se posterior, mais benigno, deve-se a lesão do supra espinhoso e
ou redondo menor, evolui bem com o tratamento conservador. O segundo ou
anterior, também benigno, deve-se a lesão do tendão do músculo subescapular.
O terceiro, o superior é o mais resistente ao tratamento conservador, deve-se a
lesão do tendão do supraespinhoso.
Em
todos os tipos, o fator que desencadeia o processo é a compressão exercida
pelo coracoacromial sobre o manguito rotador, mas os autores chamam também a
atenção para a participação da articulação acrômio-clavicular na
fisiopatologia da síndrome do tipo superior.
Nos casos de laceração do manguito rotador, os achados constantes são: movimentos passivos irrestritos , atrofia seletiva dos músculos que surgem dentro de 2 semanas após a ruptura , acentuada fraqueza de abdução ou incapacidade de mante-lo em 90 graus contra a gravidade ou uma pequena resistência, sinal da queda do braço e comunicação entre a articulação do ombro e a bolsa subdeltoídea.